The Baby Sitter escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 15
14. Existe algo errado?


Notas iniciais do capítulo

Oie bbs,

Vim com um extra, apenas por vocês. E também porque eu acho que vocês vão gostar bastante desse capítulo.
(ou pelo menos espero, ahaha)

Agora vamos ao que interessa!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764812/chapter/15

Em um dos cantos menos barulhentos do salão comunal da grifinória, Rose e Hugo jogavam xadrez de bruxo há algumas horas. Mais uma vez, o tabuleiro estava quase vazio, exceto por algumas peças.

— Ah, bosta! – a menina exclamou, de cara feia, quando o seu rei foi encurralado após um xeque.

Hugo sorriu, vitorioso.

— Você já foi mais concentrada que isso, Rosie. – ele a provocou. – Onde está a minha irmã obcecada?

Rose não respondeu de imediato. Apenas moveu a sua torre na horizontal e segundos depois o bispo de Hugo havia ido para o espaço.

A ruiva ergueu uma sobrancelha.

— Está aqui. – disse por fim.

O garoto não se abalou, pelo contrário. Hugo analisou o jogo a sua frente por mais de um minuto, até que voltou a sorrir. Ele moveu o seu cavalo para o lado de maneira displicente. Sem raciocinar, Rose guiara a sua rainha até a peça e outra rodada de peças estraçalhadas se sucedeu. Ela, contudo, não percebera de cara as reais intenções do irmão. Quando raciocinou, já era tarde.

O tabuleiro estava livre. Hugo moveu o seu último peão na direção do rei.

— Xeque-mate.

Uma explosão e o rei da menina se fora de uma vez por toda.

— Quatro a três. – ele disse. – Acho que eu ganhei, de novo.

Rose suspirou.

— Chato. – ela rolou os olhos. – Não é justo, eu estava indo melhor. – reclamou.

— No entanto, eu venci. – Hugo se gabou. – Mas não tem problema, o natal está chegando. Temos duas semanas inteira para treinar.

A sugestão fora feita de uma maneira sutil, mas, Rose sabia muito bem quais eram as reais intenções de Hugo ao comentar aquilo. A garota fez uma careta para a constatação do irmão.

— Desista, eu não vou para casa no natal. – a ruiva sentenciou. – Você sabe muito bem disso.

Não satisfeita, a menina jogou uma almofada vermelha em sua direção. Para os bons observadores, seria fácil identificar a decepção latente nas íris acastanhadas de Hugo. Talvez até de tristeza. Seria mais um natal sem Rose.

No entanto, como um bom ator, o garoto sorriu e se desviou de outra almofada que a ruiva jogara.

— Aceite então que eu sou melhor que você. – ele rebateu. – Sou como o papai.

— Pelo menos mamãe não me achou no fundo do armário de vassouras.

Hugo semicerrou os olhos e jogou a almofada de volta na irmã. Havia se iniciado ali uma guerra.

 

 

...

 

 

Do outro lado do salão comunal, Scorpius Malfoy observava dois ruivos brincarem de guerra de almofada, em meio aos risos.

Embora Malfoy assistisse a cena por completo, sua atenção verdadeira estava direcionada a garota encurralada, que tentava se desviar dos golpes do irmão, que embora mais novo, era mais alto e mais forte fisicamente falando.

Rose tinha os cabelos cacheados bagunçados, cheios de penas da almofada. Sua face estava corada e ela sorria de ponta a ponta da orelha, distraída, envolta em sua brincadeira em família.

Scorpius reparou em cada contorno do rosto da ruiva, assim como os seus movimentos insistentes. Ele sentiu que poderia passar o dia todo ali, somente a admirando. Mal sabia o loiro que, a menos de dois metros de si, alguém também o analisava.

Albus descansou o livro que estava lendo no colo e estalou os dedos consecutivamente, de modo a ganhar atenção.

— Ei, Scorp! – chamou o amigo. – Quer um lenço?!

Malfoy despertou do seu transe momentâneo.

— O quê? – indagou, confuso.

— Eu perguntei se você quer um lenço. – Al repetiu.

— Por que eu iria querer um lenço?

— Para limpar essa baba que está escorrendo pelo seu queixo.

Scorpius levantou o dedo do meio para o moreno, que soltou uma gargalhada antes de se levantar e sentar na poltrona que estava mais perto do loiro.

Agora, juntos, ambos assistiam a cena que acontecia do outro lado.

— Por que você não tenta conversar com ela? – Albus questionou.

Malfoy balançou a cabeça em negação.

— Não temos o que conversar. – respondeu.

— Como não? – o moreno retrucou. – E o que significa isso?

— Isso o quê?

— Essa sua cara.

— Você está louco, Al.

— Não, você que está louco, Scorp.

O loiro se ajeitou no assento da poltrona, um pouco incomodado.

— A sua prima não me suporta. – falou, com certo desgosto na frase.

Albus deu de ombros.

— Ainda assim, ela aceitou competir com você. – ele salientou. – Não sei se ela faria isso por alguém que ela realmente não suporte.

— Eu a coloquei contra a parede praticamente. – Malfoy rebateu.

— Ah, qual é, cara?! – Al rolou os olhos verdes, impertinente. – Ela não o ajudaria se não acreditasse no que você disse. Você conhece a Rosie.

De fato, ele a conhecia. E, tratando-se pelo menos da aparência, Rose só melhorara com o tempo. Scorpius se perguntou mentalmente quantas vezes naquela tarde ele se perdera no vermelho vibrante do cabelo da garota, ou no seu perfume marcante, singular, e que entorpecia as suas narinas. Sem falar das curvas do corpo da ruiva, que agora ficavam marcadas no uniforme, principalmente quando ela se movia.

Malfoy sabia que era o único a senti-la por inteiro, mesmo a metros de distância. Se antes, quando ainda eram crianças, a Weasley despertara os primeiros sentimentos conflituosos dentro do loiro, agora, seis anos depois, o efeito era triplo.

Rose se tornara muito mais linda do que antes, porém, também se tornara muito mais letal. Scorpius sabia que ela estava muito além do seu alcance.

Então ele suspirou.

— Não... – ele negou outra vez. – Eu conhecia a Rose de alguns anos atrás.

Albus fechou os olhos e expulsou todo o ar dos pulmões, de uma vez só, antes de fechar o livro que estava em seu colo e se levantar da poltrona.

— Por Merlin, Scorpius, será que você não consegue ver?! – indagou, impaciente.

O loiro ergueu a cabeça e encarou o amigo.

— Ver o quê? – questionou.

— Que você está jogando fora a oportunidade que você está tendo de mostrar para Rose quem você realmente é. E o que você realmente quer. A primeira oportunidade depois de todos esses anos... E provavelmente a única.

Ele apontou para o amigo.

— Pense melhor sobre isso.

Albus se retirou do salão comunal, deixando um Scorpius solitário, imerso em reflexões. Desde o acidente, algumas convicções já não eram mais convicções. As ideias tornaram-se confusas na cabeça do garoto e agora não existiam mais certezas. Principalmente sobre quem ele realmente era e o sobre o que de fato ele queria.

Cansado de nadar contra a maré, Malfoy resolveu que esperaria as respostas virem até si. Enquanto isso, ele permaneceria ali, somente admirando a ruiva dos seus sonhos bem a sua frente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?!
Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/

Beijos!