The Baby Sitter escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 9
08. Era uma vez Hogsmeade


Notas iniciais do capítulo

Oi bbs,

Juro que respondo os comentários dos capítulos anteriores ainda esse fds, é que o tempo tá apertado e eu gosto de ler um por um.

Enfim, mais um capítulo. Espero que gostem :)

Agora vamos ao que interessa!



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Rose estava parada em frente à Loja de Penas Escribas. O dia estava nublado e fazia um pouco de frio. A garota praguejou mentalmente por não ter vestido um casaco mais grosso antes de sair do castelo.

Ela esfregou as mãos e deu alguns passos, de um lado para o outro, tentando esquentar um pouco mais o corpo. Seu semblante se relaxou quando uma figura de cabelos tão vermelhos quanto os seus deu as caras, perto da Zonko’s.

Hugo olhou para os lados, procurando a irmã.

— Aqui!

Rose acenou para o garoto e ele se aproximou com certa pressa.

— Onde você estava?! – a ruiva ralhou. – Estou te aguardando há quase uma hora!

— Foi mal. – Hugo se desculpou. – Eu estava esperando o Vane e o Wood saírem do dormitório do sétimo ano.

A garota assentiu, agradecendo mentalmente a prudência do menino. Rose puxou o irmão para o canto.

— Trouxe o que eu pedi? – perguntou ansiosa.

Hugo retirou um frasco de poção do bolso do casaco e ergueu diante da irmã.

— Você estaria falando disso?

Rose abriu um sorriso satisfeito. Ela pegou a poção da mão de Hugo.

— Tem certeza que vai ficar da cor certa? – indagou ao irmão, observando o frasco.

— Você sabe que sim. – ele confirmou. – Mais azul do que isso impossível.

— Bom garoto!

A ruiva ficou na ponta dos pés e bagunçou o cabelo de irmão. Apesar de mais novo, Hugo era um pouco mais alto que ela. O garoto sorriu e deu um tapinha de leve na mão de Rose. 

Desde criança, os dois possuíam um elo muito forte. Eles brigavam quase todo o tempo, mas também se ajudavam sempre que necessário. A ruiva sabia que Hugo seria capaz de dar a sua vida por ela se possível, e, tratando-se do irmão, Rose também era capaz de fazer mesmo.

Ela pôs o frasco da poção dentro da bolsa de mão e Hugo passou a mão pela testa, aparentemente preocupado com algo.

O garoto encarou a irmã.

— Essa é a última. – avisou. – O estoque do Fred acabou.

— Não tem problema. – Rose garantiu. – Eu dou um jeito de arranjar mais depois.

— Rosie...

— O que, Hugo?!

A ruiva cruzou os braços, na defensiva. O irmão respirou fundo, mas não abrandou a postura.

— Eu acho que já deu, Rose. – falou.

— E eu acho que você está errado. – a garota replicou, birrenta.

— Eu não estou errado. Você tem que parar.

Hugo segurou os ombros da irmã com uma delicadeza incomum.

— Me prometa que você vai parar, por favor. – ele pediu. – Se a McGonagall souber que você tá metida nisso, ela nunca mais vai te deixar escrever outra vez.

Apesar de ter se divertido bastante naquela semana, Hugo estava certo e Rose sabia disso. Ela não poria a sua paixão em risco outra vez. Pelo menos não por esses motivos. Não valia a pena. Aquilo era apenas uma diversão. Uma vingancinha bem de leve comparada ao susto das últimas semanas.

Rose soltou um longo suspiro.

— Ok. – concordou. – Essa vai ser a última vez. Eu prometo.

Hugo assentiu com a cabeça, aliviado. A ruiva fitou o relógio de pulso.

— Eu tenho que ir. – avisou. – Nos vemos no Três Vassouras?

— Sim. – Hugo confirmou. – E boa sorte com o Malfoy.

Rose sorriu.

— Tenha certeza que quem vai precisar de sorte é ele, não eu.

 

 

...

