Obliviate escrita por Downpour


Capítulo 15
Capítulo 15 - By the way, go fuck yourself




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764468/chapter/15

Capítulo 15 - By the way, go fuck yourself



CAMILLA SCHMIDT



A volta para Hogwarts foi um tanto triste, não queria deixar minha mãe sozinha, contudo ela apenas sorriu para mim garantindo que estaria em segurança na ordem. Nunca tinha pego um Nôitibus Andante na vida, e eu claramente não iria querer repetir a dose nunca mais.  Cheguei na escola com o meu estômago ao avesso.

Novamente a minha rotina de sempre se repetiu, iria afundar a minha cara em livros ou iria passar as noites discutindo estratégias de quadribol. Encontrei Sabrina na Sala Comunal, e passei o resto do dia conversando com ela sobre como tinha sido o feriado.

O dia seguinte tinha sido tortuoso, tinha quase me esquecido das aulas com a Professora Umbridge e de como eu detestava aquela mulher. Desta vez, ela tinha nos pedido para fazer a leitura de um capítulo do livro. Novamente, a minha mente estava bem distante enquanto eu virava aquelas páginas, me questionava como meu irmão Richard estava, já havia meses que eu não tinha notícia dele e muito menos do meu pai.

— Srta. Schmidt? — a voz pomposa de Umbridge me fez erguer os olhos do livro.

— Sim, professora? — falei em um tom monótono.

— Não está se distraindo novamente na minha aula, não é? Creio que a senhorita não irá gostar de receber detenção novamente.

— Certamente não, Professora Umbridge. — disse sem olhar necessariamente para os olhos dela.

Felizmente ela apenas deu uma risadinha contente e retornou para a sua mesa, esquecendo da minha presença desprezível para seu mundinho organizado e cor de rosa.

Passei o restante da aula apenas encarando as letras da página do livro, mesmo que eu quisesse ler, não conseguia, estava me sentindo estressada por estar tendo aquela aula.

Na manhã seguinte eu andava em passos lentos até a mesa da Corvinal, tinha passado a noite inteira fazendo um manuscrito de História da Magia, estava de saco cheio daquela matéria. Tinha certeza de que jamais iria trabalhar como historiadora.

— Você está ótima. — Sabrina ironizou quando eu me sentei a mesa com uma enorme carranca.

— Eu estou morrendo, — dramatizei — essa matéria me mata aos poucos. Você consegue me imaginar tirando um T nos NOMs de História da Magia? Porque eu sonhei com isso esta manhã.

Sabrina riu.

— Talvez você devesse pedir para a Professora Trelawney analisar os seus sonhos. — ela ironizou e eu fiz uma enorme careta enquanto me entretia com uma panqueca.

— Acredite, você não é a primeira pessoa a me sugerir isso. — disse com a boca cheia e a garota apenas revirou os olhos.

Dei um breve suspiro e comi meu café da manhã em silêncio, dessa vez sem a companhia de nenhum livro, o que era estranho, já que eu sempre comia apressada estudando alguma durante o café.

Estava quase terminando de comer quando uma coruja deixou uma exemplar do Profeta Diário cair sobre a minha mesa.

— Sabrina, olhe isso. — murmurei abrindo o jornal.



“FUGA EM MASSA DE AZKABAN



MINISTÉRIO TEME QUE BLACK SEJA ‘PONTO DE ENCONTRO’ PARA OS ANTIGOS COMENSAIS DA MORTE”

 

Estava estupefata ao ler aquela notícia, se havia algo que comprove ao Ministério que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado estava de volta era justamente essa fuga em massa de comensais da morte. Não conseguia acreditar que tinham jogado toda a culpa em cima de Sirius Black.

— Belatriz Lestrange foi solta — Sabrina comentou com o rosto empalidecido, me lembrava de ela ter comentado em algum momento que uma tia muito querida dela tinha sido morta na mão dos comensais por ser uma nascida trouxa.

Cruzei o meu olhar com o de Harry que estava na mesa da Grifinória, ele também parecia estar bem assustado com aquela notícia, enquanto isso a grande maioria da escola estava tranquilamente estudando ou discutindo sobre quadribol durante o café da manhã.

