Tale as Old as Time escrita por SBFernanda


Capítulo 7
Capítulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, gente!

Finalmente estou chegando o último capítulo dessa história que amei demais escrever. Pode não ter sido a melhor releitura e ter sido bem menor do que deveria, mas foi escrita com muito carinho e para ser "fofa", especialmente para a pessoa presenteada. Nathy, espero que tenha sido boa de ler!

Obrigada por cada um que me deu apoio até aqui, espero que gostem desse desfecho!



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Capítulo 7

 

Quando o dia do baile finalmente chegou, Hinata estava extremamente nervosa. Seu pai tinha ficado em casa para poder lhe levar. Era sua folga e a primeira vez que não iria trabalhar à noite. Hanabi ainda não tinha idade para participar da festa da escola, por isso, apenas observava enquanto a irmã se arrumava, dando alguns conselhos que achava necessário.

Assim que Hinata ficou pronta, a irmã mais nova saiu do quarto correndo, parando na frente da TV que o pai assistia. O homem a olhou curioso e a pequena abriu um grande sorriso que dizia tudo: Hinata estava pronta.

— Venha, mana! — chamou a mais nova, dando pulinhos no mesmo lugar.

O olhar de Hiashi estava na porta do quarto, que foi aberta e de lá saiu a perfeita imagem de sua falecida esposa. Ele sabia que guardar aquele antigo vestido seria uma boa ideia, só não imaginava que fosse ficar tão emocionado de ver sua menina nele. Prendendo a respiração, até para evitar que lágrimas caíssem, ele se levantou conforme viu a filha caminhar em sua direção. O rosto dela estava corado, provavelmente de vergonha, mas só a tonava mais linda.

Era um vestido longo e levemente armado, mas nada que o tornasse muito chamativo, apenas o suficiente para que Hinata parecesse uma princesa. A cor dourada brilhava, destacando mais o cabelo escuro e os olhos de um azul acinzentado tão incomum. Tudo a deixava mais bonita!

— Você está linda, minha filha — ele finalmente encontrou a voz para conseguir falar. — E está tão parecida com sua adorada mãe!

Hinata sorriu, pois adorava quando seu pai dizia que ela se parecia com a mãe. Eles sempre tinham sido uma família muito unida. Mesmo com o pai trabalhando tanto, ainda os via daquela forma. Sua mãe ficaria muito feliz em os ver assim.

— Cadê o seu celular? Temos que tirar uma foto! — Hanabi finalmente gritou, animada, tirando todos daquela bolha de lembranças e emoção.

A menina não sossegou enquanto não conseguiu tirar algumas fotos de Hinata. E, apesar dos protestos dela de que Naruto deveria ter ido buscar a irmã em casa, os dois tinham combinado de se encontrarem já no baile e, por isso, Hiashi logo as apressou para que a filha não chegasse muito tarde.

O fato de só encontrar com Naruto lá a deixou muito nervosa, pois o seu lado mais pessimista dizia que poderia passar a festa inteira sozinha. Bem, não sozinha, já que Kiba disse que iria à festa mesmo sem par e que caso Naruto fosse o idiota de antes, ela poderia se juntar a ele. Seria humilhante esperar por alguém durante muito tempo, então, tinha decidido ficar junto com Kiba até Naruto chegar e o avisara daquilo.

A viajem foi preenchida por Hanabi, que insistia que a irmã tinha que tirar foto de tudo, pois iria querer a lembrança depois e ela também queria ver como tudo tinha ficado. A mais nova só sossegara quando Hinata finalmente prometeu que tiraria fotos, mas aí foi a vez de Hiashi pedir que a filha tivesse cuidado e não chegasse muito tarde.

Quando o carro finalmente parou no estacionamento da escola, perto da entrada do ginásio onde seria a festa, Hinata suspirou e sentiu vontade de voltar para casa. Não seria a primeira festa da escola que participava. Ela poderia ser a “nerd” da sala, junto com muitos outros, mas ela não era do tipo que só ficava em casa. A questão era simplesmente a sua companhia. Ele que a deixava nervosa.

Já de pé ao lado do carro, amarrou a máscara que usaria. Havia confeccionado em casa, por isso acreditava que ninguém teria uma igual. Tinha comprado uma simples e comprara também cola colorida e glitter. Havia ornamentado e mostrara à Naruto através de uma foto, apenas para garantir que ele saberia quem ela era. Só que não tinha ideia de qual máscara ele usaria. Ou ele mostraria o rosto recém curado?

Acenou uma última vez para o pai e a irmã e entrou no local, entregando o ingresso para os colegas que estavam à porta, só então encarando a linda decoração. Estava tudo em preto, branco e roxo. Havia muitas máscaras penduradas e fazendo o efeito de globos de luz, por conta do brilho que fora colocado nelas. Toda vez que a luz batia, um brilho diferente iluminava as pessoas ali. Hinata não reconhecia ninguém ali, pois muitos cobriam o rosto totalmente, não como ela que era apenas os olhos. Como acharia Kiba?

