The Baby Sitter escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 27
26. Diário de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Oie bbs,

Desculpem a demora, a vida tá complicada kk



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— Está pronto?

Rose Weasley soltou um longo suspiro.

— Acho que sim. – respondeu a prima. – Deem uma olhada.

Ela estendeu o pergaminho na direção de Lily e Roxanne. As duas garotas aceitaram, cada uma, e passaram a ler o conteúdo. Longos minutos se estenderam.

— E aí? – Rose indagou, ansiosa. – O que acharam?

Roxx piscou consecutivas vezes. Parecia atordoada. A sonserina estava com um semblante tão estranho que a ruiva quase tomou o pergaminho das suas mãos.

— Tá muito ruim? É isso? – o coração da garota batia descompassado. – Eu... eu posso tent...

— Rosie... – Roxanne a interrompeu. – Está perfeito.

Lily concordou freneticamente com a cabeça.

— Acho que esse é o melhor artigo que eu já li na minha vida. – disse ela.

— A sua volta vai ser um sucesso!

Rose soltou o ar dos pulmões, aliviada. Ela sorriu e abraçou as duas primas de maneira bem elétrica.

— Bom... – ela falou, quando se afastou novamente. – Vamos lá...

A ruiva mais velha agitou a varinha em um risco reto e as folhas de pergaminho começaram a se multiplicar. A menina sorriu para si mesma, orgulhosa. Seus feitiços não verbais estavam cada vez melhores.

Após reunir uma quantidade que supôs como suficiente, Rose repartiu os jornais em três colunas, uma para cada. As garotas assentiram, aceitando os seus montantes.

— Nos vemos no final da tarde? – Lily perguntou.

— Sim. – as primas responderam em uníssono.

E saíram as três, cada uma para uma direção do pátio.

 

...

 

 

— Me desculpe pelo atraso, professor. Ainda estou me desacostumando com o fuso horário.

A sala de DCAT estava cheia. Violet segurou a respiração no peito, pronta para receber um sermão. O professor, porém, apenas sorriu de canto.

— Está tudo bem, srta. Johnson. Estamos fazendo apenas algumas leituras hoje. – ele apontou para frente. – Vá se sentar com os seus colegas.

Violet assentiu com a cabeça e seguiu em direção as pequenas mesas. Ela escolheu a última de todas, onde Rose estava sentada e solitária, concentrada no seu texto.

— Oi... – a loira disse, sorridente.

Rose ergueu a cabeça.

— Ah, oi Vi. – respondeu. – Achei que você não viria mais.

— Eu bem que queria. A minha cama parecia bem melhor.

A ruiva riu da confissão.

— Como você está? – perguntou a lufana, sentando-se ao seu lado.

— Ótima, acredito eu. – a ruiva franziu a testa. – Por que você está me perguntando isso?

— Não sei... talvez pelo fato de você estar sentada aqui sozinha quando na mesa do Al tem lugar sobrando?

De fato, Albus e Scorpius estudavam em silêncio, mais a frente. Rose pigarreou de leve.

— Eu, hum... só prefiro ficar aqui.

— Ah, claro. Sei bem.

— O que você está insinuando, Vi? – a ruiva cruzou os braços.

— Que você está fugindo do Malfoy. – Violet respondeu. – E se isso está acontecendo, é porque a presença dele voltou a mexer com você.

Rose pensou em dizer algo, mas preferiu abaixar a cabeça para o livro. Violet fez o mesmo, porém não conseguiu manter a atenção no texto por muito mais do que alguns minutos.

— Eu soube dos detalhes da prova. – falou – Droga, vocês dois mandam bem competindo juntos! – completou com uma careta.

— Obrigada. – a ruiva agradeceu com um sorriso maroto. – A Roxanne que te contou isso?

A gargalhada que Violet deu indicava que a resposta era sim.

— Shh... – o professor sibilou. – Por favor faça silêncio, Srta. Johnson.

