Obliviate escrita por Downpour


Capítulo 5
Capítulo 5 - I just wanna you to notice me




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Capítulo 5 - I just wanna you to notice me

 

CAMILLA SCHMIDT



Segurei uma pequena mala de mão com força, olhei para meus dois irmãos, ambos com olhares rígidos sem trocar uma palavra sequer. Desviei o olhar para o chão enquanto esperávamos naquela estação gelada, passamos algum tempo em silêncio até que ouvimos a voz abafada de meu pai nos chamando.

— Finalmente. — Richard resmungou revirando os olhos, ele era extremamente chato com horários e desde que tinha virado monitor da Sonserina seu humor perfeccionista tinha piorado e muito.

Robert o ignorou, nos guiando até o estacionamento da estação, nem me surpreendi por não haver nenhum diálogo de como o semestre tinha sido nem nada do gênero, meu pai nunca fora desses. Acho que nós já tinhamos se acostumado com tal frieza.

Paramos em frente de um simples Sedan Open, acho que era a única coisa vinda de trouxas que ele realmente gostava, carros. Richard sentou-se nos bancos da frente, enquanto eu e Charlie ficamos no banco de trás em silêncio. Nossa casa era um pouco distante da grande Londres, meus pais tinham preferido assim para evitarmos contato com os trouxas, e consequentemente evitar confusão também.

— A mãe de vocês acabou de voltar do Hospital St. Mungus...

Minha mãe era uma jornalista do Profeta Diário, e no momento ela estava fazendo uma matéria sobre os pacientes do hospital.

— Ela está arrumando um almoço importante, que eu peço que vocês façam o favor de não estragar — meu pai me encarou pelo retrovisor do carro, o que me encheu de indignação, como se eu fosse me meter em um jantar de negócios.

Logo após ele dirigiu um olhar significativo para Richard enquanto ligava o carro, pude perceber o desconforto do meu irmão já que ele engoliu em seco e assentiu com a cabeça. Aquilo era no mínimo estranho, eu dificilmente via Richard, o filho teoricamente perfeito, assustado ou nervoso com alguma coisa. Olhei para meu outro irmão, mas ele parecia tão confuso quanto eu.

— Camilla, sinta-se a vontade para almoçar na casa de seus amigos hoje. — Robert disse secamente enquanto entrávamos em uma avenida.

Franzi o meu cenho sem entender o que estava acontecendo, a princípio aquele era um feriado que iríamos passar em família, tanto até que eu tinha recebido uma carta na escola pedindo para voltar para casa. Se soubesse que ele iria querer se livrar de mim, nem teria saído de Hogwarts.

— Achei que fosse um almoço em famí-

— Será uma reunião de negócios. — disse em tom seco e cortante, como se não quisesse que eu falasse mais nenhuma palavra sequer. — Mas se insiste, pode ficar em casa. — disse como se estivesse  me fazendo um favor, o que me surpreendeu de uma maneira ruim.

Resolvi ficar calada o resto da viagem, sabendo que se eu abrisse a minha boca, acabaria estragando todo o final de semana.

Foi um longo caminho até finalmente conseguir chegarmos em casa, e quando meu pai estacionou eu pulei do carro disparando pelas escadas indo até o meu quarto. O cômodo continuava justamente como eu me lembrava, era de um tom rosa claro, com uma estante cheia de livros (eu teria de comprar uma estante nova em breve), minha cama e uma escrivaninha toda bagunçada com pergaminhos para todos os lados.

Suspirei sentindo a falta de meu gato, Oreo, que tinha ficado em Hogwarts, me deitei na minha cama me encolhendo. Olhei para o teto de meu quarto, pensando em como eu conseguiria escapar de casa para ir até a Floreio e Borrões comprar um ingresso para um show (eu não fazia a mínima ideia de quem vendia ingressos de shows em uma livraria). Abri a minha pequena mala de mão, tirando um pergaminho em branco, tinha de fazer um trabalho escrito de Transfigurações e um outro de História da Magia. Fiz uma careta quando me lembrei disso, e acabei me encolhendo não querendo me preocupar com a escola naquele momento. Nem percebi quando adormeci, só me lembrava de ter acordado com a minha mãe entrando no meu quarto, ela parecia bem cansada, mas a maquiagem em seu rosto cobria perfeitamente os traços de cansaço.

