Obliviate escrita por Downpour


Capítulo 39
Capítulo 39 - And I'll go back to black




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Capítulo 39 - And I'll go back to black



CAMILLA SCHMIDT 




Os dias se passaram se arrastando até o meu aniversário, pela primeira vez eu não sentia ânimo nenhum em estar completando os meus dezessete anos. Finalmente eu era maior de idade perante a lei bruxa, não seria mais rastreada pelo Ministério da Magia, o que dificultaria o rastreamento dos comensais da morte. Tirando isso, eu não via nenhuma vantagem naquilo.

Era o meu primeiro aniversário sem a minha mãe.

Fiquei deitada miseravelmente em meu quarto com lágrimas nos olhos ao lado de um garrafa de uísque de fogo, sentia que apenas aquela garrafa poderia me ajudar a passar por aquele dia. Sentia que se eu bebesse bastante iria me sentir sonolenta e dormir até o dia seguinte.

Aquele dia me parecia ser uma continuação do dia do velório da minha mãe, era um dia que eu gostava de imaginar que nunca tinha acontecido, porque era doloroso demais.

E naquela manhã o luto bateu na minha porta, e entrou sem sequer ter um convite.

Acordei no meio da madrugada e aproveitei para caminhar pelos corredores desertos de Hogwarts para espairecer, esperando que o cansaço tanto físico quanto mental me vencesse, e quando isso finalmente aconteceu e eu já tinha chorado tudo o que podia, retornei para a minha cama.

Só fui acordar quando já era de tarde, fui recebida por Sabrina e Luna.

Todas as pessoas ao meu redor estavam animadas, me enchendo de presentes e me mimando procurando estancar o meu sofrimento. Eu me sentia grata por isso.

Me lembro vagamente de ter passado o resto da tarde com alguns garotos da Lufa-Lufa bebendo próximo ao Salgueiro Lutador, Michael me abraçou de lado e diferente da maioria das pessoas ele me deu o espaço que eu queria, não me perguntando se eu estava bem, como eu me sentia ao me tornar maior de idade, ou me olhando com pena. E talvez fosse por causa disso, ou pelo fato de eu já estar embriagada, que me encontrei beijando ele. Ou talvez fosse porque ele realmente beijasse bem e aquilo estivesse me distraíndo no momento.

Me doía saber que Michael estava certo sobre eu e Malfoy, contudo, naquele momento, eu só queria esquecer que tinha me entregado de corpo e alma para aquele sonserino que eu julgava conhecer.

E foi assim que os dias se arrastaram até junho, eu e Michael estávamos em um relacionamento que não era exatamente um relacionamento. Era algo como uma amizade colorida só que sem rótulos, e aquilo era bom, não havia cobranças de nenhum lado e nenhum de nós se preocupava com nada. Acho que a cena mais engraçada nesse curto relacionamento foi quando nós dois finalmente testamos o armário de vassouras e assim que saímos com os cabelos despenteados e roupas amassadas, nos deparamos com Hermione nos olhando indignada.

Enquanto eu estava com Michael, Sabrina por outro lado estava furiosa. Se antes eu e Ernesto viviamos brigando por coisas bobas, agora ela e o namorado viviam em pé de guerra. Inicialmente as brigas começaram porque Ernie estava se sentindo no direito de opinar sobre com quem eu deixava ou não de me relacionar e Sa intervia me defendendo, ultimamente as brigas tinham ficado mais sérias.

Foi exatamente por causa de umas dessas brigas que eu estava fora da cama tarde da noite, caminhando até a cozinha da escola. Tinha garantido para Sabrina que iria conseguir leite morno e biscoitos para ela comer e poder se acalmar e finalmente dormir.

Os dois tinham terminado, então eu estava dando o meu melhor para estar ao lado dela da mesma forma que ela esteve me apoiando nos últimos tempos.

— Olá Dobby, como vai? — perguntei adentrando na cozinha, me esquivando entre diversos elfos domésticos.

Os olhinhos de Dobby se esbugalharam, demonstrando surpresa e um tantinho de felicidade.

— Camilla Schmidt veio visitar Dobby! — disse bem alto com certo orgulho — A senhorita não deveria estar dormindo? — pendeu a cabeça para o lado enquanto perguntava.

Um meio sorriso apareceu em meu rosto.

— Acho que Filch não se importaria de me ver aqui. — dei um sorriso travesso, nas últimas noites eu vinha me aventurando pelos corredores a noite, felizmente o inspetor nunca me encontrou.

Me sentei em uma cadeirinha que Dobby ofereceu.

— Uma amiga minha, Sabrina não está conseguindo dormir, eu pensei em vir aqui pegar um pouco de leite morno e biscoitos para ela e te fazer uma visita.

