The Baby Sitter escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 28
27. Às honras, senhorita


Notas iniciais do capítulo

Oie bbs,

To aparecendo realmente quando posso
Juro que em breve responderei todos os comentários dos capítulos passados

Agora vamos ao que interessa!



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O Três Vassouras estava cheio. Scorpius, Albus e Anthony estavam sentados à mesa, perto da janela. Mais ao canto, um grupo de meninas os encaravam furtivamente, dando risadinhas empolgadas e fazendo comentários baixinhos entre si. O assunto, todos sabiam. Era só sobre a festa de James Potter que Hogwarts inteira falava ultimamente.

Anthony retribuiu o olhar de uma delas.

— Ok... – disse. – Que tal a Cameron?

— Baixa demais. – Scorpius respondeu.

— Qual o seu problema com as garotas mais baixas?

— Nenhum.

— Talvez a Cheeve ainda não tenha um par. – Albus sugeriu.

— Todo mundo sabe que ela tem uma verruga enorme e cabeluda no pé esquerdo.

Albus rolou os olhos verdes.

— Isso é boato. E ninguém liga se a Cheeve tem uma ou cinco verrugas em qualquer um dos pés. – retrucou. – Ela está livre, e é gata.

— Sim, ela é. – o loiro confirmou.

— Então qual é o problema?

— A verruga, no pé.

Malfoy fez cara de nojo e Albus grunhiu, irritado, antes de beber mais um gole da sua cerveja amanteigada. Zabini suspirou e encarou o amigo relutante.

— Scor, o aniversário do Potter é daqui a duas semanas. Você precisa encontrar um par!

— Preciso?

— Claro que sim!

— Cara, eu nem sei se eu quero mesmo ir para essa festa! – o loiro resmungou.

— Isso tudo porque a Weasley negou o seu convite?! – o sonserino alfinetou. – Enquanto você se lamenta, ela se diverte com o Carter.

Malfoy sabia que Anthony falara aquilo para provoca-lo. Ainda assim, escutar a afirmação fizera todas as vertebras da sua espinha vibrarem, amedrontadas.

O loiro engoliu a seco.

— O que a Rose faz não é da minha conta.

— No entanto você continua morrendo de amores por ela.

— Isso não tem nada a ver com o assunto, Tony! – Scorpius se defendeu. – Eu só acho que não preciso ir para uma festa estúpida para provar nada a ninguém! Eu tô bem assim, tá legal?!

Zabini respirou fundo.

— Al, conte ao Malfoy que ele é um idiota, por favor. – disse.

Mas Al não disse nada de imediato.

— Albus? – Anthony o chamou mais uma vez.

— Sim, isso... ele é um idiota. – o menino repetiu mecanicamente.

Albus tinha os olhos fixos em algo além do vidro da janela. Anthony se esticou pelo ombro do amigo para ver o que é. Do lado de fora, Lily aparentemente discutia com um garoto loiro. Os dois pareciam estar nervosos um com o outro.

Zabini franziu a testa.

— Quem é esse aí? – perguntou, por algum motivo interessado no assunto.

— Scamander. – Albus respondeu.

— Qual dos dois?

— Lorcan.

— Interessante. Agora você passou a chama-lo pelo sobrenome. – Scorpius provocou com um risinho vitorioso de canto, o que fez Albus o fuzilar com os olhos.

— Por que você está espionando os dois? – Anthony indagou.

— Ela é minha irmã.

— Ah... hum, é.

Anthony voltou a se calar e continuou a observar a cena. Ele viu Lily balançar as mãos agitadamente e dar as costas para o corvino, andando em direção no bar. O garoto não a seguiu. Quando a ruiva saiu das suas vistas, Zabini rapidamente voltou a posição normal. Albus fez o mesmo.

Já dentro do Três Vassouras, Lily olhou para os lados. Ao ver o irmão, ela avançou por entre as mesas.

— Oi. – os cumprimentou, sentando-se ao lado de Scorpius.

— Oi. – os três responderam ao mesmo tempo.

E voltaram a ficar em silêncio. A ruiva cruzou os braços.

— Atrapalho alguma coisa? – ela perguntou.

— Não. – Albus respondeu.

— Então porque vocês estão com essas caras?

— Estávamos apenas decidindo com quem o Scorpius vai ao aniversário.

— Ah, essa festa idiota... – ela bufou.

Scorpius fez um sinal com a cabeça, vitorioso por alguém concordar com ele.

