OMG! Meu Pai é um deus escrita por Sunny Spring


Capítulo 13
Capítulo XII - "O Spidey não!"


Notas iniciais do capítulo

Ooi, pessoal!

Muito obrigada Peh. M Barton, Alessia Serafim, pcristina, Thay Paixão, Lady of Scotland e Tia do Café por comentarem ♥ ♥ ♥
Dedico o capítulo de hoje à vocês.

Ah, agora teremos pelo menos um dia fixo para capítulos novos: Sexta-feira. Então, toda sexta tem cap novo.

Ah, fiz um novo teaser da Evie, quem quiser dar uma olhadinha depois: https://www.youtube.com/watch?v=jZSaWzGqTog

Espero que gostem. Boa leitura. Bjs *.*



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Evie

 

A srta. Harrison caminhava em passos largos pelos corredores da S.H.I.E.L.D, sendo acompanhada por mim e pelo agente Cotton. Ela estava mal-humorada, como da vez que esteve em minha casa. Estava lá mais uma vez para treinar. Não pude conter uma careta e o agente Cotton conteve risadinha.

— Eu sei que é você, Loki! - Cochichei para o suposto agente Cotton, que pareceu surpreso com a minha acusação.

— Não sei do que está falando. - Ele respondeu no mesmo tom. Era óbvio que ele estava mentindo. Eu tinha certeza que aquele não era o agente Cotton que tinha estado em minha casa. E, apesar de ser idêntico, tinha algo nele que me fez perceber que era o Loki. Eu não sabia o que exatamente.

— Não adianta mentir, eu sei que é você! - Cochichei um pouco mais baixo, temendo que a agente Harrison escutasse.

— Está bem. - Sorriu, me encarando. Ele parecia realmente surpreso por eu ter descoberto a verdade tão rápido. - Mas, como descobriu…

— O que tanto vocês dois cochicham aí atrás? - Interrompeu a srta. Harrison, arqueando uma sobrancelha. Ela parecia ter a audição de um cachorro e o humor de um urso.

— Estava explicando a Srta. Laufeyson algumas curiosidades sobre a S.H.I.E.L.D. - Respondeu meu pai com a voz firme. Harrison apenas deu de ombros e voltou a caminhar, nos ignorando completamente.

— Podia ter se passado por ela, porque ela é insuportável. - Cochichei, arrancando uma gargalhada dele. Harrison se virou bruscamente, com uma carranca. Loki e eu paramos de rir rapidamente, como se nada estivesse acontecendo.

— Silêncio. - Pediu seca. O restante do caminho até a sala de treinamentos foi silencioso.

A sala de treinamentos da S.H.I.E.L.D permanecia a mesma coisa desde a última vez que eu havia estado lá. No entanto, eu estava sendo muito mais vigiada do que da última vez, já que eu era considerada um possível perigo para a sociedade.

— Já sabe o que tem que fazer? - Perguntou a mal-humorada agente Harrison. Apenas assenti com a cabeça. Eu iria ficar trancada na sala de vidro enquanto alguns agentes me observavam. Ou melhor, observavam as minhas habilidades. Harrison me trancou na sala, mas não desligou a passagem de som para o lado de fora. Haviam vários outros agentes com ela. Dessa vez, Loki não poderia me ajudar, já que todos estavam assistindo. - Vamos começar! - Ouvi a voz da agente Harrison pela saída de som antes dela ligar alguma coisa.

Ouvi uma sirene ensurdecedora por toda a sala e achei que algo fosse explodir. Mas, o barulho logo cessou.

— Não pode fazer isso! - Ouvi Loki dizer, ainda na aparência do agente Cotton. O que quer que fosse que a agente Harrison estava fazendo, não era coisa boa. Senti os pelos dos meus braços se arrepiarem.

— Vamos ver até onde vai a capacidade dela… - Respondeu a agente Harrison. Aquele não era um bom sinal. Algumas janelas se abriram lentamente no teto, revelando pequenos canhões.