— Me desculpe, senhor. – a garota pediu.

Assim que o homem se voltou novamente as suas leituras, Rose encarou a amiga.

— Vocês vão juntas ao aniversário do Jay? – indagou, interessada.

— Não. – a lufana respondeu.

— Por que não?

— Eu conheci alguém, Rosie.

Rose arregalou os olhos.

— Foi a pessoa que te deu o colar?

Violet assentiu com a cabeça.

— Afonso. É o nome dele. – contou. – Nos aproximamos durante as aulas lá.

— Ele é legal?

— É maravilhoso.

— Você gosta dele?

— Sim.

— Então a Roxx vai entender.

— É complicado, Rosie... – suspirou a lufana. – Eu também gosto muito da Roxanne. E o Afonso... bom, eu nem mesmo sei se um dia eu voltarei a vê-lo.

— Por que não? – Rose questionou.

— Os meus pais gastaram o que não podiam para que eu pudesse ir nesse intercâmbio. Você sabe o quanto é difícil para minha família me manter aqui.

— Hogwarts oferece ajuda. E eu também.

— Eu sei, mas papai acha humilhante demais. Ele diz que não é somente porque eles são trouxas que eu precisarei pedir esmolas.

Rose rolou os olhos. Ela sabia que era melhor não discutir nesse quesito.

— De qualquer forma, faltam três semanas para o aniversário. – voltou ao assunto anterior. – Você terá tempo para pensar.

— É o que eu espero – a loira afirmou com a cabeça. – Tenho medo de magoa-la. Isso só me deixaria pior do que já estou.

A ruiva aquiesceu-se.

— É, eu te entendo.

Violet encarou a ruiva. Seus olhos castanhos estavam fixos na reação de Rose.

— Me diga que você aceitou o convite do Hector.

Rose confirmou.

— Ótimo! – bateu palminhas. – O Hector é louco por você. Ele faria qualquer coisa para te ver feliz.

— Eu sei.

— Diferentemente do imbecil do Malfoy.

— Não fale assim do Scorpius, Vi.

— Por que você está defendendo-o?! – Violet ergueu as sobrancelhas.

— Eu não estou defendendo-o! – Rose rebateu. – Eu só não gosto do modo que você fala.

— Até onde eu me lembro, você dizia o mesmo.

— Eu sei, mas isso foi antes...

— Antes de que, Rosie?

A ruiva abaixou a cabeça. Ela sentia que devia guardar o momento do beijo entre ela e Scorpius para si mesma. Contudo, Violet era a sua melhor amiga. A loira merecia saber pelo menos de parte do que acontecera.

— Ele me deu outra carta. – contou.

Violet encrespou-se na cadeira.

— Foi igual a primeira?! – perguntou, já com a varinha na mão.

— Não, por Merlin, não! – ela segurou a mão que a loira carregava a varinha. – Foi completamente diferente.

A lufana desinflou a postura. Ela voltou a guardar a varinha no bolso do uniforme e recostou-se a cadeira, de braços cruzadas.

— Outra carta, ham? – repetiu. – Essa falava de quê?

— Falava a verdade. Ele me contou sobre a família, sobre os seus planos... – disse a ruiva a pensar em tudo o que lera na noite de natal. – Ele também me pediu perdão por tudo o que havia escrito na primeira.

— Eu não acredito nele.

— Eu sim. Só não sei se confio.

— No seu lugar eu não confiaria mesmo.

Violet tinha todos os motivos da face da terra para falar aquilo. Além de Rose, somente ela e o James leram a primeira carta que Scorpius enviara, três anos atrás. Todos os outros só haviam escutado falar.

A loira segurou as mãos de Rose com ternura.

