Passado todo o sufoco da ilha, conseguimos uns dois dias de descanso da escola para nos recuperar do que houve:

— Poxa, bacana da parte do diretor Paulo, nos dar essa folga né? – comentou Colt.

— Pois é, mas bem que a gente precisava mesmo, ai, minha costela ainda dói muito. – respondi.

— Ah, como é bom comer novamente a comida da mãe, que falta que eu senti! – falou Tum Tum, enquanto devorava o terceiro ou quarto prato de comida.

— Quem vê  tu comendo tudo isso imagina que faz um ano que tu não come nada, e nó ficamos fora o que, uns dois dias no máximo!? – falou Colt.

— Ah, me deixa Colt, eu preciso repor todas as energias que gastei naquela ilha, na batalha da volta.

Enquanto conversávamos toca o telefone:

— Alô, oi Wendy, sim, é o Rocky, sim, sim, to bem sim, obrigado por perguntar, o Tum Tum tá ótimo também já, comendo que nem louco, o Colt, tá sim, vou passar pra ele, outro beijo pra você, tchau. Colt, a Wendy.

— Valeu Rocky, alô, oi mimizenta, sim, to bem, to me recuperando sim, se eu quero? Claro, vou adorar, vai ser bom te ver e pegar a matéria das aulas também, claro, então até daqui a pouco, um beijo. Ai galera, a Wendy vai vir daqui a pouco me ver, vai trazer também a matéria desses dois dias que ficamos sem aula, vamos organizar as coisas!?

— Ta bom, vamos lá. – falei rindo, indo para a cozinha lavar a louça junto com o Colt, enquanto o Tum Tum foi secando e guardando as coisas.

Quando terminamos, Tum Tum e eu voltamos para o quarto, deixando a sala para Wendy e Colt, logo ela chegou, Colt abriu o portão e a porta principal, ela pegou o elevador e logo tocou a campainha:

— Oi mimizenta, entra, vamos! – disse Colt, dando passagem para Wendy.

— Oi chorão, como é que tá, melhorando!? – perguntou Wendy, enquanto entrava e já ia colocando suas coisas na mesa.

— To sim, quase cem por cento, amanhã inclusive já voltamos pra escola.

— Pessoal tá tudo perguntando por vocês, como estão.

— Estamos melhor, aos poucos melhorando.

— Cadê seus irmãos!?

— Tão no quarto, foram descansar um pouco, Rocky ainda sente muitas dores na costela e Tum Tum ainda tem algumas dores de cabeça.

— Puxa, será que amanhã eles vão estar bem pra voltar pro colégio!?

— Acho que sim amor, comparado a como voltamos, estão ótimos!

— Bom, vamos às matérias então né!?

— Vamos sim.

Colt e Wendy, sentaram-se a mesa e começaram a estudar, o dia foi passando, à noite chegando, e nossa mãe voltou do trabalho:

— Oi Colt, Wendy, que surpresa, tudo bem com vocês? – perguntou nossa mãe, quando entrou em casa.

— Senhora Douglas, tudo sim, eu vim trazer as matérias que o Colt perdeu desses dois dias.

— Poxa, que amor, obrigada por isso.

— Imagina, um prazer senhora Douglas, e eu estava com saudades dele também.

— Entendi, unir o útil ao agradável certo!?

— Exatamente.

— E você meu filho, como tá!?

— To melhorando mãe, obrigado.

— Cadê teus irmãos?

— Dormindo no quarto.

— Tá bom, vou preparar a janta, Wendy, fica pra jantar conosco? – convidou nossa mãe.

— Ah, não, imagina, não quero atrapalhar.

— Ora essa, por favor, eu faço questão, depois eu lhe levo pra casa.

— Bom, sendo assim, eu aceito, posso usar o telefone pra avisar a minha mãe!?

— Mais é claro! Fiquem a vontade vocês dois, eu vou pra cozinha.

— Obrigada senhora Douglas. – e Wendy foi até o telefone. – Alô, mãe, sim, to na casa do Colt sim, sim ele ta bem, tá eu mando. A minha mãe tá mandando um beijo pra você.

— Manda outro pra ela.

— Ele tá mandando outro pra ti mãe. Então, to ligando porque a mãe do Colt me convidou para jantar aqui com eles, e disse que depois me leva pra casa, tudo bem pra senhora!? Tá bom, obrigada mãe, pode deixar, me cuido sim, um beijo mãe.