“Vá para a direita” , ouvi a voz de Loki gritando em minha cabeça. Mal tive tempo de me jogar para o lado, e uma bola de fogo, saída de um daqueles pequenos canhões, atingiu o chão onde eu estava. Mal tive tempo de pensar antes da voz de Loki aparecer em minha cabeça de novo. “Levante-se. Rápido” , continuou. Me desviei rapidamente de mais uma bola de fogo que vinha em minha direção. “Use seus poderes, Evie!” . Meus poderes. Não sabia o que fazer ali. Eu estava ficando tonta. “Campo de força. CAMPO DE FORÇA”, gritou. Se é que fosse possível gritar dentro da mente de alguém.

“Dá pra parar de gritar na minha cabeça? Está me deixando nervosa!” , pensei, logo depois de desviar de mais três bolas de fogo. Eu sabia que Loki estava escutando todos os meus pensamentos a essa altura.

“Campo de força, Evie. Campo de força.” , continuou, mas desta vez, um pouco mais calmo. Eu precisava me concentrar. Campo de força. Me concentrei na magia em meu corpo. Eu tinha que expandir aquilo. Deixei toda a energia percorrer pelo meu corpo, até sair. “Segure!” , pediu. Me concentrei em segurar e energia em forma círculo ao meu redor. Não pude deixar de reparar que a tal energia já não era mais transparente. Tinha um tom lilás bem claro. Mais algumas bolas de fogo vieram na minha direção. Mas, o círculo lilás ao meu redor absorveu todas. Então, as bolas pararam e as janelas no teto se fecharam.

O pesadelo parecia ter acabado. Eu estava errada, no entanto. Outras novas janelas se abriram, mas, desta vez, nas paredes da sala. Uma chuva de adagas vieram em minha direção numa alta velocidade.

“Ah, já chega!” , Loki resmungou em minha cabeça. Minhas mãos passaram a fazer um movimento estranho. Como uma dança. Eu estava consciente o tempo inteiro, mas não estava fazendo aquilo. Eu não tinha controle nenhum do meu corpo. Demorei alguns segundos até entender o que estava acontecendo - Loki. Ele estava controlando todos os meus movimentos. A magia, em um tom roxo escuro, saiu de minhas mãos como uma bomba, atingindo todas as adagas e os vidros da sala. Escutei o vidro se estilhaçar em milhares de caquinhos e me abaixei, protegendo minha cabeça, para que eles não me machucassem.

Finalmente, Loki saiu de minha mente e parou de controlar meus movimentos. Senti como uma marionete que teve os fios cortados e acabei caindo. Estava me sentindo exausta e mal conseguia me levantar.

— Oh, meu Deus! - Exclamou a agente Harrison ao perceber o estrago na sala. Fechei os olhos. Já podia imaginar mais problemas chegando.

***

— Você entrou na minha mente! - Eu disse, pasma, enquanto Loki apenas me escutava, de braços cruzados e sentado no sofá da sala, como se nada estivesse acontecendo. - Você não pode fazer isso! - Completei calmamente.

— Posso sim, criança tola. Eu sou muito bom em entrar na mente das pessoas. - Respondeu orgulhoso de si mesmo e Fish deu um miado, como se estivesse concordando com ele.

— Não, o que eu quero dizer é que você não pode... - Tentei explicar, mas ele não parecia estar entendendo minha tentativa de explicação. - Tipo, não de poder, mas de poder, entende? - Ele me encarava, incrédulo, como se eu fosse um ET. Eu já estava começando a desconfiar que eu era um.

— Não! - Respondeu por fim. Dei um longo suspiro. Explicar aquilo ia ser mais difícil do que eu imaginava.

— O que eu quero dizer é que… - Tentei novamente.

