Obliviate escrita por Downpour


Capítulo 26
Capítulo 26 - Kissing in the dark




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Capítulo 26 - Kissing in the dark



DRACO MALFOY 




Draco acordou com um sobressalto, seu coração batia descompassado e todo o seu corpo suava frio. Tinha acabado de ter um pesadelo, o que tinha se tornado bem comum nos últimos dias, só que conforme o tempo passava os pesadelos pioravam em escala exponencial.

— Camilla. — ele sussurrou olhando para os lados, e quando finalmente percebeu que estava em sua casa e que aquilo tinha sido apenas um sonho, seu corpo magro finalmente relaxou.

Seu sonho tinha se baseado em um relato de sua tia, Belatriz, sonhara com a Schmidt sendo torturada pela maldição cruciatus a sua frente, e para seu espanto ele que tinha empunhado a varinha contra ela.

— E-Eu não fiz nada. — tornou a sussurrar, passando a mão em seu cabelo, desfiando os fios. Não tinha machucado a garota, tinha sido apenas um pesadelo.

Deitou sua cabeça nos travesseiros olhando para o teto e se pegou pensando em como a garota estava reagindo a tudo aquilo, tinha visto a menina recentemente na Madame Malkin. Se assombrou ao perceber o quanto ela tinha crescido naquele verão, apesar de ela não demonstrar, ele conseguiu perceber a tristeza no olhar dela. Não era para menos que estivesse tão triste, sua tia tinha cruelmente tirado a vida da mãe dela na sua frente como se não fosse nada.

Camilla tinha se mostrado mais madura do que aquele trio de patetas, ele pensou, ela tinha percebido que não valia a pena discutir com os Malfoy. Não sabia se ela tinha feito aquilo por que era madura, ou porque não queria olhar na cara deles, afinal podiam ser as duas possibilidades.

Ela estava linda, não teve como evitar notar aquilo. Seus cabelos que antigamente costumavam ser enormes, agora estavam cortados um palmo abaixo dos ombros. Os olhos continuavam a ter aquele castanho-escuro que o desconcentrava tão facilmente...e o corpo…

Suspirou cansado, olhando para a marca negra em seu braço esquerdo. Agora ele finalmente entendeu porque seu pai tinha tentado apagar sua memória, porque sabia que Camilla iria distrair seus pensamentos de alguma forma. Mas ele sabia que havia algo a mais na atitude de seu pai.

Podia sentir seus lábios contra os dela novamente, só de fechar os olhos. Aquela garota estava acabando com ele, Malfoy se sentia errado em ter criado sentimentos pela garota que era sua amiga de infância, mas também se sentia errado em conter seus sentimentos. Ela não lembrava de nada, era como se a amizade nunca tivesse acontecido. Mas a atração existia, e Draco não era burro, sabia que a atração era recíproca.

Tinha de focar em sua missão, mas não podia negar que estava ansioso para vê-la novamente e poder provocá-la como tinha feito no ano passado.

Seus sentimentos estavam uma completa bagunça, sentia-se orgulhoso por ter recebido uma tarefa do Lorde das Trevas, mas ao mesmo tempo sentia medo, estava sendo pressionado e não podia falhar, a vida da sua família estava em jogo. Também se sentia tentado a se vingar de Potter, afinal ele e seu grupinho de idiotas tinham colocado seu pai em Azkaban. Contudo, ainda haviam seus sentimentos confusos por Camilla, tinha raiva dela por ter se juntado ao Potter, sentia saudade da garota que ela era e ao mesmo tempo queria beijá-la até seus lábios incharem novamente.

É, seu pai estava certo, ela estava desconcentrando ele.

— Draco? — sua mãe entrou em seu quarto com uma bandeja contendo seu café da manhã, aquilo era no mínimo estranho. Narcisa dificilmente ia até o seu quarto com a comida, aquilo era o trabalho de algum elfo doméstico. Percebeu surpreso, que a mãe queria conversar com ele.

Se sentou na cama.

— Bom dia mãe. — murmurou confuso com a atitude da mulher.

Narcisa colocou a bandeja próximo dele e se sentou na ponta da cama com o olhar atento.

