Quer dar o fora daqui? escrita por Lillac


Capítulo 2
Capítulo dois


Notas iniciais do capítulo

A ideia da Reyna ser a crush de todo mundo foi tirada da fic “Feliz Aniversário” da Snow Queen (Pipeyna). Leiam também porque é simplesmente incrível ♥

Espero que gostem!



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Ela conseguiu manter a concentração durante a reunião, ao menos.

Mas, assim que saiu do escritório — e analisou a sala de espera para se certificar de que Piper não estava lá — Annabeth deixou sua mente vagar.

Não queria pensar nisso e aumentar suas esperanças, mas... Piper estivera...

Piper estivera flertando com ela, certo?

Certo?

Céus, porque Annabeth com certeza achara que estava.

Magnus buzinou, e ela entrou no carro. Obviamente, ela não conseguiria esconder nada do garoto, porque a primeira coisa que ele disse quando ela terminou de colocar o cinto foi:

— Quem é sua nova paixonite?

— Eu não tenho paixonites — Annabeth grunhiu, jogando a mochila no banco de trás do carro.

— Claro que não — Magnus riu, daquela forma que a deixava completamente enraivecida — nós vamos esquecer do Luke, da Thalia...

Magnus

— ... do Carter, do... — ele olhou de relance para ela, e viu-a fuzilando com o olhar — o que, eu estou esquecendo de alguém? Oh, certo. A Silena?

— Magnus!

— E a mais recente, é claro... — ele deu um sorrisinho de canto — a crush oficial de metade do corpo estudantil e a gay awekening de oitenta por cento das minhas amigas... Reyna?

— Eu não sei porque eu ainda te conto as coisas.

— Porque — ele fez uma curva na rua deles —, eu também te conto. E não vamos esquecer de que você fez da minha um inferno por todas as semanas que eu fiquei enrolando para falar com o Alex.

O Alex. OK.

Annabeth ainda estava aprendendo sobre a identidade de gênero da pessoa que Magnus namorava, e o garoto, sabendo isso, sempre lhe dizia de antemão qual pronome ela deveria usar. Porque, por mais que fosse um pé no saco, Magnus era seu primo, e eles eram um time.

— Porque todo mundo sabia que vocês estavam afim um do outro. Era quase uma tortura ficar assistindo você balbuciando na frente dele que nem um idiota.

Foi a vez de Magnus ficar vermelho.

— Você está mudando de assunto — decretou. — Eu fiz uma pergunta.

— Não é uma paixonite — ela disse, quando eles enfim estacionaram — eu só conheci uma garota. Ela é bonita. Estuda na nossa faculdade. Só isso.

— Uhum — Magnus cantarolou, completamente ignorando-a. — E eu vou fingir que acredito.

Annabeth saiu do carro.

— Vá a merda, Magnus.

O garoto riu, seguindo-a para dentro do apartamento.

 

 

Após um banho e assistir Magnus horrendamente destroçar os sanduíches de presunto, Annabeth preparou-se para o estresse mental que seriam as próximas horas. Jason apareceu alguns minutos depois, retornando do próprio estágio, e levou-a até o estúdio de maquiagem.

— Essa hora os pais estão buscando as crianças na escola — Jason explicou, enquanto a seguia para dentro do salão — vou esperar um pouco.

E qual não foi sua surpresa ao encontrar o garoto da bermuda marrom horrível no sofá.

— Percy?

— Annabeth! — Ela levantou-se. — É Annabeth, certo?

— Sim. Esse é o meu amigo, Jason. Jason, esse é Percy, nós nos conhecemos hoje.

Jason e ele trocaram um aperto de mãos. Mas ela notou o olhar que Jason lançara para o outro rapaz, e imediatamente sentiu vontade de estapeá-lo. Jason tinha o péssimo hábito de colocar medo nos garotos que se interessavam nela, e nem era de propósito: ele só era um cara de um metro e oitenta e cinco com músculos de aço e olhar feroz, que andava com ela para cima e para baixo. Quando as pessoas não chegavam naturalmente à conclusão de que eles namoravam, a segunda hipótese era sempre a que Jason acabaria com eles se aproximassem-se.

O que, é claro, não tornava a vida amorosa de Annabeth muito movimentada.