Após falar com sua mãe e terminarem com os estudos, Wendy e Colt sentaram-se na sala para assistir TV, nesse momento Tum Tum e eu levantamos, ele foi sentar na sala com eles, passei pela sala, cumprimentei Wendy e fui até a cozinha ver minha mãe:

— Oi mãe, boa noite!

— Rocky, meu filho, como é que você tá!?

— Melhorando, ainda com um pouco de dores, mas nada que eu não consiga suportar, e você, teve um bom dia!?

— Tive um dia corrido no escritório, como sempre, mas, tudo dominado... Hehehehe.

— Essa é minha mãe, quer alguma ajuda ai!?

— Não precisa meu filho, pode ir ficar com seus irmãos e a Wendy.

— Tá bom, vou então tomar um banho.

Passei pela sala novamente, eles estavam assistindo o jornal da noite:

— E as cidades ainda estão tentando se reconstruir aos poucos após o grande ataque de Lúcifer.

— Nossa, olha só isso, quanta confusão, quanta destruição. – comentou Tum Tum.

— Pois é, quase que o Lúcifer consegue o que quer. – falou Colt.

— Ainda bem que os rangers reapareceram e salvaram as coisas. – falou Wendy.

Tomei meu banho, quando sai, a janta já estava quase pronta, fui arrumando a mesa enquanto a mãe finalizava a comida, quando tudo estava pronto, levei pra mesa junto com Colt, nos sentamos e jantamos:

— Hummmmmmmm, a comida está maravilhosa senhora Douglas.

— Ora, imagina Wendy, uma janta simples. Mas mesmo assim, obrigada.

Terminada a janta, recolhi a mesa junto com Tum Tum, e nossa mãe junto com o Colt foram levar Wendy para a casa:

— Meninos, não querem mesmo que eu ajude? – perguntou Wendy.

— Imagina, não precisa não, vai lá Wendy, boa noite e até amanhã. – disse enquanto lavava a louça.

— Tá bem então, tchau Rocky, tchau Tum Tum, até amanhã. – despediu-se Wendy.

— Tchau Wendy, até amanhã. – despediu-se Tum Tum.

— Pode deixar ai tudo seco que quando eu voltar eu guardo tá!? – falou Colt, enquanto iam saindo de casa.

Enquanto isso no inferno:

— Aaaaaaaaaaaargh, eu ainda não consigo acreditar que o Butcher não foi capaz de manter aqueles moleques rangers presos a Ilha do Medo, não fosse a incompetência dele e do Falsário, eu agora estaria num castelo maravilhoso na Terra, observando uma bela estátua minha, com todos aqueles humanos idiotas me servindo, como deve ser!

— Si... Sim senhor, o senhor ainda terá o que merece!

— Eu terei sim Abadom, e quando esse dia chegar eu certamente estarei pisando sobre esses malditos rangers! E a propósito, porque está aqui, não deveria estar observando eles para ter alguma ideia que nos ajude a dominar a Terra!?

— Sim senhor, eu já vou lá, senhor.

— E SÓ VOLTE QUANDO TIVER ALGO DE IMPORTANTE PARA MIM!

— Sim senhor Lúcifer, deixe comigo!

Já era de noite e fomos dormir, no outro dia voltaríamos para o colégio e ainda não estávamos cem por cento. Mas enquanto nos preparávamos para dormir Colt veio me perguntar:

— Rocky, sabe que no próximo domingo é o dia das mães né!?

— Sei sim, e daí!?

— O que vamos dar de presente pra mamãe!?

— Hei, que tal se nós dermos um belo conjunto de panelas pra que a mãe tenha panelas melhores e cozinhe mais hein!? – sugeriu Tum Tum.

— O gênio, o presente é pra ela, e não pra ela usar pra você! – respondi. – Não, que ideia idiota Tum Tum, temos que dar algo exclusivo pra ela, mais o que!? – fiquei pensando.

— Que tal um perfume!? – sugeriu Colt.

— É uma ideia, mas também é tão comunzinha. Bom, vamos dormir, temos tempo pra pensar sobre isso, vamos que precisamos descansar, e amanhã voltamos pra escola.

