OMG! Meu Pai é um deus escrita por Sunny Spring


Capítulo 11
Capítulo X - A sobrinha do deus do trovão


Notas iniciais do capítulo

Ooi, pessoal! FELIZ DIA DA INDEPENDÊNCIA!!!
Dessa vez consegui postar antes.

Obrigada Madu Alves, Peh M. Barton e Malec21 por comentarem ♥ ♥ ♥ Dedico o cap de hoje à todos vocês.

Então, estava pensando em fazer um capítulo extra, especial de dia das bruxas... O que vcs acham?

Notinhas lá em baixo...



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Evie

 

— Você precisa controlar seus poderes, Evie! - Disse Loki calmamente, enquanto eu estalava alguns dedos das mãos. Ele estava realmente calmo para alguém que tinha acabado de sair no tapa com o irmão. Talvez ele quisesse me mostrar que era possível ter um bom auto-controle mesmo em situações estressantes. Ou, ele já estava tão acostumado a  brigar que nem se abalava mais.

— Não consigo. - Suspirei. Ele me encarou por alguns segundos, como se estivesse lendo minhas emoções. - Quando eu fico nervosa os poderes começam a sair de mim de mim sem eu perceber. Não consigo parar. - Confessei.

— Você é uma Lokidóttir! - Respondeu dando um ênfase no nome “Lokidóttir”. - Pode ser uma trapaceira e mentirosa nata se quiser. - Continuou. - Minta para as suas emoções. - Completou. Mentir para as minhas emoções? Mas, como eu poderia fazer isso?

— Como assim? - Perguntei receosa. Loki se levantou do sofá, caminhando lentamente em círculos. Ele parecia estar pensando em algo.

—Isso tudo é magia, Evie! - Respondeu por fim. Ele estendeu uma mão e uma espécie de energia na cor verde dançou entre a palma de sua mão e seus dedos, delicadamente. - Veja! - Continuou. Ele fechou a mão rapidamente e aquilo sumiu. - O que eu quero dizer é que você precisa aprender a manipulá-la. E pode usar a trapaça para isso. - Suspirou. Ele hesitou por um momento, parecia relutante em continuar. - Minta para a magia. Esse é o segredo! - Completou.

Mentir para a magia? Como eu poderia fazer isso? Como eu poderia mentir para algo como aquilo? A magia era algo abstrato, sem consciência. Algo que estava dentro de mim mesma. Como eu poderia mentir para mim mesma? Minha cabeça estava girando por causa de tanta informação.

—Você saberá como fazer isso! - Disse por fim. - Basta não esquecer o que eu lhe disse! - Deu de ombros. Mentir para a magia. Tentei guardar essa informação na cabeça, mesmo que parecesse não fazer sentido algum.

Nossa conversa foi interrompida por duas batidas fortes na porta. Visitas inesperadas e indesejadas já estavam se tornando rotina. Não precisei me mover para abrir a porta, pois ela se abriu sozinha. Demorei alguns segundos para finalmente entender que Loki a tinha aberto com a mente. Um homem moreno e alto e uma mulher pálida pareceram se entreolharam antes de falar algo.

— Olá, eu sou a agente Harrison e esse é o agente Cotton. - Disse a jovem de cabelos pretos ao apontar para o homem ao seu lado. - Somos da S.H.I.E.L.D e precisamos ter uma conversa muito séria com a Srta. Stwart. - Completou olhando para mim. Me encolhi no sofá. Loki arqueou uma sobrancelha e os encarou.

***

— Então, é isso? - Perguntou Loki por fim.  - A Evie terá de ir à S.H.I.E.L.D todos os dias? - A srta. Harrison apenas assentiu com a cabeça. Ela era extremamente séria e seus olhos eram vazios, como se não se abalasse com nada. Tinha um nariz arrebitado, que passava a ligeira impressão de que ela era arrogante.

— Exatamente, Sr. Laufeyson. - Respondeu a agente pacientemente. - Creio que seja a melhor opção para ela, a não ser que prefira que ela fique detida lá, como uma criminosa. E seja usada como cobaia para testes. - Completou seca. Loki bufou, impaciente. Ficar presa não era uma boa opção, e ser cobaia era algo terrível.

— A srta. Stwart congelou uma garota. - O agente Cotton se intrometeu. Sua voz era mais suave do que a agente Harrison e sua expressão também não era tão carrancuda. Ele parecia mais simpático e mais amigável. - Como agentes do governo, temos que mantê-la em nosso alcance. - Ele me encarou por alguns segundos. - Mas, como se trata da sobrinha do Thor, o deus do trovão, poderá ficar livre. - Completou. Meu pai fechou a cara em uma carranca.