— Fudge resolveu culpar Black pela fuga, mas é realmente difícil que Black tenha conseguido ir a Azkaban sem ser pego — Sabrina comentou enquanto dava um gole em um copo de leite —, quero dizer há diversos aurores o caçando por aí.

— Fudge está desesperado, — eu comentei — ele precisa de um culpado, então resolveu escolher quem estava mais fácil.

Pobre Sirius, ele mal saía de casa, e agora não poderia fazer mais nada por um tempo, até que as coisas se acalmassem novamente.

Me perguntava se minha mãe estava em segurança…

— Vem, — ela murmurou com o rosto sem expressão — vamos aproveitar esse tempo livre para revisar o conteúdo na biblioteca.





(...)





Olhei furiosa para o rosto de Umbridge, enquanto me sentava naquela mesinha naquela sala cor de rosa detestável. Infelizmente a velha tinha conseguido arranjar um motivo para me dar uma deteção novamente, simplesmente porque eu tinha confundido o livro de Transfiguração com o da matéria dela, e agora cá estava eu tendo mais uma bela semana de detenção.

— Acho que a Srta. tem sérios problemas de concentração. — ela disse com sua voz irritante e fina. — Não é a primeira vez que isso acontece, mas aparentemente, só ocorreu na minha matéria. Devo presumir que seja pessoal então?

Apesar de estar irritada, tentei me controlar ao máximo já que eu preferia mil vezes bater a minha cabeça contra a parede ou até mesmo visitar o Salgueiro Lutador do que ficar em um sala sozinha com aquela mulher.

— Eu fiz uma pergunta Srta. Schmidt, e exijo uma resposta. — disse friamente.

— Sinceramente, professora, eu não faço a mínima ideia, mas se a senhora acredita que é algo pessoal quem sou eu para contradizê-la? — assim que terminei de falar senti uma enorme onda de arrependimento, estava precisando de autocontrole mais do que nunca.

Os olhos de Umbridge pareciam faiscar quando sua mão atingiu o meu rosto em um tapa perfeito.

Abaixei a cabeça, não iria mostrar para ela que o tapa tinha doído tanto a ponto dos meus olhos lacrimejarem.

— Não é nada pessoal, Professora Umbridge. — respondi em tom monótono.

— Ótimo, agora, você já sabe o que fazer.

Quando eu saí da sala de aula minha mão estava ensanguentada, como não queria entrar no Salão Comunal, fui direto para o banheiro que ninguém utilizava, o da Murta Que Geme. Entrei sorrateiramente no banheiro, torcendo que não tivesse nenhum aluno para ver aquela cena.

— Merlin, eu estou horrível. — sussurrei olhando para o meu reflexo no espelho. Meu rosto moreno tinha uma enorme marca de uma mão avermelhada, enquanto minha mão respingava sangue no chão. — Aquela vaca… — a amaldiçoei enquanto lavava minha mão na pia.

Felizmente consegui estancar o sangue sem ter nenhum problema, tirando o fato de Murta ter me visto parada no banheiro.

— Oh, Camilla, há quanto tempo não te vejo. — disse feliz.

— Hm, eu estive ocupada estudando Murta. Como tem passado o tempo? — perguntei tentando ser gentil, contudo a garota fez uma careta enorme.

— Como você acha que eu passo o tempo ein? Acha que eu quero falar sobre como a minha vida é miserável aqui? — desatou a gritar enquanto chorava descontrolada.

Suspirei jogando o papel sujo de sangue no lixo, escapei do banheiro na ponta dos pés enquanto Murta estava ocupada chorando, eu sinceramente não estava com humor para ouvir ela.

As coisas pareciam ficar cada vez piores em Hogwarts, dessa vez Umbridge tinha proibido os professores de comunicar aos alunos algo que não fizesse parte do conteúdo que eles lecionavam. A fiscalização na sala de aula também não tinha parado, era extremamente irritante ver Umbridge interrompendo a aula de diversos professores, até mesmo de Hagrid que tinha acabado de voltar para a escola.

Por outro lado, as coisas iam maravilhosamente bem nos encontros da Armada de Dumbledore. Sentia que estava fazendo um enorme avanço em relação a feitiços defensivos, não me surpreendi ao ver Neville Longbottom brilhando nas reuniões, talvez fosse algo de família.