O sorriso no rosto do pequeno se alargou.

— Oh, só um minuto senhorita. — disse sumindo entre os elfos e logo aparecendo com um copo de leite morno e alguns biscoitos com gotas de chocolate.

Peguei um biscoito e estendi para o elfo que enrubesceu

— Oh não senhorita, eu não…

— Pegue um, tenho certeza de que Sabrina não irá se importar.

Os olhos de Dobby se encheram de lágrimas.

— Sempre tão generosa senhorita, muito obrigado, muito obrigado…



“— Sempre tão generosa senhorita. —  o elfo me ofereceu um meio sorriso, seu nome era Dobby pelo que me recordava, um dos elfos mais velhos naquela mansão Mas não posso aceitar, meu dono ficaria furioso.

Abri a minha boca surpresa, me ajoelhando para podermos ficar na mesma altura.

Na minha casa sempre damos um pouco de comida para os elfos, olhe, é só um pouquinho de manjar, você vai gostar. disse estendendo a colher na direção de Dobby. O elfo recuou com os olhos arregalados.

Senhor, não é na-

SAÍA DAQUI Lucius Malfoy apareceu, batendo nos pequenos braços do elfo com sua varinha, foi questão de instantes para que Dobby desaparecesse apavorado pela mansão.

Ergui o meu olhar para o homem a minha frente, eu poderia até sentir medo, mas a minha indignação era maior que qualquer temor que eu pudesse ter. Como ele podia bater no seu próprio servo? Como ele podia agredir uma criatura tão inocente e adorável?

Estava certa de que Lucius Malfoy estava prestes a dirigir alguma palavra maldosa para mim, quando a campainha de sua casa ressoou. Seus olhos cinzas raivosos me olharam como se ele não fosse deixar aquilo passar em branco, e então me deixou sozinha no cômodo.”




— Eu acho que já vou indo. — forcei um sorriso para Dobby enquanto agradecia por sua gentileza de ter preparado os biscoitos, saí da cozinha com a minha cabeça doendo. A ideia de ter as minhas memórias voltando a qualquer momento era agoniante, e aquela memória em especial tinha deixado os pelos do meu braço em pé.

Eu sempre tive medo de Lucius Malfoy, mas aquela memória tinha uma aura tão ruim que me fazia refletir se não havia um motivo maior que tivesse me causado tanto medo daquele homem. Ele não teria tentado me machucar...teria?

Mordi os lábios ansiosa, querendo afastar aqueles pensamentos da minha mente, sabendo que eu não chegaria em lugar algum com aquilo.

Fui surpreendida pelo barulho de vidro se estilhaçando.

— Você ouviu isso menina? — uma mulher em um quadro virou-se para mim.

Assenti com a cabeça, com medo de que Filch tivesse me descoberto fora da cama, e infelizmente eu não era como Harry que possuía a capa da invisibilidade ou até mesmo o mapa do maroto. Eu estava sozinha.

Me esgueirei para trás de uma armadura, e agucei minha audição. Com o sorte o castelo estava tão silencioso que eu conseguiria ouvir as fungadas de Filch e descobrir onde ele estava. Contudo, o que me surpreendeu a seguir foi a sucessão de sons de vidro se estilhaçando e uma risada feminina.

Por um minuto eu pensei estar vislumbrando o inferno.

Porque eu conhecia aquela risada.

Eu sabia, sabia que deveria sair correndo procurando por ajuda ou até mesmo me beliscar para ter certeza se aquele não era mais um dos meus pesadelos, mas meu corpo congelou. A batalha no departamento de ministérios estava cada vez mais vívida na minha mente, aquela risada estava cada vez mais próxima.

— Olha só quem encontramos aqui, uma aluna fora da cama. — Belatriz Lestrange apareceu na minha frente com um sorriso de orelha a orelha, ela segurava sua varinha torta pelas extremidades e eu podia ver em seu olhar o como ela se divertia com o meu horror.

Tanto o copo de leite quanto os biscoitos escorregaram da minha mão e foram direto para o chão, estava tão assustada que não senti o leite quente entrando em contato com a pele da minha perna.

— Camilla Schmidt. — disse, ainda com um sorriso no rosto — Ah, nós vamos se divertir. Ande. — gritou, apontando as varinhas para as minhas costas.

Minha respiração se acelerou, eu sentia a ponta da varinha daquela mulher nas minhas costelas, sentia a minha vida escapar por um fio.

Fui empurrada até o Salão Principal que eu descobri estar completamente destruído, e acho que foi justamente quando vi o vidro estilhaçado que percebi o quão real aquilo era. Subitamente senti uma onda de ódio se apossar de mim, aquela mulher estava destruindo tudo, tudo aquilo que era o meu lar. Aquilo não era justo.