 

 

A casa de chá Madame Puddifoot não estava cheia, mas o espaço permanecia abarrotado, como sempre. Sentado em uma das mesinhas redondas perto da janela dos fundos, Scorpius Malfoy flertava insistentemente com uma lufana bonita do quinto ano. A garota se mostrava com interesse, contudo, ainda assim permanecia um pouco resistente por causa dos boatos espalhados na última semana.

Scorpius estava tão empenhado, que não percebeu quando a pulseira em seu braço amornou-se subitamente, ou quando o sino da porta tilintou de maneira melodiosa, ainda que aparentemente ninguém tenha adentrado o lugar.

Debaixo da capa de invisibilidade de James, Rose se aproximou do casal.

— Eu não sei se é uma boa ideia, Scorp. – a garota disse, melosa. – Alguém pode acabar nos vendo.

— Ah, qual é, Emie?! – o loiro beijou o pescoço da menina. – Você sabe que não correremos esse risco. – retrucou. – Além do mais, você estará comigo.

Rose sentiu vontade de vomitar com a cena. Ela fez uma careta em repulsa.

— Eu sei. – Emie segurou o rosto do grifinório. – Mas e os boatos?

— Quais boatos?

— Esses de que... você sabe... não funciona desde o dia daquele problema no ginásio.

Scorpius respirou fundo. Ele amaldiçoara o dia que algum infeliz resolvera espalhar que ele se tornara impotente por causa episódio do acidente.

Rose prendeu o riso.

— Eu não acredito que você vai dar ouvidos a essas mentiras. – o loiro replicou. – Venha comigo... eu posso te mostrar exatamente o contrário.

A lufana sorriu, satisfeita com a resposta. Ela acenou positivamente com a cabeça, aceitando o convite. O casal voltou a se beijar, os dois novamente alheios a tudo o que acontecia ao seu redor. Estava na hora de Rose agir.

Devagar, a ruiva apontou a varinha da direção do casaco preto de Malfoy, que estava pendurado no encosto da cadeira. O frasco da poção levitou suavemente até o bolso da peça, onde descansou após um novo aceno da varinha.

O garoto retirou três galeões da carteira e depositou sobre a mesa.

— Vem, vamos. – ele segurou a mão de Emie.

Os dois se levantaram. Scorpius puxou o casaco do encosto da cadeira e jogou nos ombros. Diferentemente do que Rose imaginou, o frasco da poção não caiu no chão com o movimento repentino do rapaz.

Aquilo não estava nos planos da ruiva.

— Droga! – praguejou, em voz baixa.

Abraçados, o casal saiu da casa de chá de Puddifoot e seguiu em direção à via principal de Hogsmeade. A ruiva partiu atrás dos dois. Ela precisava fazer alguma coisa antes que os dois se afastassem demais do chalé.

Rápida, Rose lançou um feitiço na direção de Emie. Espinhos atingiram capa da menina, sendo que dois deles espetaram-na o braço levemente.

— Ai! – a lufana gritou, de repente.

— O que foi? – Malfoy perguntou, preocupado.

— Não sei. – Emie respondeu. – Alguma coisa me pinicou.

— Onde?

— Bem aqui.

A garota estendeu o braço na direção de Scorpius. Rose aproveitou que as atenções estavam concentradas na lufana.

Ela apontou a varinha para o casaco do loiro.

— Diffindo!

O bolso das vestes de Malfoy rasgou-se e o frasco da poção azul caiu no chão. O barulho do vidro quebrando em cima das pedras da calçada chamou a atenção de Emie.

A garota abaixou o olhar.

— Scorpius, o que isso? – indagou, curiosa. – Você deixou cair do seu bolso.

O loiro passou a mão pela testa, nervoso. Três vezes ele passara por situações parecidas com aquela durante a semana. O maldito frasco azul. Scorpius pensara que havia se livrado dele desta vez, mas, pelo visto, não era o caso.

O grifinório puxou a lufana para mais a diante.