Conforme os dias passavam, mais eu ouvia algumas meninas tagarelar sobre o Dia dos Namorados e como elas estavam ansiosas para receberem chocolates do garoto que elas gostavam. Esperava não ter que passar o feriado sozinha, então tinha combinado com Sabrina de passarmos a tarde comprando doces em Hogsmeade.

— Eu sinto muito Cam, mas Ernie me convidou para ir a Hogsmeade...Você pode ir conosco se quiser. — ela disse me dando um sorriso com pena.

— Não, esquece, acho que tenho que revisar Poções. — murmurei, embora eu tenha revisado poções na noite passada não estava nem um pouco afim de segurar vela para os dois.

Cruzei os braços me sentindo estupidamente sozinha, Harry iria sair com Cho, Sabrina com Ernie e Gina provavelmente estaria junto de Miguel Corner, e bem, eu estaria sozinha como de costume. Não queria esquentar a minha cabeça com aquilo, mas também não evitar me sentir sozinha em meio a diversos casais andando felizes pela escola. Até o meu irmão, Charles, estava com uma garota da Sonserina, uma tal de Greengrass.

Naquela tarde a escola estava estupidamente vazia, então pensei que não seria problema ir até o corujal enviar uma carta para a minha mãe, queria saber como ela estava passando o tempo na ordem. Fui caminhando em passos devagar, não tinha muita pressa de chegar e nem muita pressa de retornar para a escola.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei irritada para Draco Malfoy, que estava de costas olhando a paisagem cheia de neve. Tudo o que eu mais queria naquele momento era um lugar para ficar sozinha, e justamente o lugar que eu tinha escolhido…

— Você está obcecada por mim não é mesmo — Draco disse revirando os olhos ao me ver.

Ignorei a presença dele e fui em direção a uma coruja branca, fazendo carinho brevemente em sua barriga. Entreguei a carta para a coruja e a observei desaparecer no céu, quando me virei Draco Malfoy continuava lá.

— Você não se cansa? — perguntei para ele que me olhou surpreso — Metade das pessoas na escola te abominam ou tem medo de você, deve ser horrível.

— Ah certo, agora você vai fazer uma ficha psicológica para mim? Não muito obrigado. — respondeu secamente e eu apenas revirei meus olhos.

— Eu descobri o que você quis dizer naquele dia Malfoy, — disse com um sorriso triunfante, pude perceber que a pouca cor que estava no seu rosto se esvaiu — vocês chamam o meu pai de traidor porque ainda servem a Voldemort secretamente.  — o nome saiu com dificuldade da minha boca, já que eu nunca tinha chamado o Lorde das Trevas por seu nome, mas tinha o feito para poder provocar o garoto. — É por isso que seu pai estava na minha casa, Rabicho pediu para ele o levar lá e convencer o meu pai a se juntar novamente a voc-

Draco estava vermelho.

— Pare de falar essas coisas, — exclamou e logo abaixou seu tom de voz, me dando calafrios — existem ouvidos por toda a escola.

— Que gracinha, você zelando pelo seu pai. — ironizei, os olhos dele faiscavam de raiva

— Eu tomaria mais cuidado com as suas palavras se fosse você Schmidt. — ele ameaçou mas eu apenas dei de ombros.

— E o que você vai fazer Malfoy? Contar para o seu pai?

Ele deu alguns passos em minha direção, me fazendo recuar e bater minhas costas contra a parede do corujal. Igualmente como aconteceu na Dedosdemel, nós dois estávamos perigosamente próximos, só que dessa vez sozinhos. Eu deveria estar sentindo medo, admito, mas não conseguia sentir medo dele.

— O quê você quer? — ele perguntou com os olhos cinzas faiscando, tive que fazer um enorme esforço para me concentrar e não desviar meu olhar para seus lábios. Mas que droga estou pensando…

— Agora está bem melhor, — sorri irônica, simplesmente para irritá-lo um pouquinho mais — o quê você está escondendo Malfoy?

Ele deu uma risada maldosa, e por causa da proximidade, pude sentir seu hálito suave de hortelã soprar a minha bochecha.

— Você deveria parar de se meter onde não deve Schmidt, pode ser perigoso. — sussurrou em meu ouvido, só pude sentir os diversos calafrios pelo meu corpo.

— Obrigada por me contar o óbvio. — rebati tentando não perder a paciência.

