Genderswap escrita por Ero Hime


Capítulo 10
O fim




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Se eu fosse você, e você fosse eu, continuaríamos a ser as mesmas pessoas de sempre, porque eu sou você, e você sou eu, e nós somos nós.

 

Naruto estava nervoso, mas ninguém estranhou, porque, bem, Hinata costumava ser muito tímida também.

Ele olhou para ela, que olhou para ele. No começo, era como olhar para um espelho e ver seu reflexo; agora, depois de tantos dias, ele conseguia ver as diferenças, todas as pequenas diferenças, que tornavam-no quem ele era, e tornavam quem Hinata era.

Ela tinha feito um discurso perfeito, algo que ele jamais teria conseguido. Queria esfregar na cara de Hiashi que foi ela quem tinha dito todas aquelas coisas incríveis. Mas não podia. Ele não sabia que era Naruto quem estava no corpo de sua filha, ninguém sabia. Nem a velha Tsunade, nem os líderes feudais. Precisaria convencê-los como uma Hyuuga faria. Como Hinata faria.

— B-Bem, eu... – gaguejou. Tossiu, limpando a garganta. Ninguém falou, e todos os olhares estavam voltados para ele. Hiashi, sobretudo, parecia fuzilar sua nuca; de repente, Naruto não sentiu mais vergonha – Eu lutei por Konoha. – as palavras saíram tão firmes que ele mesmo se surpreendeu – Nos tempos de guerra, eu lutei por Konoha, e por meus companheiros. Eu estive disposta a sacrificar minha vida pelos moradores da nossa vila, sem medo do que poderia acontecer. – se olhasse nos olhos de qualquer um deles, agora, não conseguiria colocar tudo para fora – Eu precisava lutar, porque foi assim que eu fui criada. Como uma guerreira. – sua voz se tornava mais clara e mais alta – Graças ao clã Hyuuga, eu aprendi princípios como excelência, dedicação e coragem. Onde ensinam liderança e tradição. Mas eu também aprendi sobre bondade, integridade e bravura. Sobre como precisamos usar nossa força para ajudar as pessoas. Konoha ensina nossas crianças e nossos jovens e serem, acima de tudo, pessoas íntegras. Ensina a valorizar o trabalho em equipe, e a tratar todos como iguais. Os senhores podem verificar nossas taxas de desenvolvimento, nossos índices de exportação, mas tudo isso é besteira! – se exaltou, assustando alguns deles quando balançou o braço coberto pelo quimono elegante – Vejam Konoha! Perguntem para as pessoas, acompanhem as aulas na Academia Ninja. Nossa vila prepara a próxima geração para o caminho na paz, e é nisso que eu acredito! – parou, respirando fundo – É nisso que eu acredito. Dados, números, relatórios, são, sim, importantes. Mas, mais que isso, são as pessoas. Eu tenho a plena certeza que meu clã – moveu os braços para atrás de si – fez o melhor que pôde, e eu estou preparada para assumi-lo quando chegar a hora. Konoha, e a nossa hokage, farão o melhor trabalho que puder, para se dedicar mais ainda a todas as vilas e todas as famílias. Para que elas tenham a coragem de se sacrificar pelas pessoas que amam, para que se tornem corajosas, destemidas e bons líderes. Obrigado.

Quase sem fôlego, se sentou, cruzando as pernas.

Engoliu em seco e olhou para frente. Hinata o encarava com a boca escancaradamente aberta, os olhos arregalados e marejados – ele não sabia se era de choque ou de emoção –. Alguns dos líderes feudais também estavam assim, e Naruto se perguntou se ele, como Hinata, não teria exagerado no tom energético e nos gestos bruscos; afinal, ela era a princesa Hyuuga.

Subitamente nervoso, prostrou-se com a cabeça baixa, enquanto Tsunade retomava a palavra, também um tanto atônita. Não falou muito – todo o necessário já tinha sido dito. Poucos minutos depois, a mesa se desafazia, enquanto Shizune guiava os convidados para fora e apenas os líderes feudais permaneciam.

Do lado de fora do corredor, Naruto sentia-se muito mais leve. Queria procurar por Hinata imediatamente, comemorar o – quase – sucesso da reunião, mas, no meio do caminho, foi impedido por Hiashi. O patriarca Hyuuga guiou a ambos para afastado dos demais, a testa enrugada e os ombros tensos.

— Aquilo não foi o que combinamos, Hinata. – sussurrou energeticamente. Parecia diferente de quando lhe dava um sermão, mas, antes que pudesse retrucar, Hanabi se meteu entre eles, com os fios rebeldes escapando do laço.

