The Baby Sitter escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 6
05. Leia-me, se for capaz


Notas iniciais do capítulo

Oie bbs,

Mais um capítulo, espero que gostem ♥



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Rose estava parada há mais de cinco minutos, a encarar um barril de madeira encardida.  Seus olhos estavam vermelhos e havia bolsas de inchaço abaixo das suas pálpebras inferiores. Estava mais do que difícil se manter acordada.

Persistente, a ruiva soltou um suspiro extenso e se virou na direção do homem corpulento ao seu lado.

— Hagrid, você me pediu para fazer o que mesmo com isso aqui? – perguntou.

— Isso é a comida do bicuço. – Hagrid respondeu. – Eu não pedi para você fazer nada com ela.

— Ah...

A garota assentiu com a cabeça, mas não saiu do lugar. O meio gigante sorriu. As rugas impostas pela idade se contraíram ao redor dos seus olhos escuros.

Hagrid apontou o dedo indicador para um volume de sacos de linho perto da porta.

— Precisamos pôr as mudas de hemeróbio para fora. – ele disse. – Amanhã as levarei para o Professor Slughorn usar nas aulas do quinto ano. – avisou.

— Certo.

— Ponha as luvas e tome cuidado para não tocar nas folhas.

— Por quê?

— Porque elas são venenosas, Rosie. Você sabe disso.

— Ah, verdade... – a garota bocejou com uma intensidade absurda. – É, eu sei.

Rose juntou toda a força de vontade que ainda existia dentro de si e levantou-se do chão empoeirado da cabana. Assim como fora imposto no castigo, a garota não usou magia. Ela se dirigiu até os sacos de mudas dispostos no canto onde Hagrid indicara e se dispôs a arrasta-los, um por um, para o lado de fora.

Enquanto arrumava o espaço para uma refeição, Hagrid observou a ruiva trabalhar lentamente.  O meio gigante pôs duas canecas enormes de chá em cima da velha mesa de madeira e uma cesta de biscoitos que mais pareciam verdadeiras pedras. Ele poderia estar velho, e todos os seus cabelos estarem brancos agora, mas sua mente jamais esqueceria a receita dos seus bolinhos.

Hagrid esperou pacientemente que Rose terminasse o seu serviço e assim que a garota retornou a cabine por definitivo, ele fez sinal para que ela se aproximasse. A ruiva se jogou em uma das largas cadeiras, ao seu lado, e bebeu um gole generoso de chá de mogno marrom.

Hagrid sorriu outra vez.

— Há quanto tempo você não dorme, Rosie? – ele indagou.

— Dois dias. – ela respondeu, com um suspiro.

— Malfoy não tem te dado descanso, não é?

— Nenhum.

— Então como você pretende se preparar para amanhã?

— Amanhã? – a garota franziu o cenho. – O que tem amanhã?

Hagrid ergueu um encarte preto e branco. Era uma edição do Profeta Diário, de algumas semanas atrás.

— A professora McGonagall me entregou esse jornal hoje à tarde. – Hagrid disse. – Ela me pediu que eu relembrasse a você sobre o concurso literário.

Rose arregalou os olhos.

— Por Merlim! – ela exclamou. – Eu me esqueci disso por completo!

A ruiva estava prestes a se levantar, rápida, até que parou de súbito. Ela encarou o meio gigante, intrigada.

— Como a professora McGonagall descobriu sobre o concurso? – questionou. – Eu enviei a minha inscrição sem pedir autorização...

A garota sentiu-se um pouco envergonhada por assumir a insubordinação assim, em voz alta. Hagrid, no entanto, não pareceu se importar com o fato.

 Ele apenas balançou a cabeça em negação e agitou os ombros corpulentos.

— Eu não faço a menor ideia, Rosie. – falou. – Mas, se isso serve de consolo, ela é a diretora. Os diretores quase sempre sabem de tudo.

Rose ergueu as sobrancelhas. Aquela era uma boa explicação, ela pensou.

— Então quer dizer que eu posso participar? – a ruiva indagou esperançosa.

— Creio que sim. – Hagrid confirmou.

— Mesmo depois de tudo o que aconteceu?

— Mesmo depois de tudo o que aconteceu.

A garota passou a mão pelo rosto, sem acreditar. Um pico de felicidade se elevou dentro do seu peito, mas, logo foi abalado por uma boa dose de desespero. Graças aos castigos e as detenções, ela não havia terminado o seu texto.