— Cammie, se levante por favor, e dê um jeito de se arrumar, as visitas logo chegarão… — me deu um olhar preocupado. — Você precisa de alguma coisa? Algum professor particular…?

Se tinha algo que preocupava muito os meus pais, era as minhas notas. Como eu não tinha caído na Sonserina, o mínimo que eu poderia fazer era tirar notas altíssimas para que meu pai pudesse se gabar dos filhos dele no Ministério da Magia. Acontece que não dá pra ser perfeito em tudo, e eu era péssima em História da Magia, não importava quantos professores particulares meus pais contratassem eu simplesmente não era boa nessa matéria. Acabei por desistir de tentar ser a melhor, o que tinha enfurecido o meu pai de tal maneira…

— Por que eu precisaria? — ergui as sobrancelhas e minha mãe acabou por suspirar, murmurando que todos naquela família eram orgulhosos e prepotentes. As vezes eu a admirava por ter conseguido se casar com um homem da Sonserina, quero dizer, como ela conseguiu aturar Robert até então?

Quando me vi sozinha, fui para o banheiro e tomei um banho rápido. Coloquei um vestido simples preto e um simples sapato de salto, dei uma breve ajeitada no meu cabelo e sai do meu quarto me encontrando com Charlie.

— Hey, — disse baixinho indo ao seu encontro enquanto seus olhos verdes me encaravam — nós vamos receber quem hoje?

— Alguns amigos de trabalho do Robert e  alguns jornalistas do Profeta Diário. — ele murmurou meio contragosto, como se não quisesse fazer parte daquele momento — Sinceramente não entendo, nosso pai uma hora odeia os Malfoy, e depois os convida para comer conosco.

Ergui uma sobrancelha confusa, como assim os Malfoy estavam em minha casa, de novo?

— Também não entendo. — murmurei confusa, vendo meu pai receber alguns convidados. Quase torci o nariz quando Rita Skeeter entrou em minha casa e foi até a minha mãe sorrindo forçado. — Como eu preferia estar em Hogwarts.

Charlie suspirou, compartilhando da mesma ideia.

Passamos um bom tempo só cumprimentando as diversas pessoas que estavam em casa, não me surpreendi ao me deparar com os três Malfoy em meio a diversos rostos desconhecidos. Nem precisava mencionar que Lucius me olhou com uma enorme cautela com certa raiva contida, já o filho dele, Draco, me olhava de jeito muito estranho. Draco me olhava de cima a baixo com um olhar surpreso e nem um pouco discreto, o que me deixou extremamente envergonhada.

Tive de responder diversas perguntas com sorrisos forçados, além de ter que sorrir para uma foto no Profeta Diário.

Ao fim do almoço eu finalmente dei um jeito de me livrar daquela situação e finalmente escapar da lareira através do pó de flu.

— Beco Diagonal! — murmurei jogando o pó no chão.

Quando abri os meus olhos eu estava em um bar barulhento, tão barulhento que as pessoas não notaram uma garota sair rolando de uma lareira. Fiz uma expressão de nojo ao perceber que meu vestido estava cheio de pó, eu só podia estar no Caldeirão Furado. Me levantei tirando o pó do vestido, seguindo o meu caminho para o Beco Diagonal.

Certo, essa era a minha chance de finalmente fazer algo legal.

Enquanto eu andava pelo beco, podia perceber que as pessoas me olhavam estranho já que eu não estava usando nenhuma veste bruxa no momento. Com os galeões que eu tinha guardado em uma bolsa transversal, segui até a livraria.

Tinha descoberto por Ernie que estariam vendendo ingressos para o show das Esquisitonas na Floreio e Borrões, decidi de imediato voltar para casa e ir garantir o meu ingresso. Quando soube disso, Ginevra me fez prometer que eu compraria um ingresso para ela, que depois a garota pagaria. Então lá eu estava eu, indo comprar três ingressos para o show.