— Como assim sobrinha do Thor, o deus do trovão? - Perguntou incrédulo, cruzando os braços. Dava para sentir o desdém em sua voz. A srta. Harrison soltou uma risada por causa da irritação de Loki. - E eu?

— Sr. Laufeyson… - Disse srta. Harrison ainda rindo. - Se fossemos avaliar o fato da Srta. Swart ser sua filha, ela já estaria presa em uma prisão de segurança máxima, completamente isolada,  vigiada vinte e quatro horas por dia e com duzentos agentes na porta. - Completou. Loki estreitou os olhos, a encarando. Não precisava ler mentes para saber que ele a estava xingando mentalmente de todos os palavrões possíveis em todas as línguas do universo. Esperei ele explodir numa crise histérica, mas isso não aconteceu.

— Ótimo! - Loki sorriu. Era incrível como ele era rápido em esconder suas emoções. Nem aparentava estar com raiva. Os dois agentes se entreolharam e se levantaram do sofá.

— Bom, estamos entendidos então. - Respondeu Sr. Cotton calmamente. - Vemos você na S.H.I.E.L.D na segunda-feira! - Me encarou. Dei um suspiro fraco. 

— Claro. - Respondi forçando um sorriso. Eles se dirigiram até a porta e o agente Cotton deu um breve aceno com a cabeça antes de saírem. Loki bateu a porta com tanta força que pensei que fosse quebrar. Isso seria um récorde de duas portas destruídas em menos de vinte e quatro horas.

Ele levantou um indicador, furioso, pronto para praguejar alguma coisa, mas eu o interrompi.

— Já sei, já sei, humanos insolentes, criaturas subdesenvolvidas, pragas terráqueas.-  Disse e ele arqueou uma sobrancelha, me encarando. 

— Como sabia que eu ia dizer isso? - Perguntou confuso. Era fácil imaginar. Ele repetia esses xingamentos o tempo inteiro. 

— Não preciso ler mentes para saber que você odeia os humanos. - Respondi por fim.  Qualquer um já tinha percebido isso. Ele deu de ombros, parecendo concordar. 

— Espera, não me lembro de já ter usado pragas terráqueas. — Disse consigo mesmo. 

— Ah não! Essa foi eu que inventei mesmo. - Dei de ombros e ele esboçou um sorriso. 

 

***

A manhã de domingo estava mais ensolarada do que de costume. Durante a noite, tive o mesmo sonho esquisito com a coroa de ouro que eu não conseguia tocar. Aquilo era bem esquisito e só me restava pensar que Loki andava mexendo nos meus sonhos. Levantei da cama num pulo quando me lembrei de que dia era. Eu tinha marcado com Peter de fazer o tal trabalho de física. Apesar de não ter certeza se iria ou não voltar para a escola, era melhor não contrariar o Parker sobre o trabalho, ou ele infartaria.

Me enfiei debaixo do chuveiro quente, mesmo ainda estando um pouco sonolenta. Banho era a melhor forma de me manter acordada. Vesti a primeira coisa que vi pela frente e mal penteei o cabelo.

Quando cheguei na sala encontrei Peter e Ned sentados no sofá, enquanto Loki os rodeava, de forma ameaçadora. Peter tinha a postura ereta e não se movia, e parecia uma presa se fingindo de morto. Ele tinha uma expressão de pavor no rosto, mas parecia estar se controlando. Ned, no entanto, não demonstrava nenhum autocontrole. Ele tinha as duas mãos entrelaçadas na altura do peito, os olhos fechados e parecia murmurar o “Pai Nosso”. Pobre Ned. Loki parecia estar se divertindo com a situação dos dois.

— Ned! Peter! - Falei, chamando a atenção dos três. Loki fechou o sorriso, parecendo decepcionado por eu ter chegado e acabado com sua diversão.

— Evie! - Respondeu Ned. Ele parecia aliviado em me ver. - Ainda bem! - Suspirou. Suas mãos estavam trêmulas e ele suava frio.

— Loki - Disse o encarando. Ele mal pôde conter um sorriso. Estava mesmo se divertindo às custas dos dois.

— O que eles estão fazendo aqui? - Perguntou por fim. Algo me dizia que ele já sabia a resposta e estava perguntando somente para colocar mais medo no dois.

— Tra-aa-balho. - Ned gaguejou. Ele nem olhava para o meu pai. Loki arqueou uma sobrancelha, observando cautelosamente a reação do garoto.