— PARE COM ISSO. — gritei sentindo minha garganta doer, Belatriz se virou para mim com um sorriso sádico.

— Aw, ela fala. 

Meu corpo estremecia enquanto eu retirava minha varinha de dentro da manga da minha blusa de frio, a apontando diretamente para aquela mulher. 

Não era justo.

Ela matou a minha mãe.

Não era justo.

— ESTUPEFAÇA. — gritei empunhando a varinha, e por sorte o feitiço atingiu a mulher, Lestrange foi atirada por uma força descomunal para o outro lado do salão.

Assustada, eu olhei para minha varinha, sem conseguir compreender como eu tinha feito aquilo.

— Sua vadiazinha — pude ouvir ela xingar enquanto se levantava, um filete de sangue escorria por sua bochecha — Irei te tratar diferente da sua querida mãe, acho que podemos nos divertir um pouquinho não? Você não gostou do feitiço que eu te lancei no Ministério?

Me agachei no chão, desviando de um feitiço. Comecei a engatinhar tentando ficar o menos visível o possível. Era uma situação de vida ou morte, onde eu rezava para que um professor ou até mesmo Filch me encontrasse o mais rápido possível.

— Ande, apareça, pare de se esconder como a covarde que a sua mãe foi.

Em um acesso de raiva eu me levantei, empunhando a varinha contra ela.

Diffindo! — berrei.

Lestrange desviou o feitiço que chicoteou na bandeira da Lufa-Lufa a rasgando no meio.

— É só isso o que você consegue fazer criança? Que entediante. Sabe, seus irmãos são bem mais úteis, mais poderosos. Compreendo o porquê de o Lorde das Trevas não ter demonstrando interesse em uma menina chorona como você. — novamente ela exibiu seu sorriso carregado de maldade e malícia, porque sabia que tinha me atingido em um ponto fraco.

Eu odiava ser comparada com os meus irmãos. Odiava me sentir inútil ou até mesmo menor do que eles.

— Cale a boca. — sussurrei lentamente, sentia o meu corpo estremecer completamente preenchido pela sensação de ódio, pela ânsia de vingança.

— ME MOSTRE! — ela gritou chutando uma taça na minha direção, fazendo um corte fundo no meu braço — Me mostre que não é uma covarde como o seu pai, ande! Pare de chorar como uma criancinha e me divirta, talvez eu considere poupar sua vidinha miserável.

Engoli as lágrimas de raiva.

— Protego. — disse em alto e bom som, conseguindo me defender de um feitiço que ela tinha lançado.

— Ande! Eu sei que você consegue fazer mais do que isso.

Everte Statium! 

Novamente, Lestrange sorria debochada ao desviar do meu feitiço como se não fosse nada.

— Tão tola, achando que isto é um duelo. Eu poderia te matar se quisesse sabia? Talvez este fosse o melhor castigo para que seu pai aprendesse a não ter traidores dentro de casa. — os olhos dela brilhavam em malícia a cada palavra que falava, Belatriz sabia que estava me machucando, me traumatizando, e ela gostava disso, gostava de me ver despedaçando.

— Meu pai não derramará uma lágrima se você me matar aqui. — disse de cabeça erguida com o pouco de coragem que me restara.

A comensal enrolou um cacho de seu cabelo na ponta da varinha e deu risada.

— É o que os homens fazem querida. Mas creio que ele sofrerá mais se eu te manter viva, é, vamos lá crucio.

Antes que eu sequer pudesse desviar da maldição, o feitiço me atingiu, fazendo com que meu corpo tombasse no chão.

Fechei meus olhos com força e cerrei meus punhos, não queria acreditar que aquilo estava acontecendo novamente, a dor, de novo. Um grito passou rasgando pela minha garganta, me agarrei no banco de uma mesa, sentindo o meu corpo se contrair.

— Pare, por favor, pare. — choraminguei com a voz entrecortada, eu não conseguia falar ou sequer gritar direito, a dor me impedia.

Milhares facas raspavam pela minha pele, adentravam sutilmente e me rasgavam, eram um processo doloroso que pareciam acontecer numa velocidade incalculável. Todavia, não havia facas de verdade ali.

— Você é tão parecida com a sua mãe, as duas tão tolas, achando que podem mudar o mundo, que são merecedoras de terem o sangue puro misturado com essa sujeira. É isso que vocês merecem. — disse acertando um chute em meu estômago.

Senti a minha cabeça se chocar contra a quina da mesa, uma dor inebriante preenchia todo o meu ser junto dos gritos que rasgavam por toda a minha garganta.

Crucio. — ela tornou a repetir dando uma risada excitada, era para isso que ela vivia.