Por favor, ela pensou, que a Piper não me veja com ele tão cedo.

E imediatamente sentiu vontade de estapear a si mesma. Por que estava pensando sobre Piper naquele momento?

Percy, no entanto, não parecera abalado. Foi só então que ela notou que o garoto usava um avental preto fino e havia um par de luvas enfiado no bolso dele.

— Você trabalha aqui?

— Meio período — afirmou — quando não estou chorando com as provas finais ou no meio de uma piscina. E eu suponho que você seja a senhorita Annabeth Chase?

— Seria eu, sim.

— Bem — Percy abriu um sorriso — eu sou o responsável pelo seu cabelo hoje.

Annabeth olhou-o. Percy parecia mais o tipo de garoto que bagunçava o cabelo das pessoas do que arrumava, mas ela já havia escutado piadas de loira burra o suficiente para negar-se a julgar alguém pela aparência, então retribuiu um sorriso e caminhou para a cadeira.

— Eu posso te oferecer alguma coisa? — Percy perguntou.

— Eu estou bem, obrigada.

— Jason?

Jason pediu uma água. Percy pareceu feliz em ir buscar. Assim que o garoto saiu de vista, Annabeth girou na cadeira e acusou:

— Sem essa.

— Sem essa o quê?

— Você sempre dá encima dos meus maquiadores, cabelereiros, atendentes de biblioteca — disse —, eu não consigo ir em nenhum lugar sem as pessoas me olhando torto porque eu sou sua amiga.

— Eu não dou encima de ninguém — Jason chiou, porém, baixinho. Então, abriu um sorriso zombeteiro — eles que dão encima de mim.

— Grace.

— Chase.

— Jackson — Percy voltou com o copo de água —, e, sim, dava para ouvir vocês. Não se preocupa Annabeth, Jason não é meu tipo.

A boca de Jason se abriu um “O” quase perfeito, e ele pareceu genuinamente ofendido, e Annabeth virou-se volta para o espelho com uma risada escandalosa.

 

— Eu não achava que ia dizer isso, mas... caramba.

Percy, escorado no balcão, sorriu satisfeito. Ele não havia feito sozinho: pouco depois, vários outros funcionários haviam chegado para o turno deles e contribuído para o penteado e a maquiagem de Annabeth, porque Atena, obviamente, precisava exagerar em tudo o que fazia.

E talvez por esse exato motivo, Annabeth houvera feito questão de aceitar as sugestões de Percy acima das dos chefes, o que pareceu incomodá-los, mas o sorrisinho convencido do garoto valia a pena.

— Eu não disse? — Ela girou a cadeira dela.

— Srta. Chase — uma das outras maquiadoras chamou — sua mãe já deixou tudo pago, então a senhorita pode ir, se quiser.

Ela deu uma última olhada no espelho, porque todo mundo sabe que espelhos de salão de beleza fazem as pessoas se sentirem mais bonitas do que espelhos comuns, e sorriu satisfeita. Talvez eventos sociais não fossem o topo da lista de prioridades dela, mas ela estava bonita, o que era um bom incentivo no seu ego... — hã, na sua autoestima.

— Ei, você já está indo? — Percy perguntou, colocando avental na mochila — Seu amigo vem te buscar?

Annabeth notou o tom na voz de Percy quando ele disse “seu amigo” e concluiu que, de fato, Jason não estava no campo de atração de Percy Jackson, o que era quase um alívio.

— Por que?

— Minha amiga está vindo me pegar para uma festa mais tarde — Percy respondeu. — Se ficar no caminho do seu apartamento...

Annabeth preferia que Jason viesse buscá-la, mas não via mal em economizar um pouco de gasolina. Ela disse o endereço para Percy, que mandou por mensagem para a tal amiga, e então tudo foi arranjado. Eles aguardaram do lado de fora por alguns minutos até...

Uma Range Rover novinha em folha estacionar na calçada.

O vidro escuro abaixou até revelar um rosto.

— Ei, babaca, você já... ah. Oi Annabeth.

— Oi, Piper.

Uau, que desconfortável.

