O tempo pareceu passar incrivelmente rápido, eu tomei um longo banho enquanto pensava no que iria fazer. Eu me arrumei metodicamente, me concentrando em cada pequena tarefa. Deixei meu cabelo solto, se torcendo, cobrindo meu rosto. Vesti uma calça jeans, uma regata preta e minha jaqueta couro, calcei meu tênis e olhei para o espelho respirando fundo. Precisava arrumar um jeito de despistar Alice e Jasper, mas principalmente, eu precisava achar um jeito de salvar Bella. E só havia uma maneira de fazer isso, eu precisava atrasar James. Não precisava ser muito tempo, apenas o suficiente para que Emmett me achasse, o suficiente para que Edward chegasse e salvasse minha irmã, eu sabia que ele era o mais rápido, Esme havia me dito isso antes.

Quando terminei de me arrumar, Alice estava sentada na cama do quarto, minhas coisas não estavam mais ali. Alice estava sentada olhando para suas mãos, eu andei até ela tentando ficar calma e agir naturalmente.

—Você viu mais alguma coisa? -eu perguntei sendo direta.

—Apenas o mesmo de sempre. -ela disse ainda sem me olhar, depois de alguns segundos ela se levantou e olhou em meus olhos. -Jasper está pagando o hotel, vamos esperar os outros no aeroporto, de lá vocês vão pegar um avião. Emmett vai te dizer lá para onde vão. O novo passaporte de vocês duas está na sua bolsa.

—Novo passaporte? -eu perguntei confusa.

—Sim. Jasper fez um novo para vocês, mesmo nome, outro sobrenome. -ela disse com um pequeno sorriso. -Ajuda a manter vocês escondidas.

Eu assenti e ela continuou me observando por alguns segundos antes de pegar minha mão e me guiar para longe do nosso quarto de hotel. O caminho até o aeroporto foi silencioso, Bella permaneceu olhando a janela e eu a olhei durante todo o caminho, gravando cada parte de seu rosto em minha memória, para me dar forças para fazer o que fosse necessário. Mesmo se isso significasse morrer em seu lugar.

Eu nunca pensei em como morreria, talvez eu morreria de velhice, depois de viver toda minha vida e ter sido muito feliz, no entanto, morrer no lugar de alguém que amo parece uma forma perfeita de partir. Eu não podia dizer que não havia sido feliz, o pouco tempo que tinha tido com Emmett havia sido melhor do que eu podia sonhar. Um amor épico e intenso, pelo qual eu também morreria de bom grado para proteger. Eu o amava mais do que eu sequer julguei um dia ser possível. Eu passei todo o caminho com ele, em meus pensamentos nós estávamos em meu quarto novamente, eu estava deitada em seu peito, seus braços me apertando contra ele enquanto conversávamos sobre coisas banais. Eu o beijei e repeti que o amava milhares de vezes, tantas que ele riu apenas se limitou em me beijar novamente para que eu me calasse.

Descer do carro e entrar no estacionamento havia sido difícil, mas não impossível. Nós nos sentamos numa longa fileira de cadeiras perto dos detectores de metal, Jasper e Alice estavam fingindo observar as pessoas, mas na verdade estavam observando a mim. Cada centímetro que eu me mexia na cadeira era acompanhado por olhares nos cantos dos olhos deles. Eu não tinha esperanças.

Eu ignorei cada conversa de Bella e Alice, ignorei até mesmo os olhares preocupados dela em minha direção, fiz apenas parecer que estava ansiosa para que Emmett chegasse logo. A verdade é que eu realmente estava, uma grande parte de mim queria que ele chegasse mais cedo, me abraçasse e dissesse que não iria me deixar sair de perto dele novamente. A outra parte ainda estava pensando em minha mãe e em Bella.

—Eu acho que vou comer agora. -minha irmã disse rapidamente.

Alice e eu ficamos de pé.

—Vou com vocês. -ela se ofereceu

—Na verdade, você se importa se Jasper vier? -Bella perguntou. -Eu estou me sentindo um pouco...

