Obliviate escrita por Downpour


Capítulo 9
Capítulo 9 - Oh dear, you’re under a memory spell




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Capítulo 9 - Oh dear, you’re under a memory spell



CAMILLA SCHMIDT



A paisagem que se estendia pela janela do Expresso Hogwarts me deixava melancólica, não era um dia muito bonito, cheio de nuvens e sem nenhuma pista do sol. A chuva caía tranquilamente no vidro, e de alguma forma aquele cenário conseguiu acalmar a minha mente cheia de pensamentos. Meus pés estavam apoiados no banco a minha frente enquanto eu lia um livro extremamente concentrada, ao meu lado Ernesto disparava a conversar com Lino Jordan enquanto Sabrina - uma garota do meu ano da Corvinal - lia uma edição de uma revista chamada Pasquim. Felizmente ninguém tinha me enchido de perguntas sobre o porquê de eu ter chegado na Estação junto dos Grifinórios, visto que eu sempre vinha a estação com meus irmãos. Só Merlin sabia como eu estava preocupada com Charlie.

Desviei meu olhar das páginas amareladas do livro para a paisagem, não pude evitar dar um suspiro frustrado, queria saber como meu irmão do meio estava, queria saber se ele ao menos voltaria para terminar seu último ano na escola.

— Você está bem quieta hoje. — Sabrina sorriu tímida, e eu apenas forcei um sorriso gentil.

— Não é nada demais. — murmurei tornando a me perder nas páginas daquele livro.

Tinha me prometido que aquele ano eu pediria para que Hermione me ajudasse em História da Magia, ou qualquer outra matéria que eu não estivesse entendendo. Não queria mais preocupar o Professor Flitwick e muito menos o Professor Dumbledore. Me sentia levemente culpada por ter causado tanta confusão.

Desviei o meu olhar timidamente para Ernesto, ele estava animado conversando com Sabrina, pude perceber que suas bochechas coravam hora ou outra. Não pude deixar de dar um pequeno sorriso, estava feliz por ver que ele tinha superado o que tinha acontecido no Baile de Inverno. De alguma forma, pensar naquilo me fez se perguntar quando eu finalmente me abriria romanticamente para um garoto.

Besteira, pensei, não deveria me preocupar com algo fútil assim, existem coisas mais importantes acontecendo.

— Estamos chegando! — Lino anunciou quando o trem parou.

Fiquei alguns momentos sentada, a fim de terminar de ler o capítulo em que estava, e logo me pus de pé indo sair do trem junto dos meus amigos.

— Quem vocês acham que será o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas? — perguntei deixando transparecer um pouco da minha curiosidade, esperava que o próximo professor não fosse tão assustador quanto o Olho Tonto Moody, que na verdade não era o Olho Tonto…

— Não faço a mínima ideia. — Lino respondeu pensativo.

Enquanto estava perdida em meus pensamentos, acabei percebendo um grupo de sonserinos do último ano andando atrás de nós. Me virei bruscamente ficando de frente com Charlie, acho que nunca tinha sentido tanto alívio quanto naquele momento.

— Charlie! — não pude evitar exclamar, surpresa em ver meu irmão depois de tanto tempo. Ele apenas me dirigiu um olhar frio, seus orbes estavam enevoados.

— Agora não, Camilla. Mais tarde. — disse em tom rígido, e junto de se grupo de amigos, seguiu reto, me deixando sozinha com meus amigos.

Murmurei um palavrão indignada, ele estava me tratando da mesma forma que Richard e meu pai, o que era muito frustrante já que eu e ele costumávamos ser meramente próximos. Era Charlie que me comprava livros para ler, ou que me explicava as matérias que eu não entendia na escola, claro, até ele se achar adulto e não poder ter mais tempo para perder com uma pirralha como eu. Como já estava acostumada com a rejeição, apenas revirei os olhos e segui caminho para a escola, tentando descobrir o que tinha acontecido naquele verão.

Estava tão pensativa que nem prestei atenção na seleção das casas e muito menos no discurso de boas vindas de Dumbledore, só conseguia olhar de canto para a mesa da Sonserina e tentar descobrir o que tinha acontecido. Tinham milhares de possibilidades, e nenhuma delas parecia fazer sentido na minha cabeça.

