Complicated Love escrita por Suh Souza


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi florzinhas, alguém aqui ainda? Ou todo mundo desistiu? :/
Me perdoem, nem acredito que passei esse tempo todo sem postar. Passou muito rápido e fiquei sem tempo para escrever.
Espero que ainda tenha alguém aqui ainda.
Escrevi um pouquinho a mais pra tentar compensar minha demora (e pretendo postar mais um capítulo entre o natal e o ano novo)
Boa leitura e espero que gostem



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Pov Edward

 Fui direto para minha casa depois que deixei minha irmã na casa de nossos pais. Não conseguia parar de pensar em uma certa menina com um tremendo temperamento, que não duvidava, era maior do que ela mesma. E principalmente,  não parava de pensar no que a Sra Weber me dissera, como uma menina de no máximo 18 anos conseguiu aquelas marcas em seu corpo? Quem havia feito tal atrocidade com ela, e como pôde fazer isso com uma criança, pois de acordo com os resultados dos exames que foram feitos, ela tinha aquelas marcas a alguns anos já. Será que foi algum namoradinho que não gostou do término?

Quem realmente era essa garota? E com essas perguntas rondando minha mente passei a noite em claro, levantando as 6 da manhã para poder me arrumar e ir ao Hospital cumprir meu horário de trabalho e procurar respostas para minhas perguntas.

Cheguei sem entender nada, as enfermeiras estavam irritadas, soltando fogo pelas ventas e como Angela se encontrava de folga precisei encontrar a menos nervosa para me explicar o que estava acontecendo ali, de forma que encontrei a senhorita Jessica, uma estudante de enfermagem que assim como eu estava ali trabalhando para aperfeiçoar o que aprendia em aula, que me falou (de forma mais bajuladora possível) que a paciente que deu entrada na noite anterior havia tentado escapar e que acabou por complicar sua situação clínica devido ao esforço, o que lhe ocasionou um desmaio repentino e que a mesma não acordara até então, o que era muito preocupante. E por isso, saí em direção a emergência procurar por ela e ver seu estado pessoalmente, deixando Jessica tagarelando para trás.

Mas estaquei assim que me deparei com um cara uns 15 centímetros mais alto do que eu, assim como com o dobro de massa corpórea andando de um lado pro outro e sempre parando em frente do leito da menina. Logo me veio em mente as marcas de maus tratos que ela tinha pelo corpo e instantaneamente comecei a pensar que ele provavelmente era um namorado ou algo do tipo, e que descontava nela sua raiva. Entretanto não poderia entrar  lhe acusando, sem ter qualquer conhecimento de quem era, o porquê de estar ali e principalmente qual era sua relação com Marie. Voltei ao encontro de Jessica para saber quem era aquele cara e o que ele fazia ali.

—Jessica, quem é aquele rapaz que se encontra no quarto da paciente?

—Dr Cullen, as únicas  informações que sei são que o primeiro nome dele é Jake e que ele é parente dela ou algo do tipo.

—Sabe me dizer se ele tem algum envolvimento com a tentativa de fuga dela?

—Provavelmente sim, mas não temos nenhuma prova. Só sabemos que ele chegou uns minutos antes de tudo acontecer e depois apareceu com ela nos braços, parecendo extremamente preocupado e ninguém procurou averiguar se ele tinha algum envolvimento, estavam preocupados em socorrê-la.

—Fizeram bem. Obrigado Jessica.

Não conseguia entender tudo que estava acontecendo, minha vida deu um looping completo na noite passada e está piorando cada vez mais. Decidi que iria entrar em contato com minha irmã o mais breve possível para tentar descobrir qualquer informação que fosse relevante para entender o que estava acontecendo.

Fui novamente para o PS verificar se houve mudanças no quadro de Marie. E dali seguiria para assinar meu ponto e iniciar meu trabalho. Esperava que o tempo passasse o mais rápido possível, pois estava apreensivo. O dia transcorreu calmamente, eu e todos a minha volta gostamos muito disso, pois implicava em maior número de pessoas saudáveis e fora de quaisquer perigos para suas vidas, quando deu 13:00 tomei um café e fui para a ala infantil conseguindo uma boa dose de distração e felicidade com a pequena Leah, logo voltando para o serviço.

No fim da noite decidi por dar uma olhada no quadro de Marie, ver se tinha alguma mudança, e qual não é minha surpresa ao me deparar com aquele sujeitinho do seu lado, segurando sua mão. Fiz uma força sobre-humana para não voar no pescoço dele e tirar aquela mão dali a força. Verifique tudo que precisava, senti dizer uma palavra, tudo sob o olhar constante e penetrante dele, ia saindo quando ele enfim falou.