Seus olhos já estavam selvagens o suficiente pra convencê-los do que ela não precisou dizer. Jasper ficou de pé. Os olhos de Alice estavam confusos, mas eu vi aliviada, que não havia suspeitos. Ela deve estar atribuindo à visão dela a alguma manobra do perseguidor, e não a uma traição.

Jasper caminhou silenciosamente ao meu lado. Eu fingi um pouco de interesse pelos poucos restaurantes do aeroporto, minha cabeça estava procurando aquilo que eu realmente queria. E lá estava ele, virando o corredor, fora da visão aguda de Alice: o banheiro feminino do terceiro nível.

—Jasper? Se importa de pedir um café para minha irmã e eu enquanto vamos ao banheiro? Só vamos demorar um momentinho e qualquer coisa uma de nós gritará. -eu perguntei o olhando.

Ele sorriu e deu de ombros.

—Claro, tudo bem. -ele concordou.

Minha irmã e eu entramos no corredor do banheiro e agradecemos silenciosamente por ali estar vazio. Eu a olhei e ela respirou fundo olhando o relógio.

—Camille? -ela chamou me olhando.

—Sim?

—Eu te amo. -ela disse me abraçando.

—Eu também te amo.

—Então me perdoe por isso. -ela disse me empurrando.

Bella correu pela outra saída e eu a olhei pasma por alguns segundos antes de correr também. Eu não olhei pra trás enquanto corria. Eu podia ver minha irmã correndo rápido, seus cabelos voando para trás. Havia muita gente no caminho e isso me atrapalhou a chegar perto dela. Ela entrou no elevador e eu bufei com raiva indo em direção às escadas. Corri o mais rápido possível, ignorando a dor que eu senti na minha cabeça por ter batido na parede.

Assim que a porta da escada se abriu eu já estava correndo de novo, eu ouvi o som de murmúrios aborrecidos atrás de mim. Me controlei enquanto passava pelos guardas nos carrosséis de bagagem, mas comecei a correr de novo quando as portas da saída começaram a aparecer. Eu não tinha como saber se Jasper já estava procurando por mim ou por Bella. Se ele estivesse sentindo o meu cheiro, eu só tinha alguns segundos. Pulei pra fora pelas portas automáticas, quase me chocando com os vidros porque elas se abriram devagar demais.

Olhei para os lados procurando por Bella, até a vi dentro de um ônibus. Olhei com raiva para ela e olhei ao meu redor voltando a correr pela rua. Corri ao menos cinco quarteirões antes de encontrar uma moto que estava parada na rua. Olhei para os lados me certificando que não havia ninguém ali e subi em cima dela. Eu peguei o pequeno canivete que estava escondido na minha calça e cortei os fios tentando me lembrar como fazer ligação direta. O lado bom de ter namorado um membro de uma gangue. Assim que consegui liga-la eu sorri vitoriosa.

Ainda sim, eu precisava que Emmett soubesse para onde eu estava indo. Cortei minha mão deixando uma pequena marca de sangue na parede de um bar e subi na moto novamente dirigindo em direção ao estúdio de ballet. Bella já deveria estar chegando lá e eu apenas torcia para que o ônibus estivesse se atrasado e que o avião de Emmett não demorasse a chegar. Parei a moto três quarteirões de casa. De lá eu corri desesperada por toda a rua, estava tudo extremamente silencioso e eu só ouvia os cachorros latindo ao me verem correndo.

Não havia tempo de olhar pra trás para a minha casa, e eu não queria vê-la como um símbolo de medo e não um santuário. Quando eu virei a esquina, eu podia ver o estúdio, exatamente como eu lembrava. O estacionamento estava vazio, as venezianas verticais estavam fechadas.

Eu não conseguia mais correr, não conseguia mais respirar, o esforço e o medo me esgotaram. Pensei na minha mãe e em minha irmã pra manter meus pés se movendo, um na frente do outro. Enquanto eu me aproximava eu consegui ver a subscrição dentro da porta. Estava escrito a mão num papel rosa escuro; dizia que o estúdio estava fechado para as férias de primavera. Eu toquei a maçaneta e virei ela cuidadosamente. Estava aberta. Eu lutei pra respirar e abri a porta.