— Hem hem. — uma mulher baixinha e pomposa interrompeu o diálogo de Dumbledore, deixando claro que queria falar alguma coisa. Ergui preguiçosamente meus olhos de uma taça para a mulher, ela tinha um certo ar infantil e ao mesmo tempo superior, estava surpresa que ela tivesse interrompido o diretor, quero dizer, nem Snape fazia isso.

— Quem é aquela? — perguntei para ninguém em especial.

— Umbridge, se não me falha a memória, — uma garota do quarto ano falou com o cenho franzido, me lembrava vagamente de seu nome ser algo parecido com lua — ela trabalha no Ministério.

Olhei para a garota loira erguendo a sobrancelha. — Ela vai nos ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas?

Estava meio duvidosa de que aquela mulher, com ar infantil, vestida toda de rosa soubesse alguma coisa sobre se defender de artes das trevas. Claro, não era muito certo julgar alguém sem o conhecer propriamente, mas mesmo assim, aquela mulher não me passava um pingo de entusiasmo. A forma como ela tratava os alunos como crianças de cinco anos de idade me indignava, de verdade.

A garota acenou positivamente com a cabeça.

— Uau, você está com a cabeça cheia de zonzóbulos também. — ela comentou e logo desviou o seu olhar olhando sonhadoramente para a bandeira enorme da Corvinal.

Olhei confusa para a garota, e logo me lembrei seu nome, Luna Lovegood. As pessoas na Corvinal costumavam chamá-la de Di-Lua pelas costas, a garota era conhecida por ter uma personalidade bem excêntrica, apesar de eu nunca ter lhe dirigido a palavra.

— ...É um prazer voltar para Hogwarts! E ver rostinhos tão felizes voltados para mim! — disse com um tom de voz extremamente infantil, tentei evitar uma careta (o que foi quase impossível), olhei ao redor e eu percebi que nenhum aluno estava sorrindo.

Desviei o meu olhar da mulher vestida de rosa, decidida a não prestar atenção naquele discurso ou iria acabar com os meus tímpanos estourando por causa daquela voz demasiada fina e irritante.

Minha atenção se desviou para os fantasmas que andavam livremente pelo Salão, apoiei meu rosto em minhas mãos enquanto olhava para o Barão Sangrento que rondava a mesa da Sonserina. As vezes eu me pegava pensando porque o Barão andava pela escola cheio de sangue, provavelmente isso estava no meu livro de história e deveria ser matéria do primeiro ano…

Quase sorri pensando no meu primeiro ano, acho que foi o meu ano mais engraçado nessa escola. Quando eu atravessei a plataforma nove três quartos na Estação King Cross, acabei perdendo os meus irmãos de vista e saí batendo de porta em porta nas cabines em busca deles, acabei encontrando os gêmeos que me convidaram a entrar no vagão deles. Foi basicamente assim que eu conheci os Weasley, e consequentemente Harry Potter e Hermione Granger.

Acho que a parte mais assustadora de tudo aquilo decididamente foi o Chapéu Seletor, tinha passado boa parte da minha infância acreditando que eu seria Sonserina assim como meus irmãos e meu pai, o Chapéu até considerou me colocar lá mas acabou dizendo que eu decididamente tinha muito da minha mãe, Elisabeth Davies, em mim e que não haveria lugar melhor para mim se não a Corvinal. Fiquei extremamente lisonjeada por ser comparada com a minha mãe, então aceitei a decisão de bom gosto, e admito que fico feliz por essa ter sido a decisão do Chapéu, não me via em nenhuma outra casa.

— ...Sempre que encontrarmos práticas que devem ser proibidas. — disse Umbridge e logo se sentou, educadamente Dumbledore aplaudiu, o que fez o restante dos alunos e professores aplaudirem por educação, embora eu duvidasse muito que alguém tivesse prestado atenção naquele monólogo.

Assim que o discurso terminou eu me levantei, reparando que tinha ficado tão entediada e perdida em meus próprios pensamentos que nem tinha me alimentado direito. Desviei o meu olhar para a mesa da Sonserina e me deparei com meu irmão, ele fez um sinal com a cabeça, e pela primeira vez eu o segui obedientemente pelos corredores da escola até um lugar mais silencioso.