No outro dia nossa mãe veio nos acordar:

— Meninos, levantem, vamos que eu vou levar vocês pro colégio.

— Já vamos mãe, obrigado! – respondi.

Fomos levantando, nos arrumando, pegando nosso material, e nossa mãe já tinha deixado preparado três sanduíches para nós de café, e deixado o dinheiro para nós separado para o lanche:

— Poxa brigado mesmo mãe! – agradeci.

— Imagina meu filho, não foi nada demais.

— Você vale ouro mãe! – comentou Colt, dando um beijo nela.

— Concordo com ele mãe! – falou Tum Tum, a abraçando e também dando um beijo.

Estávamos quase saindo quando tocaram a nossa campainha, eram Emily e Mioh:

— Vocês estão prontos!? – perguntou Emily.

— Sim, mas vamos de carro hoje, nossa mãe vai dar uma carona pra gente. – respondeu Colt, que havia aberto a porta.

— Mioh, Emily, entrem, só estou terminando de me arrumar aqui, como é que vocês estão, melhoraram!? – perguntou nossa mãe.

— Oi senhora Douglas, sim, obrigada por perguntar. – respondeu Mioh.

Logo nossa mãe estava pronta, e fomos pro carro, pegamos o elevador, chegamos à garagem, fomos entrando no carro, e nossa mãe nos levou até o colégio:

— Tchau meninos e meninas, tenham uma boa aula, bom dia e se cuidem viu!?

— Pode deixar, tchau, mãe muito obrigado! – agradeci.

— Obrigada senhora Douglas! – agradeceram as meninas.

Estávamos ali esperando o portão abrir, quando Luque chegou e juntou-se a nós, e na nossa volta formou-se uma roda com os alunos todos curiosos para saberem como estávamos, o que tinha ocorrido com a gente, se tínhamos conhecido os rangers.

À medida que era possível contávamos um pouco do que havíamos passado na ilha, e notávamos que os outros alunos escutavam muito atentos, surpresos.

Tocou o sinal e fomos entrando para as aulas.

Tudo ia correndo muito bem.

***

— Senhor Lúcifer, senhor Lúcifer, já tive uma ideia, sei como vamos acabar com os rangers!

— Muito bem Abadom, pode ir falando então.

— Bem, como sabemos os seres humanos são muito emotivos e são muito ligados uns aos outros certo!?

— Sim, e daí Abadom?

— E daí que não existe amor maior, sentimento mais forte do que amor de mãe pra filho e vice-versa.

— Muito bem Abadom, e...

— E podemos enfraquecer não só os rangers mais como toda a população do mundo, se conseguirmos atingir suas mães!

— Um, que ideia boa, tá me agradando bastante, e como iremos fazer isso!?

— Eu estava pensando em usarmos o Jardineiro, afinal, próximo domingo será dia das mães, podemos usar o Jardineiro com suas rosas demoníacas para enfeitiçar e adormecer todas as mães que pudermos, e se conseguirmos principalmente atingir as mães dos rangers, isso deixará eles bem abalados, e por fim, podemos criar o desespero de, se em determinado tempo não conseguirem o antídoto e o antídoto só se consegue destruindo o Jardineiro, todas as mães enfeitiçadas... MORRERÃO!

— Eu gostei Abadom, EU AMEI! É ISSO, ESSE É O CAMINHO, PROVIDENCIE TUDO IMEDIATAMENTE, VAMOS FAZER AS MÃES DOS RANGERS, E DE TODOS COMO REFÉM, E CASO ELES NÃO CONSIGAM DESTRUIR O JARDINEIRO ATÉ O INICIO DA NOITE DO PRÓXIMO DOMINGO, TODOS PERDERÃO SUAS MAMÃES! HAHAHAHAHA EU ADOREI! COLOQUE JÁ EM PRÁTICA ESSE PLANO!

— Sim senhor, Lúcifer.

Estávamos no intervalo das aulas, conversando, comendo, quando de repente começou um alvoroço já bem conhecido por nós, nos entreolhamos:

— Já era folga né!? – comentou Luque.

— Desde quando a gente tem alguma? – perguntei. – Vamos nessa gente! – chamei.

— Vocês são loucos, não basta o que já passaram, vão se meter de novo!? – me perguntou Mila.

— Não temos escolha. – respondi.

— Chorão, não vai, fica aqui por favor! – suplicou Wendy.