O saguão estava escuro e vazio, frio, o ar-condicionado estava funcionando. As cadeiras de plástico estavam expostas ao longo das paredes, e o tapete tinha cheiro de shampoo. O palco de dança oeste estava vazio, e eu podia ver pela janela de visão aberta. O palco de dança leste, a maior sala, estava com as luzes acesas. Mas as cortinas estavam fechadas na janela. O terror me pegou tão forte que eu estava, literalmente, presa por ele. Eu não conseguia fazer meus pés se moverem.

E então eu ouvi a voz de Bella.

—Deixe a minha irmã em paz! -ela gritou com raiva.

Meus pés voltaram a se mexer e eu corri pelo saguão em direção à porta que dava para o salão de danças. Meu corte ardia, mas não sangrava mais, ouvi uma risada masculina ecoar pelo estúdio e eu abri a porta, encontrando Bella encostada em uma das pilastras, James sorriu em minha direção.

—Veja só Bella! Camille chegou! -ele disse feliz virando uma pequena câmera em minha direção.

As portas se fecharam atrás de mim e eu dei um pequeno pulo.

—Camille! Não! -Bella disse desesperada. -Corre! Ele não está com a mamãe!

—Calada. -disse James apertando seu pescoço.

O ódio passou pelo meu corpo e eu o olhei, tirando coragem de algum lugar que eu desconhecia.

—Solta a minha irmã seu sanguessuga desprezível. -eu disse andando em sua direção.

Ele riu e a soltou voltando a me olhar. De repente ele estava na minha frente, sua mão acariciou meu rosto e ele sorriu.

—Vocês duas são incríveis. -ele riu. -A maioria das presas sentem medo. Você sente raiva.

—Eu não tenho medo de você. -eu disse o olhando.

—Mas tem medo do que eu posso fazer com sua família. -ele sussurrou em meu ouvido. -Deveria ter mesmo. -ele disse. Ele se colocou atrás de mim e afastou meu cabelo do meu pescoço, passando seu nariz por toda a extensão do meu pescoço, desde a orelha até o ombro, para depois passar sua língua fazendo o caminho contrário. Me mantive imóvel, controlando o nojo que passou pelo meu corpo. Bella me olhou horrorizada. -Você tem um cheiro quase tão bom quanto o de sua irmã. O gosto parece ser maravilhoso, da para sentir mesmo na sua pele. Me diga, como Emmett consegue ficar perto de você sem te morder?

—Talvez porque ele não seja um louco como você.

Ele riu e deu a volta ficando na minha frente novamente, ele mordeu o canto da boca e então sorriu me observando.

—Ou talvez ele estivesse distraído com algo a mais. Da para entender. -ele sorriu novamente me observando. -Você tem a língua afiada. Gosto de você. Que tal filmarmos nosso tempo juntos? Vai ser divertido! Ai o Emmett e o Edward poderão assistir depois. Acha que eles ficarão com ciúmes? Ah, eu não ligo, eles não gostam de mim mesmo. O sentimento é reciproco.

Ele pegou minha mão me puxando até minha irmã e me colocou ao seu lado, Bella segurou meu braço tentando me puxar para trás dela, mas eu não permiti, nunca tirando os olhos de James. Ele focalizou a câmera em nós e sorriu novamente.

—Bella, me diga, você está com raiva por eu ter te enganado sobre sua mãe? Desculpe sobre isso, foi um jogo baixo, mas vocês duas não desgrudavam dos guardas costas! Eu precisava fazer algo a respeito.

—Não estou com raiva. -ela respondeu baixo.

—Estranho, você parece sincera. -ele disse confuso. -Acha que Edward vai ficar com raiva quando ver nosso filme? -Bella ficou em silencio e ele riu. -Vou levar isso como um sim.

—Edward não é muito bom em controlar a raiva, espero que ele arranque seus braços por tudo isso. -eu disse sorrindo.

—Emmett também parece não saber controlar a raiva, você espera que ele venha atrás de mim?