— Tudo bem! - Respondeu Loki, entediado. - Eu vou sair. - Ele se aproximou vagarosamente de Peter, o encarando por um breve momento. Peter desviou o olhar, visivelmente nervoso. - Mas eu vou voltar logo. -  Loki apenas acenou com a cabeça antes de desaparecer de nossas vistas.

— Acho que eu fiz xixi nas calças. - Ned quebrou o silêncio constrangedor.

— Cara, seu pai é assustador. - Respondeu Peter relaxando os ombros. Me sentei ao lado dos dois no sofá.

— É! Um pouquinho. - Confessei, não podendo conter uma risada. Loki podia ser extremamente assustador quando queria. - E, então? Trouxeram a pesquisa? - Peter tirou de sua mochila uma pasta cheia de papéis.

— Ned e eu pensamos muito nisso. - Peter abriu um papel em cima da mesinha do centro da sala. Nele, haviam vários desenhos de uma máquina arredondada e suas pequenas peças.

— O que é isso? - Perguntei por fim. Peter e Ned se entreolharam animados.

— Isso é um purificador de ar de grande escala. - Respondeu Peter sorrindo.

— Mas, não qualquer um… - Interrompeu Ned. - Ele transforma monóxido de carbono em oxigênio e pode ter o alcance da cidade inteira. - Completou. A ideia era maravilhosa. Isso ajudaria muito as pessoas com problemas respiratórios.

— Isso é incrível! - Respondi sem tirar os olhos dos desenhos e Peter deu um sorriso tímido. - Já sabem como vamos fazer? Um projeto desses deve sair caro… Não posso pedir dinheiro ao Loki, se não ele vai roubar um banco… - Completei. Eu podia imaginar a terrível cena do Loki assaltando o banco da cidade e destruindo tudo com a maior facilidade.

— Não se preocupe com isso. - Respondeu Peter ainda animado. - O sr. Stark vai ajudar a gente com essa parte do dinheiro. - Deu deu ombros. 

— Então, você podem me explicar mais sobre isso? - Perguntei por fim. Os dois se entreolharam.

— Claro! - Responderam em coro.

—_____________________________________________________

Nova York, EUA

 

Victor e seu aliado, Jöhann, chegaram na cidade de Nova York usando o poderoso Olho Cruel de Avalon. Os dois seguiram diretamente para seu laboratório, muito bem escondido em um beco deserto e nem um pouco suspeito da cidade. O local era disfarçado de um edifício abandonado e que parecia estar prestes a cair. Mas, diferentemente da caverna escura e úmida de Viena, o laboratório em Nova York era espaçoso, iluminado e moderno. Tinha da mais moderna tecnologia e só era menos desenvolvida que as bases da S.H.I.E.L.D e a Torre Stark. Victor havia trabalhado anos para desenvolver aquele lugar sem levantar suspeitas.

— Como senti falta de Nova York. - Jöhann suspirou olhando ao redor do laboratório.

— Eu também, meu caro. - Respondeu Victor, se jogando em uma cadeira. - Agora, nossos planos estão muito perto de se concretizarem. - Disse calmamente. - Só precisamos da fórmula para as alterações genéticas, mas aqui em Nova York, conseguiremos pressionar mais aquele professor. - Bufou. Jöhann apenas assentiu com a cabeça.

— A propósito, quando pretende visitá-lo? - Perguntou. Victor hesitou por um momento antes de responder.

— Amanhã mesmo. - Deus de ombros. - Sei onde ele trabalha. Vou lá falar com ele pessoalmente. - Victor sorriu de forma ameaçadora. - Como eu disse, aqui poderemos pressioná-lo mais. - Completou. 

— Sim, aqui também ficaremos mais próximos do cristal. - Concluiu Jöhann. O dono do rosto vermelho e cavernoso estava perdido em pensamentos. - Acha que Loki já conseguiu pegá-lo? - Perguntou por fim.

— Não sei, mas se ele pegou, logo saberemos. - Respondeu por fim.

— Victor, como você pode ter tanta certeza que o Loki está do nosso lado?  - Perguntou. - Loki é um mentiroso. Todos sabemos muito bem disso. -  Jöhann não confiava totalmente no mestre da trapaça, ao contrário de seu sócio. Victor esboçou um sorriso. 

— Ele quer muito o que também queremos. Por isso está do nosso lado.  - Respondeu Victor. - Sei que ele não vai descansar até conseguir o que quer. - Concluiu.


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Notas finais do capítulo

E, agora? Victor e compahia chegaram em NY... O que vcs acham que vai acontecer? E esse sonho da Evie?

Espero que tenham gostado. Bjs *.*

P.S.: Fantasminhas do meu coração ♥ ♥ podem comentar se quiserem, eu não mordo...Prometo!