— Eu queria falar com você sobre aquela garota, Camilla, — disse falando cada palavra com o maior cuidado do mundo, observando cada micro-expressão de seu filho — percebi que você estava olhando para ela naquele dia no Beco Diagonal. Você lembra, não é mesmo?

Draco engoliu em seco, se tinha uma mulher para quem ele não conseguisse mentir, essa era a sua mãe.

— Seu comportamento é diferente perto dela, não é de agora que eu venho reparado. Você nunca esqueceu, não é mesmo? — perguntou um tanto compadecida, no fundo Narcisa não desgostava de Camilla, achava que a garota era uma boa companhia para seu filho, mesmo ela indo contra tudo que a mulher acreditava. Narcisa não conseguia odiar Camilla depois que viu o como a garota deixava seu filho feliz.

— Não, eu não esqueci. — assumiu com a voz fraca.

— Eu sinto muito querido, seu pai...ele falou que ela tinha visto demais, que iria comprometer a honra da nossa família...— Narcisa acariciou os cabelos de seu filho.

— O motivo não importa, saber não vai fazer com que ela se lembre de mim. — ele respondeu bruscamente.

— Se serve de consolo, — Narcisa murmurou ponderando se devia comentar aquilo — seu pai nunca foi muito bom com o feitiço do esquecimento. — e com essas palavras ela deixou o filho sozinho, tentando entender o que sua mãe tinha acabado de falar.

Será que...Camilla ainda tinha alguns fragmentos de memória?





CAMILLA SCHMIDT




Revirei os meus olhos pela terceira vez naquele dia, Harry estava me irritando as férias inteiras falando sobre Draco Malfoy, que o garoto iria seguir os mesmos passos do pai e se tornar um Comensal da Morte. Quando eu finalmente me cansei de ouvir aquele discurso, acabei discutindo com ele, Harry ficou furioso comigo e até então estava emburrado.

— Você está defendendo ele, mas no fundo sabe que é verdade!

— Harry, eu nunca discordei de você — exclamei aumentando o meu tom de voz —, mas não significa que eu concordo cegamente!

— Você gosta dele, é por isso que está defendendo o Malfoy!

Me levantei do banco furiosa, recebendo olhares de Luna e Neville.

— Quer saber, vou procurar Ernie e Sabrina, eu não sou obrigada a ouvir os seus surtos Harry. — gritei abrindo a porta do vagão — Quando você resolver conversar comigo como uma pessoa decente, aí eu falo com você!

— Certo, vai lá para os braços do Malfoy! — ele gritou de volta, e eu fechei a porta do vagão com força.

Que idiota!

Estava uma pilha de nervos enquanto andava pelo Expresso Hogwarts procurando o vagão onde meus amigos estavam, sabia que mais tarde iria me arrepender de ter brigado com Harry, mas não iria pedir desculpas antes dele. Sabia que não estava errada.

— Camilla! — Cho Chang me parou no meio do corredor, e acabou recuando quando percebeu que eu estava de mau humor — Hm..só queria te falar que nosso time de quadribol está contando com você esse ano na equipe.

— Tudo bem. — murmurei — Vou treinar mais esse ano.

— Ahm...está...tudo bem?

Olhei para Cho erguendo uma sobrancelha.

— Por quê não estaria?

— Por nada — ela respondeu rápido engolindo em seco, sabia que ela estava com medo. Desde que meu pai tinha sido dado oficialmente como Comensal da Morte, algumas pessoas tinham medo de mim, e eu não julgava elas, compreendia o medo.

— Certo. — disse dando as costas para ela e tornando a procurar pelos meus amigos, não fazia a mínima ideia de qual vagão eles estavam e isso era frustrante, já estava cansada de ficar andando pelo trem feito uma idiota.

Abri a porta de uma vagão que eu julguei estar vazio e me esgueirei para dentro dando um suspiro cansado, fechei a porta com força, precisava descontar a minha raiva em alguma coisa. 

— Ninguém te ensinou bons modos, Schmidt? — a voz de Draco Malfoy me fez arregalar os olhos, a cabine não estava vazia, o loiro estava sentado de frente para mim com um pequeno sorriso repleto de escárnio. Aquilo só podia ser algum tipo de castigo.