—Você é o médico responsável pela Marie?

—Agora sou. Alguma pergunta?

— B...bem, gostaria de saber porque ela não está acordando, é normal?

— Precisamos esperar que ela acorde para saber o porquê disso acontecer, e não, isso não é normal. Ela passou por alguma coisa traumática a algum tempo? - Falei sem rodeios e tentando mostrar toda minha irritação com o que haviam aprontado, porque tinha certeza que o mesmo devia ter ajudado ela com essa loucura toda.

Ele demonstrou surpresa com minha pergunta. Mas eu não esperava essa reação, e sim, nervoso e medo de eu ter descoberto alguma coisa.

— De certa forma sim, perdemos nossa mãe a algum tempo, então só temos um ao outro agora.

— E você? “Jake” não é? Qual o seu parentesco com ela, pelo que vi você falou “nós perdemos”? Você poderia me dar mais informações, vocês só falaram o primeiro nome, não sabemos nada a respeito de vocês, sobrenome, idade, quanto maior a quantidade de informações que tivermos mais fácil poderemos ajudá-la, principalmente para averiguar qualquer doença familiar que ela possa ter.

— Sou irmão dela, meio-irmão na verdade, ela é Marie Elizabeth e eu sou Jake Sullivan, temos 18 e 20 anos respectivamente. E não, não tem nenhuma doença genética em nossa família.

— Você sabe alguma coisa a respeito do pai ou familiares da família  paterna dela?

— Não, ele abandonou nossa mãe quando ela era um bebê, provavelmente deve ter morrido a muito tempo, era um beberrão que só vivia se metendo em enrascadas e devendo pra quem não devia. E preferimos não falar dele e nem procurar sobre sua existência, então está fora de cogitação vocês quererem entrar em contato com ele ou qualquer pessoa da laia dele.

Senti que ele não falava a completa verdade, alguma coisa esse cara estava escondendo e ficou mais suspeito ainda.  Não podia chamar as autoridades pois não tinha qualquer prova, mas de uma coisa eu sabia, não podia confiar nesse cara.

Fui embora e pedi para Jessica me ligar se houvesse qualquer mudança no estado clínico de minha mais nova paciente, sim, Marie agora era minha paciente, conversei com o Doutor Mike e falei que o caso dela me instigava de forma que gostaria de ficar com o mesmo se ele permitisse.

Em casa,  após o jantar, fiquei matutando sobre como poderia ajudar para que ela ao menos acordasse, não tinha ideia do que podia fazer, até que me veio a mente a carinha de Leah, com certeza se essas duas tivessem se conhecido seriam praticamente melhores amigas, tinham um gênio duro de roer e depois de conseguir achar uma possível solução, dormi como a muito tempo não conseguia.

 Pov Bella

Após a escuridão me dominar acordei em um lugar que nunca havia visto na vida, era lindo, uma clareira repleta das mais variadas flores, e no centro dela pude vislumbrar a sombra de alguém, por algum motivo não tive medo, mas sim uma certa necessidade de ir atrás dela. E assim, quando cheguei mais próxima pude ver que era uma mulher com cabelos cacheados que iam até a cintura de um castanho tão profundo que parecia tirado de um desenho. Fiquei estática quando toquei seu ombro e ela se virou, me recordava muito bem daquele rosto, que via em fotos escondida de meu pai, para que ele não me maltratasse. Ali, na minha frente estava minha falecida mãe.

Não podia ser real, será que eu havia enfim atravessado a ponte que separa a vida da morte? Não tinha como, um simples acidente de moto com ferimentos, de certa forma leves, não poderia ocasionar na minha morte, eu ainda tinha muito o que viver, agora que encontrei uma família de verdade, isso não podia acontecer.

Como se ela tivesse lido meus pensamentos falou:

— Não se preocupe minha filha, você vai viver muito ainda até ficar para sempre comigo, só aproveitei a oportunidade, digamos assim, de te visitar, ver minha menininha de perto e te alertar de um perigo que se aproxima.

Já começava a ficar mais calma quando dei por conta suas últimas palavras.

— Espera, como assim um perigo que se aproxima? Está falando do acidente? Já estou bem, foi só um susto.

— Quem dera fosse só isso minha filha. Existem muitas pessoas a sua volta que não são boas, e infelizmente temo pelo sua vida, quando chegar a hora você deverá confiar em todos aqueles que lhe querem o bem, velhos amigos ou novos, irá precisar de todos, pois o mal que essas pessoas podem lhe fazer será imenso quando unirem forças...