— Eu preciso ir amor, eles vão machucar nossos colegas. – respondeu Colt, enquanto se soltava de Wendy.

— VAMOS GENTE! – chamei.

Saímos correndo e passamos por alguns alunos, chegando onde os Patrulheiros estavam:

— Ai, vocês não sabem que precisa ser aluno pra freqüentar o colégio!? – provocou Tum Tum.

Partimos pra cima dos Patrulheiros, mas diferente do habitual, a luta tava difícil, afinal ainda estávamos com muitas dores da ultima batalha, e os Patrulheiros momento e outro conseguiam nos atingir exatamente onde doía muito, ainda sim conseguimos conseguir colocar todos para correr:

— Vocês não aprendem mesmo não é!? – comentava Tati, enquanto se aproximava de Luque.

— Olha gatinha, você sabe que eu já não sou muito normal da cabeça mesmo não é!? Hehehehehe. – respondeu Luque.

— Deixa de ser bobo Luque, to falando sério! – comentou Tati.

— Chorão, se machucou!? – perguntou Wendy ao se aproximar.

— Não mimizenta, to bem, vamos voltar pra sala!?

— Vamos sim.

— Tchau galera, até depois. – despediu-se Colt, junto com Wendy.

Nós também voltamos para nossa sala para os últimos períodos de aula.

Logo acabou e nós saímos do colégio, quando chegamos à rua, estavam passando por ela algumas pessoas com cestas com algumas rosas, distribuindo para os alunos:

— Peguem aqui suas rosas, para presentear suas mães, vamos, aproximem-se.

Vimos todos os alunos, pegando uma e levando para suas casas, as flores pareciam bem bonitas:

— Hei Rocky, vamos lá, podemos pegar três e levar pra mãe, ela merece num merece não!? – falou Colt.

— Claro, merece muito! Vamos lá gente! – falei.

Todos então fomos e pegamos cada um uma rosa, fomos voltando para casa animados com isso, passamos pela rua da Carol e Wendy, Tum Tum e Colt  as acompanharam até suas casas, e logo seguimos para nossas casas:

— Será que o Lúcifer tá preparando mais um ataque? – perguntou Emily.

— Isso é certo, ele nunca manda ataque de graça. – falou Mioh.

— Pois é, mas e essas rosas hein, que coisas mais lindas, aposto como nossa mãe vai amar! – comentou Colt.

— Pois é, que bom que ainda existem pessoas boas que querem fazer o bem, com esse gesto tão bonito! – falei, ingenuamente, afinal de contas nem fazíamos ideia de onde vinham aquelas rosas.

***

— Senhor Lúcifer, senhor Lúcifer! O plano está indo maravilhosamente bem, veja, muitas pessoas estão pegando as rosas e levando para suas casas, para presentear suas mães.

— Brilhante plano Abadom, no domingo todas as mães que cheirarem a rosa, irão ficar adormecidas, e caso os rangers não consigam a vitória, o que é muito óbvio que eles não irão conseguir, todas as mães morrerão!

Quando chegamos em casa, arrumamos as rosas num vaso que havia em casa, e a noite quando nossa mãe chegou nós demos a surpresa para ela, ela amou as flores, as cheirou com vontade, e a deixou na mesa para enfeitar.

No outro dia, após as aulas fomos comprar o presente pra nossa mãe, compramos para ela um kit de beleza, com perfume, hidratante corporal e sabonetes, pedimos para que empacotassem para presente, estávamos voltando para casa quando tocou nosso telecomunicador:

— Galera, por aqui. – apontei para os meus irmãos uma rua que parecia vazia, para atendermos a chamada. – Na escuta Zordon, pode falar.

— Rangers, venham para o Centro de Comando imediatamente, Lúcifer está atacando.

— Certo, estamos a caminho! – respondi.

Quando chegamos ao Centro de Comando, nossos colegas já estavam lá, Emily, Mioh, Luque:

— Pronto Zordon, o que está acontecendo!? – perguntei.

— Rangers, Lúcifer acaba de mandar seu mais novo monstro, o Jardineiro, ele está atacando a cidade, vocês devem tomar cuidado com o Pó Venenoso.

— Pode deixar com a gente, preparados galera!? – perguntei.

— SIM. – me responderam.