Elas ficaram se encarando por alguns momentos, até Percy tomar a frente:

— Eu vou no banco de trás — disse, já abrindo a porta para entrar — nós vamos buscar o Nico depois de te deixar, e ele gosta do banco da frente.

Annabeth não teve muito como protestar depois disso.

As coisas poderiam ter sido ainda mais desconfortáveis, porque ela, honestamente, não conseguia parar de olhar para Piper. Ela havia trocado de roupa de novo: shorts jeans e uma camiseta larga, e parecia ter estado dormindo até então, porque a parte de trás do cabelo estava amassada.

— Como foi sua entrevista?

— Foi bem.

— Para de ser falsa — Percy comentou, do banco de trás — até cinco minutos atrás você estava toda feliz porque tinha certeza que conseguiu.

Ele rolou os olhos e inclinou-se para ligar o rádio.

E quando Percy colocou uma música que Annabeth conhecia, e ralhou com ela para não amassar o cabelo, Annabeth o agradeceu por salvar o dia — ou melhor, o fim de tarde.

— Charlie Puth? — Annabeth perguntou.

Mas Piper e ele já haviam entrado em sintonia:

If you want it like I want it, let me take you to another room — Percy cantou à plenos pulmões. E Piper completou com:

So it's only us — mas os olhos agora azuis dela estavam cravados no rosto de Annabeth.

Quando eles alcançaram o apartamento dela, a música já estava no final, e a última coisa que ela ouviu foi o verso abafado:

... Hands on your body like there’s no one at the party.

Acompanhado do sorriso de canto de Piper, o olhar ainda intenso, e a promessa de um “até logo”.

 

 

Ela subiu as escadas com as pernas meio bambas.

E encontrou Magnus tentando enforcar Jason.

— Eu só estou tentando fazer o nó! — O garoto se defendeu, embora, pela expressão e Jason, qualquer pudesse tirar decisões precipitadas — Mas, deuses, isso é complicado.

— Sai para lá — ela empurrou o primo com o ombro. — É esporte fino, seu estúpido. Vocês não usam gravatas.

— Hum — Magnus murmurou — eu sabia disso.

— Claro.

Depois de se desfazer da gravata de Jason, ela o observou. OK, Jason ficava realmente bonito de terno. As calças cor de creme acentuavam as pernas longas e grossas, e o paletó azul claro combinava com o rosto. A camisa social preta impedia que a roupa ficava clara demais.

— Eu morro de raiva que você fica tão bonito de óculos.

Jason sorriu.

— É um dom.

Magnus ficava igualmente bonito, mas, porque eram tão parecidos, Annabeth sentia que toda vez que elogiava o primo, estava sendo meio narcisista, porque elogiar Magnus era quase elogiar a si própria. Mas qualquer um podia ver como o garoto ficava bem, com a camisa branca social, o blazer cinza e as calças escuras. O cabelo, colocado apenas parcialmente em um rabo de cavalo, fazia com que as mechas loiras onduladas emoldurassem a face dele.

Sem muitos outros motivos para enrolar, Annabeth e os dois garotos seguiram para o carro. Ela achou por bem dirigir daquela vez, uma vez que eles haviam passado o dia lhe dando caronas para cima e para baixo.

O local marcado era uma grande casa de eventos que se assemelhava muito à uma residência, apenas muito maior, pintada de branco e com cascalhos decorando a entrada. As colunas que sustentavam a sacada no segundo andar eram brancas, em estilo grego, e Annabeth precisou assumir para si mesma que, afinal, sua mãe tinha de fato bom gosto.

Quando o carro se aproximou da entrada do estacionamento, um manobrista rapidamente foi até ele, e Annabeth lhe entregou as chaves, saindo do veículo com os dois acompanhares. Jason ajeitou os óculos no rosto, parecendo um tanto deslocado com todo aquele luxo, enquanto Magnus chutava as pedrinhas do calçamento, distraidamente.

— Prontos? — Ela perguntou, mas achava já saber a resposta.

Magnus deu de ombros.

Tarde demais para desistir agora. Ela passou um braço pelo de Magnus, como estavam acostumados a fazerem desde pequenos quando iam a esses eventos, e eles caminharam juntos até a entrada, onde um pequeno grupo de pessoas vestidas luxuosamente haviam se postado, conversando cordialmente entre si antes do evento começar. O segurança abaixou os óculos escuros para ele, e Jason tirou o convite dobrado do bolso interno, juntamente com a identidade.

