Avatar:A Lenda dos Gêmeos/Livro 1-avatares escrita por Barilinho


Capítulo 3
Capítulo 3:Paciência Luan!


Notas iniciais do capítulo

Oi povo.
Desculpas por:
1- ter demorado tanto, tive problemas de família, de documentação e acabei por deixar a fic de lado por um longo tempo.
2-pelo tamanho desse capítulo. Mesmo ele sendo gigante e um pouco entediante, ele será de suma importância no futuro, então leiam com atenção.
3- pela minha falta de educação de não ter comunicado a vocês que eu não poderia postar! Que feio de minha parte!

Bom, here I am, pronto para me redimir com vocês, e tentarei traduzir e digitar o próximo capítulo até o final da semana que vem, mesmo estando em época de provas.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/765031/chapter/3

Mais de quatro horas haviam se passado, e ninguém falou nada. Meu pai, era evidente, sabia mais dessa minha irmã do que qualquer um, e não falou nada. O sábio Wan, por sua vez, mantinha seu silêncio por não estar entendendo por que saiu de Gaoling, ou talvez por não estar nem ao menos acordado. Eu, por ter muita coisa desorganizada na minha cabeça, e automaticamente não conseguir pensar em nada direito, não me pronunciei desde que saí de casa. Jinora era única que tinha respostas para tudo, mas ela não ia sair falando assim, sem mais nem menos. Você sempre precisa perguntar para obter uma resposta, é assim que minha mãe me ensinou, ou pelo menos quem eu acho que é minha mãe. Enfim, estou muito confuso. A única coisa que tinha realmente entendido era que aparentemente eu não iria para escola amanhã, o que era bom.
Estávamos já no meio do reino da terra, lá pelo deserto de Si Wong, quando resolvi quebrar o silêncio. Estava um frio polar, o que é estranho para um deserto. Mas, Como o sábio Wan dormia profundamente e meu pai se tremia todo de frio, resolvi me aproximar de Jinora para esclarecer algumas coisinhas.
—Por que minha mãe odeia tanto o Rohan?- perguntei à monja. Isso era uma coisa que estava realmente me intrigando desde que saí com Jinora à varanda de casa, depois da discussão dos dois. Não que isso me fizesse um grande esclarecimento ou uma grande diferença na minha vida, mas assim eu iniciei nossa longa conversa.
— Bom, Luan, essa é uma história bem complexa, e cheia de detalhes. E aqui vai um conselho de uma velha: Quando eu terminar de contar o caso, julgue-o se quiser, porém tente ser imparcial ao máximo. Seja completamente racional e lógico nesse caso, e estou segura que isso te ajudará muito em sua jornada avatar.
“Há muitos anos, quando Korra ainda era viva, muitos dominadores de ar começaram a aparecer, como você bem sabe. O que não sabíamos à época era que eles continuariam a aparecer aleatoriamente pelas quatro nações, sem o nosso conhecimento. Descobrimos isso da pior maneira possível, Meelo meu irmão tinha dezenove anos de idade e foi atacado até ficar inconsciente por um dobrador estranho do ar.
“Então, Korra e meu pai juntos resolveram reabrir TODOS os templos do ar do mundo, e assim ter uma academia de estudos dos monges em cada lugar. Mas, tínhamos que levar em conta que muitas dessas pessoas não escolheram serem dobradores de ar, o que significava que não necessariamente eles acatariam nossa cultura. Então, meu pai sabiamente designou que, o templo do ar do norte seria para aqueles que não quisessem seguir nossa cultura. Lá eles aprenderiam a dobra, um pouco de espiritualidade, e seguiriam suas vidas como se nada tivesse acontecido.
“O que ninguém pôde prever foi os natos dominadores. A dobra costuma aparecer nas crianças por volta dos seis anos de idade, nos casos comuns. Você já deve ter ouvido falar que meu pai foi o primeiro dobrador de ar que nasceu em mais de cento e trinta anos, e só depois de outros trinta e sete anos eu fui nascer, a segunda dobradora de ar em quase cento e setenta anos. Éramos o renascimento da nossa nação. Mesmo assim, nem eu e nem meu pai nascemos dobrando.