— Está brincando, não é? – Naruto definitivamente gostava aquela garota – Ela foi demais! Onee, eu nunca te vi falando daquele jeito! – se virou para ele com um sorriso enorme – Foi ótima. Os líderes, com certeza, vão fazer acordo com a gente! – vibrou, e, por um momento, Naruto quis dar pulinhos junto com ela.

— Ainda assim, não gosto de ser desobedecido. – Hiashi se fez presente, mas o Uzumaki entendeu que ele também estava abalado. Sorriu vitorioso, empertigando os ombros com dignidade.

— Não se preocupe, meu pai. Agora, se me dão licença, preciso procurar a Hi- quer dizer, o Naruto. – corrigiu-se antes que percebessem, e saiu, arrastando o vestido pelos pés.

Ansioso, procurou por Hinata com os olhos. Encontrou as vestes alaranjadas, e correu até elas. Hinata também se virou, sorrindo. Inclinaram-se um para o outro, com os dedos entrelaçados. Sem dizerem nada, seus olhos conectaram-se em uma comemoração mútua. Os corredores da sala da hokage estavam movimentados, mas, da porta, uma fresta se abriu.

— Psiu. – Shizune sussurrou, chamando a atenção do casal – A Tsunade-sama me pediu para parabenizá-los pessoalmente.

— Espera! – Naruto exclamou, ansioso – Então conseguimos? – a mulher sorriu como se guardasse um segredo, e voltou rapidamente para dentro. Eles se entreolharam, e, sem aguentar, uniram-se em um abraço.

Não importava se alguém estava olhando. Naruto envolveu a cintura de Hinata, maior e mais larga, enquanto sentiu os braços pesados ao redor de seu pescoço. Seu rosto ficou prensado na jaqueta, de uma maneira desconfortável; no entanto, nem percebeu. Estava feliz demais. Tinha conseguido. Tinham conseguido!

Afastaram-se rápido demais, na opinião dele.

— Quer sair daqui? – propôs, a meia-voz. Hinata, tímida, concordou com a cabeça, e escaparam pelo canto, fugindo dos olhares atentos de Hiashi e dos demais ansiosos.

O sol já estava baixando, e a vila parecia alheia à reunião importante que acontecia no prédio da hokage. O casal escapou pela janela – embora houvesse uma escadaria perfeitamente utilizável – e fugiram pelos telhados. Naruto tropeçou algumas vezes na barra do quimono, e Hinata teve que segurá-lo para não caírem; os papéis invertidos o deixaram ruborizado.

Sem rumo, acabaram no mesmo campo de treinamento do primeiro dia. A campina verde e afastada estava silenciosa, as copas cobrindo a luz do sol. Apoiaram nas árvores, respirando fundo e recuperando o fôlego. Naruto desamarrou alguns dos panos, com calor, e sua mão borrou na maquiagem elaborada, que desfazia com um pouco de suor. Hinata, por outro lado, sentia o coração disparar. Tudo que conseguia pensar era no discurso de Naruto. Aquelas palavras tinham sido tão cruas, tão verdadeiras. Ela nunca conseguiria ter dito aquilo. Naruto os tinha conquistado totalmente.

— Nós conseguimos. – murmurou, incrédula. As palavras ficaram no ar, e Naruto se voltou para ela, em êxtase. Se aproximou, até que ficassem próximos o suficiente.

— Nós conseguimos! – confirmou. Estendeu os braços, voltando a segurar as mãos grandes, que, por algum motivo, o deixavam confiante – Você foi incrível! Ninguém estava esperando que eu falasse coisas tão inteligentes. – fez uma careta, vendo as bochechas corarem.

— Eu? O que dizer de você? Meu pai deve ter ficado louco! – exclamou – Se não fosse por você, nada disso teria sido possível. Obrigada, Naruto-kun. – sua voz soou tão sincera que o pegou de surpresa.

— Hinata, eu...

Pela segunda vez no dia, as palavras ficaram presas em sua garganta. Ele queria dizer tudo que estava guardando em seu coração. Não naquele coração, mas no seu, na sua cabeça. Os seus verdadeiros sentimentos. Em sua mente, aquele único momento continuava a se repetir. Desde o momento em que Hinata se declarava, corajosa, até o ódio incontrolável que despertou a Kyuubi. Ele sabia, desde aquele momento, Naruto sabia o que sentia. Mas ele também tinha medo.

Como um cara como ele saberia como amar uma garota tão incrível quanto Hinata? Tinha sido criado sozinho, tentado passar pela mágoa e pelo rancor, se tornar uma pessoa boa. Alguém idolatrado por todos – estava tão obcecado que não percebeu a única pessoa que o admirava como ele era, desde o começo. Naruto não sabia o que era amor. Ele tinha medo de amar errado.