Respirei fundo olhando para o garoto com uma expressão nada boa.

— Faz o favor de ficar de boca calada. — resmunguei — Não estou com paciência.

— Ah é, deu pra perceber, foi uma porrada e tanto na porta. — ele riu, encostando a cabeça no banco.

Bufei, não iria ficar ali de jeito nenhum. Me virei para a porta e tentei puxá-la, e nada acontecia. Forcei a fechadura mais uma vez e mesmo assim, nada.

— Você poderia fazer o favor de levantar do banco e abrir a porta para mim? — me virei para o Malfoy que continuou sorrindo.

— Schmidt, você é uma bruxa certo? Use a porcaria da sua varinha então. — disse com indiferença.

Tateei pelo bolso do meu casaco e quase gritei de raiva, tinha deixado a minha varinha dentro do meu malão na cabine onde Harry estava. Mordi os meus lábios com força e me sentei no banco de frente para o garoto, tentando me acalmar.

— Eu esqueci a minha varinha no malão — falei com a maior calmaria do mundo, olhando diretamente nos olhos cinzentos dele.

— Que pena, acho que vamos ter que passar um tempo sozinhos, já que eu também esqueci a minha varinha. — ele deu um sorriso de canto, que podia ter vários significados e deles eu só pude captar a malícia.

De uma coisa eu tinha certeza, Draco Malfoy estava mentindo.

Automaticamente minha face assumiu um tom rosado ao perceber que ele me encarava enquanto sorria, aquilo era no mínimo constrangedor. Comecei a balançar levemente a minha perna.

— Não sabia que eu te deixava tão nervosa. — o sorriso daquele idiota pareceu aumentar.

— Eu não estou nervosa por causa de você. — estreitei os olhos, mas mesmo assim ele conseguiu perceber que eu mentia. Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e desviei o olhar para a porta do vagão, aquele definitivamente era o meu dia de azar.

— Tem certeza? — ele questionou, indo se sentar do meu lado.

Engoli em seco, tornando a olhar para o loiro a minha frente, o perfume caro dele me impregnava de tal maneira que tirava os meus sentidos. Ergui os meus olhos dos lábios dele até as íris cinza.

— O quê você quer Malfoy? — não consegui conter a pergunta, e quase bufei de raiva quando ele apenas manteve o sorriso de triunfo.

— Acho que a pergunta está invertida, você entrou aqui por que quis. — ele sussurrou se aproximando de mim.

Pronto, pensei, era só o que me faltava, eu não posso-

Me surpreendi com o toque inesperado dele, sua mão acariciou o meu rosto, deixando um rastro de faíscas por onde passava. 

— O quê você está fazendo? — questionei, me sentindo sem defesas.

— Exatamente o que fizemos antes. — ele piscou — Apenas passando o tempo.

Me vi congelada quando os lábios de Draco encostaram no meu pescoço, e começou a distribuir beijos suaves pela região. Todo o meu corpo estava arrepiado em estado de choque, a única coisa que eu consegui fazer foi arfar surpresa. Estava travando uma batalha interna entre me render ou não, e decididamente não foi a minha parte racional que ganhou.

Fechei meus olhos e me permiti que seus lábios percorressem todo o meu pescoço, dando beijos e ora ou outra algumas mordidas. Minhas mãos não pareciam me responder, porque elas foram de encontro ao cabelo dele, lhe fazendo carícias.

O loiro ergueu o olhar na minha direção e sorriu novamente, e que ódio, só aquele sorriso foi capaz de fazer o meu coração acelerar e do meu corpo suar frio. Aquilo não era justo.

Não conseguia olhar para mais nada que não fosse a boca dele, e sem pensar duas vezes eu o beijei, sabia que iria me arrepender mais tarde, uma coisa era cometer o erro uma vez, agora persistir no erro era idiotice.

Nossas bocas se moviam harmoniosamente, como se aquilo fosse certo, como se nós realmente dessemos certo juntos. O beijo dele era tão bom, que eu simplesmente não conseguia ser racional ao ponto de parar. Podia fazer uma lista de mil motivos para não cair no charme dele, e nenhum desses motivos iriam ganhar disso, da forma como eu me sentia quando nos beijávamos.

