Blue Door - Odd Wings Volume 1 escrita por Mega Leon


Capítulo 5
Capítulo 3 - Inevitável desempenho




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Acordo com dor de cabeça de ontem. Tive que ouvir a dona das relíquias reclamando aos montes. Scott demorou para me ajudar e conseguiu fazer com que a Espada Longa fosse "doada" para mim. Bem, falta só mais uma parte para completar o mistério e, bem, não me sinto muito confortável hoje. A princípio, hoje nós devemos receber o dinheiro necessário por nossos serviços. Fico esperando, a qualquer momento vai vir.

Alguém bate na minha porta com excitação, levanto e abro a porta de madeira rústica:

— Finalmente recebemos nosso dinheiro. Vamos ver quanto ganhamos! —Paul está segurando duas cartas de cores marrons, com uma estampa vermelha dizendo "Patrulha - Confidencial".

— Agora sim posso pagar o meu aluguel atrasado... —Digo desanimado.

— Eita, qual o motivo do desanimo todo?

— Eu não tenho memória nenhuma e parece que nada vais e resolver, não entendo o por quê tenho que juntar as três peças para formar o quebra-cabeça da Espada de Luz. Eu só queria saber o que está acontecendo comigo! —Paul abaixa a cabeça, com uma cara desabrochada no rosto.

— Aqui  a sua correspondência... —Diz ele baixinho e saí do quarto.

... Sou um idiota.

—--

Depois de quase perder uma briga com o envelope, consigo tirar o lacre. Então vejo que ganhei 1200 Regiuns. Saio do meu quarto e vou pagar o proprietário. Depois de pago, desço para tentar conversar com Paul novamente:

— Desculpe por hoje mais cedo, é só que eu não tô muito bem hoje.

— Tudo bem, eu entendo, não deve ser fácil.

— Então, o que pretende fazer com o dinheiro?

— Digamos que... Nós dois vamos as compras! Primeiro passo: comprar um telefone celular —Paul parece muito excitado para isso.

— Ok então...

—--

O centro hoje parece muito cheio, as pessoas correm de um lado para outro. As lojas parecem muito grandes, com letreiros muito chamativos, parecendo como se fossem "mini shoppings". Na loja que entramos, vemos todos os aparelhos de telefone e eu me interessei por um em cor preta, ele possuí o simbolo de asas azuis na capinha que o acompanha na compra.

Ao sair da loja, vejo um homem colocando uma roupa dentro de uma bolsa e correndo do estabelecimento:

— Paul, vamos, nós temos que correr!

— Ué, por que? —Diz ele, travado no mesmo local. Como ele consegue ser tão tapado? Droga.

Deixo ele ali com as compras e saio correndo atrás do ladrão. Ao ver que eu estava atrás dele, o ladrão começa a entrar em várias ruas estranhas. O cara consegue entrar numa rua sem saída, então eu pego o meu Sincronizador e o ativo. Me transformo num Patrulheiro e vou para cima do ladrão.

O bandido modifica o braço para uma lâmina horrivelmente afiada. Consigo interceptar com o meu báculo. Transformo o báculo na Espada de Luz, ele vem com um corte na lateral direita, intercepto novamente com a minha espada. Vendo a falta de sucesso, o ladrão crava a sua arma no chão, criando espinhos de metal no piso, no qual fica aumentando de tamanho, parecendo um círculo de espinhos cada vez maior.

Utilizo as asas para voar, mas o espinhos estão crescendo muito rápidos, rasgando as minhas penas. Sinto uma dor percorrer as asas até o meu corpo, como se eu tivesse cortado um braço com uma lâmina de alumínio. Então a Espada Longa de ativa, utilizo o Alcance Máximo para acertar o ladrão, mas o corpo dele é feito inteiramente de metal, fazendo a minha espada não surtir efeito nenhum contra ele. O que eu faço? Cadê aquela voz irritante quando eu preciso?

Bem, não tenho muito tempo para pensar, as lâminas cravaram nas minha asas e acabo ficando preso nos espinhos, com eles entrando a dentro da minha pele a cada vez mais. Se a Espada de Luz e a Espada Longa são pedaços de um quebra-cabeça, basta eu juntar o que eu já tenho.

Mas como eu vou fazer isso?

Não tenho tempo para isso, tento criar a imagem da Espada de Luz e a Longa se unindo na minha cabeça. Começo a pedir com todas as forças que o báculo atenda aos meus pedidos. Como se entendesse a ordem, o meu báculo une as duas espadas, criando uma luz bem forte. A nova espada parece incompleta sim, mas é melhor que nada. Ela tem um pedaço da Espada Longa na esquerda e a composição do meio da Espada de Luz.