— Então? — perguntei curiosa e ele logou rolou os olhos, irritado com a minha precipitação, nada muito novo.

— Não faço a mínima ideia de como você descobriu, mas não irei dar uma palavra sobre, — eu quase deixei escapar um suspiro de alívio — é o seguinte, nossa mãe e Robert andaram brigando e muito — não me surpreendi ao vê-lo chamar nosso pai de Robert, na realidade, nenhum dos meus irmãos éramos muito próximos de nosso pai a ponto de chamá-lo como tal — ela queria fugir, se esconder em algum lugar, já ele queria ceder e se entregar. Acabou que nossos pais não chegaram em um consenso, então Robert agiu pelas costas da mamãe, ele foi se redimir com Você-Sabe-Quem.

Abri a minha boca surpresa, meus pais costumavam ser bem silenciosos e reservados, nunca tinha visto uma briga sequer entre eles.

— Claro, mamãe ficou furiosa com isso, então ela resolveu proteger a única coisa que ainda estava ao alcance dela, você. Ela disse que te mandou passar as férias na casa de uma amiga sua da Corvinal, Robert certamente não gostou mas não pode fazer nada a respeito, estava ocupado demais. Ele basicamente, ofereceu a mim e a Richard, — pude ver uma breve expressão de descontentamento no rosto do meu irmão — para se redimir. Quando mamãe descobriu o que aconteceu com Richard ela ficou furiosa, brigou com o Robert e o fez prometer que não iria por seus dedos em mim.

— Charlie… — eu murmurei assustada e sem palavras.

— Ele concordou, e nós dois sabemos que se alguém está mentindo nessa história, esse alguém é Robert. É apenas uma questão de tempo até que ele me ofereça também, mesmo que eu tenha deixado claro para ele que não estava interessado. — ao perceber que eu estava surpresa, meu irmão explicou com um breve sorriso de escárnio — Não ache que só por ser da Sonserina eu irei fazer de tudo para conquistar o poder, existem pessoas que nascem com algo chamado bom senso e inteligência, felizmente eu sou uma delas. E certamente, não é dessa forma que eu pretendo obter poder. Nem todos os sonserinos são ruins, irmãzinha, talvez sejam mais incompreendidos do que maldosos.

Ainda estava estupefata com o diálogo do meu irmão, mas mesmo assim lhe dei um abraço caloroso.

— Eu fiquei tão preocupada! — exclamei.

— Você esteve segura? — ele perguntou assim que o soltei, tinha uma certa urgência em sua fala.

Tentei lembrar onde eu tinha ficado naquelas férias, mas o nome do lugar não me veio a mente, estranho.

— Sim. — respondi.

— Cammie, você irá me prometer que irá se cuidar daqui para frente, não faço a mínima ideia do que pode acontecer contigo...Só...Se cuide. — disse bagunçando o meu cabelo, e com um pequeno sorriso se distanciou sumindo em meio às masmorras.

Dei um pequeno sorriso, não podia deixar de me preocupar com Charlie, ficava feliz que ao menos meu irmão do meio tenha demonstrado algum tipo de preocupação comigo.

Com passos apressados fui até a Torre da Corvinal, quase que tropeçando em minha própria capa. Assim que subi a escadaria em espiral, fui surpreendida pela aldrava me fazendo uma pergunta.

Em qual ano Cornélio Fudge se tornou Ministro da Magia?

Fiquei parada, completa em choque. O quê aquela águia esperava que eu fosse? Algum tipo de historiadora? Por quê ela estava muito enganada. Preferia a época em que as perguntas eram enigmas.

— Você não vai me deixar entrar, mesmo? — foi a pergunta mais estúpida que fiz, e sem receber uma resposta da águia eu apenas me sentei na escadaria e fiquei olhando para as minhas unhas. Sabia que dia ou outro o meu péssimo conhecimento em história iria me assombrar, tinha saudade da época quando a águia perguntava ingredientes de poções, antídotos, feitiços… — Eu sou uma vergonha, não é possível…

Passei algum tempo resmungando, pensando se eu ficaria de fora do Salão Comunal até o amanhecer.