— Tá, tá, entendi… - Ele me interrompeu rápido. - Antes que você comece a falar coisas sem sentido de novo. - Completou. - A propósito, sua mente é mais confusa do que eu imaginava. - Disse mais para si mesmo do que para mim. Fechei a cara numa carranca. Invadiu minha mente e ainda estava falando mal dela?

— Estou me sentindo exausta… - Me joguei na poltrona de qualquer jeito. Meu corpo não estava cansado, mas minha mente estava completamente arrasada. Como se alguém a tivesse esmagado. - Parece que meu cérebro foi atropelado por um caminhão! - Comentei. - Ah, falando nisso, como fez aquilo? - Perguntei curiosa. - Explodiu todos os vidros da sala…

— Não fiz aquilo. Você fez. - Respondeu como se fosse óbvio.

— O que? - Eu quase dei um pulo da poltrona. - Não venha jogar a culpa para cima de mim, espertinho! Eu não fiz nada…

— O que eu quero dizer… - Interrompeu. - É que eu apenas controlei os seus poderes… Mas eles são seus, não meus! - Completou calmamente. Minha mente estava tão cansada que eu não conseguia entender mais nada. - Só controlei o que estava em você!

— E por que aquilo estava roxo? - Perguntei me referindo à magia que tinha saído de mim.

— Porque está evoluindo. - Respondeu calmamente. Estava perdido em pensamentos. - Quando estiver completamente evoluída, ninguém será capaz de parar você, Evie! - Sorriu. - Agora, você precisa dormir! - Disse por fim. Essas palavras foram as últimas que ouvi antes de cair no sono completamente.

***

Eu nunca tinha dormido tanto em toda a minha vida. Mesmo dormir sendo meu hobby favorito. Desde que cheguei da S.H.I.E.L.D no dia anterior, eu tinha apagado completamente e só havia acordado no dia seguinte. Atrasada para aula, como de costume. Como de costume também, Loki não estava em casa e eu não fazia ideia de onde ele estava. Não demorei a chegar na escola e encontrei Ned e Peter no pátio, conversando. A aula ainda não tinha começado.

— Oi. - Me aproximei, chamando a atenção dos dois. Eles pareciam estar discutindo algo importante, mas pararam logo que me viram.

— Oi. - Responderam praticamente em coro.

— E aí, Eviezinha, está animada para o passeio de amanhã? - Perguntou Ned fazendo uma dancinha esquisita. Passeio? Ele realmente tinha falado passeio? Sua expressão se fechou ao notar minha hesitação em responder. - Não sabia do passeio, não é? - Perguntou por fim. Apenas neguei com a cabeça. Eu nunca sabia de nada do que acontecia na escola. Em que mundo eu estava vivendo? No planeta Terra com certeza é que não era.

— Evie, você não presta a atenção em nada do que os professores dizem, né? - Perguntou Peter rindo. Não. Eu prestava a atenção. Apenas, não dava muita importância ou, quando dava, esquecia. - É o passeio para o Museu de História Natural...Aquele do filme “Uma Noite no Museu”... - Completou animado.

— Ah, tá! - Respondi por fim. - Eu presto a atenção, só não lembro… - Dei um sorriso fraco.

— Evie, me lembre de te dar uma agenda no seu aniversário. - Disse Ned rindo. Se eu não esquecesse o dia do meu aniversário também.

— Ou uma memória nova. - Resmungou Peter. O encarei, incrédula e ele riu.  

— Haha, muito engraçadinho, cabeça de teia. - Respondi irônica. Ele fechou a cara quando ouviu o apelido. Ned colocou a mão na boca, contendo uma risadinha abafada.

— Não me chame de cabeça de teia… - Ele hesitou por um momento antes de completar. - Elza! — Retrucou. Elza? Ned soltou um “wow”, colocando mais lenha na fogueira.

— Não me chame de Elza, cabeça de teia! - Respondi indignada. Cruzei os braços, o encarando.

— Não me chame de cabeça de teia, Elza! - Retrucou Peter no mesmo tom.

