Pov Edward

Sou Edward Mason Cullen, tenho 21 anos e estou cursando meu quarto ano de medicina. Sou residente do hospital geral de Forks a um ano e simplesmente adoro ajudar a salvar vidas, por enquanto estou trabalhando na emergência, mas quero ser pediatra, amo ficar com as crianças nas minhas horas vagas.

Depois que terminei meu namoro com Tanya Denali acabei me fechando em uma casca, tenho receio de me aproximar das pessoas e elas me machucarem assim como aconteceu com ela, e por isso são raras as vezes que mantenho contato com minha família, eu os amo e sei que eles me amam, mas me tornei uma pessoa amargurada e não quero que eles sofram comigo. Só consigo me sentir feliz quando estou na companhia das crianças.

Tenho medo de não poder amar ninguém, depois do que aquela vadia me fez, eu a amava e um dia quando chegava ao nosso apartamento peguei-a em nossa cama com meu melhor amigo James, na hora peguei suas coisas coloquei em uma mala e pus para fora da minha casa, assim como sua dona, além é claro de dar um murro na cara de meu “amigo”. Depois do ocorrido fiquei na minha solidão bebendo e nada mais, como não atendia ao telefone minha irmã mais nova Alice veio me visitar para ver se eu estava bem, me encontrando em um estado lastimável, como na época não fazia residência, matei aula uma semana completa, então deve-se imaginar como era meu estado. Preocupada ela me perguntou o que havia acontecido e então lhe contei que havia pego Tanya me traindo e com meu amigo, para ajudar mais ainda a cena fodidamente sarcástica.

Desde aquele dia fui obrigado a “seguir” com minha vida. Comecei tomando um banho e fazendo a barba, queria pelo menos aparentar estar melhor, para não preocupar minha família. Depois disso, nada melhor do que arrumar um emprego para tentar ocupar a mente, para não ter tempo livre para pensar no ocorrido. E tentar dar seguimento na minha vida fodida.

Pov Bella

Após alguns dias morando no apartamento de Jake, decidimos por unanimidade morarmos em outra cidade, assim como trocar de identidade, pois tínhamos medo de Charlie armar um escândalo a respeito da minha fuga de casa e possivelmente piorar a situação em que nos encontrávamos.

Deixamos Forks e fomos para uma cidadezinha não muito longe chamada Port Angeles, onde conhecemos nossos amigos que acabaram nos dando uma grande ajuda. Eu era a única menina no meio de cinco garotos, então deve-se imaginar como passei o resto da minha adolescência, éramos como uma família, e eu era tratada como a caçula, ou seja, me tratavam como uma boneca que poderia quebrar a qualquer hora.

Apesar disso, Seth me ensinou a andar de moto e me levou para meu primeiro racha, claro que como carona, mas a sensação foi incrível, acabei me apaixonando e comecei a fazer parte dessa vida, os meninos não gostaram muito da ideia, mas nunca me senti tão livre.

Com o dinheiro ganho dividíamos o aluguel de um apartamento, não era grande coisa, mas era confortável e o melhor lugar que tive para chamar de lar. Tinha três quartos, os quais dividíamos em duplas, um banheiro (que era muito disputado), a sala e uma pequena copa acoplada a cozinha.

E antes que me pergunte, sim, eu tinha que dividir meu quarto com um dos meninos, mas depois de algum tempo acabei me acostumando com o fato de ter que dormir “junto” com o Seth, pois é, deixaram os mais novos juntos. E sim, todos passávamos nossas noites disputando rachas. Praticamente éramos uma gangue, ou pelo menos parecíamos. Imagine se você chegasse para apostar uma corrida e visse um grupo de cinco marmanjos de quase dois metros de altura competindo, visualmente botava terror e eu adorava ver aquilo.

Jacob fez um trato comigo, se eu continuasse a ir pra escola (terminar o ano que larguei pra trás e fazer o último) eu poderia participar também, apesar de ser avesso ao fato de eu participar daquilo, porque eu era muito nova, deveria ter um futuro pela frente e blábláblá. Não tinha jeito eu nasci para aquilo.

Como só tínhamos três motos e éramos ao todo seis pessoas, fazíamos duplas, cada hora era um integrante da dupla que apostava. Infelizmente no primeiro mês eu só olhava e tentava aprender os melhores movimentos, os meninos eram muito superprotetores comigo. Apesar de saberem que eu não era uma bonequinha de porcelana indefesa, mas acho que só perceberam isso quando um belo dia estava esperando Seth voltar com nossa moto e uma garota imbecil quis arrumar rolo comigo, apostei com ela e praticamente arranquei as mãos de Seth de cima da moto para competir com a desclassificada, a infeliz comeu poeira, mas não satisfeita veio para cima de mim e me deu um tapa na cara, e antes que os meninos pudessem fazer algo para me impedir, voei pra cima dela desferindo socos em sua cara, infelizmente não pude acabar com a raça dela porque Jacob me pegou pela cintura e me levou para longe.

Com o dinheiro que conseguia juntar dos rachas em uns 2 meses teria dinheiro o suficiente para dar entrada generosa na menina dos meus olhos, uma Suzuki hayabusa gsx1300r (http://pictures.topspeed.com/IMG/crop/201305/2013-suzuki-hayabusa-gsx1-8_600x0w.jpg). Que teria que compartilhar com Seth quando o mesmo quisesse usa-la, apesar de não ter necessidade, mas segundo ele não era justo eu não compartilhar essa belezinha com meu maninho, mas este foi avisado de que se fizesse um arranhãozinho na minha bebê, iria trucida-lo.

Jake achou que eu deveria arrumar um emprego no qual iria depois do horário escolar para parecer que todo dinheiro que eu ganhava era honestamente. Assim como o restante da turma, arrumei esse, estou trabalhando nessa birosca que é chamada de lanchonete e tenho um chefe que é o cão, queria mesmo era estar com os meninos, Seth e Sam conseguiram trabalho em uma pequena oficina mecânica, até tentei trabalhar lá, mas o filho da puta do dono não queria que eu trabalhasse pra ele, só porque não sou um homem. Machista miserável de uma figa posso não ser homem, mas entendo melhor do que muitos sobre carros e motos (claro que era graças aos meninos, que me ensinaram tudo).

Jacob e Quil trabalhavam em um restaurante como garçons, trabalho esse em que consegui ficar por apenas uma semana, até que graças a minha coordenação acabei perdendo porque derrubei uma xícara de café em um dos clientes. E Paul, esse sortudo de uma figa, conseguiu um emprego como motorista de uns filhinhos de papai, e ainda teve a sorte de conseguir trabalhar só no período da manhã, já que falou que tinha outro “emprego” a noite, mas como os riquinhos não ligavam de gastar dinheiro contrataram-no e mais um cara que o substituía a noite. Teoricamente eu fui a única que não gostou muito do meu emprego, eu queria mesmo era fazer algo relacionado a carros ou motos, essa é minha paixão, isso fora que meu chefe é um cretino filho da puta. Provavelmente não irei durar muito, como sempre minha coordenação não irá ajudar, além disso, por eu estar terminando o ensino médio quase não durmo, prefiro gastar meu tempo livre apostando e vendo os meninos correrem, então o cretino está pegando mais no meu pé, porque me pegou cochilando apoiada no balcão uma vez, poxa, nem tinha cliente.