— Beleza... É HORA DE MORFAR!

— Leão Supremo!

— Lobo Supremo!

— Falcão Supremo!

— Tigre Dentes de Sabre Supremo!

— Lince Supremo!

— Touro Supremo!

— POWER RANGERS FORÇA SUPREMA!

— PARADO AI JARDINEIRO, É HORA DE ACABAR COM ESSE JARDIM DEMONIACO! – falei ao chegar.

— Olá rangers, que bom finalmente apareceram e eu vou conhecer aqueles com quem irei acabar!

— Você fala demais, vamos ver se é bom na luta! – ameaçou Colt.

— PÓ VENENOSO!

— Galera, cuidado! – alertei, e pulamos para os lados para desviarmos do ataque do Jardineiro. - Agora nossa vez, Armas do Poder Suprema, ativar!

— Espada do Poder Suprema!

— Machado Astral Supremo!

— Bastão Lunar Supremo!

— Carregadores de Mão Supremo!

— Escudo Zeo Supremo!

— Magna Sabre Supremo!

— PRA CIMA DELE, RANGERS! – convoquei.

— CERTO!

— Patrulheiros de Lava, atacar! – ordenou Jardineiro.

Fomos pra cima dos Patrulheiros e do Jardineiro com nossas armas, os Patrulheiros nós conseguimos destruir rapidamente, no entanto quando unimos nossas armas no Canhão do Poder Supremo para tentar dar um fim ao Jardineiro, ele conseguiu desviar do ataque e fugir, não sem antes nos deixar um recado ameaçador:

— Até mais rangers, logo mais nos veremos de novo, e cuidem bem de suas mães! HAHAHAHAHAHAH!

— O que será que ele quis dizer com isso!? – perguntou Luque.

— Não sei, mas não podemos menosprezar esse recado não. – comentei. – Bom, não há mais nada o que fazermos aqui, vamos embora gente.

A semana foi passando, e o final de semana chegou, sábado passou-se normal, e nós, mesmo sem demonstrar, ficamos de olho em nossa mãe, sempre preocupados com o tal recado do Jardineiro, ficamos em contato com os outros rangers para ver como estavam às mães deles, e aparentemente estava tudo bem:

— Rocky, será que não foi um aviso falso, será que o Jardineiro só não quis nos meter medo? – perguntou Mioh.

— Eu acho que não, enquanto não derrotarmos o Jardineiro não vou ficar sossegado quanto as nossas mães. – respondi.

— Bom gente, vou indo nessa, tá tarde e eu quero dormir, bom domingo pra vocês, e bom dia das mães! – despediu-se Emily.

— Tá certo, até mais! – despedimo-nos.

Isso era sábado a noite, no outro dia seria o dia das mães, estávamos ansiosos para dar o nosso presente pra nossa mãe e descobrir se ela iria gostar.

No domingo acordamos cedo, pegamos o presente, preparamos uma mesa do café da manhã pra mamãe, e quando tudo estava pronto, pedimos para o  Tum Tum ir acordar nossa mãe, nosso pai não estava em casa, como quase sempre estava em missão.

Tum Tum entrou no quarto dela, e começou a chamá-la, mais ela não respondia, então Tum Tum voltou para a sala:

— Rocky, eu chamei, chamei, mais a mamãe nem se mexeu.

— Como assim? – perguntou Colt.

— Nem esboçou um resmungo, nem se virou nem nada! – falou Tum Tum.

— Ah gente, vamos dar um tempo a mãe deve tá exausta também, foram dias difíceis pra ela, nosso seqüestro, sumiço, quando voltamos, bem machucados, ela nos cuidou tanto, agora que estamos bem, ela deve estar conseguindo descansar, vamos deixar então, daqui a pouco ela acorda.

— Tá certo Rocky. – respondeu Colt.

Até então estava tudo bem, mas daí passou-se meia hora, uma hora, três horas, já era quase meio dia e nada da nossa mãe acordar, isso já começou a me deixar preocupado, entrei então no quarto dela, cheguei próximo a cama e fui ver se ela estava bem, aparentemente sim, respirando, normal.

Voltei para a sala e de repente toca o telefone, era a Wendy, Colt atendeu:

— Alô, oi amor, o que!? Como assim? Não acorda!? Estranho, já chamaram ela, tá fica calma, ela deve estar só bem cansada, calma mimizenta, não fica nervosa. Tá, só vou me trocar e vou ai. Até já.