— Oh, o quê está fazendo aí? — Luna Lovegood me olhou surpresa enquanto subia as escadas.

Dei um sorriso envergonhado para a garota.

— Ah bem, eu não sei responder a pergunta da águia.

Luna se dirigiu a aldrava em formato de águia que repetiu a mesma pergunta que tinha feito para mim, e a garota simplesmente sorriu.

— 1990.

Abri a boca chocada enquanto a porta se abria para nós duas,

— Obrigada, muito obrigada. — exclamei.

— Camilla, — Luna me chamou e deu um sorriso sonhador —, não ache que é burra por ser ruim em algo que todo mundo considera fácil, tenho certeza que seus dons estão voltados para outra coisa. Bem, tenho que ir dormir, amanhã será um dia longo.

Dito e feito, a loira se retirou para o dormitório feminino, me deixando sozinha no Salão Comunal, sem conseguir disfarçar a minha surpresa com aquela fala.




(...)




Na manhã seguinte eu estava quase desabando de sono em cima do meu café da manhã, se não fosse por Sabrina, eu provavelmente teria sujado meu cabelo recém-lavado em uma travessa de bolo.

— Eu não quero, — resmunguei como uma criança chorona — me recuso a ter aula com de Poções e logo depois com aquela mulher no mesmo dia. Existe uma segunda-feira pior do que está?

Até Sabrina, que costumava revirar os olhos por causa do meu drama excessivo, estava concordando desanimada.

— Qual será o monólogo do Snape esse ano? — ela perguntou e eu a olhei entristecida.

— Vamos, não podemos nos atrasar. — resmunguei e nos levantamos da mesa da Corvinal e seguimos para as masmorras enquanto eu murmurava o como era um castigo ter a primeira aula da segunda feira junto da Sonserina.

Entramos na sala de aula e fomos imediatamente para o fundo, sendo que eu sentei atrás de Sabrina. A sala foi enchendo aos poucos enquanto eu arrumava os meus materiais lentamente, como se todo aquele processo estivesse me matando de preguiça por dentro.

Ergui o meu olhar, sem antes bufar descontente e logo contive minha expressão facial ao ver Draco Malfoy entrando na sala de aula. Senti um arrepio por todo o meu corpo, Harry tinha me avisado que o pai do garoto não era lá grande coisa e nós dois tínhamos praticamente certeza de que Lucius estava envolvido com os Comensais da Morte. O olhar de Malfoy sobre mim não era maldoso, mas era certamente desconcertante. Sempre me sentia estranha quando ele estava por perto.

Olhei para o lado e vi um lugar vago, infelizmente próximo desse mesmo lugar estavam Crabbe e Goyle. Rezei mentalmente para que o loiro não se sentasse ali, porque o lugar estava justamente ao meu lado, infelizmente minhas orações não surtiram efeito nenhum já que ele se sentou justamente ali.

— Silêncio. — Snape exigiu entrando na sala de aula, calando todos os alunos que estavam conversando em baixos murmúrios. Acontece que a presença dele já aquietava os alunos, por medo, creio eu.

O professor deu início a o famoso monólogo que todos os professores faziam na primeira aula do ano, falando como era importante tirar notas boas, N.O.Ms…

Minha mente já estava se dispersando quando ele ordenou aos alunos que começassem a produzir uma poção.

Não pude evitar pensar que em como eu tinha desejado ter ficado na minha cama.

Minha próxima aula foi Adivinhações, matéria que eu tinha escolhido apenas para preencher tabela, já que eu tinha largado as aulas de aritmancia no começo desse ano. E bem, da mesma forma que eu não era boa em História da Magia, eu certamente não era boa em Adivinhações.

Sorri ao perceber que tinham alguns grifinórios na aula, me sentei perto do Trio de Ouro, em uma mesa junto com Sabrina que se preparava para tirar um cochilo.

Assim como na aula de Snape, Sibila tinha começado a aula com um discurso de começo de ano que eu não estava com muita paciência para ouvir, então apenas fiquei encarando a bola de cristal.

— Que engraçado, ela forma figuras. — comentei com Sabrina — Olha, não parece o Filch?

— Você enlouqueceu? Parece um frango assado.

Nos entreolhamos, e acabamos rindo baixinho.

