Histórias Cruzadas escrita por Milena Corrêa, Ayhenyc


Capítulo 11
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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— Sim, muito. – parou. – Quer descobrir?

Harry nada disse, apenas puxou o livro, revelando a passagem negra que se escondia atrás daquele prateleira repleta de livros.

O rapaz pegou uma lanterna que havia dentro de sua mochila, para casos de emergência, ligou-a e ambos desceram devagar, degrau por degrau. No momento em que desciam, podiam ver as paredes de pedras antigas, sentiam algumas teias de aranhas se grudarem em seus rostos, era visível que este lugar não via movimento há anos.

Em uma certa altura a escada ia fazendo uma curva, durante o caminho podiam ver alguns castiçais pendurados nas paredes. Depois de mais uns dez degraus estavam no início de um salão úmido com cheiro de mofo, ao iluminar o lugar viram que havia dois caminhos.

— Esquerda ou direita? – perguntou Harry.

— Esquerda. – respondeu.

Charlotte enganchou o seu braço no de Harry e entraram pela porta. Nada viram a princípio, por mais que a lanterna fosse boa e iluminasse bem.

Após adentrarem um pouco mais puderam ver algumas estantes com livros grossos e empoeirados, perto havia uma grande mesa encostada na parede, em cima dela tinha uma espécie de máquina de escrever bem antiga e um mapa coberto de poeira que parecia estar aberto.

— Do que deve ser este mapa?– perguntou Charlotte se aproximando.

Harry pediu que a garota segurasse a lanterna, enquanto ele pegava uma toalhinha de sua mochila, passou sobre o mapa revelando que era de uma casa em 1697.

— Nossa! – exclamou surpresa. – Esse é antigo.

— Sim... – Harry estudou o mapa com atenção, notando que o mesmo era um mapa da casa em que estavam. – Charlotte este mapa é de sua casa!

— O que? Mas como? – estava perplexa com a notícia.

Harry enrolou o mapa com cuidado, percebendo que em cima dele tinha uma lupa, colocou-os dentro da mochila.

— O que está fazendo? – perguntou confusa.

— Quero estudá-lo com atenção, quando sairmos daqui! – parou – Você se importa?

— Não, claro que não. – deu de ombros.

Continuaram olhando, perceberam que aquele lugar terminava com prateleiras, nelas tinham beckers, provetas, tubos com líquidos de várias cores, potes com alguns animais mortos dentro.

— O que é aquilo? – apontou para um dos potes.

— Parece ser algum tipo de experiência. – iluminou o pote – Não consigo identificar o que é, mas tem cabeça de rato e o corpo não consigo ver direito.

— Ui, vamos sair daqui, tô ficando enjoada só de olhar. – disse com cara de nojo.

O rapaz não contestou saíram daquele cômodo, voltando para o salão que estavam antes.

— O que acha de entrarmos na outra porta? – perguntou Harry.

— Não sei... Tô ficando com medo desse lugar. – sentiu um calafrio percorrer sua espinha.

— Se não quiser voltamos para biblioteca. – esperou sua resposta.

— Bom, se voltarmos, é provável que eu fique curiosa para saber o que tem na porta direita... – parou. – então é melhor vermos, mas fica perto de mim. – enganchou seu braço ainda mais no dele.

Ambos entraram naquela porta, nas paredes haviam quadros pendurados, ao iluminarem-os perceberam que, na verdade, eram retratos de pessoas pintados a mão. Harry passou a toalhinha retirando um pouco da poeira em um dos quadros levando um susto ao ver o rosto retratado a sua frente, era muito parecido com o de Charlotte, mas a pessoa era loira e tinha os olhos azuis. A garota ficou boquiaberta, tinha a sensação de estar se olhando no espelho.

— Charlotte. – chamou-a, mas não obteve resposta, colocou a luz da lanterna bem na frente de seus olhos, neste momento a garota saiu do transe.

— Harry! – ralhou.

— Desculpe, foi o único modo que achei para chamar sua atenção.

— Ah! Como pode, ser tão parecida comigo!? – disse intrigada. – Quem será que é ela?

— Deve ser um parente. – disse apenas, com o pensamento longe.

O rapaz olhou com atenção o quadro, se inclinou para frente, iluminando os escritos no rodapé da pintura.

Charlotte Price, minha eterna amante!

Junho/818

Harry pronunciou alto os escritos em latim, foi nesse momento em que a ficha caiu, foi através desta garota pintada no quadro que tudo começou...


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