The Baby Sitter escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 3
02. Castigada


Notas iniciais do capítulo

Oie bbs,

Mais um capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764812/chapter/3

Sentada no canto mais escuro do salão comunal da Grifinória, Rose Weasley encarava o chão, difusa. Há três semanas a menina tentava se esconder de todas as pessoas que a rodeavam fora das aulas, inclusive dos seus amigos.

Houve um breve barulho e retrato da mulher gorda se abriu para o lado. Duas pessoas passaram pelo buraco. A ruiva se encolheu por entre as almofadas.

— Rose!

Infelizmente, para a garota, a tentativa de ficar sozinha nem sempre dava certo. Lily e Hugo avançaram na sua direção.

— Onde você estava...? – Lily perguntou, após se jogar em uma das poltronas. – Não te vi no salão principal, na hora do café.

— Não estou com fome. – Rose respondeu.

A ruiva mais nova suspirou.

— Ainda isso?

— Ainda isso.

— Rose, foi um acidente.

— Não, Lily. Não foi. – a menina negou. – Foi um erro. Eu errei a droga da poção e alguém quase se deu mal por isso.

— Foi só o Malfoy. – Lily rebateu e deu de ombros. – E, de qualquer forma, eu ouvi falar que ele já recebeu alta do St. Mungus. Logo, você não matou ninguém.

— Mas recebi uma detenção que parece eterna! – aquilo era uma tortura para a ruiva. – E a McGonagall quase que me tira o distintivo de monitora!

Hugo, que até então estava a mexer em um dos brinquedos que recebera do tio Jorge no verão, alheio a conversa, despertara para algo.

— Ah, Rosie... – ele chamou. – Chegou isso pra você. De novo.

O garoto remexeu os bolsos do uniforme e puxou um envelope. Rose reconheceu a caligrafia a distância. Era outra carta. Mais uma, pensou.

O garoto jogou o envelope no colo da irmã.

— Acho melhor você abrir essa. E responder. – ele aconselhou. – Porque em breve mamãe vai perder a paciência e mandar um berrador.

— Ou aparecer aqui pessoalmente. – Lily completou.

— Ela não faria isso... – Rose retrucou.

No fundo a ruiva não tinha certeza sobre a afirmação. Se havia uma coisa que ela aprendera desde a infância, era que não existiam limites para as vontades de Hermione Granger.

Rose encarou o pedaço de papel em seu colo. Ela estava com medo do que poderia encontrar ali. A menina passara a fugir das cartas da mãe da mesma forma que fugira das outras pessoas de Hogwarts. Ainda assim, com o pouco que sobrara da coragem que a colocara na Grifinória, Rose Weasley rasgou a barra do envelope e tirou o pergaminho de dentro.

Devagar, como se quisesse ler o conteúdo cautelosamente, a menina fixou os olhos nas palavras dispostas pelo papel.

 

Rose,

Sei que você não quer abrir as cartas que eu tenho te enviado. Essa atitude me deixa realmente triste. Estou muito preocupada com você e gostaria de entender como você está se sentindo em meio a tudo isso.

Serei breve em dizer que foi de uma irresponsabilidade enorme o que aconteceu. Nós criamos aquela poção juntas. Nunca imaginei que você a utilizaria de maneira displicente. Eu realmente não esperava isso.

Me comuniquei diretamente com a diretora e me foi informado qual será o castigo aplicado. Saiba, de antemão, que eu estou de total acordo, embora o seu pai tenha relutado um pouco em concordar com esse método. Posso garantir que ele irá se virar bem com a ideia.

Essa é a última carta que te mando. Se não houver nenhuma resposta, enviarei um berrador que se abrirá automaticamente quando for entregue pela coruja.

 

Independentemente de qualquer coisa eu amo você, meu bem.

 

Ps.: Ouvi dizer que foi uma bela explosão, Rosie. Papai está orgulhoso.

Ps. 02: Não dê ouvidos ao seu pai.

 

Rose terminou de ler a carta em pouco tempo. Ela riu do comentário do pai, coisa que sempre fazia. Porém, o que a prendeu sua atenção de verdade fora o que sua mãe comentara antes disso. Então, como se não bastasse as detenções diárias, também existiria um castigo. Mas, qual?

A ruiva não teve muito tempo para pensar. A passagem se abriu outra vez e mais alguém entrou no salão comunal. Albus se dirigiu a prima diretamente, não se preocupando em cumprimentar os outros dois.

— Rosie, a McGonagall quer te ver.

Estava na hora de saber qual era o tal castigo.

 

...