— Não sei porque ainda assistimos essa aula, — resmunguei em voz baixa — somos um fracasso.

Quando fui deitar minha cabeça sobre a mesa, me deparei com dois livros, eram exemplares do Oráculo do Sonho. Quer dizer que esse semestre teríamos que estudar sonhos? Como eu iria explicar para a professora que eu tinha pesadelos com Lucius-Dementador me perseguindo pela Floresta Proibida?

Comecei a folhear o livro sem interesse.

— Não acredito que vamos estudar sonhos esse semestre. — Sabrina resmungou baixinho enquanto Sibila explicava a matéria — Quero dizer, eu nunca lembro do que eu sonho, como que irei interpretar algo que não me recordo?

—  Também me pergunto a mesma coisa. — fiz um biquinho com os lábios.

Quando a professora encerrou a aula pedindo que escrevessemos um diário sobre os nossos sonhos por um mês, eu quis bater minha cabeça contra a capa dura daquele livro estúpido.

Me levantei meio desmotivada, indo para a saída da sala de aula, quando Sibila me parou no meio do caminho. A mulher me analisou com seus olhos enormes e logo desatou a falar.

— Oh minha querida, oh querida, eu posso ver… — estendeu a mão em minha direção, e eu covardemente recuei derrubando uma bola de cristal no chão, o tom de voz dela estava completamente fora do normal — Um feitiço de memória imposto injustamente...Oh coitadinha.

Arregalei os olhos com medo e puxei Sabrina para longe daquela sala o mais rápido possível.




ELISABETH SCHMIDT

 

A mulher andava silenciosamente pelas ruas, o único barulho que ela mesma escutava era o som do salto de sua bota batendo contra a calçada. Seu rosto era coberto por um enorme capuz de seu sobretudo preto.

Depois de passar um bom tempo andando, ela bateu na porta de uma casa, que logo foi aberta.

— Sou eu, Elisabeth. — disse para a pessoa antes de entrar na casa.

— Irmã! — uma outra mulher, de estatura baixa, cabelos loiros e olhos extremamente verdes atendeu a porta — Céus, há quanto tempo não te vejo, entre por favor.

A casa de Penelope Turner era decididamente agradável e acolhedora, no momento seu marido não estava em casa, apesar de a televisão estar ligada passando um jogo de futebol.

— Venha, irei te servir chá. — a mais velha sorriu.

Penelope era uma mulher trouxa, que apesar de seu pai ter sido um bruxo, não herdou nenhum tipo de poderes mágicos. Enquanto sua irmã estudava assiduamente em Hogwarts, ela estudava nas melhores escolas de Londres, e assim que se formou entrou diretamente na faculdade. Atualmente ela trabalhava como uma importante advogada que vivia sempre muito ocupada, exatamente por isso que a sua irmã caçula estava surpresa por ter a encontrado tão facilmente em casa.

Desde que a Primeira Guerra Bruxa começou, Elisabeth achou mais seguro se afastar da irmã, justificando que bruxos de sangue-puro estavam a matar trouxas, principalmente aqueles que tivessem qualquer relação com bruxos mestiços.

— Vejo que você não mudou. — a irmã sorriu enquanto colocava chá de hortelã em um xícara e oferecia para a mais nova.

— Você também não irmã. — Lisa deu um sorriso nostálgico.

— Me diga o que a traz aqui, sei muito bem que é uma bruxa ocupada. — Pen murmurou sentando-se no sofá ao lado de sua irmã que bebericava o chá.

— A situação piorou, Robert está em encrenca, e infelizmente arranjou um jeito de envolver as crianças nessa situação. Richard está seguindo os passos dele, e o próximo será Charles. Então estou tentando intervir do meu jeito, vou tentar proteger Camilla primeiro, já que ela é mais fácil de se aproximar do que os outros dois.

— E como você irá fazer isso irmã? — perguntou curiosa, e Lisa lhe deu um breve sorriso erguendo um medalhão verde.

— Troquei o meu medalhão com o da minha filha enquanto ela dormia, irei colocar uma magia de proteção. Mas para isso eu preciso de tempo, e de ajuda de outros bruxos, por isso, permita-me ficar aqui por um certo tempo.

 


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