Pequenos Contos escrita por Tah Madeira


Capítulo 24
365 Dias(Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Bom como começar??
Primeiramente agradeço a todas(os) que acompanham esses contos.

Falo também das inúmeras sugestões que recebi, vocês são demais... Algumas sugestões vão vir em forma de conto... Outras dariam novas fic's... Vou tentar trazer todas... Espero conseguir

A primeira sugestão, que vai ser esse conto (365 dias) foi sugestão de @auroraalencar, muito obrigado, espero estar do seu agrado... Se não tiver, só falar


Bom espero que tenham uma boa leitura...



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DIA 3

— Oi minha pequena— digo assim que chego perto do berço, ela olha para mim, a peguei no colo e dou a mamadeira, enquanto sentei na poltrona— Que fome você está minha filha, desvio os olhos um pouco e observei a mulher deitada na cama, agarrada no travesseiro que deixei para ocupar o meu lugar— Veja a mamãe dormindo, se eu deixar ela nem descansa para cuidar de você, mas nesta madruga é apenas você e eu, o que acha?— converso comigo mesmo pois o bebê em meu colo já dorme assim como minha esposa.

DIA 7

Seus olhos se abrem lentamente,  olha para o berço na outra ponta do quarto, uma semana, parecia que tinha sido muito mais de tão intenso que estava sendo, ainda estavam em processo de adaptação, estavam tendo ajuda de todos os lados, virou para o lado e mirou a face do marido, que dormia após a noite agitada, pela primeira vez Isabel os deixou acordados, foi a cólica que demorou a passar, a fazendo chorar muito, deixado ela mesmo com lágrimas nos olhos por se sentir impotente, por sugestão de Jane, que não sofreu com o pequeno Eduardo, mas que lembrou dos conselhos da mãe, que veio a ideia de pôr a pequena de bruços,   mas não foi em seus braços que ela se acalmou e sim nos de Aurélio.

— Você devia dormir um pouquinho mais— ele diz sem abrir os olhos, me aproximo mais dele, pousando a cabeça em seu ombro.

— Você também, desabei na cama  e nem vi quando deitou.

— Eu reparei— diz sorrindo ajeitando seu braço me levando de encontro ao seu peito.

— Tem o cheirinho dela aqui.— digo afundando mais meu nariz em seu peito.

— Um cheiro quase parecido com o seu, mas mais suave.— ele cheira meus cabelos, deslizei minha mão por seu peito, e quando meus olhos se fecham um barulho suave me desperta novamente.— Deixa que eu vou— jurava que ele estava dormindo, mas Aurélio estava atento ao menor ruído, sempre tão alerta quanto eu.

 —Não eu vou— deixo a cama—Oi minha pequena— falei ao chegar no berço, seus olhinhos abertos, observando os enfeites de borboletas que pousavam em cima do berço, tão calma, de longe nem parecia o bebê que chorava com dor na noite anterior, me debruço sobre o berço, acaricio sua testa— Oi — ela me olha com uma profundidade como se lesse a minha alma e conversasse com ela, eu gostava daquilo.

DIA 10

— Ela sorriu— falei boba com ela em meu colo, Aurélio que estava sentado na poltrona lendo o jornal, apenas me olha com o olhar como quem desacredita no que digo.— Venha ver.— ele se levanta e senta na cama atrás de mim, Isabel nos observa.

— Não sei não.

— Mostra para ele minha filha— digo encostando o dedo em seu queixo, aproximo ela mais do meu rosto, encostando meu nariz no dela.

— Isso é golpe baixo— ele fala e desvio um pouco minha atenção.

— Posso saber o porque?— ajeito ela no meu colo de novo e olho para ele.

— Vou te mostrar — ele diz aproximando o seu rosto do meu, encostando o meu nariz no dele, não posso deixar de sorrir— Viu— não respondo, apenas encostei meus lábios nos dele, que passa os dedos por minha nuca, aprofundando o beijo, mas logo cessa ao termos nossa atenção voltada para o embrulho em meu colo— Temos uma espectadora.— e naquele momento ela sorri.

— Falei que ela sorriu.— digo olhando para ela, Aurélio apoiou seu queixo em meu ombro, beijando o local, uma mão dele em minha cintura e outra segurando o dedo da filha.


DIA 25

— Eu tentei Julieta, mas não sei o que há— falei entrando no escritório, com a pequena inquieta em meu colo.

— O que foi?— ela diz se levantando deixando os papéis de lado, abandonando os óculos de leitura e pegando Isabel do meu colo.

— Ela não come, não dorme, já conversei, caminhei, embalei— digo observando a filha olhar para a esposa,  já era início de tarde, Julieta estava algumas horas resolvendo coisas importantes de seus negócios, estava voltando pouco a pouco a sua rotina, mas aquele tinha sido o dia mais longo que Isabel ficou longe dela.

— Oi minha pequena, o que houve?— ela embala um pouco a filha em seus braços, que instantaneamente se acalma.

— Vou indo dona Julieta, amanhã continuamos— Olegário diz, mas a esposa nem parece registrar, conversa baixo com a filha, sem olhar ela estende a mão e eu alcanço a mamadeira para ela, Isabel toma com voracidade terminado rápido, levo o objeto para a cozinha, quando volto as duas não estão lá, vou ao o quarto e Julieta estava a deitando no berço.

— Ela queria você— digo ficando atrás dela, acompanhando a mão dela que segura o berço.

— Sim, queria a mim, nem Camilo era tão agarrado assim— ela joga a cabeça para trás, sua mão puxa a minha para ficar em sua cintura.