 

Lily, Albus e Hugo permaneciam sentados, apreensivos, quando o professor de Herbologia veio até eles. Em um sinal mudo, um dos meninos apontou para uma escultura na lateral. O homem assentiu com a cabeça e disse a senha de entrada. A gárgula de acesso à sala da diretora se abriu e Neville Longbottom atravessou  antes de subir as escadas.

— Professora McGonagall, eu juro mais uma vez que essa poção é totalmente segura! — Neville ouviu Rose argumentar – Eu não sei o que aconteceu. Eu...

Antes que a menina completasse, a diretora interrompeu, em cólera.

— Chega, Srta. Weasley! Chega!

O professor, que até aquele momento estivera calado, apenas escutando os gritos da diretora do outro lado do umbral, resolveu pela primeira vez se manifestar. Ele bateu na madeira da porta do escritório repetidamente.

— Minerva, sou eu. – falou, a se identificar.

A autorização de passagem veio em seguida. Já dentro do gabinete, o professou andou até Rose e se colocou ao seu lado.

— Professor, o senhor precisa me escutar! – Rose suplicou. – Por favor!

— Eu escutarei, Rose. – Neville garantiu, a dar batidinhas no ombro da grifinória. – Mas, primeiro, sente-se. Estamos todos nervosos. Desse jeito não conseguiremos nunca chegar a lugar algum.

A garota assentiu com a cabeça rapidamente. Ela se sentou em uma das cadeiras dispostas junto à mesa da diretora. McGonagall fez o mesmo, recostando-se a sua poltrona.

— Rose... – Neville chamou, calmo. – Eu vou te perguntar mais uma vez. Preciso que você seja inteiramente sincera. Você tinha alguma intenção de machucar o Scorpius? A mínima que fosse?

— Não, de forma alguma.

— Mesmo com todos os problemas entre vocês ao longo desses anos?

— O senhor sabe que eu nunca faria isso!

Neville ponderou mentalmente. O histórico de brigas entre os dois adolescentes não pendia a favor da ruiva. 

— Que tipo de poção é essa que você fez? – ele inquiriu, curioso. – Horácio me disse que é bem complexa. Talvez no nível do N.I.E.Ms.

— É uma poção que faz com que a foto fique com um efeito legal, às vezes com umas cores e ângulos diferentes. Eu que a criei, com a ajuda da mamãe e do professor Slughorn.

— Como em algumas fotos trouxas?

— Sim, exatamente. Só que se movendo como uma fotografia bruxa. É perfeita para o jornal.

O brilho de empolgação nos olhos de Rose deixava claro o seu fascínio pela área que escolhera desde criança.

— É mesmo um pouco difícil de preparar, admito. – completou. – Exige paciência. Demora quase um mês para ficar pronta.

Neville meneou a cabeça em concordância. Ele e Minerva se encararam.

— A senhorita tem noção de que poderia ter matado o seu colega? – a diretora perguntou, retórica.

— Eu sei, mas...

— Isso foi grave. Digno de uma expulsão.

— Não, por Merlin, não! – a ruiva se desesperou mais uma vez.

— No entanto... – McGonagall continuou, ignorando as lamúrias da ruiva. – Eu decidi que você terá um castigo mais... brando, eu diria.

Castigo mais brando. Talvez fosse disso que Hermione falara mais cedo, na carta. O coração de Rose bateu um pouquinho mais calmo. 

— E... – a menina falou devagar. – Qual seria essa punição?

— A senhorita tomará conta do Sr. Malfoy.

Rose arregalou os olhos azuis. Por um momento, a garota imaginou – torceu – que não tivesse escutado direito.

— Como...? – questionou, confusa.

— Isso mesmo, Weasley. – McGonagall confirmou. – Você o auxiliará em tudo, exatamente tudo, o que ele necessitar até que os Medibruxos consigam criar um feitiço que reverta às consequências da poção que você lançou.

Se conviver com Malfoy já era incontestavelmente insuportável, se ver obrigada a cuidar dele sem por tempo indeterminado parecia ser um castigo muito pior. Uma maldição. Por um momento Rose desejou morrer de varíola de dragão a ter que aturar o loiro ensebado, como ela costumava chamar, por mais de cinco minutos todos os dias.

— Por favor, me arranje outro castigo. Eu te imploro! – a garota praticamente suplicou.

— Se o seu colega está sob essas condições, a culpa é estritamente da senhorita. Nada mais justo que você mesmo seja responsabilizada pelos encargos.

— Eu posso fazer qualquer coisa, professora! Qualquer coisa! Mas, por favor, isso não!

— Sem discussões, Weasley. Já foi decidido. Você cuidará de Scorpius Malfoy. – a diretora avisou, impassível.

Rose pensou que aquilo só poderia ser um pesadelo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?!
Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/

Beijos!