“Franzi o cenho vendo Lucius Malfoy se distanciar indo atender a porta, eu sabia que deveria virar as costas e ir procurar Draco, mas senti que aquilo não era o certo a fazer. Me esgueirei pelo corredor e silenciosamente fui seguindo aquele homem.

Lucius parou diante da porta de sua mansão e assim que olhou pelo olho mágico, começou a pestanejar, tão furioso que até eu fiquei assustada.

O quê diabos você está fazendo aqui Rabicho! sussurrou puxando o homem para dentro de sua casa, seus dedos apertavam o pulso do homem pequeno com aparência estranha. Os olhos de Malfoy pareciam saltar fora das órbitas de raiva. Já disse para ficar longe da minha família!

Oh...humm….ah, Lucius, eu vim aqui porque o Lorde das Trevas desejava….

Ouvi um som de estalo alto e forte, demorou para que eu percebesse que Lucius tinha estapeado aquele homem no rosto.

Eles estavam falando sobre o Lorde das Trevas, concluiu com os olhos arregalados.

Como você ousa vir a minha casa, me incriminar dessa forma? O Lorde das Trevas sumiu Rabicho, e por enquanto devemos ficar na surdina, ou você quer ser pego também? Lembre-se de que para o Ministério você morreu.

O homem baixo com feições de rato deu uma fungada alta e concordou acenando com a cabeça. Timidamente ele pegou um velho caderno e deu para Lucius.

O senhor se lembra deste caderno, certo? O Lorde das Trevas queria que ficasse em suas mãos, ele queria que você arranjasse um jeito de escondê-lo, em Hogwarts talvez…

Agora você está tentando sujar meu nome me dando um caderno cheio de magia negra? Lucius quase que gritou, estava completamente irado.

— O senhor pode deixar o caderno com aquela mulher, Elisabeth Schmidt, lembra-se que o Lorde das Trevas suspeitava dela?

As veias de Lucius pareciam querer saltar de seu pescoço.

— Venha aqui Camilla, eu sei que você está ouvindo essa conversa, sua criança intrometida do caralho.”



PARE COM ISSO, VOCÊ ESTÁ MACHUCANDO ELA! — a voz rouca de Draco Malfoy me fez voltar para a realidade.

Puta. Merda.

Draco Malfoy.

Senti que ele estava próximo de mim, porque eu podia sentir o calor emanando do corpo dele. 

— Camilla. — ele sussurrou com a voz falha.

Senti algo pingar no meu rosto, tinha um gosto salgado.

Solte essa sangue-ruim AGORA DRACO. — os gritos de Belatriz Lestrange me ensurdeciam.

Forcei meus olhos a se abrirem, senti um enorme gosto de sangue na boca quando percebi que Draco Malfoy estava em cima de mim com os olhos que costumavam ser cinza, vermelhos. Ele estava chorando.

Me virei, tossindo e enquanto eu tossia uma enorme quantidade de sangue escapava da minha boca.

Confusa, eu tornei a olhar para ele, ainda sentindo cada célula do meu corpo arder.

Não. — sussurrei olhando para sua manga arregaçada. 

Draco baixou os olhos, do outro lado Belatriz xingava sem cessar, dizendo o como ela sentia vergonha de Draco e de como ele iria apanhar quando chegasse em casa.

A Marca Negra no antebraço dele doía mais do que qualquer maldição cruciatus que eu já tinha experimentado.

— Não encoste em mim! — gritei — EU TENHO NOJO DE VOCÊ.

Com a pouca força que me restara, eu empurrei Draco para longe de mim e me levantei do chão. Estava ensopada de sangue. Ergui o olhar para Lestrange, que agora dava risada como uma maníaca.

Está vendo Draco, está vendo como Schmidts são traiçoeiros? Está vendo o quão suja ela é?

— Basta. — a voz grave de Snape ressoou por todo o salão, olhei para o professor com esperança de que ele fosse me acolher, me fornecer ajuda, contudo ele me surpreendeu — Andem, parem de perder tempo, não podemos ser pegos.

A Marca Negra também pendia em seu braço.

Tudo o que eu tinha comido se revirou no meu estômago, eu estava a dois passos de vomitar. Malfoy me olhou com uma intensidade avassaladora, contudo eu não retribuí o olhar, não me sentia capaz de olhá-lo nos olhos depois daquilo. Não conseguiria olhá-lo nos olhos nunca mais. Jurei ouvir ele sussurrar “eu sinto muito”, mas apenas virei o meu rosto, não queria ouvir aquilo vindo dele.

E então, Draco foi embora atrás daquilo que lhe era mais confortável, foi atrás do poder e da sua família.

E eu, que já não tinha família e nem poder, voltei para a única coisa que me restava. O luto.


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