OMG! Meu Pai é um deus escrita por Sunny Spring


Capítulo 2
Capítulo I - Conhecendo o "papai"


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal. Bom vamos começar. Primeiramente, eu gostaria de agradecer Alessia Serafim, Peh M. Barton, GreatMix e Lisa Burke por favoritarem ♥ ♥ ♥

Obrigada também pelos comentários.

Eu fiz um trailer pra fic, quem quiser dar uma olhadinha depois...
https://www.youtube.com/watch?v=C-YxTd0M0S4

ESpero que gostem do capítulo de hoje. Gente, eu aceito críticas construtivas. Eu demorei muitos meses sem escrever nada, então as vezes eu acho que tô escrevendo tudo da forma errada...
Espero que gostem. Bjs *.*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764356/chapter/2

Evie

O corredor estava deserto. Puxei a manga do uniforme preto, que era, visivelmente, muito maior do que o meu tamanho. Eu só precisava passar por mais algumas salas e chegar aonde eu precisava.

— Hey! – Escutei uma voz masculina atrás de mim. Apertei o passo fingindo não ouvir. – Parada! – Escutei a voz do agente. Comecei a correr e senti seus passos atrás de mim. Eu estava encrencada.

— Você! – Mais dois agentes apareceram na minha frente, com armas apontadas na minha direção. Não tive muito tempo para pensar e me arrisquei a correr pela direita. Um dos agentes acionou um controle e uma sirene ensurdecedora começou a tocar. – Alerta de invasão! – Gritou.

Continuei correndo na direção de uma sala.

— Peguei você! – Senti braços me jogando contra o chão e não pude conter um grito. – Achou realmente que poderia invadir uma das bases da S.H.I.E.L.D, mocinha? – Perguntou um dos agentes, ainda me imobilizando no chão. Outros dois agentes se aproximaram e me levantaram com brutalidade. Os dois me imobilizaram. Um de cada lado.

— Vai ter que se explicar para o governo. – Disse outro agente que me segurava pelo lado direito.

— Não, por favor! – Gritei. Me debati contra os dois agentes, tentando arranjar forças contra os dois. – Me soltem! – Continuei. – Eu preciso falar...

— O que está acontecendo aqui? – Escutei uma voz masculina.

Algumas horas antes...

Acordei com o barulho do despertador. Me espreguicei e levantei, pegando o pote da ração do Fish. Já haviam se passado dois dias desde a minha descoberta sobre a carta da minha mãe e eu não tinha encontrado muitas informações sobre o Loki. Ou melhor, meu pai.

— Coma devagar. – Falei para Fish, que mal esperou eu colocar o pote no chão para atacar sua ração preferida, com essência de peixe. – Preciso encontrá-lo. Antes que o conselho tutelar venha me buscar. – Falei pra mim mesma.

Tomei um banho e comi um pouco de cereal antes de sair para aula. A escola não ficava muito longe da minha casa, dava para ir caminhando. Me arrastei em passos lentos até Midtown High School. A escola nunca foi meu lugar preferido e eu não era um exemplo de aluna. Pra falar a verdade, eu era o tipo de estudante que os professores não odiavam, mas também não amavam. Minhas notas não eram muito boas, também não eram ruins. Também não era popular e nem me encaixava no grupo dos gênios, como Jennifer Johnson ou Peter Parker.

Cheguei na escola e fui direto para a aula de física – uma de minhas menos preferidas, por sinal. Quem poderia gostar de física, afinal? Sentei em minha cadeira, no fundo da sala, como de costume.

— Bom dia, classe. – Cumprimentou o Sr. Santiago ao entrar na sala. – Peguem seus livros e abram na página 148. – Completou. Peguei meu livro e abri. Eu meio que já estava no “modo automático”. – Hoje nós vamos estudar estática... – Continuou. Olhei para a janela, focando o nada.

— Se o Loki vive em Asgard, como vou fazer para encontra-lo? – Cochichei para mim mesma, enquanto focava o nada. – Será que já existe viagem interplanetária...Talvez eu devesse...