Então, ele conheceu outros tipos de amor. Amores que ele não sabia que existiam. Como Hanabi amava Hinata, um amor de irmãos. Como ela era amada por todos os membros da família, por ser boa e gentil. Como ela era forte, e admirada. E todas as vezes, todas, em que Hinata se preocupou com ele, mesmo que indiretamente. Como ela o compreendia, lhe dava espaço. Como ela aceitou que ele a dispensasse, depois de se declarar com todo seu coração, e mesmo assim não o odiou. Aquele era um tipo de amor, que ele também podia aprender.

De repente, ele precisava dizer. Precisava que Hinata soubesse o quanto ele a achava fantástica. Todas suas qualidades, como ela era linda, e como ele não a merecia. Ele finalmente pôde compreender o outro lado – ela o amava pelo que ele era, um tipo de amor poderoso, minucioso.

Hinata esperou. Era difícil controlar as sensações naquele corpo, sobretudo com Kyuubi rindo dentro de sua cabeça – tentava desesperadamente ignorar os comentários da besta, ou ficaria mais ansiosa. Naruto parecia imerso em um diálogo interno muito complicado, mas ela não se sentia confortável com a maneira que as duas pérolas a encaravam, tão intensamente.

Não tinha arrependimentos. Todos os sentimentos ruins que se instalaram dentro dela desapareceram, e só restou admiração. Amor.

Repentinamente, soube que jamais poderia culpar Naruto por não saber como retribuir seus sentimentos. E soube, também, que não desistiria de mostrar a ele que não tinha problema. Ela esperaria o tempo que fosse necessário, mesmo que continuasse naquele corpo. Não tinha problema. Nunca tinha se sentido tão ela.

— Naruto-kun. – sussurrou.

Ele se aproximou, o máximo que pôde, agora. Tinha de olhar para cima para manter o contato visual, enquanto seus braços, tão pequenos e delicados, seguravam-se nos seus próprios. Eles se encararam. Espelhos. Não. Não espelhos. Eram diferentes. Existiam traços que podiam identificar o outro, mesmo que estivessem olhando para seus próprios rostos.

— Você acha que seria muito estranho se eu beijasse a mim mesmo? – Naruto sussurrou, inseguro. Hinata não conseguiu segurar a risada, com o rosto vermelho. Ele também riu, deixando o clima menos denso.

Naruto ergueu a ponta dos pés, apoiando-se no outro corpo. Hinata percebeu que ela quem teria que se abaixar, e, apreensiva, inclinou os ombros para frente, fechando os olhos e rezando para que não se chocassem errado e caíssem. Seria embaraçoso.

De alguma maneira, pareciam estar com sorte. Os lábios se encontraram, e foi estranho. Muito estranho. Hinata sentiu gosto de maquiagem, e identificou seus próprios lábios finos. Era, literalmente, como beijar sua própria boca. Naruto se esforçou para alcançar o rosto, e também tateou um rosto que ele conhecia muito bem. Nenhum deles fez movimentos bruscos, tentando se acostumar com a sensação. De fato, a experiência se tornou infinitamente melhor quando perceberam que não estavam beijando o corpo, e sim a pessoa dentro dele.

Foi súbito, como um raio. Sequer foram capazes de perceber a mudança – talvez porque já estivessem mudados, há muito tempo. Afastaram-se ligeiramente, deixando que o toque se espalhasse, e se acostumassem com o que estava acontecendo. Os olhos permaneceram fechados por alguns instantes, em silêncio.

Naruto foi o primeiro a perceber, como da primeira vez. Suas pálpebras se abriram, e a luz invadiu seus olhos menos sensíveis. Piscou duas vezes. Espera, algo estava diferente. Por que sentia-se mais pesado? Perdeu o senso de direção por alguns segundos, tentando se localizar na campina. Então, ele focou, e ficou maravilhado. A primeira visão foi ela. Sempre ela. Com o rosto perfeito, mesmo com a maquiagem desbotada e a boca inchada. Os olhos fechados e os cílios alongados. O cabelo preso, o yukata que escorregava pelo corpo. Aquele corpo. Assustado, olhou para baixo, e viu os pés desengonçados e gigantes, em vez dos pés pequenos que tinha se acostumado. Os músculos, a roupa laranja. Desvencilhou-se rapidamente do abraço das mãos pequenas – mãos pequenas! – para apalpar-se.

— Naruto-kun? – Hinata chamou, confusa, enquanto abriu seus olhos.

— Hinata! – exclamou. A voz grava reverberou até seus ouvidos – Hinata, olhe! – gargalhou, extasiado – Olhe!