— Ah, me convidem para o casamento. Eu amo docinhos. - Ned interrompeu nossa discussão.

— Casamento? - Peter e eu perguntamos ao mesmo tempo.

— Já até vejo o casamento de vocês… A princesa de gelo e o Homem Aranha. - Ned parecia estar sonhando acordado. Do que ele tinha me chamado?

— Pera, princesa de gelo? - Perguntei confusa. Ned deu um sorriso sem graça.

— Não fui eu que inventei isso, eu juro! - Se defendeu rapidamente, como se tivesse medo da minha reação. - Mas, é como as pessoas têm te chamado pela escola!- Completou. Princesa de gelo? As pessoas eram realmente criativas quando queriam.

— Nem é tão ruim assim… - Disse Peter como forma de consolo. - Já me chamaram de coisas piores e olha que eles nem sabem que eu sou o homem aranha! - Completou pensativo.

— A princesa de gelo e o homem aranha! - Sussurrou Ned, ainda sonhando acordado.

— O que? - Peter e eu falamos praticamente em coro de novo.

— Não! - Respondi por fim. Definitivamente não.  Peter era uma boa pessoa mas isso não tinha nada a ver.

— Claro! Não vou casar com essa desmiolada…- Peter deu de ombros. Desmiolada? Ele pareceu se arrepender do que tinha dito logo que viu minha expressão de pura fúria. - N-nã-não que-e você não seja legal! - Gaguejou. - Vo-ocê é até be-em bo-o-ni-ta… - Continuou. Estava ficando mais nervoso a cada vez que tentava se explicar. - Não que beleza se-e-ja algo de mais importante numa pe-sso-o-a… - Completou.

— Ah, cala boca, Peter! - Pedi. Ned soltou uma risada por causa do amigo.

— É-é melhor eu calar mesmo. - Falou para si mesmo.

—_________________________________________________________

Laboratório Voom Don, Nova York

 

O professor Enrico Santiago entrou no prédio com facilidade. Tentava ter controle de seu próprio corpo, mas não conseguia. Estava completamente dominado pela simbiose alienígena - venom. Não tinha um dia de paz desde que o parasita tinha invadido o seu corpo.

Quando o professor entrou no laboratório, encontrou seus sócios Victor e Jöhann, sentados, à sua espera.

— Professor! Finalmente, espero que tenha boas notícias. - Jöhann disse, nem um pouco animado. Enrico apenas ajeitou o óculos em seu rosto, um pouco atrapalhado.

— Sim. - Arfou. De sua pasta, ele retirou alguns papéis e os colocou em cima da mesa, um pouco afobado. - Consegui a fórmula perfeita para a mutação genética que precisamos. - Completou. Victor levantou rapidamente ao ouvir a notícia.

— Mas que notícia ótima. - Respondeu Victor com um sorriso. Finalmente seus planos estavam mais perto de se tornarem realidade.

— E-e tem mais uma coisa. - Enrico gaguejou um pouco. Mesmo estando dominado pelo parasita, sua personalidade introvertida às vezes ainda predominava. - Consegui a solução para os Vingadores e aqueles que se rebelarem contra nós. - Victor arqueou uma sobrancelha, escutando cada palavra do professor. - Um projeto de um chip… Ainda não está pronto, mas, podemos implantar nos Vingadores e nos rebeldes e teremos controle total do cérebro deles!

— Mas que maravilha, Santiago! - Jöhann exclamou.

— Estou admirado com a sua eficiência, professor. - Respondeu Victor dando dois tapinhas no ombro do colega. - Controlando os Vingadores, não teremos mais nada para atrapalhar os nossos planos! - Concluiu. Aquele era o plano perfeito para todos.

— E quando poderemos começar a testar a nova fórmula? - Perguntou Jöhann ansioso.

— Quando quiserem. - Respondeu Santiago dando um sorriso fraco. - Acho que sei um ótimo lugar para começar.


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