— Fico feliz em saber que você aprendeu a agradecer. — disse terrivelmente próximo de mim, me olhando fixamente nos olhos. Desviei o olhar sentindo o meu rosto ficar rubro.

— Responda a minha pergunta Malfoy.

— Quê pergunta? — se fez de desentendido.

Com a minha paciência zerada, eu tentei empurrar o garoto, decidida a sair dali imediatamente. A proximidade entre nós dois não era nem um pouco boa, meus pensamentos já estavam começando a ficar afetados. Infelizmente, o loiro era bem mais forte, me prendendo entre seus braços.

Olhei furiosa para ele.

— Me solte, seu papai não vai gostar de saber que anda assediando mestiças no dia dos namorados. — disse provocativa, empurrando seu braço que finalmente cedeu. Antes de lhe dar as costas me virei novamente para ele — Aliás, vá se foder.

Draco Malfoy revirou os olhos, e sorriu malicioso para mim. — Admita que você adorou passar esse tempo comigo Schmidt. Da próxima vez é só ser mais direta.






(...)




Os treinos de quadribol estavam sendo bem puxados, mas eu acabei não me deixando abalar, arranjando tempo para conciliar os estudos com os treinos. Naquele dia em especial eu fui direto para a mesa da Corvinal jantar, estava morrendo de cansaço.

— Você foi ótima, se precisarmos de um artilheiro, pode ter certeza que você estará presente no próximo jogo. — Louise Greenwood disse sorrindo para acolhedoramente para mim, eu apenas concordei com a cabeça indo me sentar ao lado de Sabrina.

— Uau, você está bem? — perguntou olhando para a calça que eu tinha rasgado no joelho.

— Fui atingida por um balaço. — respondi começando a me servir, olhei de soslaio para minha amiga e não deixar passar batido o seu sorriso sonhador — E então, como foi o seu dia dos namorados?

A garota sorriu, feliz por ter eu perguntado, disparando a falar sobre como Ernesto era bem romântico e adorável.

— Mas e você, com quem passou a tarde do dia dos namorados? — ela perguntou, e meu olhar caiu acidentalmente na mesa da Sonserina. Se pudesse me olhar no espelho teria a completa certeza de que estava tão vermelha quanto um tomate.

— Com ninguém! — exclamei com a voz estupidamente fina — Apenas com os meus livros de Herbologia.

— Podia jurar que você ia estudar Poções… — ela murmurou e eu me engasguei com um pedaço de frango.

— Falei? — me fiz de desentendida, sentindo minhas bochechas arderem de vergonha enquanto terminava a minha refeição silenciosamente. — Bem, estou muito cansada, acho que preciso de uma boa noite de sono. — e antes que Sabrina pudesse dar uma palavra, eu já tinha fugido covardemente do Salão Principal.

Aquela noite eu até que consegui dormir bem, ainda que o sonho do menino e da menina fazendo promessas se repetisse na minha mente. Quando acordei me sentia muito mais renovada do que no dia anterior, então tratei de me vestir rapidamente e ir para o Salão Principal na companhia de um enorme livro de Transfiguração.

Fiquei tanto tempo entretida em estudar a matéria que não percebi uma coruja derrubar uma carta em cima da mesa, era a carta resposta da minha mãe.

— Camilla! — a voz sonhadora de Luna me fez erguer a cabeça do livro.

— Olá Luna. — sorri para a menina.

— Pegue um Pasquim, acabou de ser lançado. — disse sorrindo feliz — Papai é o editor da revista.



HARRY POTTER FINALMENTE FALA: A VERDADE SOBRE AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO E A NOITE EM QUE EU VI SEU RETORNO.



— Uau. — murmurei olhando para a capa que contava com o rosto tímido de Harry junto das palavras escritas em vermelho. — Luna, isso foi brilhante. Não imaginava que alguém fosse ter coragem de publicar um artigo como esse, já que Harry e Dumbledore estão sendo pintados como loucos pelo Profeta Diário.

A loira apenas sorriu timidamente para mim

— Harry, — disse indo até a mesa da Grifinória — vocês foram muito corajosos fazendo isso, a Umbridge vai ficar louca.

Apesar de o nome do meu pai constar na lista dos Comensais da Morte, eu não pude deixar de me sentir orgulhosa dele, Harry estava sendo justo e falando a verdade. Era um ato de coragem e tanto.

