OMG! Meu Pai é um deus escrita por Sunny Spring


Capítulo 21
Capítulo XX - "Estou aqui"


Notas iniciais do capítulo

Ooi, gente!

Muito obrigada Jojs por favoritar ♥ ♥
Obrigada também Tia do Café por comentar ♥

Espero que gostem.

Não sei se alguém aqui vai fazer o ENEM, mas boa sorte. Não se esqueçam de beber bastante água e comer coisas leves. Bjs *.*



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Mary levou os chips de controle mental em uma bandeja, com um aplicador de metal. Estava séria. Essa era sua expressão rotineira nas últimas semanas. Sem felicidade alguma, ou qualquer vestígio da garota sorridente que tinha sido um dia. Ao entrar na sala, onde estavam Johann, Victor e Enrico, deu um longo suspiro. Não concordava com o que estavam fazendo, mas não podia fazer nada. Victor pegou o aplicador e o chip. Natasha nem se moveu. Observava os movimentos dos outros atentamente, como uma cobra pronta para dar o bote. Seus olhos estavam brilhando de fúria. Não abriu a boca para falar nem uma mísera palavra. 

— Vamos ver como esse chip funciona! - Victor esboçou um sorriso. Ele se aproximou do braço da ruiva, pronto para injetar o chip de controle mental.

— Espera! - O grito do professor Santiago fez com que ele parasse.

— O que foi? - Perguntou arqueando uma sobrancelha.

— Não é melhor deixar para depois? - Enrico quase gaguejou.

— O que foi? - Victor soltou uma gargalhada com vontade. - Está com pena dela, Enrico? - Perguntou o encarando. Santiago abriu a boca, mas não conseguiu responder. - Não se iluda, meu caro! Se Natasha pudesse, já teria torcido o seu pescoço como se você fosse uma galinha! - Concluiu. Enrico engoliu seco e tocou seu próprio pescoço, imaginando como seria ser esganado.

— É que - O professor hesitou por um momento. - Talvez não seja uma boa ideia...

— Ah, chega, Santiago! - Victor gritou, fazendo o professor dar um passo para trás. - Não me diga que mudou de ideia? - Ele se aproximou de Enrico de forma ameaçadora, e o professor encolheu os ombros. - É melhor que não! Nos faça um favor, deixe a personalidade do Venom tomar conta de você de uma vez por todas. Ele é muito mais útil para nós. - Acrescentou. Enrico se calou e apenas assistiu ao seu sócio injetar o chip em Natasha.

— Finalmente temos controle total dela! - Johann exclamou com um sorriso.

Evie

 

— Como assim a Nat sumiu sem deixar rastros? - Perguntou Sr. Stark assim que o Capitão anunciou sobre o desaparecimento de Natasha. Estávamos na Torre Stark, cansados, depois de derrotar o misterioso exército de robôs. Ninguém tinha entendido muito bem porque aqueles gigantes tinham nos atacado.

Só conseguia pensar em um culpado: professor Santiago. Se eu contasse minhas suspeitas, poderiam dizer que era perseguição com o meu pobre professor de física, cuja matéria era a que eu mais odiava na minha vida. Porém, as peças do quebra-cabeça começavam a se encaixar. Ele tinha uma pesquisa sobre a Lança do Destino e como usá-la, tinha uma pesquisa sobre genética humana e, finalmente, sobre o “Soro Extremis”, substância parecida com a que os Vingadores tinham encontrado em um dos locais do ataque. Mas, ele não estava sozinho nessa. Ele não conseguiria fazer tudo sozinho. Ele tinha ajuda. E, eu estava disposta a ir até o fim para descobrir tudo.

— Ela simplesmente sumiu! - Sam tomou a palavra. A notícia do desaparecimento dela foi um choque para mim, e, eu acho que para todos os outros também. Ela era uma amiga. Não conseguia imaginar o que queriam com a Nat, é só conseguia torcer para que ela estivesse bem, e que o professor Santiago não fizesse nada contra ela.  - Sem dar nenhum sinal!

—Mais alguém sumiu? - Perguntou meu tio com o cenho franzido.

— Não. Felizmente, também não houve mortes! - Tranquilizou Dr. Banner. Menos mal. Já bastava os outros desaparecidos.

— Sabem o que isso quer dizer? - Sr. Stark deu alguns socos leves na mesa. - Fomos enganados! Aqueles robôs eram apenas uma distração! - Concluiu. Uma distração bem ruim, eu diria. - O foco era a Natasha ou um de nós! Mas, por que?