“E aí, aconteceu o natural. Tinha a primeira leva de novos dobradores se casando, ao mesmo tempo que eu e meus irmãos estávamos nos casando, o que era de se esperar que acontecesse. Afinal, estávamos repovoando uma nação! Então era natural que nossos filhos pudessem dominar o ar. Mas não contávamos com pessoas de outras nações tendo bebês que desde o nascimento fossem dobradores de ar! Era sem a menor dúvida uma alegria, acompanhada de um grande problema. Porque, nada poderia nos garantir que tais crianças seriam levadas a um templo onde desenvolveriam suas habilidades. Porque, se uma criança manifesta sua dobra aos seis anos por aí, os professores o relatariam na escola, e todos os mestres de todas as nações foram instruídos a repassar tais crianças a nós, pois nós precisávamos de população para os nômades do ar. Mas, se por ventura nascesse um dominador de ar no pólo Sul, qual seria o interesse dos pais dessa criança em levá-lo a algum templo? Os pais poderiam oprimir a criança afim de exumar de seu corpo tal dobra, obigá-los a fazer coisas que contrariem sua natureza espiritual.
“Então, minha mãe disse a meu pai que saísse com o problema a público, que expusesse o impasse, para que todos se sensibilizassem com nosso problema. Meu pai assim fez, fazendo assim com que muitos pais que tinham filhos dominadores de ar pusessem seus filhos em uma academia de estudos da nossa cultura, seja porque assim queriam, ou por pressão social dos vizinhos e amigos.
“Até aí tudo bem. Eu e meu marido fomos designados para o templo do norte, onde teríamos que ser mais pacientes com aqueles que não gostariam de seguir a cultura dos nômades, mas que mesmo assim pudesse dominar o elemento. Ikki e Meelo foram designados ao templo do ar do oeste, a maior academia que existe, até os dias de hoje sob a direção de Meelo. Bato e Kira, um casal formado ainda na primeira leva de novos dominadores ficaram com o templo leste, e o templo do Sul seria dirigido por um não dominador, e por isso contava com a ajuda de professores dominadores. Goles, como se chamava, era filho da irmã mais nova de Sukki, esposa do meu tio-avô Sokka. Goles passou toda sua vida estudando muito, muito mesmo sobre nossa cultura, nossos métodos, nossas comidas típicas... Enfim, um expert em tudo que se diz respeito aos nômades do ar. As coisas foram se tocando. Aos trancos, mas levamos a coisa muito bem, devo dizer.
“Quando Rohan se provou pronto para ensinar e passar tudo que aprendeu no templo central para outras pessoas, houve um impasse para onde ele iria. Afinal, quem não estava precisando de ajuda? Tanto eu como Kira estávamos grávidas de nossos segundos filhos. Tínhamos uma criança para vir e outra já nascida para cuidar. Não tínhamos tempo nem para respirar, imagine dar aulas. Ikki e Meelo levavam as coisas até que bem, mas eles sempre tiveram essa disputa idiota, e brigavam o tempo todo. Eles precisavam de alguém que fosse neutro àquilo tudo. E o Goles? Bom, acho que não preciso nem falar...
“Aconselhamos-nos na época com Korra, que designou Rohan para o templo do norte, comigo e com Kai. É evidente que ficamos super contentes, Kai principalmente. Rohan chegou, foi apresentado a todos os alunos como o novo professor da academia, e começou a lecionar no mesmo dia em que chegou. Korra me disse, anos depois, que achava melhor que Rohan lecionasse lá, pois ele tinha uma postura muito agressiva e ofensiva, e como o nosso objetivo no norte era preparar as pessoas para a vida e ensiná-las a dominar seu novo elemento, não havia ninguém melhor que Rohan para a função.”
Korra me parece ser uma mulher bem sábia. Todo mundo fica falando da ”saudosa avatar Korra”, e eles não parecem estar esperando um novo avatar, quanto mais dois, porque agora Jinora está me levando para conhecer Lena, minha irmã gêmea. Será que teremos apoio público?
Jinora segue com seu monólogo:
“Tudo corria bem. Nós três nos revezávamos para cuidar de nossas crianças e lecionar, e assim foi por quase uma década. O problema surgiu quando Rohan reclamou a nosso pai que gostaria de se casar e criar uma família, largando assim o templo. Justificou sua causa dizendo, que fora o único que iniciou sua carreira letiva antes de poder ao menos escolher isso para si, e nem sequer ter conseguido provar da vida adulta. Eu iniciei a lecionar já casada. Ikki namorava um lindo rapa da nação do fogo quando se mudou para o oeste, pondo assim um fim em seu namoro. Meelo também namorava uma menina que conheceu quando ainda dava aulas no templo central, e ela é sua atual esposa. Ele realmente era o único, e tinha o direito de reclamar por não ter uma vida conjugal. Até neu irmão mais novo, Lu Ten, que não é um dominador, conheceu na época uma dominadora de água muito meiga. Ele ficava louco pelo fato de seu irmão menor já estar se relacionando e ele não.