— Obrigado, mas a ideia foi da Mione. — disse timidamente enquanto Hermione sorria orgulhosa. — Você não está...brava comigo? Eu…

— Está tudo bem Harry, — disse dando um suspiro triste — os erros do meu pai devem ser expostos, mesmo que isso me prejudique já que eu e ele compartilhamos o mesmo sangue.

Mal tinha chegado a hora do almoço quando Umbridge tinha feito um novo decreto, a revista O Pasquim iria ser confiscada de qualquer aluno ou professor que fosse pego com a mesma em mãos. Tive de ver a cara de contentamento de Filch ao recolher a minha revista.

Algumas pessoas me olhavam estranho enquanto eu caminhava pelos corredores de Hogwarts, provavelmente me julgando com base no que tinham lido no Pasquim. Sabia que eles tinham o direito de estarem desconfiados, mas eu não iria provar minha inocência para ninguém ali.

As aulas continuavam e certamente, as detenções também. Tive de me acostumar com a ardência na minha mão, ou com a raiva contida que eu sentia de Umbridge. Sabia que ficar armazenando ódio não era muito saudável, então eu acabava os descontando nos treinos de quadribol.

— Você não precisa se preocupar com os olhares, — Hermione disse enquanto segurava um livro enorme em mãos — não é porque seu pai é um Comensal que você seja mal que nem ele.

— Eu sei, Hermione, mas estou farta de ser olhada com desconfiança. — resmunguei tentando acompanhar seu passo pelos corredores.

— É só uma questão de tempo até a situação voltar ao normal, — Hermione sorriu incerta — veja o Malfoy, ele não se justifica para ninguém e continua fazendo o que bem quer. Mesmo que todo mundo tenha quase certeza de que o pai dele esteja do lado de Voldemort.

— Felizmente eu não sou o Malfoy, — disse franzindo o cenho — mas obrigada por tentar me animar.

Enquanto andávamos, acabamos nos deparando com uma multidão no pátio da escola. Hermione ergueu a sobrancelha e me puxou no meio da multidão, para ver o que se tratava. Eu não era nem muito alta, nem muito baixa, mas mesmo assim tive de ficar na ponta dos pés para poder ver direito o que acontecia.

No centro do pátio estava a Professora Trelawney ao lado da Professora Mcgonagall, acho que nunca tinha visto os enormes olhos da professora de Adivinhação tão chorosos e entristecidos como naquele dia. Com uma certa distância, Umbridge as olhava com seu típico sorrisinho de triunfo.

— Você não sabia que isso estava por vir? — Umbridge deu um sorrisinho debochado — Incapaz mesmo de prever o tempo de amanhã…

Percebi assustada que Umbridge estava demitindo a professora de Adivinhação, não que eu fosse muito fã de Sibila Trelawney e muito menos acreditava na matéria dela, mas achava que era crueldade demais fazer ela passar por aquilo na frente da escola inteira.

A Professora Mcgonagall dava suporte a Sibila, com as mãos em seu ombro, enquanto seu olhos estavam fixados em Umbridge. Estava feliz em perceber que não era somente os alunos que detestavam aquela mulher.

— Qual a sua autoridade para isso Professora Mcgonagall? — Umbridge questionou a atitude da mais velha.

— Essa autoridade é minha.

— Por Merlin, é o Professor Dumbledore. — exclamei baixinho ao lado de Hermione que me lançou um olhar rigoroso.

— Faça silêncio, senão, não iremos escutar nada!

Assenti tornando a prestar atenção na cena que ocorria a minha frente.

— Posso pedir que acompanhe Sibila até seus aposentos Professora Mcgonagall? — Dumbledore perguntou com um sorriso modesto em seu rosto, e a professora assentiu, entrando no castelo com Sibila sem deixar de olhar furiosa para Dolores.

Mordi os meus lábios ansiosa enquanto ouvia Umbridge discutir, e por mais incrível que pareça, Dumbledore tinha conhecimento de todos os milhares decretos que ela tinha feito pela escola. No momento a mulher de rosa discutia fervorosa dizendo que tinha o direito de empregar um novo professor de Adivinhação, e plenamente Dumbledore alegou que já tinha um candidato.

— Este é o Firenze — disse alegremente enquanto um centauro entrava no pátio — Creio que você o considerará adequado.














Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Obliviate" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.