Avançou, caminhando de forma incerta, até se lembrar que o amigo vivia tentando batizar o ponche da festa, o que só poderia significar que ele estaria próximo à mesa. Seguiu para lá, olhando as pessoas à volta, tentando ver Naruto em algum lugar. Só conseguiu identificar um dos seus amigos, abraçado a uma garota. Mas estavam sozinhos.

— Se o idiota não aparecer, algum outro aparece pra te tirar para dançar, Hina. — Ela deu um pulo, pois não tinha percebido que estava perto de Kiba. — Aliás, eu mesmo posso o fazer, ou Shino, apesar de ele parecer estar aqui só pra garantir que você vai ficar bem. — Seguiu o olhar do amigo e notou o outro sentado, ereto, em um outro canto.

— Ele não precisava fazer isso. Nem você, aliás. Mas sou grata por terem feito. — Ela o concedeu um sorriso carinhoso. — Conseguiu o seu eterno intento?

— Ainda não, o professor Ebisu nem respira. Mas uma hora ele vai sentir vontade de ir ao banheiro. Só preciso estar atento.

Hinata riu, negando com a cabeça. Tinha cansado de dizer para o amigo que ele deveria desistir ou poderia se encrencar ainda. Agora apenas fazia os sutis movimentos e eles mudavam de assunto.

— Acha mesmo que ele não virá? — perguntou, enfim, olhando em volta.

— Acho que se ele não vier é mais idiota do que se mostrava antes. Mas se você disse que ele está diferente, vou acreditar em você e apostar que vem sim.

— Ele pode ter mudado de ideia... — suspirou a moça, virando-se para ficar de frente para o amigo. — Digo, a gente só estudou juntos e como ele não estava falando com mais ninguém, é claro que a gente ia se aproximar. Mas isso não quer dizer que ele queira ser meu amigo ou qualquer coisa assim.

— Ou qualquer coisa a mais. Era o que queria dizer? — Kiba sorria ao falar aquilo.

— Kiba... — murmurou, abaixando a cabeça envergonhada.

— Admita pelo menos para mim, Hinata. Sou seu amigo, sei que gosta dele antes mesmo de ele falar com você direito. É óbvio que agora gosta mesmo. Eu sou seu melhor amigo, admita para mim!

— Ok! É verdade, eu gosto, mas isso não muda nada — exasperou-se, sentindo o rosto quente. Admitir para alguém a levava para um caminho perigoso.

— Bem, talvez mude. — Quando Hinata o olhou, confusa com aquelas palavras, percebeu que o sorriso de Kiba era maior e ele apontou para algo atrás de Hinata.

Algo não, alguém. Lá estava Naruto, usando roupas sociais azuis escuras, realçando seus olhos azuis claros. Ela o reconheceu pelos olhos e pelo cabelo bagunçado de sempre. Não via o rosto, já que este se escondia atrás de uma máscara de raposa que lhe tomava todo o rosto. Mas bastava olhar para os olhos aparentes que percebia que ele sorria. Se possível, seu rosto esquentou ainda mais.

— Acho que além de dançar, precisamos conversar, não é mesmo? — disse e então estendeu a mão na direção dela, cheio de floreios. — Vamos, prometo que não será tão ruim.

Ao pegar a mão de Naruto, Hinata sentiu seu corpo todo estremecer. E não era de uma forma ruim. A todo instante tinha os olhos nos dele e ficou feliz em perceber que era correspondida no olhar. A mão dele também segurava a sua com firmeza, como se tivesse medo que ela resolvesse soltar de repente, o que não era mentira.

Eles se afastaram, seguindo para o lado mais vazio do salão, onde poderiam conversar sem que ninguém esbarrasse. Naruto a puxou para mais perto, colocando ambas as mãos de Hinata em seu pescoço e apoiou as próprias na cintura dela. Começou a se mover de um lado para o outro, acompanhando a música lenta. Não era bem dançar, mas precisava falar com ele, em seguida, poderiam realmente dançar durante a noite toda. Se tudo desse certo, claro.

— Então, quer dizer que gosta de mim? — Ele não sabia ser sutil. Só percebeu que talvez não devesse ter sido tão direito quando viu os olhos arregalados por trás da máscara. — Claro, pode gostar de mim apenas como amigo, né? É... Bem, é isso o que dizia ao Kiba quando eu me aproximei?

— C-Claro! — apressou-se em responder, mas o olhar dela não enganava Naruto. Não dava para ver o rosto de direito por conta das luzes e da máscara, mas podia jurar que ela estava corada.

— Então, antes mesmo de nos conhecermos como agora, de nos falarmos, você me considerava um amigo e tinha esse carinho por mim? Por que, sabe, é meio complicado isso, afinal, eu era meio idiota.

— Você nunca me tratou mal. Bem, eu nunca lhe vi tratando ninguém mal, realmente, apenas não dava muita atenção. Mas nas poucas vezes que falou comigo, foi com atenção.