— E ai, o que houve? – perguntei.

— A mãe da Wendy, ela disse que ela até agora não acordou, e ela costuma acordar muito cedo. Eu to indo lá pra tentar acalmar ela.

— Tá bem, toma cuidado na rua. – pedi.

— Beleza.

Mal o Colt saiu, tocou nosso interfone:

— Alô, oi Mioh, o que!? Como assim!? Não acorda!? Tem certeza? Estranho demais.

Nisso Tum Tum ligou a TV e estava dando uma reportagem, uma chamada extraordinária, informando que muitas famílias estavam chegando aos hospitais com suas mães, pois pareciam que todas estavam imersas em sono profundo e nada as fazia acordar, os médicos estavam fazendo todos os tipos de exames, e nada de errado era detectado em nenhuma delas.

Terminei de falar com a Mioh e vi o final da reportagem, nesse momento eu fiz a ligação da mensagem do Jardineiro na nossa última luta, com o que estava acontecendo:

— Precisamos nos reunir no Centro de Comando. – falei. – Vamos chamar todos!

Tum Tum ligou para o celular do Colt, e eu chamei Mioh, Emily e Luque:

— Galera, precisamos nos reunir, algo com certeza não está certo, e isso tem a ver sem duvida com o que o Jardineiro comentou na luta.

Nos reunimos então no Centro de Comando:

— Zordon, o que tá acontecendo!? Porque todas as mães estão adormecidas e nada as faz acordar!? – questionei quando chegamos.

— Ainda infelizmente eu não sei ranger vermelho, mas seja lá o que for, isso é obra do Lúcifer, e vocês precisam agir depressa, para descobrir o que está havendo e salvar todas as mães.

— Mais agir como, começar por onde, o Jardineiro sumiu Zordon, não apareceu mais. – comentou Colt.

Foi ele terminar de falar, começou a soar o alarme do Centro de Comando:

— Parece que ele resolveu dar o ar da graça. – falou Tum Tum.

— Rangers, observem no globo visualizador, o Jardineiro está atacando novamente, vocês precisam agir depressa. – ordenou Zordon.

— Deixa com a gente, vamos nessa galera! É HORA DE MORFAR!

— Leão Supremo!

— Lobo Supremo!

— Falcão Supremo!

— Tigre Dentes de Sabre Supremo!

— Lince Supremo!

— Touro Supremo!

— POWER RANGERS FORÇA SUPREMA!

— VAMOS NESSA RANGERS!

— MUITO BEM, PARADO AI JARDINEIRO, E SEM ENROLAR, DIGA LOGO O QUE VOCÊ APRONTOU PARA DEIXAR TODAS AS MÃES HIBERNANDO!? – perguntei ao chegar.

— Seus enxeridos, vocês acham mesmo que eu vou dizer? Vocês vão é sofrer, sabe porque!? Se não conseguirem resolver essa situação até as 18 horas de hoje, isso eu posso contar... TODOS VOCÊS FICARÃO ORFÃOS! HAHAHAHAHAHAH! TODOS VOCÊS E TODOS QUE ESTÃO COM SUAS MÃES NESSA MESMA SITUAÇÃO! HAHAHAHAHAHA!

— ORA SEU! MACHADO ASTRAL SUPREMO, ATIVAR! PREPARE-SE JARDINEIRO! – gritou Colt.

— Calminha ai ranger preto, Patrulheiros, ataquem!

— Galera, precisamos urgente descobrir como acabar com esse aparente feitiço que o Jardineiro lançou sobre as mães. – avisei.

— CERTO!

 Fomos para a batalha, enfrentando os muitos Patrulheiros que apareceram para ajudar o Jardineiro. Corríamos contra o tempo, afinal já eram quase três horas da tarde, e não fazíamos ideia do que tínhamos de fazer para tirar todas aquelas mães daquele feitiço maligno, meio que o desespero começou a bater na galera, que começou a ser presa fácil para os Patrulheiros e para o Jardineiro:

— Hahahaha, como os seres humanos são fracos, suas emoções serão a sua derrota! – zombava o monstro.

— Gente, foco, as vidas de nossas mães depende disso! – alertei.