Utilizo a nova espada para quebrar os espinhos, mas não saiu tudo, logo, uso o Canhão de Luz para ver se funciona. O Canhão parece muito mais forte e expurga todos os espinhos. As minhas asas estão sangrando um pouco e sinto que vou desmaiar. Porém, preciso derrotar o inimigo.

Faço um golpe na direção do ReaDead e lanço um poderoso Canhão de Luz, fazendo criar o anel com uma esfera no meio. Scott me explicou que isso se chama "Desforma", já que os monstros perdem as suas reais formas. Pego a bolsa e levo de volta para o centro. Consigo chegar ao Hall Central. Entrego as roupas roubadas e o Paul vem até mim:

— O que diabos aconteceu com você?

— E por que você não veio comigo? O ReaDead quase me matou, além de ter roubado uma loja, pensei que iria me ajudar, mas ficasse parado que nem uma planta na porta da loja.

— Desculpe, porém, por mais que sejamos Patrulheiros, foi sua decisão ir atrás do monstro, logo, é sua responsabilidade, isso não é culpa minha.

— , mas isso nãos ignifica que você tenha que ser idiota e não me ajudar na batalha!

— ... —Xeque-Mate. Ele abaixa a cabeça e fica com aquela cara sem graça— Desculpe...

O quão cansativo vai ser esse dia?

—--

Depois de ter sido curado por uma Médica da Patrulha, que fica no Centro mesmo, e ter deixado a Desforma com eles,  tomando muito pouco tempo do meu dia, resolvo ir pra um parque de diversão com o Paul para ver se fazemos as pazes. Não creio que ele veio com aquela babaquice de "responsabilidade sua", pessoa que fazem isso só o reproduz pelo simples fato de serem idiotas e não quererem se preocupar com o outro, é quase como se fosse o oposto de ter Empatia. 

As pessoas tem que deixar de ser egoístas demais, esse lance de responsabilidade isso ou aquilo não passa de uma falta de consideração aleia. Bem, ainda estou tentando "esfriar a cabeça", mas nada parece ajudar, todavia, ainda acredito nisso e acho que estou certo. Ninguém faz essas ações sem querer que o seu circo não queime, não importando quantos circos peguem fogo ao seu redor, o importante é você e apenas isso. É patético...

...

Aqui na cidade de Lacrimae, há vários trens intermunicipais, o que me ajuda a ir mais rápido ao parque. Paul ainda parece meio desconfortável, mas ele se sente melhor agora do que antes, isto é nítido em sua cara. O trem segue partida e vejo muitos lugares lindos, até que esbarro em alguém todo de preto, sem querer. É Justin, com as compras do mês nas mãos. Isso é uma cena muito incomum (risos):

— O que você faz nesse trem? Você sabe que ele leva até outra cidade, não? —Pergunta Justin.

— Sim, mas eu meio que briguei com o Paul e  tentando levar ele pra algum parque ou sei lá —Respondo apontando para o Paul sentado num banco mais ao fundo.

— Brigou com o namorado, então? —Ele diz isso com naturalidade e quase sem expressão no rosto, mas o meu está queimando de vergonha.

— Ele não é o meu namorado!

— Que pena, daria um casal muito fofo, palavras da Rose.

— ...

— Mas enfim, sua vida sexual não é de meu interesse, se quiser, posso te levar ao parque.

— E as compras?

— Eu deixo com que algum motorista de aplicativo faça isso por mim, hoje em dia tem faz tudo pra qualquer situação, Tails, deveria tentar um desses Apps —Ele fala isso apontando pro meu telefone novo.

— Ok...

Um som alto de alerta soa pelos cômodos dos vagões do trem. Então aparece um boneco em 3D nos monitores do trem:

Um ReaDead destruiu a fonte de linha dos trens, desculpe-nos dizer isso, mas o seu trem irá no mesmo sentido de um outro, logo, como não há nada que podemos fazer, os dois trens irão bater de frente um com o outro. Isso é tudo e lamentamos a todos os presentes no trem... —Então os monitores desligam e o caos se instaura no local. 

Todo mundo gritando, pedindo ajuda, chorando, o verdadeiro caos. E é isso? Eu não posso morrer, não agora! Já sei o que devo fazer, mas vou precisa de ajuda para isso.


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