— Rosie, eu realmente entendo que todo esse seu lance com o Malfoy ficou mal resolvido no passado e que isso ainda deve mexer com você. Mas você não pode se deixar fingir. Nunca mais a relação de vocês será a mesma. As coisas não podem simplesmente voltar ao que eram, principalmente depois de tudo o que ele te fez sofrer. Você sempre irá lembrar.

Sempre, pensou a ruiva.

— É, eu sei. – ela murmurou.

— Você me disse uma vez que queria seguir em frente e que o Carter te fazia feliz... – Violet a lembrou. – Ele pode ser a melhor opção.

Hector era atencioso, leal e companheiro. Não media esforços para tentar agrada-la e buscava ao máximo se fazer presente. Foi o corvino que esteve ao seu lado quando o peito de Rose fora despedaçado pela primeira vez. Paciente, Hector a ajudou a catar os pedaços e, ainda por cima, ofereceu algo mais: o seu próprio coração.

Ele era bem mais do que a ruiva sequer imaginou que receberia um dia.

— Você está certa. – Rose respondeu. – Eu vou esquecer esse assunto.

 

...

 

 

Violet e Rose foram as últimas a sair da sala. A ruiva caminhava reflexiva, com os livros nos braços, enquanto a loira a observava de rabo de olho.

— Ai, não fica assim... – a lufana reclamou. – Eu odeio quando você faz essa cara de cachorro abandonado.

Rose adorava as expressões trouxas que a amiga usava. Ela sorriu.

— Só estou pensando. – disse. – Não se preocupe comigo.

— Tem certeza que você vai ficar bem?

— Tenho. Pode ir para sua aula. Eu sei que você está louca para contar ao tio Neville todas as suas novidades.

— Estou mesmo. – Violet pululou, animada. – Nós nos vemos no almoço. – deu um beijo na bochecha da ruiva e saiu apressada.

Rose continuou o seu caminho tranquilamente, rumo a biblioteca para estudar no horário livre que lhe sobrara naquela manhã. A menina estava prestes a subir o lance de escadas quando esta parou a sua frente, porém alguém a chamou, com a voz divertida:

— Weasley!

Rose virou-se para trás.

— Desculpe, mas a Vi desceu agorinha para a aula de Herbologia. – avisou no mesmo tom maroto.

Zabini sorriu, deixando à mostra os dentes extremamente brancos e alinhados.

— Apesar da sua amiga ser um assunto que me interessa bastante, não é sobre isso que eu quero falar com você.

O sonserino se aproximou.

— Sabe, eu acho que a convivência com os Weasleys tem me deixado um tanto emotivo. – ele comentou, com graça. – Não sei se isso é saudável, mas enfim. – Eu estava passando pelas masmorras, minutos atrás, e encontrei um amontoado disso aqui.

Rose ergueu as sobrancelhas.

— Isso aqui...? – repetiu com afronte. – Seria o meu jornal, por acaso?

Anthony sorriu outra vez.

— Seria. – respondeu. – Mas tem um detalhe nele que eu acho que não é seu.

O garoto entregou o jornal a ruiva.

— Leia o artigo.

Rose aceitou o pergaminho e pôs-se a ler o que estava escrito. A cada palavra que discorria pela sua mente, ela sentia vontade de vomitar. Quase nada do que estava ali fora ela que escrevera. O seu artigo tinha sido completamente distorcido para algo desprezível e nojento.

— Eu não acredito nisso! – ela bradou, nervosa, amassando quase todo o papel. – Alguém alterou o meu texto!

Outra vez, pensou.

— Eu sei. – Zabini mexeu na mochila calmamente. Ele tirou um outro jornal lá de dentro. – Roxanne me entregou este hoje, durante o café-da-manhã.

Rose andava de um lado para o outro. Seus braços estavam trêmulos de ódio e apertavam com raiva os livros contra o seu tórax.

— Se eu encontrar esse filho de uma... aaaaah! – berrou, insandecida. – Eu não sei o que eu sou capaz de fazer!

O sonserino sorriu de canto.