“Meu pai julgou a causa como nobre, porém não urgente como ele afirmava ser. Pediu a Rohan que lecionasse por mais dois anos conosco, e depois poderia escolher o caminho de sua vida. Rohan aceitou de muita má vontade. E por menos de um ano ele se comportou bem, era o mesmo Rohan daqueles de últimos anos.
“Eu e meu marido tínhamos outras coisas na cabeça. Nossa filha mais velha, Kanna (em nome da avó de minha avó Katara) que é uma dominadora de água, tinha completado doze anos, e decidimos levá-la a tribo da água do norte onde poderia desenvolver suas habilidades e conhecer mais sobe seu povo. Nós dois tínhamos nossos filhos em mente, não podíamos ficar controlando Rohan.”
“Quando fomos para o norte deixar Kanna lá, nunca imginaríamos que Rohan não daria conta da academia. Ele sempre se provou capaz, um excelente mestre, mesmo com sua pouca idade. Não havia motivos para ele não conseguir.
“Pois foi justamente dessa vez que ele arranjou o maior problema da vida, com a sua mãe, que na época era chamada de pequena Nora.
“Como você muito provavelmente já sabe, sua avó era uma menina novinha quando meu pai e Korra foram recrutar os novos dominadores de ar que surgiram no reino da terra. Era um prodígio como era seu avô, tanto que se casaram. Diferente de Kira e Bato, eles não tinham vocação pra ensinar, e tinham boas condições financeiras em Ba Sin Se. Então, quando se casaram, mudaram-se para Ba Sin Se e lá viviam. Sua mãe veio ao mundo cinco anos depois que seus avós se casaram. E desde sempre encantava a todos com sua meiguice e beleza. Por sempre ter sido muito vaidosa, ela já sabia desde cedo que mesmo sendo uma dominadora de ar, coisa que veio descobrir só aos seis anos, escolheria a carreira da moda e de modelo.
“Completos seus doze anos, ela era realmente uma lindíssima jovem. Quando ela veio ao templo norte, sabíamos que ensinaríamos àquela menina por não mais que cinco anos, em vez de oito ou até dez anos, como era normal. A moça seguiria carreira de modelo, e seria bem sucedida, não tem porque atrapalhá-la, dizia meu marido.
“Ela chegou justo no ano crítico de Rohan. Não vou dizer que sua mãe era a melhor da turma, mais com certeza não era ruim. Pegava a matéria rápido, sem problemas, e realizava bem todas as tarefas. Rohan lecionava muito bem e se orgulhava disso, ao mesmo tempo em que Nora se orgulhava de ser estupidamente mais bela e atraente que todas as outras meninas do templo. Eles se entendiam muito bem, eram como amigos.
“Nora estava para completar quinze anos de idade, já três anos na academia, e foi justo quando estávamos levando Kanna ao norte. Como eles dois a época se davam muito bem, Nora veio pedir a Rohan permissão de fazer uma festa. Ele claro que autorizou, mas exigiu que a festa terminasse numa hora normal, para que as meninas pudessem descansar para o dia seguinte. Ele pediu também, que mesmo sendo a festa designada para meninas, que ele liberaria uma hora mais cedo todo mundo se houvesse um momento na festa onde os meninos também pudessem participar, pois era injusto que eles não tivessem diversão. Disse também que ele não era uma pessoa de dar presentes, mas por ela ser uma aluna especial, merecia receber um. Ela ficou super animada e curiosa, mal sabendo que aquele dia poderia ser o pior de toda sua vida.”
—Jinora, por que você está enrolando tanto? Vá direto aos finalmente!Por que minha mãe o odeia tanto assim?
Eu realmente não suporto essa enrolação toda que ela faz, me deixa apreensivo. Acho que ela faz isso com as pessoas justamente para testar sua capacidade de ouvir com atenção, e tudo indica que acabei de falhar no teste.
— Você deve ter paciência Luan! Acha que isso aconteceu rápido? A história demorou seu tempo para acontecer, você não pode prestar atenção por um pouco mais?