— É praticamente impossível manter o foco quando se sabe que nossa mãe corre risco de vida! – comentou Luque.

— Acha que eu não sei!? Mas não podemos fraquejar, não agora! Vamos lutar, salvar a vida de nossas mães!

E quanto mais lutávamos mais Patrulheiros o Jardineiro mandava, e mais difícil ficava para nós chegarmos nele, quando eu conseguia não tinha força suficiente, precisava da minha equipe, o tempo tava correndo, já eram quatro e meia da tarde:

— Gente, precisamos resolver logo isso! – disse desesperada Emily.

— Anda Jardineiro, diga logo, qual é o antídoto para reverter essa situação!? – ordenou Tum Tum.

— Vocês nunca descobrirão! Hahahaha, Tic Tac, o tempo tá acabando! Hahahaha, diga rangers como é a sensação de saber que irão perder suas mães e não há nada que possam fazer!?

— O que será que causou isso, o que hein!? – perguntava-se Emily.

— Galera, vamos recuar, é o que podemos fazer no momento. – falei. – Voltemos ao Centro de Comando.

Então todos voltamos, chegando lá, fui tirando meu capacete e já refazendo o questionamento da Emily:

— O que será que causou isso nas mães!? Todas tem que ter passado exatamente pela mesma situação, mas, o que foi!?

— Droga, a mãe nem pode aproveitar seu dia, e nós preparamos o café,o presente, a mesa estava enfeitada com as rosas que demos pra ela e... – ia dizendo Tum Tum.

— A ROSA! É ISSO! – no momento em que Tum Tum comentava, eu consegui compreender. – Foram àquelas malditas rosas, tava bom demais pra ser verdade que pessoas boas iriam sair por ai distribuindo rosas para presentear as mães, aquelas rosas certamente fazem parte do plano de Lúcifer. Eu vou lá buscar em casa e vamos analisar nos scanners.

Me teletransportei para casa e peguei as três rosas que estavam no vaso, e as levei de volta para o Centro de Comando:

— Pronto, aqui estão, Alpha, coloque-as para serem analisadas agora mesmo! – ordenei.

— Ai, ai, ai, ai, ai, imediatamente Rocky.

— Tomara que de tempo, já são cinco e vinte da tarde, o tempo tá se esgotando! – alertou Colt.

— Anda, vamos logo! – repetia Luque.

Foi quando os scanners deram a resposta:

— Ai, ai, ai, ai, ai, como você suspeitava Rocky, essas rosas estão repletas do Pó Venenoso do Jardineiro, certamente quando as mães cheiraram elas se enfeitiçaram, e o feitiço pelo jeito foi programado para começar a agir na data de hoje, afinal que coisa melhor para o Lúcifer do que transformar um dia de alegrias em um dia de tragédia!?

— Tá, ótimo, descobrimos o que causou, mas e agora o que vai tirar elas desse feitiço!? – perguntou Emily.

— A mesma coisa ranger rosa. – foi dizendo Zordon. – Só que infelizmente o que está na rosa já não tem poder suficiente, se eu entendi a situação, vocês deverão derrotar o Jardineiro, pegar a essência dele, quando morrer, e rapidamente teremos de espalhar ela por todos os lugares, para que o ar entre nos pulmões das mães e as acorde.

— Então é isso que iremos fazer gente, vamos lá DE VOLTA A AÇÃO! – chamei.

— Ora, ora, ora, se não são os orfãozinhos de volta!

— Pode parar de graça, descobrimos todo o plano e agora vamos acabar com ele! – falei ao chegarmos.

— Isso se, tiverem tempo para isso!

Realmente o Jardineiro tinha razão, nosso tempo era escasso, faltavam vinte minutos para o final do prazo, ele havia mandado mais Patrulheiros atacar, invocamos nossas armas do poder supremas e partimos para a luta, rapidamente acabamos com todos os Patrulheiros, e formamos o Canhão do Poder Supremo, demos um tiro e conseguimos destruir o Jardineiro:

— Esses rangers acham que acabou!? Abadom, o raio do crescimento agora!

— Imediatamente, senhor!

— HAHAHAHA, AGORA EU SOU MAIOR DO QUE ANTES, E VOCÊS TÃO PEQUENOS E INDEFESOS, E AINDA CORRENDO CONTRA O TEMPO, PORQUE NÃO APRECIAM A DERROTA RANGERS! SEJAM BONS PERDEDORES!