— Acho que você não quer mais sair daqui. — ele disse com um sorriso malicioso quando paramos de nos beijar para poder respirar.

— Você que está me trancando aqui. — ergui a sobrancelha em tom provocativo, mas ele apenas riu, a risada de Draco era maravilhosa quando ele não estava rindo às custas de alguém, e tão familiar. O perfume dele era tão bom…

— Será? — ergueu a sobrancelha, enquanto tirava uma mecha de cabelo do meu rosto.

— Como você é cínico. — provoquei deixando que ele fizesse uma breve carícia na minha bochecha.

Foi questão de tempo, e novamente estávamos se beijando, era um beijo lento já que aparentemente nenhum de nós tinha muito pressa e parecíamos querer aproveitar aquele momento. Passei meus braços em torno do pescoço dele, o puxando para mais perto. Meu coração deu um pulo quando Malfoy mordiscou o meu lábio inferior.

— Você fica vermelha com qualquer coisa. — disse sorrindo, selando nossos lábios brevemente.

Mordi meus lábios, infelizmente ele tinha esse efeito sobre mim.

— Quer dizer que você esteve me observando? — perguntei com meus braços enlaçados no pescoço dele.

Malfoy riu, quase que soprando seu hálito de hortelã contra a minha bochecha.

— Que diferença faz se for ou não verdade? — provocou, me respondendo com outra pergunta. — Você não é tão imprevisível quanto pensa.

— Falando assim até parece que você me conhece. — quis me bater assim que eu falei aquilo, dessa vez eu tinha falado mais do que devia, não sabia se era muito inteligente fazer esse tipo de jogo com ele. Contudo, pareceu dar certo.

Malfoy recuou um pouco, e logo se recompôs. Notei que ele engoliu em seco enquanto acariciava o meu rosto.

— Então você realmente viu alguma coisa naquele dia. — ele sussurrou baixinho, mas mesmo assim eu consegui ouvir.

Estava um pouco chocada.

Felizmente, meu lado racional estava voltando a trabalhar, o que era um alívio.

— Espera, então é verdade. — arregalei os olhos e ele não me respondeu — Malfoy?

— Esquece que isso aconteceu Schmidt. — ele disse se levantando do banco, mas eu fechei seu caminho. Draco Malfoy era bem mais alto e pesado do que eu, mas mesmo assim eu consegui o empurrar contra a janela da cabine.

— Malfoy! 

A respiração dele acelerou, eu estava tão próxima que podia sentir o coração dele bater acelerado.

O encarei fixamente esperando que ele me desse uma resposta, mas ele apenas me segurou pela cintura e me beijou. Filho da puta.

Era muito difícil não corresponder ao beijo dele, e não me render a trilha de beijos e chupões que ele fazia no meu pescoço. Meu corpo não me respondia, minhas mãos novamente foram para o cabelo do garoto, eu correspondia aquele beijo arduamente. Sentia cada pedacinho do meu corpo entrar em chamas.

— Malfoy, — eu arfei incapaz de me afastar — eu quero respostas seu filho da puta.

Ele riu contra o meu pescoço, tinha percebido que eu estava começando a ficar brava novamente.

— Resposta para que? — ele sussurrou, apertando a minha cintura.

Você me conhece. — sussurrei de volta com as mãos espalmadas em seu peitoral caso eu precisasse empurrar ele para me afastar. — Quinn estava certo…

— Quem é Quinn? — perguntou confuso.

— É verdade? — tornei a questionar e ele desviou o olhar.

— Que diferença faz agora Schmidt? — respondeu bruscamente.

— A verdade faz toda a diferença. — respondi prontamente, Malfoy revirou os olhos como se não tivesse levado o meu discurso muito a sério. — Você sabe o meu apelido de infância, só a minha família tem conhecimento desse apelido.

— Eu posso ter ouvido o seu pai falar. — ele me olhou desafiador.

Não, muito raramente me chamavam de Cammie — analisei o olhando nos olhos, tentando achar algo na expressão dele que me comprovasse que eu estava certa.