— Bom, hoje eu sou o seu gnomo da sorte, Weasley, porque eu sei a localização exata de quem fez isso aqui.

 

 

...

 

 

— O Thomas é bom o suficiente.

— Ele é lento. – Albus desdenhou. – O James já tentou de tudo.

— Duvido. – Scorpius rebateu. – Jason é inteligente nas jogadas, e só é um pouco mais devagar. Ele precisa de incentivo.  

— Ah, e como devemos fazer isso? – o amigo cruzou os braços.

— Dando a ele um estímulo. – o loiro falava como se fosse óbvio. – Por exemplo, o Fred é bom em passes rápidos em grandes altitudes. O time da corvinal tem bons batedores, mas também tem péssimos artilheiros se comparados a vocês. Seria uma boa treinar algumas fintas, ou até mesmo, quem sabe, um Ardil de Porscoff.

Al concordou com a cabeça, pensativo. Os dois garotos se jogaram no banco de pedra do pátio.

— Vou conversar com o James. – falou. – De qualquer forma, você não pode falar nada, Malfoy. – Albus apontou para o loiro, em acusação. – Você nem mesmo tem ido nos ver nos treinos e ainda assim quer dar opiniões!

Scorpius sorriu de canto e ergueu os braços.

— Ok, você me pegou.

Al sorriu.

— O que está acontecendo? – perguntou.

— Eu não sei. Eu... eu só acho que é melhor me afastar um pouco. Ver a todos no ginásio e eu não poder estar lá faz eu me sentir, sei lá...

— Impotente?

O loiro concordou com a cabeça.

— Isso.

Mesmo não passando por isso, Albus entendia o que o amigo estava querendo dizer.

— Você e a Rose foram muito bem na prova do ginásio. – elogiou.

— É. – Scorpius confirmou. – Não tanto quanto eu gostaria. – completou baixinho.

Ainda assim Al o escutou.

— O quadribol não é o maior problema, não é?

— Eu queria que fosse.

Scorpius ergueu os olhos. Como se Merlin houvesse escutado o seu desejo, Rose Weasley atravessou o arco e adentrou o pátio. A ruiva andava rápido e a passos fortes,  marchando rumo a alguma coisa. Seus cabelos vermelhos balançavam para trás, impulsionados pela força do vento que açoitava o seu rosto sardento.

O semblante de Rose era sisudo, irritado com algo. Malfoy franziu a testa.

— O que você fez, Scor? – Albus indagou ao seu lado. Ele também encarava a prima.

— Eu juro que não fiz nada. – o loiro respondeu, agora ainda mais confuso por ver a garota vindo na sua direção. – Ou fiz?

Albus balançou os ombros, indicando que de nada sabia. Rose continuou avançando, destemida. Scorpius pensou em se levantar e correr, mas provavelmente não daria tempo.

A ruiva ergueu a varinha.

— Sua gárgula maldita dos infernos! – ela gritou, com o dedo apontando para frente.

Porém, não foi contra eles que a menina avançou. Mais à frente, uma garota virou-se rapidamente na direção de onde estavam vindo os gritos e então Scorpius entendeu o que estava acontecendo. Katrina arregalou os olhos, assustada por ter sido pega de surpresa, no entanto não houve tempo para defesas. Sua varinha fora arremessada metros à frente.

Jatos avermelhados deslizaram pelo ar e segundos depois Katrina estava no chão. A garota parecia completamente em pânico, trêmula sobre a neve do pátio.

— Você odeia trouxas, não é?! – Rose perguntou, passando direto pelos meninos, em sentido a sonserina. – Então eu vou te mostrar alguns truques interessantes que eu aprendi com eles, sua vadia!

 

 

...

 

 

— Weasley!

Zabini carregava a mochila de Rose, a sua, e dois livros pesados nas mãos. O garoto ofegava e gotas de suor escorriam pela sua pele escura.