— Nunca iremos desistir! PRECISAMOS DOS ZORDS LENDÁRIOS SUPREMOS AGORA!

— Zord Dragão Vermelho Lendário!

— Zord Gripho Preto Lendário!

— Zord Hipocampo Azul Lendário!

— Zord Fênix Amarela Lendária!

— Zord Sereia Rosa Lendária!

— Torozord, apareça!

— VAMOS NESSA RANGERS, FORMAÇÃO MEGAZORD SUPREMO LENDÁRIO!

— OK!

— TOROZORD, MODO GUERREIRO!

— Venham rangers, vou distraí-los enquanto o tempo passa, faltam apenas dez minutos mesmo. HAHAHAHAHAH.

— Espada Lendária Suprema, ativar!

— Pistola Toro, apontar!

— Vocês não são páreos para mim!

— Galera, ao meu comando a gente atira, Luque, prepara a cápsula do Torozord para recolher a essência do Jardineiro.

— Pode deixar Rocky.

— Muito bem galera, AGORA!

E com um ataque bem sincronizado, conseguimos destruir o Jardineiro, e mais que depressa Luque recolheu a essência dele, a levamos para o Centro de Comando:

— Rápido Alpha, temos apenas cinco minutos! – alertei ao chegarmos ao Centro de Comando.

— Ai, ai, ai, ai, ai, isso ficará pronto em um Rocky.

Alpha, como dito, em um minuto conseguiu produzir o antídoto com a essência do Jardineiro, ele me entregou:

— Ai, ai, ai, ai, ai, aqui está Rocky.

— Tum Tum, Mioh, vamos nessa, eu vou espalhar por ai e vocês vão ventilando pra todos os lados o antídoto, para que chegue a todas as mães infectadas.

— Ok!

— Muito bem, Zord Dragão Vermelho Lendário!

— Zord Fênix Amarela Lendário!

— Falcão Supremo, vamos!

Graças ao trabalho desses três zords juntos, nós conseguimos espalhar o antídoto por todo o mundo, faltando apenas três minutos para o fim do prazo, Colt, Luque e Emily que estavam no Centro de Comando, atentos a tudo, nos informaram que a situação estava voltando ao normal.

Voltamos então para o Centro de Comando, com a sensação de dever cumprido:

— Ufa, finalmente, acho que agora podemos voltar pra casa e finalmente curtir esse dia das mães! – comentou Emily.

— Obrigado Zordon, Alpha. – agradeci.

— Ora, não há o que agradecer ranger vermelho, vão, e que o poder os proteja, sempre!

— Ai, ai, ai, ai, ai, até mais rangers!

Chegamos em casa e nossa mãe estava recém acordando:

— Nossa, onde é que vocês estavam, e essa mesa de café linda! O que é isso!?

— Um presente para a melhor mãe do mundo! – disse, enquanto me aproximava e dava um beijo em nossa mãe.

— Puxa, mas já está escuro, que horas são!? – perguntou nossa mãe.

— Bem, na verdade já são seis e meia da tarde mãe. – respondeu Colt.

— O QUE!? EU DORMI O DIA TODO, E VOCÊS PERMITIRAM!? – berrou nossa mãe, espantada.

— Bom, a gente até tentou te acordar, mas você estava dormindo profundamente, e como devia estar bem cansada, exausta dos últimos dias, nós deixamos. – respondeu Tum Tum.

— Sei, sei, hei, onde estão as minhas rosas hein!? – perguntou nossa mãe.

— Hãm, bem então, isso, bom mãe, elas murcharam ai eu decidi por fora. – respondi.

— Tudo bem.

Estava tudo bem agradável, quando nosso pai chegou em casa, do trabalho, e trouxe junto com ele um buquê de rosas, e um colar pra nossa mãe, de presente, nos espantamos ao ver aquelas rosas, nos lembrando do que houve, mas foi apenas um alarme falso, aquelas eram rosas inofensivas.

O restante do dia foi maravilhoso, nossa mãe amou todos os presentes que ganhou, ligamos para nossos amigos e tudo estava bem em suas casas também, Wendy ligou dizendo que sua mãe também acordou, estava bem, e elas não sabem, mas o presente quem ganhou fomos todos nós, por termos elas.