A livraria estava uma enorme confusão, mas eu felizmente tinha conseguido os ingressos depois de passar boas horas na fila. Não pude evitar voltar para casa com um enorme sorriso no rosto.

A volta para casa foi bem silenciosa, como eu não tinha mais pó de Flu e certamente não tinha idade para aparatar, tive que usar transportes trouxas. Tirando o fato de que eu quase me perdi no metrô, tudo estava ótimo. Quando cheguei em casa já tinha anoitecido, e a casa estava em um completo silêncio. Resolvi entrar sorrateiramente já que não queria minha mãe me perguntando onde eu tinha ido, entrei pela porta dos fundos, e quando ouvi uma conversa estranha não pude deixar de me esconder atrás de um vaso enorme.

— Eu não acho que conseguirei fazer isso…Quero, dizer ainda há tempo para... — era a voz embargada de Richard.

— Óbvio que você irá conseguir! — Robert respondeu duramente — Me dê o seu braço, ande! Tive o maior trabalho para convencer os outros de que nós podemos reverter essa situação...Não será agora que vocês irão dar para trás…

Franzi o cenho, me perguntando sobre o que raios o meu pai estava falando parecendo um lunático. Me ajeitei atrás da planta, tendo uma visão melhor da cena. Meu pai tinha as mangas de seu suéter arregaçadas,ele segurava o antebraço do meu irmão que estava intacto, contudo em um dos seus braços de meu pai …

Não pude deixar de ofegar, logo tampando a minha boca com a mão, chocada demais com a cena que estava presenciando.

— Ele irá voltar filho, e você me ajudará a recuperar a confiança do Lord das Trevas. Em breve tudo estará acabado, e você se orgulhará da marca que irei colocar em seu braço. Você e seu irmão serão a solução de tudo. Conseguirei colocar vocês no grupo seleto do Lorde...

Meu coração falhou uma batida, no braço esquerdo do meu pai estava a Marca Negra. Aquilo não podia ser verdade!

— Mas e se descobrirem? E se eu não quiser? Se eu não for bom o suficiente? — Richard passava a mão pelos fios de cabelo castanho quase que enlouquecendo.

— Então estaremos todos mortos, ele irá nós caçar, um por um. — meu pai disse solenemente, mas eu pude perceber a entonação assustada em sua voz, o que me matou por dentro foi que eu sentia que ele estava sendo sincero. Podia ouvir o desespero em sua voz, tanto na voz do meu irmão.

Nunca estive tão confusa naquele momento, então Richard sabia?

Será que eu era a única que não sabia?

Me virei de costas, ficando encolhida esperando os dois saírem dali. Passei um bom tempo com o coração na garganta, tentando não fazer nenhum barulho enquanto esperava eles subirem para o andar de cima.

Oh que droga... — sussurrei segurando a minha varinha com força, enquanto em passos lentos eu subia as escadas para ir finalmente ao meu quarto.

— Camilla? — a voz de Richard me fez estremecer de medo conforme eu me virava para ele. — O que faz tão tarde fora da cama?

Pense em qualquer coisa, vamos…

Estava apreensiva com esse novo trimestre, pensar na escola me deixa sem sono, então desci para beber um pouco de água. — menti, dessa vez foi uma mentira convincente já que ele apenas acenou com a cabeça desconfiado mas me deixou ir — Boa noite.

Subi as escadas quase que tropeçando nos meus pés, dei um enorme suspiro aliviado quando finalmente estava sozinha no meu quarto.

Minha mente estava uma bagunça, eu mal conseguia raciocinar o que tinha acabado de acontecer. Mas de uma coisa eu tinha certeza.

A minha família estava ao lado do Lorde das Trevas, que até então, estava desaparecido.





(...)







Quando cheguei em Hogwarts não pude deixar de sentir um enorme peso em meus ombros, o que eu tinha visto em casa era surreal. Não conseguia e nem queria acreditar que a minha família estava filiada a Você-Sabe-Quem, mal conseguia olhar meus irmãos nos olhos depois daquilo. Passei a minha vida inteira acreditando que o Lord das Trevas estava morto, até eu chegar em Hogwarts e conhecer Harry Potter.