Após serem devidamente guiados para dentro, seguirem por um corredor com janelas de vitrais e lustre pendendo do teto, um garçom os ofereceu champanhe borbulhante em taças finas assim que alcançaram a entrada do salão.

Ela vasculhou com os olhos: havia uma enorme tela refletindo a imagem de um projetor, e um pequeno palco. Annabeth já conhecia a rotina: os CEOS tirariam um momento para mostrar seus projetos mais bem-sucedidos dos últimos anos, apresentariam alguns novos, e então fariam todo o blábláblá de sempre. Vênus escolheria alguns de seus modelos mais promissores, sr. Dare traria o melhor pessoal da sua equipe de marketing, e Atena...

Atena usaria seu melhor pessoal para impressionar.

Um nó se formou na garganta de Annabeth.

Em breve, seria ela naquele palco.

A mesa era longa e parecia cheia demais, na opinião de Annabeth, mas ela sabia que jamais poderia dizer aquilo em voz alta. Mas aquela era a principal — em torno, haviam cerca de outras cinco, reservadas aos investidores menores.

— Certo, então nós... — Magnus começou a dizer alguma coisa, mas a atenção de Annabeth foi roubada por uma cabeleira escura em pé não muito distante deles.

Percy?

O garoto virou na mesma hora, e Annabeth quase não pôde acreditar que era ele mesmo. O cabelo estava meticulosamente penteado para trás, muito diferente de antes, e ele usava uma roupa toda preta, com exceção da camisa social azul-marinho. Os olhos verdes dele se iluminaram sob as sobrancelhas grossas quando a viu. Ele girou sobre os calcanhares, revelando quem era a figura com um braço enlaçado no dele...

— Srta. Dare?

— Chase! — Rachel sorriu, os lábios tingidos de batom vermelho. Ela estava estonteante no vestido verde, decorado com o colar fino de ouro e pulseiras ornamentando seus pulsos. O cabelo vermelho vivo havia sido parcialmente preso no topo da cabeça, deixando o restante dos cachos para caírem livremente em seus ombros desnudos. — Eu estava me perguntando quando você ia chegar. Oi Magnus, e oi...

— Jason — ele ofereceu uma mão — Jason Grace.

— Jason Grace — ela completou —, é a primeira vez que nos vemos?

— É — Annabeth explicou — Luke se mudou no verão passado, então eu precisava de um novo acompanhante.

— Uma nova cobaia, então — Percy brincou —, sortudo é o Luke, que se safou.

Então Annabeth conhecia Percy. Ele era o garoto que Rachel sempre levava para esses eventos. Ela sabia que conhecia o rosto dele de algum lugar!

Alguma coisa se revirou em seu estômago. Ela pensou por um momento no salão, e como ela havia insinuado que Percy poderia ter uma queda por Jason. Se ele fosse o namorado da herdeira de um dos principais parceiros de negócios da sua mãe... —

Não. Annabeth era boa em linguagem corporal, e não havia nada além de platônico na forma como eles estavam aninhados um no outro. Eles só pareciam confortáveis.

— Cadê seu outro acompanhante? — Magnus perguntou, olhando ao redor.

— Ah, a Reyna mandou mensagem dizendo que havia chegado, então ele foi espera-la lá na frente — Rachel contou — já devem estar... opa.

Ela terminou a frase estalando a língua, e sorriu ainda mais. Annabeth teve uma péssima sensação.

— Foi mal pela demora — uma voz que Annabeth reconhecia mais ou menos soou atrás dela —, está bem apertado lá na frente.

Ela virou o rosto. Nico di Angelo estava parado com uma das mãos enfiada no bolso da calça preta, deixando o enorme relógio de prata à vista, e de pé ao lado dele estavam Reyna, em um lindo vestido roxo e prateado, e o garoto loiro que ela vira essa manhã conversando com...

Piper.

Annabeth chegou à conclusão de que o universo estava tirando uma com a cara dela.