"Bom, prosseguindo, a festa aconteceu. Seus avós enviaram presentes singelos com a guarda do ar, as meninas do templo cozinharam algumas coisinhad para a festa, os meninos enfeitaram o salão da maneira que Nora havia pedido... Tudo corria muito bem. O sol se pôs, e a festa começou. Rohan fez questão que todos os meninos participassem da festa dela, mesmo que ele próprio não foi lá, pois ele daria a ela um presente particular depois, e se contentou com isso. Houve música, uns namoradinhos e namoradinhas se beijando, dança, piadas... A festa foi tão divertida com todos juntos que as meninas até desistiram de fazer um pouco da festa só pra elas.
" Ao que me consta, Rohan combinou com os meninos que eles saíssem as 23:30, e disse para as meninas encerrarem a festa até as 00:30. No final, todos ficaram até a 01:00 se divertindo. Então todos foram embora, se deitaram e foram descansar para o próximo dia .
"A pequena Nora não tinha se esquecido de seu presente, então assim que ela terminou de limpar e arrumar tudo, foi ao quarto de Rohan com toda a educação do mundo, já de camisola, para pedir-lhe seu presente. Ela bate na porta, e quase que imediatamente Rohan a abre com um sorriso. Rohan pede pra ela entrar, se sentar à mesa e que contasse um pouco da festa, enquanto ele ia para a cozinha trazer pra ela uma bebida muito gostosa. Nora animadíssima contava toda entusiasmada toda a festa, e Rohan lhe trouxera um copo com um líquido rosado. Nora hesitou, mas ao final bebeu o copo todo.
"Ao terminar o copo, Rohan pegou dois planadores e pediu que a moça lhe acompanhasse. Eles foram ao " aeroporto" do templo, uma lugar no penhasco com uma área aberta bem bonita. Meu irmão instruiu a jovem que o seguisse, e assim foi. Ele voaram por mais de vinte minutos e pousaram em uma montanha não muito longe do templo, e se sentaram para apreciar a vista.
"Aquele líquido rosado que citei antes, era uma poção antiga conhecida como " Amorango", uma essência forte de morango que desperta em uma mulher os hormônios femininos de uma maneira mais forte"
A única coisa em que conseguia pensar era em que assim que eu conseguir entrar no estado avatar, ia matar esse desgraçado. Ele quis seduzir minha mãe a fazer sei lá que coisas com ele! Que cretino!
Jinora estava ficando um pouco mais exaltada nessa parte da história, e sem nem mesmo reparar na raiva que eu sentia, continuou seu discurso:
—Sua mãe, agora aguçada com o Amorango, estava ficando apaixonada pelo que se passava. Era tecnicamente um sonho pra ela naquele estado, estar ao lado de um homem belo, mais velho, poderoso, de uma boa família, alguém que ela gostava e admirava muito, e acima de tudo, a sós. E ela sabia (inconscientemente) que ele tinha isso planejado, então tudo que acontecesse lá ficaria apenas entre eles dois.
"A moça fogosa se sentou ao lado do meu irmão, para apreciar a vista recostada em seu corpo, olhando o horizonte escuro ao fundo. Ela ia passando-lhe a mão pelas pernas, pelo pescoço e por fim na boca. Ela não pôde mais se conter: Nora beijou meu irmão! Ela meio que sentiu encabulada, mas quando viu que seu mestre lhe retribuiu o beijo, e deu sequência ao sucedido, aí sim que eles se beijaram por muito tempo... Imagine Luan, uma menina perdidamente apaixonada , mesmo que artificialmente, com um jovem carente de atenção amorosa. Era o beijo dos sonhos para os dois.
— Jinora, essa história não é tão difícil de julgar. Rohan envenenou minha mãe com o Amorango e a levou para os confins do reino sem mais ninguém! Ele poderia ter feito algo bem pior!
— Mas você não analisou tudo direito. Até aqui, você tem um ponto de razão, é verdade, mas a história não acabou ainda. Você terá paciência para ouvir até o final?
— Sim mestra, terei.
— Pois bem. Depois desse beijo, eles voltaram para o templo, e foram ligeiramente para suas camas, para que ninguém desconfiasse de nada. A partir daquele dia, sua mãe passou a ter dores de cabeça pelas manhãs, pelas tardes seguia sendo a Nora de sempre, e as noites ia sempre ao anexo de Rohan, para tomar uma taça de Amorango, e ficar a conversar e a namorar o carente moço. É claro que de vez em sempre aconteciam coisas mais avançadas, como abraços e beijos, inclusos deitar em alguma cama para conversar, como fazem os casais. Era assim todos os dias.