— Até que enfim! – ergueu os braços. – Obrigado, Lily.

A ruiva sorriu. Ela observou o irmão fazer o mesmo para a mesa atrás dela, que explodiu em gritinhos femininos frenéticos logo em seguida.

O garçom do Três Vassouras parou ao seu lado.

— Uma cerveja amanteigada com gengibre, por favor. – ela pediu.

O atendente assentiu com a cabeça e se afastou. Lily voltou a observar Albus e Zabini.

— Vocês devem estar mesmo empolgados com essa festa. – ela comentou.

— Tenho certeza que não apenas nós. – Anthony também fitava a mesa das garotas.

— Não sejam ridículos, elas estão no mesmo ano que eu. E só estão interessadas porque vocês são mais velhos.

— E porque somos influentes. Não esqueça essa parte.

— A única influência que você exerce é a negativa, Zabini.

Albus e Scorpius prenderam o riso. O sonserino, estranhamente, sorriu de maneira encantadora. Ele se apoiou com os cotovelos na mesa e encarou a ruiva nos olhos.

— Pelo menos alguém aqui exerce alguma coisa, não é mesmo, Potter?

Lily engoliu levemente a seco, mas ainda assim deu de ombros, altiva.

— Você pode fazer o que você quiser, Zabini. Ninguém se importa com isso.

O sonserino sorriu mais uma vez.

— Bom, se vocês preferem continuar afundados na merda não é problema meu. – disse, ácido. – Albus, me acompanha? – perguntou, indicando algo com o queixo.

— Com certeza. – Al confirmou, sorridente.

Os dois se levantaram e foram em direção a mesa das quartanistas.

— Idiotas... – Lily resmungou. – Você não vai com eles?

— Estou bem aqui, obrigado. – o loiro respondeu.

O garçom reapareceu ao lado da ruiva. Ele depositou a bebida em cima da mesa de madeira e a garota agradeceu, antes de tomar o primeiro gole.

— Desejam algo mais? – ele perguntou.

— Sim. Mais um copo de cerveja amanteigada. – disse Malfoy. – E uma corda para eu me enforcar, por favor.

Lily soltou uma gargalhada que a fez cuspir todo o líquido amarelo nos ares.

 

 

...

 

 

— Você está bêbado, Malfoy?

Lily soluçou, com o dedo estendido na direção do loiro. Scorpius sorriu. Ele estava bem e sabia disso. Já a garota, no entanto, passara um pouco do habitual.

— Você sabe o que dizem por aí, Potter. – brincou. – Em dias frios, nada melhor do que um copo como companheiro.

— Eu não conheço esse ditado.

— É porque eu acabei de inventar.

— Poxa, mas eu gostei.

Lily riu e soluçou outra vez. Scorpius a ajudou a se equilibrar nos degraus, enquanto a escada mudava de lugar. Os dois haviam retornado ao Castelo, mais cedo do que o habitual. O lugar estava praticamente vazio.

— Obrigada. – Lily agradeceu quando sentiu as mãos do garoto segurarem a sua cintura, impedindo-a de cair.

— Por nada. – ele respondeu e voltou a ocupar o espaço ao lado da quartanista.

Os dois seguiram devagar, pelo corredor do sétimo andar. Mais a diante a voz de alguém gargalhando ecoou no silêncio. Ambos conheciam aquele timbre. Scorpius não precisou se aproximar demais para saber que Rose estava ali. E que ela não estava sozinha.

— Vamos dar a volta. – Lily parou de andar, de súbito.

— O retrato da mulher gorda fica logo ali. – Malfoy retrucou, embora também não quisesse dar nem mais um passo à frente.

— Eu sei, mas eu preciso andar um pouco mais. E você também.

Eles seguiram no caminho contrário, porém menos de vinte metros depois já haviam parado de novo. Lily encarou Scorpius quando os dois pararam junto a um conjunto de abóbadas das janelas.

— Dói, não é? – perguntou. – Ver os dois juntos.

A pergunta tinha nexo. Dali, dava para observar com clareza Rose e Hector conversando, sentados em um dos bancos de pedra que ficavam grudados ao longo do corredor. Pelo visto, eles acreditavam que estavam sozinhos. A garota sorria com as pernas apoiadas no colo do corvino, enquanto ele dizia algo e enrolava algumas mechas dos cabelos vermelhos dela nos dedos.

Malfoy desviou o olhar.

— Não deveria. – ele soltou o ar dos pulmões. – Eu não tenho direito algum de reclamar.

