The Baby Sitter escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 5
04. Aqui se faz, aqui se paga


Notas iniciais do capítulo

Oie bbs,

Está aberta a temporada de caça, ahahah



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Sozinho no corredor do sétimo andar do castelo, Albus Severus Potter encontrava-se em frente à tapeçaria de Barnabás, o amalucado. Após alguns segundos de espera a sala precisa se abriu para o garoto.

Albus atravessou a grande porta de madeira sem pressa alguma. Ele seguiu por um dos corredores formado pelas montanhas de objetos aparentemente inúteis e esquecidos pelos seus donos e teve dúvidas se estava seguindo o caminho certo.

Até que alguém se manifestou em um dos corredores laterais.

— Senta aí, Scorpius. – a voz bradou. – E cale a boca, antes que eu te estupore e te faça desmaiar outra vez.

Albus retirou a capa de invisibilidade, o que revelou a sua presença.

— Potter. – o dono da voz saudou nada surpreso.

— Zabini.

Anthony Zabini acenou de volta com a cabeça. Albus se direcionou a Scorpius.

— Você está bem? – perguntou.

O loiro desviou o olhar.

— Estou. – respondeu.

— Não está não. – Zabini contou. – Ele apagou no banheiro dos monitores.

Albus se aproximou do loiro, inquieto.

— Você sabe que não pode ficar sozinho! – ralhou.

— Eu estou bem.

— Você desmaiou.

— Olha que novidade! – o loiro ironizou.

— Será que alguém pode me explicar que merda é que está acontecendo?

Zabini cruzou os braços, irritado.

— O que aconteceu é que eu tô em meio a bostas de trasgos!  – bradou, em plenos pulmões. – E tudo isso por causa da prima dele!

Albus riu. Seu tom era completamente sarcástico.

— Então é por isso que você está me evitando?! – questionou, chateado. – Por que eu escondi os jornais da Rose. É isso?

— Claro! – o loiro confirmou. – Você a defendeu mesmo sabendo que ela era culpada!

— Rose é minha prima!

— Foda-se!

Os dois amigos se encaravam, firmes. Anthony, que até então apenas observava a discussão, coçou o maxilar, pensativo.

— Deixa ver se eu entendi... – ele apontou para Malfoy. – Você tá caindo pelos cantos por que a Weasley lançou um feitiço estranho em você?

— Sim. – Scorpius respondeu.

— Então o que estava no pergaminho da Katrina é verdade? – indagou.

— Não. – Albus negou. – Foi um acidente. A Rose não fez exatamente do jeito que a Parkinson descreveu.

— Mas fez.

— Sim.

Zabini soltou uma gargalhada.

— Ponto para a Weasley! – exclamou.

Scorpius bufou, irritado. O loiro se direcionou a Albus.

— É por isso que a ruiva vai me pagar. – falou. – Depois daquele jogo eu virei piada em Hogwarts!

— Ah, qual é, Scorpius?! – Albus rolou os olhos. – Não seja ridículo. Daqui a pouco todo mundo esquece essa história.

— É, esquece... – Zabini concordou. – Até o dia que descobrirem sobre esses desmaios.

Ele prendeu o riso e o loiro ergueu a varinha na sua direção. O sonserino se escondeu atrás de Albus.

— Você não ouse em espalhar nada sobre isso, Anthony! – Scorpius ameaçou. – Ninguém pode saber de nada até o professor Slughorn ou o St. Mungus descobrir um antídoto para essa poção maldita.

— E quando vai ser isso? – o garoto perguntou, por cima do ombro de Albus.

— Não sei.

Scorpius soltou um longo suspiro.

— Mas, espero que não demore.

De olhos fechados, o grifinório se jogou em cima da pilha de troféus oxidados.

— Ah, ruiva...  – ele lamentou. – Você me paga!

— Não é só você que tem sido apontado nos corredores. – Albus comentou. – A Rose também foi castigada por causa da poção.

O loiro não podia negar que estava minimamente satisfeito com aquilo. Porém, para Malfoy ainda não era o suficiente e Albus sabia disso.

O moreno sentou-se ao lado do amigo.

— Scorp, foi um acidente. – disse.

— Eu sei. – Scorpius assentiu. – Vocês me lembram disso toda hora.

— Mesmo assim você quer levar essa loucura de retaliação à diante. A Rose não vai suportar por muito tempo.

— Ótimo, então. Assim eu me divirto mais.

Albus balançou a cabeça, numa negativa.

— Isso só vai fazer com que ela te afaste o dobro quando tudo isso acabar. – avisou.

Scorpius deu de ombros.

— Não é como se a Weasley já não fizesse isso.

O tom do desabafo foi amargurado. Zabini ergueu as sobrancelhas surpreso.

— Oh, não! – o sonserino exclamou. – Então é isso?! – instigou, provocativo. –Scorpius Malfoy está oficialmente desistindo de uma garota!