"Passou quase um mês desde o aniversário de sua mãe, e nós voltamos ao templo. Kai foi direto procurar Rohan e se interessar pelo desenrolar das coisas enquanto estivemos fora, e se surpreendeu com o que ouviu, que tudo corria muito bem em seu controle. Eu me encarreguei de levar as malas pra casa, mesmo com o Lee (meu segundo filho) no colo e grávida do terceiro, a ponto de dar a luz a qualquer momento. Depois de ter sido atualizado, Kai veio ao meu auxílio e me interou sobre a situação no templo durante a nossa ausência. Nos instalamos, desarrumamos as malas com a ajuda de Rohan, sentamos para jantar e conversar juntos. Rohan conversava animado com meu marido sobre a situação do templo, que as turmas tinham avançado, e do comportamento dos mais levados, falou também que a comida começou a faltar e ele trouxe comida do seu jeito... Enfim, nos pôs a par realmente de tudo, mas foi uma conversa muito rápida. Ele disse que tinha que descansar, por isso ia dormir mais cedo que o habitual. Não lhe fizemos objeção nenhuma, pois nunca o havíamos visto tão feliz numa conversa. Rohan me avisou que eu daria aula para a segunda turma na parte da manhã, e que Kai assumiria a turma mais velha no mesmo horário, e foi embora.
"Mais tarde fiquei sabendo que ele saiu mais cedo para namorar uma certa aluna, e fazer ela dormir ainda mais tarde, causando-lhe o motivo de seu atraso a aula dele mesmo. Rohan é responsável, e sabia que independente do que acontecesse de noite, ele estaria de pé funcionando na hora marcada, como se nada tivesse acontecido na noite anterior. Mas Nora não era tão responsável assim... Ela se atrasou para a aula do Rohan, que lhe deu uma bronca.
"Por volta das onze da manhã, minha bolsa estourou, o que significa que o bebê estava nascendo. Puxa! Mal tínhamos chegado e já vamos abandonar o templo? Não podia me conformar com isso, mas assim a natureza quis, não podia contrariar. Kai largou tudo, pegou o planador duplo, e me levou as pressas ao hospital mais próximo. Era meu terceiro filho nascendo, e Lee ficou em casa enquanto fomos ao hospital. Kai deixou recado para Rohan dizendo-lhe o que aconteceu, e que ele era novamente o encarregado. Ele era mais do que capaz de entender que isso significava pelo menos outro mês de liberdade para encontrar sua amada aluna todas as noites.
" Minha terceira filha se chama Flay, e é uma dominadora de fogo. Ela foi uma homenagem a avó de Kai, que também pertencia a esse elemento. Mas Flay nasceu prematura, e tivemos muitas complicações, tanto eu como a recém nascida. Kai ia e voltava do templo todos os dias, e isso lhe estava matando.
"Um belo dia, Kai decidiu trazer Lee para a cidade do hospital, se hospedar na base da guarda do ar naquela cidade, e deixar o templo na mão de Rohan até que sua esposa e filha se recuperassem. Nesse mesmo dia, ele começou a empacotar o essencial, e estava se preparando para ir mesmo para Bai Niw, cidade pequena no reino da terra que hoje em dia nem existe mais.
" Curiosamente, naquela mesma noite, o Amorango de Rohan estava bem no finalzinho, e ele misturou ingenuamente com um pouco de vinho para dar a sua mãe. O que ele não sabia é que o único líquido que não se pode misturar com o Amorango é exatamente o vinho, pois os dois se anulam, e nenhum dos dois faz efeito. Quando ele serviu a taça e ela começou a tomar, o Amorango perdeu todo o efeito. Rohan, sem saber disso, fez o que estava acostumado a fazer: Puxar a moça seus braços e começar a beijá-la enlouquecidamente, perdido no fogo de uma paixão pura. O Amorango costumava colaborar, e Nora sempre retribuía os beijos e afetos do mestre, perdida também em uma paixão leviana e inconsequente, mas naquela noite não foi assim. Ela começou a tentar sair de seus braços, tentando empurrá-lo para longe de seus formosos lábios. Ela começou a questionar o que ele estava fazendo, e que palhaçada era aquela, e enquanto isso o vinho foi fazendo o dele, trazendo a tona todas as lembranças de todos os dias que ela esteve sobre o efeito da poção. Quanto mais ela falava, mais ela ficava com raiva e furiosa com o acontecido, e mais se lembrava das besteiras que eles fizeram juntos. Ela não conseguia acreditar.