— Oh, por Merlin, Weasley... – murmurou, ao se deparar com o motivo de tanta confusão no pátio. – Que maravilha!

O sonserino soltou uma gargalhada. Mais à frente, Rose estapeava-se com Katrina. A grifinória estava claramente em vantagem, apesar dos arranhões em seus braços. Toda vez que alguém tentava se aproximar das duas, a ruiva lançava um feitiço explosivo, impedindo-a de ser incomodada.

— Faça alguma coisa! – Albus gritou, mais a frente.

— Eu?! – Scorpius arregalou os olhos. – Ela não deixa ninguém chegar perto!

— Zabini?!

— Me desculpe, eu estou ocupado rindo.

Albus tentou mais uma vez e novamente foi repudiado pela prima. Zabini viu outra figura correr em direção a cena. Era Jacob Goyle. O garoto também fora rechaçado pela grifinória ensandecida.

O loiro respirou fundo e deu alguns passos para frente.

— Pare com isso, Rose! – gritou. – Deixe-a ir!

— Não se atreva a chegar perto, Malfoy! – Rose gritou de volta.

— Ruiva...

Rose o estuporou. Scorpius caiu metros à frente, desacordado. Vendo o que tinha feito, o corpo de Rose travou. A preocupação de ter machucado Malfoy subiu a sua mente.

 – Isso não acaba aqui!

A ruiva soltou os ombros da sonserina com um tranco proposital e se levantou. Ela correu até onde Scorpius permanecia desmaiado e se abaixou sobre o seu corpo. Ao ver que a ameaça estava longe, Jacob foi até Katrina.

A menina chorava, com o rosto completamente vermelho pelas marcas de Rose e pela vergonha da humilhação. Não havia tanta gente assim no pátio, mas com certeza, até a hora do almoço, a história já teria se espalhado por Hogwarts inteira.

O garoto ajudou a amiga a levantar.

— Essa mestiça idiota vai me pagar por isso! – Katrina bradou. – Todos vocês!

— Primeiro limpe o sangue do canto da boca, Parkinson. – Anthony zombou.

— Não pense que você ficará fora disso, Zabini!

— Eu apenas revidei, Katrina. Você mereceu depois do que aprontou comigo nas masmorras. Eu te avisei que iria revidar.

Até então inerte na cena, Jacob encarou Anthony com fúria nos olhos.

— Você é patético, Zabini. – disse, com a voz trêmula.

O garoto ergueu as sobrancelhas.

— Wow, wow! O ratinho tem língua! – Anthony exclamou, fingindo surpresa. – Só tenha cuidado para não perdê-la agora que começou a usa-la. – ele foi enfático no final.

Goyle não respondeu. Ele apenas puxou Katrina para mais perto do corpo largo e deu meia volta. Porém, aquele parecia ser um dia destinado ao pagamento de pecados. A sonserina  não estava com sorte.

— PARKINSON!

Antes que Katrina sequer tivesse a oportunidade de fugir, uma revoada de sombras negras avançou em sua direção, atacando-a. Jacob fora atingido junto.

Lily Potter avançou, obstinada e de varinha a mão. Hugo veio logo atrás, no rastro da prima, que já se preparava para azarar a Katrina novamente.

— Lily, não! – Albus tentou puxar a irmã, sem sucesso.

Hugo juntou-se a ele. No entanto, assim como Rose, Lily tinha muito mais força do que aparentava.

— O que houve?! – o irmão perguntou.

— Eu não sei! – Hugo respondeu. – Ela só saiu correndo no meio da aula e eu vim atrás!

 – Anthony, me ajude aqui!

Zabini suspirou. Ele jogou as coisas dele e de Rose em cima do banco de pedra rapidamente e foi em direção a ruiva mais nova. Na primeira brecha que conseguiu, Anthony puxou Lily pela cintura, com certa dificuldade, pois ela não parava de se debater.