Malfoy desviou o olhar do amigo.

— Eu nunca tive chance mesmo. – falou.

O garoto levantou-se de súbito e saiu na frente, em disparada. Albus e Anthony trocaram olhares preocupados antes de seguir atrás do loiro.

 

...

 

 

— Ele sumiu, Roxx! – Rose exclamou. – Já faz horas que eu procuro esse loiro maldito e não o encontro!

Roxanne encostou-se a parede do corredor.

— Já tentou falar com o Al? – perguntou.

— Também não consegui localiza-lo.

— Então tudo ok. Os dois devem estar juntos.

Rose imaginou que estivessem, porém isso não diminuía o seu desgosto. Pelo contrário, só aumentava.

Ela se despediu de Roxanne e seguiu para a torre da Grifinória, ainda na sua busca.

— Srta. Weasley!

Minerva McGonagall gritou da ponta do corredor vazio. A diretora parecia muito irritada. Scorpius vinha em seu encalço, com o semblante aparentemente abatido.

Aquilo não era um bom sinal.

— Senhorita, onde estava?! – a mulher perguntou.

— Procurando por ele!

Rose apontou na direção de Malfoy. McGonagall ergueu uma das finas sobrancelhas, descrente.

— Weasley, se a senhorita estivesse procurando por ele, eu não o encontraria na biblioteca convalescido.

Rose arregalou os olhos.

— Ela me deixou sozinho, professora. – Scorpius lamentou, fingido. – Sumiu durante todo o dia.

A afirmação mentirosa do garoto fez a ruiva explodir, colérica.

— Isso é mentira! – ela rebateu. – Você que desapareceu!

— Como? – o loiro ergueu as mãos. – Você lançou um feitiço em mim, esqueceu? – argumentou. – Fora que eu fui a todas as aulas normalmente. Você que não estava lá. Em nenhuma delas.

O rosto da garota ficou vermelho. Rose havia faltado às aulas para procura-lo. Ela nunca imaginou que Scorpius usaria esse fato para prejudica-la.

Mais a diante, uma figura atípica a aquele cenário despontou nas escadas. Anthony Zabini avançou pelo corredor e se aproximou do grupo.

— Scorpius! – o sonserino bradou. – Eu e o Potter estávamos te pr...

Antes que o amigo completasse a frase, o loiro o interrompeu.

— Anthony! – Malfoy continuou a encenação. – Anthony, venha cá.

Zabini se viu sendo puxado por Malfoy.

— Mais cedo, você me viu apagar no banheiro dos monitores. – contou.

Anthony franziu o cenho.

— Sim... – ele confirmou.

— Eu estava ou não sozinho?

Zabini olhou de soslaio para Scorpius. O olhar do loiro foi incisivo.

— Isso é verdade, Sr. Zabini? – a diretora insistiu. – Malfoy estava sozinho mesmo?

O sonserino engoliu a seco.

— Hum... – pigarreou. – Sim, ele estava. – o garoto assentiu. – Eu que o dei assistência depois disso.

Scorpius balançou a cabeça, enfático. Ele havia ganhado a batalha.

A professora McGonagall suspirou.

— Bom, neste caso... – ela se virou na direção de Rose. – Weasley, a senhorita ganhou mais uma semana de detenção.

Rose se desesperou.

 – Professora, isso não é justo!

— Já conversamos a respeito disso.

— Mas foi ele que desapareceu!

— Sem discussões, Weasley! – a diretora bradou, impaciente. – Eu não quero ouvir mais nada sobre essa história. A senhorita sabe muito bem quais são as suas obrigações!

Rose suprimiu as reclamações com um nó na garganta. Ela não insistiria, ainda que estivesse certa. Esse gostinho de vitória não seria dado a Malfoy.

Altiva, a ruiva ergueu a postura.

— Me desculpe, professora. Eu sei sim quais são as minhas obrigações. – respondeu.

— Fique avisada que a cada vez que eu encontrar o Sr. Malfoy sem a sua companhia, senhorita, eu dobrarei o seu número de detenções.

— Tenha certeza que eu garantirei que isso não voltará a se repetir.

— Ótimo. É o que eu espero. Estamos conversadas, então. – McGonagall finalizou. – Agora voltem para as suas aulas. Os três.

Sem contestar, Zabini foi o primeiro a se mover. O sonserino partiu mais a frente, em direção as masmorras. Os outros dois o seguiram, lado a lado, logo atrás.

Já longe da diretora, a Rose encarou Scorpius.

— Você me paga, Malfoy. – sibilou.

Havia raiva nos olhos azuis da garota. O loiro não se importou.  Nos dele existia o mesmo desde o incidente.

— Não, ruiva... – ele negou, calmo. – Você que vai me pagar.

Dito isso, ambos continuaram a andar, em silêncio.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?!
Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
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Beijos!