—Eu apenas acho uma pena que não verei você queimar em uma fogueira. -eu o olhei.

—Au. -ele disse com uma falsa ofensa na voz. -Nossa Camille, eu pensei que você estivesse se divertindo com o nosso tempo juntos. Nosso encontro não está divertido? Podemos animar mais as coisas então.

Ele me puxou pela mão novamente e olhou para o corte em minha mão.

—Não! -disse Bella tentando me segurar.

—Você está ferida. -ele observou. -Uma pena que não fui eu quem causou isso. Sabe, eu vou te contar um segredinho para ver se você se anima. Há muitos anos atrás, tinha esse vampiro que estava tão apaixonado pela vítima dele que fez a escolha que seu Emmett ou o Edward foi fraco demais pra fazer sobre vocês duas. Quando o velho que eu conhecia estava atrás da amiguinha dele, ele a roubou do asilo onde trabalhava, eu nunca vou entender essa obsessão que alguns vampiros têm por vocês humanos, mas o caso é que assim que ele a libertou ele a deixou em segurança. Ela nem pareceu notar a dor, a pobre criaturinha. Ela esteve presa naquele buraco negro da cela durante tanto tempo. E pensar que cem anos antes ela teria sido queimada numa estaca pelas visões dela. Na década de 1920 ela foi jogada num asilo com tratamentos de choque. Quando ela abriu os olhos, forte com a fresca juventude foi como se ela nunca tivesse visto o sol antes. O vampiro velho a transformou numa nova forte vampira, então não havia mais motivo pra eu tocar nela. — Ele suspirou. — Eu destruí o outro velho em vingança. Veja, esse vampiro que estava tão apaixonado pela vítima, fez a escolha que seu Edward foi fraco demais pra fazer. Quando o velho que eu conhecia estava atrás da amiguinha dele, ele a roubou do asilo onde trabalhava, eu nunca vou entender essa obsessão que alguns vampiros têm por vocês humanos, e assim que ele a libertou ele a deixou em segurança. Ela nem pareceu notar a dor, a pobre criaturinha. Ela esteve presa naquele buraco negro da cela durante tanto tempo. Cem anos antes ela teria sido queimada numa estaca pelas visões dela. Na década de 1920 ela foi jogada num asilo com tratamentos de choque. Quando ela abriu os olhos, forte com a fresca juventude foi como se ela nunca tivesse visto o sol antes. O vampiro velho a transformou numa nova forte vampira, então não havia mais motivo pra eu tocar nela. — Ele suspirou. — Eu destruí o outro velho em vingança. Vocês conseguem adivinhar quem foi? Quem conseguir adivinhar ganha um prêmio.

—Alice. -disse Bella horrorizada.

Eu olhei para minha irmã e então para ele novamente.

—Alice? -eu indaguei surpresa.

—Sim! -ele sorriu me soltando e andando em direção a minha irmã. -Muito bem Bella! Eu fiquei surpreso por vê-la naquela clareira. Então eu acho que o seu grupo vai tirar algum conforto disso tudo. Eu peguei vocês, mas eles a têm. E ela é a única vítima que me escapou uma honra, na verdade. E ela cheirava tão bem! Eu ainda lamento não ter podido prová-la. Ela cheirava ainda melhor que vocês duas juntas. Desculpe, eu não pretendia ofende-las. Vocês têm um cheiro bom. Floral e cítrico, de alguma forma... E Camille tem um cheiro doce...

Eu definitivamente estava passando mal agora. Havia dor se aproximando, eu podia ver nos olhos dele. Pra ele não seria suficiente ganhar, se alimentar e ir embora. Não haveria um fim rápido como eu esperava. Meus joelhos começaram a tremer, eu temia que fosse cair.

Ele deu um passo pra trás e começou a andar em círculos, casualmente, como se ele estivesse tentando ter uma visão melhor da estátua de um museu. Seu rosto ainda estava aberto e amigável enquanto ele decidia por onde começar. Eu puxei Bella para perto de mim, a colocando atrás de mim. Eu poderia correr em sua direção enquanto ela corria para fora dali, talvez se ela gritasse muito alto alguém nos escutasse e ele fugiria.