— Isso é o suficiente para você considerar a pessoa seu amigo? — Ele queria pressioná-la, queria que ela admitisse. Tinha que admitir. Ou será que ele poderia admitir antes?

— Bem... Não sei... — Hinata abaixou a cabeça, pois não tinha mais nenhuma desculpa para dar. Tinha sido pega.

Sentiu então a mão direita de Naruto sair de sua cintura e pousar embaixo de seu queixo, erguendo sua cabeça. Novamente, ela encarava aqueles olhos.

— Falei de você para meus amigos, mas não falei o seu nome, porque não queria que eles ficassem olhando para você comigo longe. E também não queria que dissessem nada antes de eu dizer.

— Você tem algo a me dizer? — Hinata estava assustada agora. Só conseguia pensar que ele tinha notado o que sentia e agora diria que não podiam ser amigos.

— Sim, eu tenho. E eu não sei ficar falando coisas bonitas. Sou bem direito, tudo bem? — Achou melhor avisar, para que ela não se assustasse novamente. Assim que viu Hinata confirmando com a cabeça, continuou: — Eles brincaram comigo quando contei como você pareceu não se importar com o meu rosto todo ferrado. Disseram que somos os personagens daquele conto infantil, A Bela e a Fera, da vida real.

Hinata riu baixinho, pois, por uma coincidência do destino, eles estavam com as cores exatas dos personagens.

— E eu gostei disso. Porque eles finalmente notaram algo que eu não tinha admitido pra mim mesmo até aquele momento. — Fez uma pausa apenas para que ela o olhasse curiosa. — Que eu me apaixonei por você. Que eu estou apaixonado por você, Hinata.

Ela levou alguns instantes para absorver aquelas palavras. Os lábios se separaram, mostrando a surpresa. Tinha cedido ao seu lado mais pessimista e não esperava uma declaração. Mas recebera e agora que percebia isso, seu coração parecia prestes a sair pela boca.

— E eu só queria saber se ao te beijar, vou poder virar o tal príncipe — brincou, mas ria nervoso.

Ela entendeu a pergunta. Apenas com um beijo de uma pessoa apaixonada é que a Fera viraria um príncipe. Bem, o correto era o amor verdadeiro, mas aquilo ainda era muito cedo para os dois.

Hinata se aproximou um pouco mais e levou as mãos à máscara de Naruto. Ele não queria tirar antes do momento certo, mas confiou nela. Fechou os olhos e esperou. Ela, por outro lado, levantou apenas um pouco, deixando apenas os lábios do rapaz à mostra. Inclinou-se e então deixou os próprios lábios tocarem os dele em um beijo doce e sincero.

Tinha sonhado com aquele momento algumas vezes, todas sufocando sua paixão platônica, mas agora, o sonho se tornara realidade. Especialmente no momento em que os lábios de Naruto se moveram junto aos dela, encaixando-se. Ele se inclinou e a puxou para mais perto, a abraçando pela cintura e colando seus corpos.

Por fim, ele ergueu uma das mãos, tirando a máscara que cobria a maior parte de seu rosto. Relutante, se afastou de Hinata para que ela o visse.

Ele estava lindo, como sempre fora e, agora, sem machucados. A pele parecia nova, recém recuperada da cirurgia, mas já mais forte após as semanas de tratamento. Porém, havia algo novo naquele rosto. Ela levou as mãos até os dois lados do rosto de Naruto, tocando três marquinhas quase imperceptíveis ali, que não existiam antes do acidente.

— Você se apaixonou por mim enquanto eu ainda estava quebrado. Mas aprendi que uma pessoa quebrada sempre tem alguma marca, especialmente para lhe lembrar de como é estar quebrado. Resolvi deixar essa marca para lembrar o que é ser visto de verdade, mesmo estando quebrado. Como você me viu.

— Naruto... — ela sussurrou, querendo dizer que aquilo não era necessário, mas não pode deixar de gostar. — Está adorável — disse, por fim, pois realmente achara um charme a mais nele.

O grande sorriso tomou o belo e novo rosto de Naruto, que, finalmente, se sentia visto e feliz. Ele a puxou para perto e saiu dançando com ela pelo salão.

Seu plano real finalmente ia ser posto em ação agora que sabia o que Hinata sentia. Eles dançariam toda a noite, tirariam fotos e todos saberiam que Naruto estava namorando a bela e inteligente Hinata. Se havia algo que faria seu ego inflar, era isso, afinal o que ela o fazia sentir era digno das belas histórias de amor contadas por todo o mundo.

Eles tinham o próprio conto de fadas e começavam, naquele momento, a construir um possível felizes para sempre, que não significava um fim verdadeiro e sim um eterno recomeço.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a você que tirou um tempinho para ler essa história, por ter lido até aqui, ter dado uma chance. Agradeço também a todos que tiraram um tempo para deixar um comentário.

Espero que tenha sido uma experiência divertida.



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