Rose quase deixou o seu chá derramar a mesa, nervosa.  Por sorte, o meio gigante conseguiu segurar a grande caneca de madeira, que mais parecia um balde do que outra coisa.

Ele a encarou, preocupado.

— O que houve, Rosie?

— Hagrid, eu não finalizei o meu artigo... – contou, trêmula.

— Wow... – Hagrid assobiou. – Isso não é nada bom.

— E agora?

O meio gigante coçou a barba branca, pensativo.

— Bom, nesse caso eu acho que é melhor você retornar ao castelo. – ele disse. – Talvez assim dê tempo de terminar o artigo ainda essa noite.

— Mas... e a detenção?

— Já fizemos o suficiente por hoje.

Rose abriu um largo sorriso e pulou no pescoço de Hagrid, o apertando como se ele fosse um enorme bicho de pelúcia. O meio gigante soltou uma gargalhada, satisfeito com a reação carinhosa da garota.

Ela beijou a sua bochecha com afinco.

— Você é o melhor, sabia? – disse, contente.

— Você que é, minha Rosie. – Hagrid respondeu, com gosto. – Agora vá e construa um texto digno de uma Granger legítima.

A ruiva assentiu e disparou porta fora da cabana, mais rápida do que um balaço perdido.

 

 

...

 

 

— Você está fora, Malfoy!

 

Scorpius Malfoy abriu os olhos, assustado. Seu peito arfava e pingos de suor escorriam pela sua testa, empapando os fios loiros que tocavam o seu rosto. O garoto respirou fundo e ergueu-se lentamente, sentando-se na beirada da cama. Seus pés descalços descansaram sobre o chão frio do dormitório.

Desde o episódio no ginásio, Scorpius desenvolvera a terrível predisposição para sonhos ruins todas as noites. Ainda assim, escutar a voz de James a lhe dizer que ele estava fora do time de quadribol fora de longe o pior pesadelo que o loiro tivera desde o dia do acidente.

Sem mais nenhuma vontade de voltar a dormir, Malfoy se levantou. Nas outras camas seus colegas ressonavam de maneira pesada. O loiro saiu do dormitório e desceu em direção ao salão comunal da Grifinória.

O fogo na lareira crepitava, lentamente, a fortalecer a coloração alaranjada do lugar. Scorpius soltou um longo bocejo enquanto descia as escadas. Ele franziu a testa ao perceber que estava acompanhado. Parcialmente acompanhado. Pelo menos no que se tratava da presença corpórea.

No canto mais reservado do salão vazio, Rose pegara profundamente no sono, deitada por cima de vários rolos de pergaminho usados.

O loiro se aproximou devagar.

— Weasley...? – ele a chamou baixinho.

A ruiva não se moveu nem um milímetro. Malfoy analisou as suas feições por alguns segundos. Rose dormia graciosamente, com os cabelos vermelhos caídos para o lado, em cascata, e a cabeça apoiada sobre o braço esquerdo. Tanto a ponta do seu nariz, quanto a sua bochecha estavam corados, por baixo das sardas alaranjadas.

Ao enxergar por aquele ângulo, a ruiva em nada parecia a garota enérgica e imperativa de sempre. Scorpius sentiu vontade de toca-la, mas algo dentro de si o refreou.

Ele deu um passo para trás, por segurança.

— Ei, Weasley... – chamou, outra vez.

Rose se mexeu levemente, mas não acordou de fato. Ela deveria estar mesmo com sono. Scorpius tinha certeza que ele era o causador-mor daquele cansaço. O garoto sorriu de canto, achando graça. Foi quando ele viu algo que o interessou.

 

PROFETA DIÁRIO

VIII ª ed. Do Concurso Literário Bruxo Anual.

Participante: Rose Granger-Weasley.

 

Malfoy se aproximou novamente. Ele estendeu a mão e puxou o pergaminho com certa delicadeza. Havia muita coisa escrita. Scorpius se afastou de Rose e pôs-se a ler o artigo.

Ao fim do texto, um sorriso dissimulado brotou nos lábios do loiro.

— Interessante, ruiva... – comentou baixinho. – Muito interessante...

O garoto sentou-se em uma das mesas.

— Porém, acho que precisa de umas melhorias...

Ele apontou a varinha para o pergaminho.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?!
Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
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Beijos!



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