Desde seu primeiro ano, Harry vivia passando por situações bem desagradáveis e mesmo assim eu nunca tinha parado para refletir que Você-Sabe-Quem poderia de fato estar de volta.

Não pude deixar de vomitar quando pensei que meu pai apoiava o homem que tinha matado os pais de um amigo meu, e que matava nascidos trouxa só por matar. Aquilo era doentio, irreal…

Minha família por parte de pai sempre tinha tido um nome de prestígio no mundo bruxo, com uma linhagem de sangue-puros quase sempre provenientes da Sonserina…

Me perguntava quem mais estava apoiando aquele lunático, e ao pensar nisso senti um arrepio na minha espinha. Pela primeira vez, eu senti medo por Harry e Hermione, de verdade.

Não sabia como agir, se entregava a minha família ou se ficava quieta. As duas opções eram bem ruins e não resultariam em nada bom. Caso eu os entregasse eu teria de depor no Ministério da Magia, então minha família seria levada a Azkaban e meu pai provavelmente receberia o beijo de um dementador. Eu iria ficar sozinha. Minha família seria a primeira manchete do Profeta Diário, já podia ver Rita Skeeter escrevendo um artigo deplorável sobre a “queda dos Schmidt”. Isto é, isso se a minha acusação fosse levada a sério, se isso não acontecesse eu poderia esperar o pior...Os Comensais iriam me caçar e me torturar com uma maldição imperdoável. Agora se eu não abrisse a boca...

Tinha que achar um jeito de impedir isso. Era o mínimo que eu podia fazer.

Sai da cabine do banheiro, me deparando com o meu rosto choroso no espelho.

— Eca, você vomitou lá dentro. — a Murta Que Geme parou do meu lado, fazendo uma careta horrível.

Eu suspirei com o corpo cansado, quando estava sob muito estresse acabava não conseguindo comer e consequentemente vomitava como agora.

— Murta, o que você faria se você soubesse de um segredo que pode ajudar os seus amigos, mas ao mesmo tempo te destruir? — olhei para a garota não esperando nada demais, só queria poder colocar parte daquele peso para fora para alguém que não fosse me julgar, então porque não um fantasma?

Murta pareceu pensar por alguns momentos.

— O que seria essa coisa? — perguntou curiosa.

Engoli em seco, balançando a cabeça. Tinha sido besteira perguntar isso para ela.

Vendo que eu não ia responder, ela disse.

— Você tem que escolher um os lados, — disse o óbvio — mas sempre há uma terceira opção! Eu adoraria uma amiga para passar o tempo aqui!

Arregalei os meus olhos horrorizada com aquela fala, e a menina disparou a gargalhar alto.

Sai do banheiro me sentindo enjoada e fui direito para a aula de Transfiguração da Professora McGonagall.

Decidi que eu deveria pensar bem antes de tomar qualquer atitude sobre aquilo, embora não houvesse uma atitude para ser tomada. O máximo que eu podia fazer era tentar descobrir o que o meu irmão andava planejando e atrapalhar seus planos o máximo possível. Infelizmente não era uma tarefa fácil

Conforme o tempo passava eu não sentia mais coragem para olhar nos olhos de Harry, muito menos Hermione que era uma nascida trouxa. Essa sensação doía no fundo do meu peito.

— Cam? — Harry me chamou — Você está meio distante esses dias…

Olhei para o garoto sendo tomada pela culpa, lhe ofereci um sorriso amarelo.

— Me desculpe, eu sempre fico muito pirada com tanta matéria. — disse dando um sorriso amarelo.











DRACO MALFOY




O garoto olhou friamente pelo Salão Principal que naquela noite estava mais do que belíssimo, os alunos estavam com vestes a rigor dançando animados, rindo e conversando. Pela primeira vez, o sonserino se viu invejando aquelas risadas despreocupadas. Uma música vagamente conhecida aos seus ouvidos tocava, enquanto ele estava sentado com seus brutamontes Crabbe e Goyle.

Uma banda tocava animada, enquanto um amontoado de alunos - e até mesmo professores - dançavam animados com a música, já alguns outros estava dançando em casal.