— Não tem mesmo, eles não estão fazendo nada demais. E todo mundo já assistiu você fazer coisas piores nesses corredores.

— Essa é uma boa observação.

Lily sorriu de canto.

— Ainda assim... continua doendo aqui. – ela apontou na direção do peito de Malfoy. – Bem aqui. Nesse maldito lugarzinho. – completou.

— Quem vê assim até acredita mesmo que você sabe o que esse maldito lugarzinho significa. – Scorpius comentou de maneira provocativa.

— Talvez eu tenha um coração. Mas só talvez...

— Isso é sobre o Lorcan?

— Isso é sobre a Rose? – Lily rebateu.

— No meu caso sempre é. – ele afirmou.

— No meu caso quase nunca é.

Lily suspirou e abaixou a cabeça. Scorpius entendeu então o que de fato estava acontecendo.

— Você não gosta dele. – disse – Não de verdade.

— Eu gosto, mas não do jeito que ele gosta de mim. – ela corrigiu. – Algumas coisas estão acima das nossas escolhas.

E de fato, estavam. O loiro teve certeza quando olhou novamente para o corredor a diante e dessa vez viu Rose e Hector se beijando. Ao perceber o rosto pálido de Malfoy, Lily virou-se para trás.

— Wow, eles não estão mais apenas conversando. – ela exclamou, aparentemente surpresa.

Scorpius podia sentir o seu sangue circulando pelo seu corpo, borbulhando em cólera. Ao mesmo tempo, enquanto os segundos passavam devagar, e a raiva ia se dispersando aos poucos, a tristeza se instalava rapidamente, tomando o seu lugar de direito.

Você não vai chorar, Scorpius. Não vai. O loiro repetiu mentalmente para si mesmo. Porém estava difícil.

Lily intercedeu os seus pensamentos.

— Vamos lá, Scor. Chega de autodestruição por hoje. – ela o puxou para longe da janela. – Eu tenho um plano bem melhor que esse. – sugeriu. – Envolve você e eu, várias partidas de xadrez bruxo... e uma garrafa disso aqui!

Lily puxou uma garrafa de hidromel de dentro do grosso casaco de frio. Como ela conseguira guardar aquilo ali, ninguém sabia.

— Você é maluca, Potter.

— Você sabe o que dizem por aí... Em dias frios, nada melhor do que um copo como companheiro.

Mesmo com os ânimos no subsolo, a situação fez Scorpius sorrir. A garota viu nisso a oportunidade de aumentar o seu potencial persuasivo.

— Eu só não quero ficar pior do que eu já estou. Acho que você também não. – ela disse – Vamos lá, por favorzinho... – insistiu.

Malfoy semicerrou os olhos. Agora ele entendia quando Albus afirmava que a irmã tinha o poder de convencer quem quisesse.

— Quantas partidas? – indagou, sentindo que já estava cedendo.

— Quantas forem necessárias. Eu posso fazer isso até o aniversário do Jay passar. Odiaria ter que ficar presa no meu quarto.

A cena era patética. Dois adolescentes amargurados, sentado em frente a lareira e jogando xadrez, como dois velhos, enquanto os outros bebiam, dançavam e se divertiam. No fundo não fazia o mínimo sentido. Nenhum dos dois precisava passar por isso.

O garoto virou-se de frente a Lily e se curvou, quase se ajoelhando.

— Srta. Potter, me daria à honra de ser a minha companhia nessa festa idiota que todos os malditos estudantes desse castelo insistem em incentivar que nós participemos?

A ruiva ergueu as sobrancelhas, inicialmente surpresa. Contudo, não demorou muito para que ela achasse graça.

— É claro que eu aceito, Sr. Malfoy. – Lily segurou na ponta do casaco delicadamente, sem soltar a garrafa de hidromel com a outra mão. – Eu serei o seu par nesse evento social estúpido que todos os malditos estudantes desse castelo insistem em incentivar que nós participemos.

Scorpius sorriu e beijou o dorso da mão da menina com certa pompa. Ela o reverenciou mais uma vez e encaixou o braço no espaço que o loiro ofereceu.

— Agora sim... – ele voltou a conduzi-la pelo corredor. – Pronta para a melhor partida de Xadrez bruxo da sua vida?

— Oh! – Lily assentiu com a cabeça. – Eu adoraria mostrar a você como se joga de verdade.

Aos risos, os dois marcharam em trotes divertidos até o salão comunal.

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?!

Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/

Beijos!