Ela não pôde terminar de falar o que iria me dizer, pois comecei a ver uma claridade que me cegava completamente e alguém me chamando.

— Marie, trouxe uma visita para você, acho que irá gostar, ela é tão topetuda quanto você, acho que irão se dar bem, mas para saber, você terá que acordar.

— Não temos muito tempo. Tenho mais uma coisa pra te falar, saiba que te amo e sempre te amarei meu amor, saiba que sempre estou do seu lado, mesmo você não me vendo. - Me disse minha mãe, já desaparecendo.

E a luz aumentou me deixando cega momentaneamente. Depois de algum tempo com os olhos fechados por causa da claridade, fui abrindo-os devagar e me deparei com dois pares de olhos me encarando. O dono de um eu sabia muito bem que era, mas a menininha que estava a seu lado nunca havia visto. Ela era linda, com olhos amendoados, rosto arredondado e cabelos castanhos iguais os meus, parecia uma bonequinha. Olhei interrogativa para o Cullen e o mesmo respondeu rapidamente:

— Marie essa é a Leah, essa mocinha aqui veio te ver e te animar, creio que irão se dar bem, ela é tão difícil de lidar quanto você. - ele disse dando uma piscadela para a menina. - Bem, vou indo, preciso ir atender meus outros pacientes, se comportem vocês duas, e Leah, já sabe o que fazer se precisar de alguma coisa, não é mesmo? - Ele disse indo em direção a porta, pensei que tinha ido quando ficou com o corpo de um lado da porta e a cabeça do nosso lado.

— Antes que me esqueça, não aprontem hein, a Sra Angela me mata se deixarem-na com os cabelos em pé. E Marie, precisamos conversar, quando terminar meu turno venho falar com você. Agora estou indo mesmo.

A menina parecia estar um pouco acanhada, sem saber o que fazer, então decidi por instigá-la a conversar comigo e assim eu poderia esquecer por um tempo a enrascada que podia me meter ficando aqui muito tempo.

— Leah não é? Você é linda sabia, parece uma princesinha, quantos anos tem?

— E...eu tenho 8, quase nove. E muito obrigada, mas você quem é extremamente bonita. O que a fez vir pra cá?

— Bem, eu sofri um acidente e tive que vir tratar meus dodóis.

— Não precisa falar comigo como se fosse uma criancinha, pode muito bem falar normalmente.

Me surpreendi com sua resposta e logo notei o que o Dr. Cullen queria dizer com ela ter um gênio do cão. Logo tratei de me desculpar e falar com ela de igual por igual.

— Desculpe-me, prometo que não irei te tratar como uma criança, afinal você já é uma mocinha, não é mesmo?

— Sim, exatamente. Detesto que não percebam isso logo.

Fiz força para não rir, essa menina era uma figura, adorei ela.

— E você afinal? Por que está aqui? Como conheceu o doutor Cullen? Me conte tudo

— Meus pais têm que me trazer quase sempre aqui, dizem que tenho uma doença rara, é que sempre que me machuco não sinto nada e às vezes acontecem alguns pequenos acidentes. Edward me conhece desde que começou a estudar aqui, segundo ele, nos encontramos por acaso e eu meio que o ajudei a ficar feliz em um momento triste, e desde então, sempre que pode ele vem me visitar, já que praticamente moro nesse hospital.

E assim as horas foram passando, sem que eu percebesse. falamos sobre absolutamente tudo, ela realmente era uma menina encantadora, mas como tudo que é bom acaba logo, Edward apareceu para acabar com nossa diversão.

— Mocinha o que ainda faz aqui? Deveria ter pedido para a Sra Angela levá-la para o seu andar, ande, vamos lá, eu irei te levar, antes que a senhorita mate seus pais de preocupação. E Marie, não saia daí, voltarei logo.

Alguns minutos depois ele apareceu novamente, mas pareceu uma eternidade devido ao nervosismo que sentia, afinal sobre o que ele queria conversar comigo?

—Marie, vou direto ao ponto, não gosto de ficar fazendo rodeios. Andei conversando com o tal do Jake e ele me contou tudo, mas quero saber tudo por você.

Jake não seria capaz de contar tudo pra ele, seria? Eu com toda certeza matarei meu melhor amigo se ele fez isso comigo, ele iria me pagar.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Eai, será que a Bells vai cair no jogo do Ed e abrir a boca? O que acharam? Pf sejam sinceras e digam se está muito ruim, morno, sei la kk, estou louca para quando chegar a ação ja, e vocês? Gente só eu quem estou achando as letras muito pequenas?