— Vai ter que fazer bem melhor que isso, Cammie. — ele provocou me fazendo corar, o meu apelido saído da boca dele me dava arrepios.

Meu olhar alternou entre os lábios dele e os olhos dele, não sabia se continuava a exigir respostas ou se tornava a beijar os lábios inchados dele.

— Você é um péssimo mentiroso. — falei me afastando, contudo, ele apenas me puxou para mais perto. — Se não vai falar a verdade me deixe ir, é o mínimo que você pode fazer.

— Ah, eu posso fazer muito mais que isso. — ele riu quando percebeu o rubor se alastrar pelo meu rosto.

Eu acho que esse vagão está vazio! — uma garota que eu nunca tinha visto na vida abriu a porta do vagão e ficou paralisada olhando para nós dois, atrás dela havia um grupo de algumas outras garotas. Não deviam ter mais do que uns doze anos. — Ah meu Deus, desculpa nós já estamos indo embo-

— Eu já vou indo, — me afastei de Malfoy que estava em estado de choque e imitei o sorrisinho cínico dele — e para não perder o costume, vai se foder.

Antes que eu me virasse, pude ver um pequeno sorrisinho de deboche no rosto dele.

Disparei pelo trem com as bochechas ardendo de vergonha, me sentindo extremamente idiota por ter colocado o pé naquela droga de cabine.

— Camilla! — reconheci a voz de Sabrina, e quando me dei conta a garota me abraçava — Vem, entra na cabine, estávamos te procurando faz tempo.

— Oi. — entrei na cabine acenando para Ernie e Lino Jordan.

— Por Merlin, onde você esteve? Seu pescoço está todo vermelho...— Sabrina comentou com um sorriso malicioso que eu fiz questão de ignorar.

Me sentei ao lado de Ernesto que não me olhava nos olhos e suspirei. — Em lugar nenhum.





(...)





Tive de aguentar Sabrina me fazendo diversas perguntas sobre o que eu estava fazendo antes de encontrá-la na cabine durante toda a seleção, já estava tornando a ficar irritada novamente.

— Sabrina! — exclamei enquanto o Chapéu Seletor fazia um discurso inspirador — Eu não quero falar sobre isso, sério. — afundei meu rosto em minhas mãos, estava vermelha de vergonha.

Infelizmente a minha atitude só atiçou a curiosidade da minha amiga, que se inclinou na minha direção.

Draco Malfoy. — ela concluiu, ergui o meu olhar com os olhos arregalados — Foi meio óbvio, ele estava te encarando fixamente faz um tempo. E convenhamos que você está com o perfume dele.

Minhas bochechas ficaram no tom vermelho escarlate, por que raios aquele protótipo de doninha estava me encarando?

Desviei o meu olhar para a mesa da Sonserina e lá estava ele, com seu típico sorrisinho carregado de malícia. Meu corpo se arrepiou só com a memória do que tinha acontecido nas cabines, resolvi não manter o olhar por muito tempo.

— Eu deveria imaginar, — ela disse com um pequeno sorriso, percebi que ela não aprovava aquilo, mas também não iria me julgar — sabe você não é muito discreta quando resolve olhar para ele, que nem você está fazendo agora.

— Não estou olhando. — resmunguei desviando o olhar me sentindo extremamente culpada, novamente a fala da minha mãe de que eu deveria ficar longe dos Malfoy me atordoava. De tantos garotos em Hogwarts porque logo ele deveria fazer o meu coração bater mais rápido? Meu Merlin, acho que a fome está afetando o meu cérebro.

— Entendo que você não queria falar sobre, — ela murmurou aplaudindo quando uma menina foi selecionada para a Corvinal — só tome cuidado, não acho que Malfoy seja muito confiável. Depois de todas as coisas horríveis que ele fez com os seus amigos...mas eu acho que consigo entender porque vocês estão juntos.

— Nós não estamos juntos, — justifiquei rapidamente — aquilo foi um erro, um deslize, não irá acontecer novamente.

Sabrina sorriu, como se soubesse que eu estava errada só pelo meu tom de voz.

— Boa sorte tentando mentir para si mesma. — piscou. 


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