Embora alguns alunos estivessem bem animados, havia alguns que estavam no canto do salão, como Draco e seus amigos.

— Não acredito que o Potter vai realmente dançar. — o loiro de um sorriso debochado, sendo seguido por seus companheiros.

— Talvez nós devêssemos dançar também. — Pansy alfinetou, cansada de ficar sentada esperando que o Malfoy resolvesse curtir o baile, contudo o loiro apenas deu de ombros.

Seu olhar foi parar em Camilla Schmidt, já fazia um bom tempo que ele não pensava mais nela, mas agora parecia impossível. A garota estava linda com os cabelos soltos, um enorme vestido verde-água com um pequeno decote em formato de v, destacando todas as curvas que o uniforme da menina escondia, curvas essas que ele nunca teve a oportunidade de apreciar. Apesar de ter tido uma quedinha pela menina quando criança, aquela fora a primeira vez que ele olhou para ela de uma forma diferente. Como ela tinha ficado tão atraente e intocável?

Ela sorria animada enquanto dançava com um garoto da Lufa-Lufa.

Malfoy não pode deixar de se sentir afetado, aquela garota precisava rever o que ela chamava de companhia. Primeiro o Weasley, e agora um cara da Lufa-Lufa?

Seus amigos riam de Potter dançando desajeitado, mas ele só conseguia olhar para sua ex-amiga. Como ela podia continuar tão plena e feliz? Por que só ele tinha que sofrer com a lembrança daquela amizade? Aquilo não era justo.

Camilla era a única amiga de verdade que ele tinha tido.

Cerrou os punhos a vendo rodopiar nos braços de outro garoto, queria arrancar o sorrisinho besta do rosto daquele lufano.

— Uau, aquela é a Granger? — Pansy arregalou os olhos apontando discretamente para uma garota que dançava com o russo, Viktor Krum.

O queixo de Draco caiu quando ele percebeu que, a garota linda que dançava com o russo era nada mais nada menos do que a Granger. Seus amigos ficaram um bom tempo comentando que a aquela não podia ser a garota sangue-ruim que eles conheciam.

Quando tornou a procurar Camilla, ele não a encontrou no salão, muito menos o seu par. Por impulso o loiro se levantou andando sozinho pelo Salão animado e indo até um canto isolado, estava pensando seriamente em retornar para o seu quarto, já estava cansado daquela comemoração. O que ele não esperava encontrar era um casal escondido atrás de um enorme pilar.

— Você ficou maravilhosa nesse vestido. — uma voz masculina disse em tom baixo enquanto a garota dava risada, parecia estar próximo demais dela, com o seu hálito soprando contra a bochecha da menina.

— Não exagere Ernie, — disse apoiando a mão em seu ombro com a voz envergonhada, a garota deslizava seus dedos pelo pelos botões da veste a rigor do garoto — eu comprei o vestido de última hora…

O garoto sorriu, com as mãos na cintura da menina, ele estava terrivelmente próximo dela. Não sabia se iria conseguir evitar que seu corpo falasse mais alto naquele momento...

— Continua linda do mesmo jeito Cam.

Quando Malfoy piscou o casal estava se beijando, e para piorar, aquela garota era justamente Camilla! A garota estava prensada contra a parede enquanto o menino a beijava com vontade, com uma mão na cintura da menina e a outra...

Para seu assombro ela não estava sendo beijada a força, muito pelo contrário, seus braços estavam ao redor do pescoço do garoto, o puxando para mais perto. Camilla parceria estar gostando de ser beijada por aquele garoto.

Enojado, o loiro deu meia volta, pegando o caminho mais demorado para as masmorras. Se antes ele estava irritado, agora ele queria vomitar todo o seu jantar. Quando Draco já estava bem longe para poder escutar a conversa do casal, Camilla soltou-se do amigo se sentindo desconfortável, como se tivesse feito algo de errado que fosse estragar a amizade dos dois.

— Desculpe Ernie, isso não deveria ter acontecido. — murmurou com as bochechas ardendo de vergonha, desaparecendo em passos rápidos pelos corredores da escola.











 


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