E então eu agi. Empurrei Bella para longe e tirei o canivete correndo em direção à James. Ele agiu rápido, ele pegou meu pulso jogando-me no chão e cravando a faca em minha perna. Eu gritei com a dor aguda e meus olhos se fecharam. Bella foi arremessada para o meu lado, ela caiu com um baque alto e eu o ouvi rir.

Estava atordoada demais com a dor para entender o que estava acontecendo de verdade, o sangue escorreu por minha perna. Eu ainda não conseguia respirar.

Ele andou lentamente na nossa direção.

—Esse é um efeito muito bom. -Ele disse, examinando o estado da minha perna, sua voz amigável de novo. -Eu achei que essa sala daria um toque visual dramático ao meu filmezinho. Foi por isso que eu escolhi esse lugar pra te encontrar. É perfeito, não é? A única parte injusta é que a Bella está menos ferida que você. Vamos resolver isso.

Ele colocou a mão na perna de minha irmã e então eu ouvi um estalo alto seguido de um grito agonizante de Bella. Eu gritei com raiva e senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Olhei para minha irmã, sua perna estava quebrada. Ela jamais correria assim.

—Quer repensar seu último pedido, Isabella? -ele perguntou

Ele a olhou voltando a se aproximar e eu tirei a faca de minha perna, fazendo mais sangue sair do meu ferimento. Os olhos de James saíram de Bella e se voltaram para mim ficando negros. Ele fixou o olhar em minha perna e eu pude ver o quanto aquilo o afetou. Ele me puxou para cima fazendo-me ficar em pé e sustentando todo o meu peso em seus braços.

—Solta ela! -gritou Bella jogando a câmera na direção dele.

O rosnado que saiu de sua garganta foi ensurdecedor. Ele me soltou e pegou minha irmã a jogando do outro lado do estúdio. Sua cabeça bateu no vidro quebrando um grande pedaço do espelho e então ele se voltou para mim novamente.

—Vamos começar com você. -ele disse com a voz rouca andando em minha direção novamente.

James me puxou para cima e me encostou no espelho virando meu rosto de modo que eu podia ver a porta da saída. Ele encostou sua boca no meu pescoço e sorriu antes de me morder. O grito que saiu de minha garganta foi muito mais alto do que eu pensei que era possível. Suas presas rasgaram minha pele e eu senti o sangue indo em direção a sua boca. Minha voz sumiu e eu senti meu corpo enfraquecer.

Neste momento aconteceram quatro coisas simultaneamente. Primeiro a minha visão ficou embasada, depois um rosnado muito alto surgiu no estúdio, terceiro, a porta foi arrebentada voando para longe e por ultimo eu senti James se arremessado para longe de mim, suas presas machucaram ainda mais meu pescoço e eu chorei fraca enquanto meu corpo escorregava até o chão. Eu não conseguia me mover, mas pude ver Edward parado protetoramente na minha frente, ele se virou para mim assustado, seu olhar demonstrava horror e preocupação. Ele estendeu sua mão colocando-a em meu rosto e arfou.

—Camille... Ai não... O que ele fez com você?

—Bella... -eu sussurrei com dificuldade. Senti gosto de sangue dentro de minha boca e ele se virou olhando para minha irmã, seu olhar ficou ainda mais furioso e assustado.

Minha visão ficou turva novamente. Eu engasguei com o sangue e então olhei para baixo, o vermelho molhou toda minha blusa, formando rapidamente uma poça no chão.  Eu não sentia mais nada.

Eu sorri fraca para Edward. Bella estava segura agora. Que seja rápido agora, era tudo o que eu podia esperar enquanto o fluxo de sangue que saia do meu corpo e levava minha consciência com ele. Meus olhos estavam se fechando. Um outro rosnado surgiu, um ainda mais furioso do que o primeiro. E então eu o ouvi antes que a escuridão tomasse conta de mim.

—Camille! -Emmett gritou com raiva. Eu procurei por sua voz, mas meus olhos não se abriram e eu desmaiei.