— Senhorita Stwart! – O grito do Sr. Santiago quase me fez dar um pulo da cadeira. Todos na sala de aula estavam me encarando. – Desculpe. – Pigarreou o professor, um pouco sem jeito pelo grito. – Você ouviu minha pergunta? - Perguntou calmamente.

— Hã... – Todos me encaravam, alguns dando risinhos. – Não. – Completei por fim.

— Bom, eu perguntei sobre o seu projeto para a feira de ciências. Eu pedi a turma para me entregar a primeira pesquisa hoje. Você trouxe? – Perguntou calmamente. “A pesquisa! Mas que droga de pesquisa ele tá falando” , pensei. Tentei voltar alguns dias antes na aula dele para tentar lembrar quando ele tinha falado dessa tal pesquisa. Seria na aula em que eu fiquei contando quantos aviões que passavam no céu ou na aula em que eu dormi de olho aberto? – E então? – Insistiu.

— Me desculpe. Minha casa foi assaltada ontem e levaram meu computador, onde estava meu projeto. – Menti. A mentira sempre foi um ponto forte da minha personalidade. As pessoas sempre acreditavam em minhas mentiras. Não que eu gostasse disso. Mas, as vezes, isso era involuntário. Mas, tudo fazia sentido, afinal. – Mas eu já registrei queixa. – Continuei.

— Bom, sinto muito. – Respondeu Sr. Santiago, penalizado. – Espero que tudo se resolva e que você possa me mostrar o seu projeto na semana que vem. – Completou. Apenas assenti e forcei um sorriso fraco. – Voltando a aula... – Ele voltou sua atenção para o resto da turma.

As aulas da manhã passaram depressa, apesar do meu tédio. Eu não conseguia parar de pensar no meu problema. Já estava guardando meu material no armário quando escutei a conversa de dois garotos.

— Veja! – Disse o moreno mostrando seu celular para o amigo baixinho. – O homem de ferro está na TV, ao vivo! – Disse animado. Estiquei meu pescoço para ver do que se tratava.

“Sr. Stark, ficamos muito felizes que o senhor e o resto dos Vingadores estão de volta. Depois uma difícil missão”— Disse a repórter bem eufórica. Havia uma multidão de fãs atrás dos dois.

“Ah, muito obrigado. Minha equipe e eu estamos muito felizes de estarmos todos de volta também. “ — Respondeu rindo, arrancando um suspiro da repórter.

“Bom, mas, nos tire uma dúvida que está nos matando de medo e curiosidade...”— Continuou a repórter, calmamente. – “Os Vingadores não voltaram sozinhos. Todos estão comentando o fato de vocês terem trazido com vocês alguém que já tentou destruir o planeta Terra antes. Isso é verdade? Vocês realmente trouxeram o Loki com vocês? Se sim, por que? Ele não é um herói”— Perguntou. Quase dei um pulo quando ouvi a notícia. Finalmente o universo estava conspirando ao meu favor.

“Bem, isso é verdade. Mas, não há o que temer. Os Vingadores estão de olho nele, e ele não deve ficar aqui por muito tempo. Na verdade, só para uma reunião que faremos aqui na base da S.H.I.E.L.D de Nova York. Porém, eu não posso falar muito, a missão é secreta, como vocês devem saber. Agora, o Homem de Ferro, que no caso, sou eu, precisa ir...” — Mal terminei de ouvir o que ele respondeu eu saí correndo.

— Eu preciso entrar na S.H.I.E.L.D. – Falei comigo mesma. – Mas, como? Eu mal sei onde esse lugar fica. – a base de Nova York era uma das poucas bases em que o público tinha “acesso”. Mas, não era qualquer um que podia entrar. – Eu preciso de um plano. – Estava andando de um lado para o outro roendo as minhas unhas tão forte que já estava a ponto de arrancar os meus dedos. – Foco, Evie.

Peguei minha mochila e deixei o prédio da escola, em direção a base da S.H.I.E.L.D e peguei um táxi.