— Isso explica o fato deles não estarem lutando direito. - Respondeu Thor perdido em pensamentos. Lutando bem ou não, para mim, aqueles robôs ainda eram assustadores. Mas, o que o Sr. Stark falou me chamou a atenção. Por que eles pegariam os Vingadores? Eles eram umas das pessoas mais poderosas de todo o universo. Só eles poderiam parar os outros. Então, algo me veio à mente.

— Para não os atrapalhar! - Falei mais para mim mesma, mas todos ouviram. Claro! Eu e minha velha mania de falar sozinha.

— O que disse? - Perguntou sr. Stark arqueando uma sobrancelha. Todos me encararam. Respirei fundo antes de falar.

— Se eles armaram para os Vingadores, isso significa que eles sabem muito bem os seus passos. - Comecei calmamente. - Sabem, que, provavelmente, só os Vingadores podem pará-los. Querem tirar vocês do caminho! - Concluí. Todos estavam em silêncio absoluto e Loki deu um meio sorriso para mim.

— Ela está certa, Tony! - Steve concordou comigo. - Querem acabar com a gente antes que os peguemos! Somos uma ameaça a quem quer que esteja fazendo isso! - O sr. Stark assentiu com a cabeça.

— Tem razão! - O sr. Stark estava perdido em pensamentos. - Precisamos tomar mais cuidado! Eles provavelmente estão vigiando nossos passos! - Completou.

***

Eu estava com minha mãe. Ela estava bem de novo, não estava mais doente. Estava feliz com nunca. Corri em sua direção para lhe dar um abraço. Eu estava com muita saudade. O campo era fresco e muito bem iluminado pelo sol.  A grama fazia cócegas em minhas pernas conforme eu corria.

— Mãe! - Eu gritei enquanto me aproximava. Mas, a distância entre nós parecia não acabar nunca. Continuei correndo em sua direção, até que sua imagem desapareceu, me deixando completamente sozinha. - Mãe? - Chamei. Mas, ela não voltou. No entanto, uma figura apareceu no lugar onde ela estava. Era Loki. Ele não tinha expressão alguma.

— Loki! - Gritei. Ele não respondeu. Loki simplesmente foi embora, como se não me escutasse. Como se não quisesse ficar.  - Loki! - Minha voz falhou, assim como minha visão.  

Acordei tão assustada que quase gritei. Tinha sido apenas um pesadelo. Apesar de ter sido só um sonho, a sensação de abandono tinha ficado para trás. Pessoas desaparecendo diante dos meus olhos sem eu poder fazer nada era algo muito angustiante, e, o desaparecimento da Natasha tinha realmente mexido comigo. Eram tantas coisas acontecendo nas últimas semanas, que eu não sabia o que pensar. Eu tinha um peso no peito que não conseguia tirar de jeito nenhum, e isso era sufocante. Talvez eu precisasse tomar uma água para começar. Me levantei, me forçando a ir até a cozinha. Era madrugada ainda, e o silêncio predominava. Não pude deixar de notar que havia uma luz vindo da sala, e resolvi parar na sala antes de seguir.  Loki estava sentado no sofá, com uma bacia de pipoca na mão, assistindo algum filme de terror que eu não identifiquei. Me joguei no sofá e ele se assustou.

— O que está fazendo acordada? - Perguntou me encarando. Não era uma bronca, mas, uma pergunta por pura curiosidade.

— Não consigo dormir. - Respondi por fim. Ele pausou o filme na TV e me fitou.

— Sei que está preocupada com a Natasha. - Ele deu um suspiro fraco. - Mas, ela vai ficar bem. - Tentou me animar. Apenas assenti com a cabeça. - Sei que gosta dela, mas, devo alertá-la para não enxergá-la como uma figura materna! - Continuou calmamente. Talvez fosse isso. Eu tinha, mesmo sem perceber, passado a enxergar na Natasha a figura de minha mãe, por isso ela me inspirava confiança. E, por mais que não tivesse nada de mais, isso não era certo. - Sua mãe morreu, e ninguém pode mudar isso. Ela não vai voltar, Evie. - Completou. Assenti com a cabeça. Sim. Minha mãe não poderia mais voltar. Nunca mais. Por mais que eu não tentasse pensar nisso, às vezes, a saudade falava mais alto.

