Frederico a encheu de beijos e depois a levou para o banheiro e ficaram ali brincando com o filho por longas horas, depois comeram e subiram para descansar um pouco e logo pegaram no sono os três, deixando assim que a noite chegasse... E Inês despertou ouvindo a porta bater olhou para o lado e os dois dormiam agarrados o que a fez sorrir, mas com aquele barulho todo eles iriam acordar já que ventava e ameaçava chover e ela se levantou indo até a porta e ao afastar a cortina deu de cara com Loreto e uma arma apontada para ela...

Inês congelou no mesmo momento e ele sorriu diabólico como sempre fazia para ela quando queria fazer o mal o apenas abusar de sua fragilidade de mulher, Inês era uma presa fácil para ele e seu medo não a ajudava em nada e ele se aproximou a puxando para fora do quarto, ela deu uma relutada, mas ele tapou sua boca no mesmo momento em que lambia seu pescoço. Ela  tinha o cheiro de mulher que o enlouquecia e ela fechou os olhos.

— Você não vai estar aqui para ver seu filho crescer... - e ele tirou um pequeno canivete de seu bolso e enfiou nela por três vezes a jogando no chão para estrebuchar em sangue, não usou a arma que tinha apontado a ela para não fazer ruído.

Inês queria gritar, mas sua voz não saia e ela podia ver sua vida se perdendo com aquele sangue todo enquanto olhava para Loreto sorrindo com a morte dela chegando, era seu rosto que ela via enquanto morria e nada dava mais prazer e a ele que aquela cena. Inês deu um pulo na cama e sentou sentindo o ar faltar e chorou baixinho porque a voz não saia a garganta estava seca e ela olhou para o lado e seus dois amores estavam ali adormecidos e agarrados um ao outro.

Ela se levantou quase caindo da cama e fez um barulhão acordando Frederico, mas ela não o viu e apenas correu para a janela e a trancou com o coração em alta e deixou que o choro sentido fosse ouvido e ele levantou atordoado indo a ela que o agarrou, seu corpo tremia por completo e ele ficou com medo e olhou pela janela, mas nada tinha ali.

— O que foi, meu amor? - apertou ela em seus braços passando segurança. - O que aconteceu? Estava sonhando? - olhava ao redor em alerta. - Fica calma ou vai passar mal!

Inês não falou apenas chorou sentida nos braços dele aquele pesadelo mais parecia um pressagio do que viria pela frente e ela temeu não poder ver seu filho crescer e Frederico a pegou em seus braços e sentou na poltrona, quase não conseguiu tamanha a força que ela usava no abraço, tentou olhar em seu rosto e fazer com que ela raciocinasse, mas ela o agarrou deitando sua cabeça na curva de seu pescoço e ele apenas esperou e deixou que ela chorasse a sua dor.

A amparou e ficou acarinhando suas costas por muito tempo até que o choro foi cessado e ele percebeu que ela dormia, tentou se mover novamente, mas ela o agarrou mais e ele parou ficando ali com seu amor e deixando que ela pegasse firme no sono. Sabia que a presença de Loreto estava a desestabilizando e ele precisava resolver aquele problema o mais rápido possível por temer as atitudes dela para proteger o filho.

Ficou ali por mais alguns minutos e por fim conseguiu levantar e a colocou na cama com calma, mas ela o puxou choramingando e ele deitou junto a ela a cobrindo e cobrindo o filho, não dormiu e velou o resto da noite o sono dela...

(...)

MANHÃ SEGUINTE...

Inês acordou cedo e passava muito mal, vomitava sem parar e tinha o corpo gelado, tremia por completo e Frederico se desesperou com o estado dela, ela não falava só sentia dor e quando ela vomitou sangue ele não pensou duas vezes e correu para o hospital com ela que foi atendida de imediato ao chegar. Frederico estava tenso, mas usou de toda sua influencia para resolver aquele maldito caso e acalmar o seu amor, não seria fácil mais ele batalhou por telefone enquanto não tinha noticiais dela.

Quando o medico veio quarenta minutos depois, contou a ele que Inês estava sofrendo dos nervos e que estava sedada, perguntou o que tinha se passado com ela e ele contou o que eles estavam passando com o ex-marido dela e o medico aconselhou ela ficasse uns dias ali para avaliar melhor o quadro dela e ele concordou indo junto a ele para o quarto de seu amor, entrou e sentou ao lado dela beijando sua mão.

— Vai ficar tudo bem, meu amor, descansa! - falou sofrido e ficou ali por mais algumas horas até que seu telefone tocou e ele ficou de pé indo a janela.

— Eu sei o que esta fazendo, mas não vai conseguir! - a voz de Loreto soou. - Como está a minha mulherzinha ai nesse hospital?

Frederico sentiu o sangue ferver.

— Você vai morrer desgraçado! - e a risada de Loreto soou. - Tão pouco homem que não consegue nem dar as caras.

— Eu quero dinheiro! - não ligou para o que ele falava. - Quero 300 mil só pra começar e hoje a meia noite ou eu vou meter tiro na sua casa e matar todo mundo e logo vou tocar fogo! - era um desgraçado e Frederico sabia.

— Acha mesmo que vou te dinheiro?

— Tenho certeza ou Inês ai nesse hospital vai receber uma visita!

— Você é um frouxo.

— Olha pra baixo Rivero! - sorriu e Frederico olhou pela janela e lá estava ele do outro lado da rua com um grande sorriso. - Acha mesmo que eu estou brincando? Meia noite ou será o fim da sua "família"... - falou com deboche e desligou sumindo dali.

Frederico sentiu tanto ódio que tornou a ligar para muitas pessoas e em menos de meia hora conseguiu o dinheiro, ligou para seus homens e uma mensagem chegou em seu celular com o local da entrega. Era a hora de resolver aquela merda toda e ele saiu dali deixando dois de seus homens com Inês... E as horas passaram como o vento que batia em seu rosto e logo o relógio zerou a meia noite e passou mais uma hora e nada de Loreto aparecer para pegar o dinheiro.

Frederico estranhou e desceu de seu carro indo até onde tinha deixado e deu um berro que ecoou em todos os cantos.

— Filha da putaaaaaa... - Loreto já tinha estado ali e levado seu dinheiro e nem ele e muito menos seus homens tinham visto que ele tinha passado ali...