— Você só pode tá brincando, né, Evie? Você não vai conseguir entrar lá. – Falei comigo mesma e o motorista me olhou confuso.

— Fone de ouvido. – Menti e ele sacudiu a cabeça. Eu precisava parar com a mania de falar sozinha antes que me internassem em um manicômio.

— Pra onde? – Perguntou por fim.

— Para a base da S.H.I.E.L.D, por favor. – Respondi por fim e ele arqueou uma sobrancelha, me olhando pelo retrovisor.

— E o que a mocinha vai fazer lá? – Perguntou desconfiado.

— Vou encontrar meu pai, o Loki. – Respondi e ele soltou uma gargalhada gutural.

— Ah, claro. – Respondeu por fim, sacudindo a cabeça em negação. – Crianças. – Disse pra si mesmo. Revirei os olhos. Adultos. O motorista deu partida sem fazer mais perguntas desnecessárias e seguiu em direção a base da S.H.I.E.L.D. O trânsito estava ruim, como de costume, mas consegui chegar no local. – Manda um abraço pro seu pai. – Disse o taxista quando saí do carro e logo depois foi embora.

— Ah, pode crer. – Murmurei sozinha. O prédio era enorme. Parecia coisa de filme de ficção científica. Respirei fundo e entrei no prédio. Tudo era grandioso e tecnológico por dentro. Fiquei boquiaberta.

— O que a senhorita deseja? – Perguntou uma jovem morena, sentada à uma mesma enorme. – Hoje não é dia de visita. – Completou. Me aproximei da mesa vagarosamente e ela não tirava os olhos de mim. “Como eu queria que você simplesmente não perguntasse mais nada e apenas me ajudasse” era o que minha mente gritava e o que eu tinha vontade de responder. – Seus olhos... – Ela deu um sorriso bobo e ficou séria. Sem expressão.

— A senhora tá bem? – Perguntei por fim. Mas, ela não respondeu. Parecia estar em transe completo. – Me responda, por favor. – Falei calmamente.

— Sim, senhorita. – Respondeu de forma robótica. Olhei para os lados, e tudo parecia estar normal. Mas que diabos está acontecendo? Seus olhos estavam vazios e sem expressão.

— Você está me ouvindo? – Perguntei preocupada, passando a mão na frente dos seus olhos, mas ela continuou em transe.

— Sim, senhorita. – Respondeu da mesma forma robótica. Aquilo estava assustador.

— Eu acho que vou ligar para um médico. – Falei por fim e peguei meu celular. Quando olhei para o vidro, me assustei com o que vi. – Meus olhos...- Eles estavam em um tom de azul mais brilhante que o normal. – Eu não acredito que... – Respirei fundo. – Tudo bem. – Me virei para a recepcionista, que encarava o nada. – Eu quero que você me leve até a sala de uniformes. – A encarei no fundo dos olhos.

— Sim, senhorita. – Ela apenas se levantou de forma robótica e me fez segui-la. – Por aqui. – Ela usou sua mão para desbloquear o elevador e me fez entrar, se dizer nenhuma palavra.

— Cara! Que demais! Como eu fiz isso? – Perguntei a mim mesma, mas não encontrei nenhuma resposta em minha mente. O elevador parou no segundo andar ela me levou até uma sala de uniformes. Peguei o primeiro que vi. Não queria abusar da minha sorte. – Agora. Me diga onde é a reunião dos Vingadores. – Comandei

— 5º. Andar. Corredor 7. Sala 1 – Respondeu por fim.

— Obrigada. Agora, volte ao seu posto e esqueça tudo o que aconteceu. – Falei e ela desapareceu da minha vista.

Vesti o uniforme e fui em direção a outro elevador. Estava perto quando um agente me encarou.

— Você trabalha aqui? – Perguntou desconfiado. Meu tamanho não ajudava muito. Eu muito mais baixa do que a maioria das meninas de minha idade.

— Claro. – Blefei e ele deu de ombros, voltando a fazer a sua ronda. Suspirei aliviada. Apertei os passos para alcançar o elevador.