— Me solta, Zabini. Eu vou matá-la!

— Hoje já foi o suficiente.

— Não para mim! Foi ela roubou e adulterou os meus jornais!

— É, eu sei.

Aproveitando a brecha, Jacob arrastou Katrina para fora do pátio, parando apenas para pegar a varinha da menina que estava jogada no chão, metros a frente.

Anthony colocou a Lily em cima de um dos assentos de pedra. Os dois ficaram praticamente na mesma altura quando ele a encarou.

— A propósito, ótima azaração, Potter. – disse, com o mesmo sorriso maroto de sempre.

Lily semicerrou os olhos cor de âmbar.

— Obrigada.

Mais calma e com o mesmo nariz em pé de antes, Lily desceu do banco e deu as costas a Zabini.

— Vai atrás dela. – Albus disse a Hugo.

O garoto assentiu com a cabeça e correu atrás da prima. Anthony se jogou no assento e suspirou.

— Todas as mulheres da sua família são assim? – indagou, ofegante.

— Sim. – Al respondeu.

Anthony sorriu.

— Legal.

 

 

...

 

 

Rose se abaixou sobre o corpo de Scorpius.

— Scor?! – ela segurou o seu rosto com cuidado. – Scorpius?!

Malfoy abriu um olho de repente.

— Acabou?

Rose jogou os ombros para trás.

— Era mentira?! – indagou, já irritada.

— Você me estuporou! – o loiro rebateu.

— Mas você não desmaiou!

— Eu precisava chamar a sua atenção.

A ruiva jogou um punhado de neve no garoto, que protegeu o rosto com a mão. Não satisfeita, Rose passou a esbofeteá-lo, porém com bem menos força do que o necessário.

— Seu... seu filho....

— Olha a boca suja, Weasley!

— Arrgh!

Rose jogou mais neve em Malfoy. Num deslize, ele a segurou pelos braços e a puxou na sua direção.

— Você precisa trabalhar esse autocontrole, Rosie. – o garoto provocou.

— Me solta! – ela berrou.

— Ou...?

— Scorpius, não me atice! Você não sabe quantas ideias maldosas estão passando pela minha cabeça agora!

— Estão passando pela minha também. Mas acho que não estamos falando do mesmo tipo de maldade.

Mesmo sem querer, Rose sorriu. Sua guarda abaixou e ela parou de se debater.

— Você é um pervertido, Malfoy. – disse.

— Eu tenho um bom incentivo. – ele respondeu.

Rose soltou uma gargalhada. Malfoy a admirou sorrir, como sempre fazia. Eles estavam tão próximos e tão a vontade... não seria errado se... O garoto só precisava de uma boa oportunidade e ela estava ali. O loiro se arrastou ainda mais para perto e descansou o braço na cintura de Rose. Ele ficou um pouquinho mais feliz quando Rose apoiou os dedos nos seus braços.

Eles se encararam.

— Venha a festa do James comigo. – Scorpius a convidou.

Rose fechou os olhos.

— Eu... eu já tenho um par, Scor. – respondeu.

— Esquece ele.

O garoto roçou o nariz devagar no da ruiva.

— Venha comigo, Rosie.

Rose sentiu o coração bater mais rápido. A frase seguida saiu com dificuldade:

— Eu não posso.

— É o Carter?

A menina não respondeu à pergunta. Ela abaixou a cabeça. Scorpius se afastou no mesmo instante. Ele limpou a mão no cós do uniforme e se levantou. Suas feições, segundo antes carinhosas, passaram rapidamente para o estado túrgido, impenetráveis.

— Scorpius... – Rose chamou baixinho, vendo-o se distanciar.

O loiro não olhou para a menina, ainda sentada no chão do pátio, mas elevou a voz:

— Aproveite a sua maravilhosa companhia, Weasley.

E seguiu rumo os corredores do castelo.

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?!

Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/

Beijos!