— Eu também quero você— falei beijando a pele do seus pescoço, tem dias que estava desejando a minha esposa.

— Eu também quero você— sua voz é baixa, mas  vira seu corpo para mim  e tomo a sua boca em um beijo urgente, dando passos para trás, chocando nossos corpos com a  cama, comecei a abrir os botões do vestido, quando minha mão gelada encosta em sua pele quente Julieta desperta do desejo—Não está certo Aurélio, Isabel.— sua voz saiu arrastada e ofegante, deixou sua cabeça descansar em meu peito

— Sim, desculpe, me excedi— ela me olha e me beija suavemente.— Vou tomar um banho gelado— digo sorrindo e ela gargalha, acordando Isabel.

DIA 28

— Viu o que dá tomar chuva— digo enquanto coloco a compressa sobre a testa dele.

— Acha que eu deveria deixar o bicho sofrer com este temporal— ele fala fraco, sei que ele fala com razão.

— O que faço com você Cavalcante?

— Não pergunte, tenhos várias ideias.

— Acho que já está bem, já faz até gracinhas— mal termino de dizer e ele tem uma crise de espirros— Desse jeito você não se aproxima de Isabel, imagina se a pequena pega esse seu resfriado.

— Eu sei.— falou puxando as cobertas e virando para o lado

— Pode deixar que ficamos com ela essa noite, ela fica em nosso quarto— Jane entra carregando uma bandeja com sopa.

— Não sei Jane.— digo indecisa, mesmo sabendo que não era certo ela ficar no quarto com ;Aurélio naquele estado, estava em dúvida por ser a primeira vez que ela iria dormir  longe, burrice a minha ela estaria do outro lado do corredor, bem cuidada por meu filho e nora.— Está bom— acabei concordando, Jane sai e dou a sopa a um relutante Aurélio, tinha esquecido o quanto ele era diferente doente. Demorou um pouco mas ele tomou a sopa, junto com o remédio e voltou a dormir, aproveitei e desci, jantando com os outros e ficando um pouco com a minha filha, antes de a deixar dormindo com Camilo, que estava muito feliz em poder cuidar da irmã e ajudar.

— Ela estará em boas mãos minha mãe.— ele diz quando a deixo no berço.

—Eu sei meu filho, muito obrigado— digo beijando o seu rosto, deixando o quarto.

Já em meu quarto encontro a cama vazia, estranhei, mas o barulho no banheiro chamou a minha atenção— Você deveria ter me esperado, teria ajudado você.— Aurélio estava na banheira.

— Estou um pouquinho melhor, e sei que banho ajuda a baixar a febre— ouço ele falar enquanto me aproximo e coloco a mão em sua testa.

— Está ainda um pouco quente— falei, ele puxa a minha mão e a beija.

— E Isabel?

— Com Camilo e Jane,ela vai ficar lá essa noite— digo tentando tirar minha mão do seu rosto, percebi um sorriso malicioso em seus lábios— O senhor está doente, lembra?

— Eu tenho a melhor das enfermeiras, a melhor mãe, a melhor esposa— ele diz roucamente, com tom sensual que ele adquire que me derrete, beija cada um dos meus dedos, por fim completa— A melhor mulher, a minha rainha— fala me puxando para dentro da banheira, me molhando toda.

— Aurélio você...— nem completo meu protesto, minha voz é abafada por seus lábios urgente,  e esqueço da febre, da água, só lembro que eu o desejo, e naquele momento não há mais nada além de nós dois, minha roupa é tirada rapidamente não sei se por mim ou por ele, não tem importância, sua boca vaga por meu pescoço e seios, suas mão percorre caminhos conhecidos, as minhas aperta, agarra e arranha suas costas, seus braços, beijei seu rosto, sua boca, seu pescoço, o espaço é pequeno mas suficiente para nos abrigar, sou posicionada em seu colo, e quando o sinto dentro de mim, ocupando aquele vazio percebi o quanto sentia falta dessa união— Fica assim um pouquinho, não se mexe— peço em seu ouvido.

— Estou machucado você?— ele pergunta preocupado, faço que não e repouso a minha cabeça em seu ombro, amava aquele cuidado dele, sempre o meu bem estar primeiro, mexi meu quadril, minhas pernas ficam envolta da cintura dele o deixando mais fundo em mim, ouço seu gemido e senti um bem estar, lentamente vou me movimentado, segurando nas bordas da banheira, para intensificar minha ação— Julieta… eu preciso— ele fala ofegante, por estar ainda concentrado em não se mexer, respeitando o meu pedido, cravo a unhas em sua nuca.

—Vem comigo— peço baixinho e ele começa a se mexer, e tudo a volta some, nada mais importa, apenas aproveitar aquele momento.

E no outro dia, Aurélio acordou melhor do que nunca.

DIA 35

—Sabia que iria encontrar vocês aqui— o susto só não foi maior pois eu parecia sentir a presença dele, que se põe atrás de mim, nós prendendo em seus braços— O que minhas meninas fazem aqui fora?
— Estava contando a Isabel que eu costumava receber café na cama, e junto ganhava uma rosa— digo sorrindo, ajeito ela em meu colo, a fazendo olhar para nós  dois
— Sim, mas sabe Isabel, sua mãe anda acordando primeiro que eu.— ele a pega dos meus braços e caminha com ela pelo jardim. As flores voltaram, mas era a noite que eu as recebia.


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Notas finais do capítulo

Confesso que fiquei bem na dúvida sobre esse capítulo... Então se faltar alguma coisa, peço que digam para no próximo melhorar...

Não sei quantos capítulos terá esse conto..

Até breve.