***

— Eu perguntei o que está acontecendo aqui? – Perguntou novamente. A voz familiar vinha do famoso “Capitão América”. Ao seu lado estava Natasha. Um dos agentes segurou meu braço mais firme.

— Capitão, esta é a invasora. – Respondeu um dos agentes. – Consegui passar por todos sem que a vissem. – Completou.

— Soltem a menina. – Disse Natasha e os agentes se entreolharam.

— Por favor, eu preciso falar com uma pessoa. – Pedi para ela e ela arqueou uma sobrancelha. Um dos agentes me soltou e eu mexi o braço dolorido. – É importante. – Continuei.

— Com quem você quer falar? – Perguntou o Capitão calmamente.

— Preciso falar com o Loki. – Respondi por fim e eles se entreolharam.

***

— Tem certeza que é seguro deixar ela falar com ele? – Ouvi Natasha cochichar para o Capitão. Estávamos a caminho da sala onde todos os outros estavam.

— Acha que ela está mentindo? – perguntou o Capitão e Natasha sacudiu a cabeça em negação.

— Não sei. – Respondeu por fim. Um dos agentes usou a íris de seus olhos e a porta destrancou. Senti meu estômago revirar de ansiedade. Entramos na sala e todos nos encararam, menos Thor, que brincava de jogar um bolinha para cima.

— O que aconteceu, afinal? – Perguntou Sr. Tony Stark me olhando confuso. – Qual era o motivo do alarme? – Ele encarou Natasha e ela apenas me olhou.

— O que a menina quer? – Perguntou me olhando desconfiado.

— Ela tem algo importante a dizer. – Respondeu Natasha colocando a mão em meu ombro. – Ela precisa falar com o Loki. – Completou chamando a atenção do próprio Loki e do Doutor Banner. Menos do Thor, que continuava distraído.

— O que uma criança terráquea teria pra falar comigo? – Perguntou Loki, se aproximando. Congelei. Ele era mais assustador do que eu imaginava.

— Éee... – Gaguejei e ele me encarou. Natasha deu dois tapinhas em minhas costas como incentivo. – Eu sou sua filha. – Falei tudo de uma vez só. A bolinha que o Thor jogava pra cima voou e acertou a cabeça do Doutor Banner.

— Ai! – Gritou Dr. Banner com a mão na cabeça. Um silêncio mortal se espalhou pela sala.

— Está enganada. Eu não tenho filhos. – Respondeu Loki, sorrindo. – Mentirosinha. – Murmurou.

— E quem é que ia inventar que é filha de um assassino gótico doido? – Disse Dr. Banner e Loki o encarou com uma carranca. – Nada contra. –Disse rápido.

— É verdade. Eu não estou mentindo. – Falei por fim. Todos estavam prestando a atenção em mim. – Você conheceu a minha mãe há 16 anos atrás. O nome dela era Melina Stwart. – Completei e Loki engoliu seco.

— Se envolveu com uma humana? – Perguntou Thor ao irmão, pela primeira vez.

— Eeh... – Resmungou Loki com olhos arregalados.

— Achei que odiasse os humanos. – Respondeu Thor o encarando.

— E odeio... – Loki se defendeu como se o irmão o tivesse ofendido. – Bem, a maioria deles. – Completou e se sentou em uma cadeira, colocando as mãos na cabeça. O silencia tomou conta do lugar novamente.

— Oi, eu sou o tio Thor. – Disse me olhando e abriu um sorriso.

— Por que tá me tratando como se seu fosse uma criancinha? – Perguntei por fim.

— Insuportável igual o pai. – Disse meu “tio” entre dentes. – Por Odin, Loki, ela é mesmo sua filha. – Completou e sorriu. Loki permaneceu calado e tenso.

— Cheiro de tensão no ar. – Cantarolou Sr. Banner e todos os encararam. – Vou pedir uma pipoca, porque isso vai demorar... – Disse por fim.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?? Próximo capítulo vai ter mais ação...