A Hyuuga finalmente abriu os olhos, e essa foi sua confirmação. Seus olhos, doces e maravilhosos olhos. Tudo nítido, certo. No lugar. Abriu a boca, surpresa, e imitou Naruto. Abriu e fechou os dedos, vendo-os alongados e pequenos. A pele macia, em vez de áspera. Os membros proporcionais e, sobretudo, pequenos. Olhou em volta, vendo o tecido reluzente do quimono, e apalpou o rosto. Seus olhos marejaram.

Voltou-se para Naruto, que, como uma criança, comemorava. Ele a fitou, e, em um impulso, puxou-a pela cintura, abraçando-a como nunca antes. Tão natural quanto poderia ser, seus corpos tornaram a se encaixar, desta vez da maneira certa. Hinata afundou o rosto contra os ombros de Naruto, com um soluço. Ele a afastou ligeiramente, para tornar a beijá-la. Profunda e demoradamente. Agora ele pôde sentir o gosto doce e macio.

Ah, finalmente, pirralho. Eu estava ficando enjoado com toda essa confusão.

“Cale a boca, raposa idiota!”.

— Se eu soubesse que era só te beijar – resfolegou – teria feito isso antes!

— Naruto-kun! – Hinata exclamou, corando. Naruto sentiu tanta falta daquilo! A colocou de volta no chão, acariciando o rosto que, nos últimos quatro dias, tinha sido o seu. Era diferente, mas, de alguma forma, não parecia ter mudado.

— Você é você, e eu sou eu. – murmurou. Passou as mãos do rosto para seus braços e pelo abdômen. Em seguida, apalpou seu amiguinho, soltando uma exclamação aliviada. Hinata riu alto, com vergonha – Kami, que saudade eu estava do meu corpo. – choramingou, bagunçando o cabelo e puxando as bochechas. Cada centímetro seu, de volta – E ainda conseguimos fazer os líderes assinarem o acordo! – lembrou.

— E não precisamos incomodar a hokage-sama. – Hinata complementou. Tudo estava no lugar. Ela poderia desmaiar – O que vamos fazer agora? – fingiu não ter percebido que Naruto ainda segurava possessivamente sua mão. O Uzumaki tinha certeza de que nunca mais a soltaria.

— Primeiro, vamos procurar a velha e ver se somos nós mesmos de verdade. – Hinata concordou – E depois vamos encontrar a Hanabi. – a garota o fitou com confusão – Tenho a impressão que ela não gosta muito de mim. – estremeceu, e Hinata riu.

Retomaram o passo, voltando para a vila, desta vez com confiança e alívio. Não se preocuparam com o que as pessoas pensariam ao vê-los juntos – estavam felizes demais para isso.

— O que você acha que aconteceu com a gente, Naruto-kun? – Hinata perguntou, baixo. Naruto também estava curioso quanto a isso.

— Não tenho ideia. – respondeu, franco – Talvez os deuses tenham achado que precisávamos disso para nos acertar. – deu de ombros. Tinha dado certo, uma vez que seus dedos estavam tão unidos quanto um se sentia em relação ao outro.

— Talvez tenha sido um castigo. – a Hyuuga opinou – Homens são tão nojentos. – vacilou.

— Ei!

— Você não, Naruto-kun! – recostou em seu ombro, sentindo-o mexer com uma risada – Você não.

Porquê agora entendiam, puderam seguir em frente, com tudo no lugar. Coração e mente exatamente onde deveriam estar: juntos.


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Notas finais do capítulo

TERMINOU AAAAAAAAAAAA DESDE JULHO DO ANO PASSADO!!!!!
Eu sempre fico triste quando tenho que terminar uma fic :(
Essa ideia foi algo bem bobo que surgiu e eu quis escrever. Não sou tão boa com cenas de comédia, e nunca tinha escrito coisas do universo canon, mas, apesar de tudo, eu amei o resultado final. Esse capítulo foi menor que os outros porque eu não queria me estender tanto.
Obrigada. A todos que acompanharam. A todos que comentaram. A todos que favoritaram. A todas as recomendações (NICKCRIATIVO, JOUGAN E ANDY SWAN ♥♥♥♥). A melhor recompensa que um escritor pode receber é o reconhecimento do seu trabalho, saber que as pessoas gostam do que você escreve, e, quando eu escrevo, eu me muito realizada. Obrigada por me proporcionarem isso, todas as vezes.
Especialmente dedicado para a Bruna, que, como todo mundo sabe, é a pessoa que eu mais admiro e me inspiro!
Já temos outros trabalhos a vista (ACHARAM MESMO QUE EU IA FICAR SEM POSTAR FIC NOVA SEM TERMINAR AS OUTRAS???????), e as outras fics que eu vou atualizar! Por isso, espero nos vermos em breve ♥
Dito isto, aqui eu me despeço dessa fic que eu AMEI DEMAIS escrever e planejar. Espero que tenham gostado tanto quanto eu ♥
Com muito amor, Ero Hime.



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