— Sinto falta dela. - Desabei no choro completamente. Não esperava que eu fosse chorar. Eu tentei ser forte o suficiente para aguentar, mas não conseguia. O choro parecia estar preso em mim por várias semanas. - Eu só queria vê-la mais uma vez! - Solucei. Tentei secar algumas lágrimas, mas elas não paravam de cair.

— Eu sinto muito! - Respondeu por fim. Meu pai se levantou, e foi até a cozinha, voltando com um copo d’água na mão.  - Beba um pouco! - Pediu enquanto me estendia o copo. Não peguei o copo d’água, no entanto. Apenas levantei o abracei, como queria ter tido a chance de dar um último abraço em minha mãe. Ele ficou atônito e imóvel como uma estátua de gelo, até que retribuiu o abraço.

— Você também não vai embora, não é? - Perguntei ainda o abraçando. Ele deu algumas batidinhas leves em minhas costas.

— Eu estou aqui, Evie. - Respondeu por fim. - Não vou a lugar algum!

 

***

Alguns dias depois...

Fechei a porta do armário após guardar meu último livro. A próxima aula era de matemática, e eu já sabia que não iria prestar muito a atenção. Dias haviam se passado desde o Halloween e não haviam sinais da Natasha ou dos outros. Estava com ideias de começar a seguir o professor Santiago, mesmo sabendo que isso seria perigoso.

—Bu! - Escutei Ned logo atrás de mim, mas não me assustei. Ele estava acompanhado de Peter, obviamente, que segurava o nosso trabalho da feira de ciências, que estava finalmente pronto. Ele era menor do que o primeiro que o Peter tinha feito e eu tinha colocado fogo, mas parecia ser muito eficiente. Arqueei uma sobrancelha. Não era dia da feira, ou era?

—Tá bom, diz pra mim que a feira não é hoje! - Falei sem tirar os olhos do nosso trabalho. Ned deu uma risada.

— Não, Elza! - Peter revirou os olhos. Nem contestei mais o apelido pois sabia que não iria adiantar nada. - Só trouxe porque o professor pediu. Ele quer avaliar os trabalhos antes da feira! - Acrescentou. Suspirei aliviada. Achei que tivesse perdido mais alguma parte da aula.

— Ah, propósito! - Ned me encarou. - Você vai com a gente ao cinema amanhã, não é? Aquele filme parece incrível! - Assenti com a cabeça.

—Vou sim! - Dei um sorriso. Peter abriu a armário para guardar nosso trabalho, mas o deixou escorregar pelos dedos. Tudo pareceu acontecer em câmera lenta, e, em um segundo, o purificador estava flutuando no ar. Treinar com copos não tinha sido uma má ideia, afinal.

— Isso foi esquisito! - Comentou Ned enquanto Peter recolhia o trabalho do ar e guardava com cuidado no armário.

— Essa foi por pouco! - Suspirou.

—Queria ter poderes assim! - Ned deu um longo suspiro e eu ri. - Você já nasceu assim? - Perguntou por fim.

—Não. Esse poder foi o Loki que me concedeu! - Os dois se entreolharam.

—Por que você não chama ele de pai? - Perguntou Peter curioso. Falta de costume. Ou, talvez por medo de como ele reagiria. Nem eu mesma sabia.

—Sei lá… - Dei de ombros. - Não fui criada com ele, então, não me acostumei ainda com a ideia de chamá-lo de pai! - Suspirei. - Acho que vocês não o chamariam de pai também se estivessem no meu lugar. - Supus.

— Ah, eu chamaria! - Respondeu Ned perdido em pensamentos. - Imagina, eu seria príncipe herdeiro de um reino e todos teriam de obedecer às minhas ordens! - Suspirou. Eu e Peter o encaramos, incrédulos. - Foi mal, viajei! - Forçou um sorriso. - Já pensou que um dia você pode ser rainha, Evie? - Não. Eu ainda não tinha pensado nessa possibilidade, por incrível que pudesse parecer. Não tinha tido tempo para pensar nisso. - Você terá de morar em outro planeta? - Perguntou. Peter deixou um livro cair no chão, fazendo um barulho horrível, e o recolheu rapidamente.

—Não sei. Nunca pensei. - Respondi por fim. - Mas, no momento só consigo pensar na aula entediante de matemática que eu vou ter que encarar! - Dei um sorriso. - Vejo vocês depois! - Me despedi e fui para mais uma aula nem um pouco interessante.


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