Piper estava parada de pé ao lado do rapaz loiro, em uma saia preta que ia até os joelhos, cinto branco e blusa branca parcialmente escondida pelo blazer — Annabeth achava que era o mesmo que ela havia vestido na entrevista. Alguma coisa sobre a roupa parecia não fazer sentido, como se Piper houvesse decidido de propósito usar uma vestimenta... inadequada para um evento tão magnânimo.

Mas, honestamente, Annabeth pouco conseguia pensar na roupa de Piper. Não quando ela estava olhando-a com uma mão na cintura e uma sobrancelha arqueada, o mesmo sorrisinho vitorioso nos lábios.

— A festa que vocês tinham que ir mais tarde — ela sentiu-se como um peixe fora da água — é essa.

— Bem — Percy completou, parecendo alheio ao estado de Annabeth — nós estamos aqui, né?

— Mas...

— Piper McLean — a garota ofereceu, como se sentisse um pouquinho mal pela surpresa de Annabeth — minha mãe é a senhora louca que provavelmente vai ter um ataque quando vir a minha roupa.

— Afrodite — Annabeth sentiu a necessidade de clarificar, e Piper assentiu.

— E você — Piper disse —, não é só uma estagiária trabalhando nos “projetos novos e importantes”.

Ah, uau. Agora Annabeth se sentia meio estúpida.

Piper provavelmente soubera quem ela era desde a primeira conversa na sala de espera, e mesmo assim deixara Annabeth continuar fingindo que era só mais uma das estagiárias — provavelmente para não a constranger.

Deuses, quem era essa garota?

— Atena Chase é minha mãe — ela assentiu — a senhora que provavelmente vai surtar quando notar que eu ainda não sentei com ela à mesa.

Quando o silêncio entre elas ficou meio desconfortável, e ninguém (exceto por Rachel) parecia estar se divertindo muito, Percy limpou a garganta espalhafatosamente.

— Percy Jackson, minha mãe é Sally e ela faz uns biscoitos incríveis.

Piper riu de verdade, os olhos brilhando, e Annabeth sentiu uma sensação quente no centro do peito. Quando olhou de soslaio para Jason, viu que os olhos do garoto estavam concentrados em Percy.

Hm, pensou. Talvez uma mudança de atmosfera não seja tão ruim. Vamos ver como o Jason se sai do outro lado da moeda.

Ela apresentou Jason para Piper, que se cumprimentaram com cordialidade, e depois continuou:

— Magnus, meu primo. Ele é...

— Herdeiro da rede de clínicas médicas Frey — o garoto loiro que Annabeth não conhecia interrompeu, e só então pareceu perceber o que havia feito — desculpa. Eu só... eu sou um grande fã.

— Um fã? — Magnus ergueu uma sobrancelha.

— Vocês têm um sistema de atendimento a pessoas carentes incrível. Eu gostaria de trabalhar lá, um dia.

— Will gosta do lado sentimental da medicina — Nico explicou.

— Você adora meu lado sentimental — Will acusou, e Nico não contrariou.

A expressão de Magnus se suavizou. Annabeth sabia de toda a história por trás dessa herança conturbada, e que assumir o posto de líder nunca estivera nos planos do primo, mas, aparentemente, o comentário de Will havia feito-o repensar.

Talvez Magnus e o garoto pudessem ser grandes amigos.

 

 

Annabeth não soube exatamente como aconteceu.

Em um momento, ela estivera sentada com os demais herdeiros à mesa, comendo um pato refogado em molho branco e tomando champanhe que custava mais do que a mensalidade uma faculdade, e, no outro, Piper havia se inclinado e sussurrado:

— Quer dar o fora daqui?


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Notas finais do capítulo

Eu tenho esse headcannon de que, se o Percy e a Sally não tivessem que ter lidado com o desgraçado do Gabe durante tanto tempo, o Percy poderia ter uma personalidade um tanto diferente, e gosto de pensar que ele teria um interesse por maquiagem/estética, simplesmente porque... sei lá, só imaginem Percy Jackson com um avental de cabeleireiro e um secador nas mãos. É ótimo.
Espero que tenham gostado, comentários são sempre apreciados, e até a próxima!
(A música que eles cantaram no carro é Empty Cups, do novo álbum do Charlie Puth^^)



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