— Não é nada, Emie. – ele tentou despista-la. – Deixa isso aí.

— Não, eu quero ver o que é! – insistiu.

Emie se desprendeu das mãos do garoto e se abaixou. Ela tocou no vidro quebrado, com cuidado, e leu a parte do rótulo que não fora destruída.

 

POÇÃO ANTI-IMPOTÊNCIA

Ideal para bruxos que desejam alçar voo, mas não conseguem sair do lugar.

 

A menina arregalou os olhos. Ela se levantou rapidamente.

— Kristin estava certa! – exclamou. – Eu sabia! Você... você não...

— Emie, olhe o que você vai dizer... – Scorpius avisou.

— Você é uma farsa, Malfoy!

— Você sabe que isso não é verdade!

— O que eu sei é que você não funciona!

— Ei, fale baixo... – ele pôs uma mão sobre a boca da garota. – Alguém pode te ouvir e acreditar nisso!

Emie se soltou do aperto mais uma vez. Ao seu redor, algumas pessoas, principalmente outros alunos que haviam acabado de sair da Zonko’s, pararam para assistir a cena.

A lufana sorriu, com desdém.

— Não seria mentira! – rebateu, atrevida. – Afinal de contas, todos precisam saber que Scorpius Malfoy é impotente! – ela levantou o pedaço do rótulo. – Vocês estão me ouvindo?! Ele não funciona!

Um comichão geral se espalhou em segundos. A vontade de Malfoy era abrir um buraco no chão e sumir – ou talvez enterrar Emie lá dentro. Debaixo da capa de invisibilidade, Rose estava se prendendo para não soltar uma gargalhada alta.

Emie apontou para o loiro.

— Nunca mais volte a me procurar! – bradou. – Nunca mais!

A menina jogou o caco de vidro do chão novamente, que agora se estraçalhou por inteiro, e partiu em direção a Hogwarts. Scorpius a viu empurrar os colegas que estavam no meio do caminho e gritar reclamações ao vento, sozinha.

Garota idiota, Malfoy pensou. Ele que passara pela humilhação, mais uma vez, e ela que saia ofendida. 

Como se ele já não tivesse problemas o suficiente para resolver.

— Vocês não viram o bastante não? – bradou, irritado, para a plateia que insistira em ficar. – Voltem ao que estavam fazendo, seus imbecis!

Aos poucos, a multidão foi se dispersando. Scorpius tinha certeza que a história se espalharia pelo castelo muito antes do fim do dia. O garoto andou até o fim da rua outra vez, a passos lentos, e sentou-se em um troco de madeira envelhecido. Dentro do estabelecimento de Madame Puddifoot, velas mágicas brilhavam em uma tonalidade rosa.

Maldita casa de chá. Scorpius odiava os babados ridículos das mesas.

— Que... – Scorpius quase arrancou alguns fios loiros do cabelo, agressivo. – Merda!

Ele precisava liberar a sua raiva. Sem muitas opções, o garoto catou uma pedra da vegetação e jogou em direção a viela, agora aparentemente vazia. Por alguma coincidência sublime do destino, a pedra atingira Rose que estava parada no meio da viela, ainda assistindo a desgraça do menino, em cheio na barriga.

 A ruiva tentou disfarçar a dor, mas fora quase impossível não emitir nenhum som.  Seus olhos lacrimejaram. A garota se curvou para o lado direito do corpo, dolorida, com a mão sobre o machucado. Para o seu azar, o capuz do manto de invisibilidade escorregou da sua cabeça.

Os cabelos vermelhos e encaracolados de Rose esvoaçaram-se com o vento.

— Weasley...?!

A ruiva ergueu a cabeça, devagar. Scorpius a encarava, boquiaberto. Pouco a pouco, as coisas foram fazendo sentido na cabeça do garoto. Ela armara tudo, desde sempre.

Um sorriso amarelo apareceu no rosto da grifinória. Rose fora descoberta.

— Oops... – sussurrou.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?!
Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/

Beijos!