"Nora saiu do quarto bufando, e Rohan ficou sem entender nada, mas muito preocupado com o fato dela poder contar para alguém, e ali sua carreira acabaria. Como no dia seguinte Kai estava no templo empacotando as coisas, ela veio a ele e contou tudo o que tinha acontecido. Kai fez uma projeção astral para dentro das memórias da menina e confirmou, Rohan tinha de fato abusado de uma aluna.
" Ele chamou uma tropa de guardas para escoltá-lo até cidade república, onde ele seria julgado pelo feito. Rohan aceitou a pena como um criminoso, sujando o nome da família do avatar Aang. Meu pai morreu pouco depois dessa história. Mesmo que ele já estava doente e morreria cedo ou tarde, Ikki sempre disse que o culpado da morte do papai era Rohan, que ele morrera de desgosto. E como nem eu e nem Kai estávamos em condições de lecionar, Korra designou uma menina da guarda do ar, que ficou lá até que Flay estivesse forte o bastante para sair do hospital comigo. A pedido de Korra, o caso deveria ser abafado, e Rohan deveria cumprir pena de prisão domiciliar para que isso não fosse uma vergonha maior. Nora também foi pedida pela própria avatar que abafasse o caso e que não comentasse isso com seus pais, e ela, sendo uma menina madura, obedeceu. Lhe foi oferecida a opção de ir para o templo do leste, com Kira e Bato, mas ela insistiu em ficar no norte, lugar onde estudou por mais sete meses e foi embora para estudar em Ba Sin Se. Formou-se em design de peças, começou a trabalhar no ramo, viram o talento da moça e investiram nela para que virasse uma modelo, e ela virou o sucesso que é hoje. Casou-se com seu pai em Ba Sin Se e se mudou para Gaoling pouco depois. Um homem viúvo e com um filho, digno de pena.Por ela ser famosa, apresentou seu pai ao promotor e diretor da torre, Zhao Lorrey, e por ela ele o contratou.
"Rohan cumpriu sua pena, e ao completá-la, ingressou na guarda do ar, justo quando Meelo largou o templo junto de Ikki para dar lugar a uma nova geração de professores. Meelo também entrou na guarda, e eles começaram a competir entre si, mas Rohan sempre foi melhor, pois esteve na prisão por muito tempo treinando suas habilidades. Não é de se espantar que tenha virado capitão regional do centro da guarda em apenas dois anos de serviço, e coronel geral, seu atual posto cinco anos mais tarde, e Meelo assumiu seu antigo posto.
"Agora que terminei a história, quem tem razão nessa novela toda, Luan? Eu diria que você julgou precipitadamente e com o coração, por isso deu a causa pra sua mãe. Pense no caso um pouco, e responda-me depois."
Cara, é sério. A mulher levou quase uma hora pra contar essa história, e conseguiu me botar pra pensar no caso, ainda por cima. Pelo menos agora o tempo passou, e Jinora já está baixando o bisão. A velha falou tanto que eu nem pude perguntar outras coisas.
O dia já está amanhecendo quando pousamos nas portas de Omashu. É uma cidade bem antiquada, tudo aqui é dos tempos do avatar Aang, antes mesmo dele ser congelado. Os guardas reconhecem Jinora, fazem a ela um par de perguntas sobre nós, e nos deixam entrar. Eles abrem o portão com uma dominação de terra muito forte, que até eu consegui sentir cada grama de terra que foi dominado. Absurdo, invejável.
Agora só falta a gente encontrar a padaria do tal do Bran, e falar com a suposta filha dele, que na verdade é minha irmã gêmea, e convencê-la que ela é o avatar, assim como eu. Brilhante. Isso fica mais estressante a cada segundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor pessoas, comentem, corrijam, me digam no que eu posso e no que eu devo melhorar. Sou um gringo tentando a vida aqui, como estudante, então preciso da ajuda de vocês
Semana que vem (se tudo der certo) tem mais!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Avatar:A Lenda dos Gêmeos/Livro 1-avatares" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.