Undercover escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 20
Epílogo




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A luz do sol já atravessava as janelas do quarto, cobertas por cortinas transparentes brancas. Se dependesse de Jane, ela teria escolhido as cortinas mais escuras e menos transparentes possíveis. Odiava acordar com a luz do sol, mas Liam amava acordar cedo.

Por isso, nem adiantava tentar esconder o rosto no travesseiro e voltar a dormir. Liam, assim que acordava, fazia de tudo para que ela também acordasse. Sentiu-o abraçá-la por trás, beijando o seu ombro exposto pela camisola. Assim que virou o rosto para beijá-lo nos lábios, batidas na porta os interromperam.

Jane voltou a esconder o rosto no travesseiro, sorrindo vitoriosa com o resmungo de Liam. Agora ele sabia como era bom ser interrompido quando estava fazendo algo bom, como dormir ou namorar. Sentiu-o levantar da cama e o ouviu abrir a porta.

— Bom dia, pai — a voz animada de Harry chegou aos seus ouvidos — Temos correspondência de Illéa.

— Queima — disse Jane.

— Jane! — Liam repreendeu.

Virou-se de lado na cama, vendo que o marido abria o envelope com habilidade. O seu filho mais velho entrou no quarto, sem pedir pela permissão de algum deles, e sentou-se na ponta da cama. Jane aproximou-se, abraçando-o, enquanto os dois observavam Liam ler.

— O que pensa que está fazendo? — ela sussurrou no seu ouvido.

— Impedindo que vocês nos deem outro irmão — Harry respondeu, sem vergonha alguma.

Isso explicava muita coisa. Todas as manhãs, desde o último aniversário de Verena, algum de seus filhos arrumava um jeito de ir para o quarto deles de manhã, com uma desculpa qualquer. Isso também explicava porque Fritz sempre estava mal humorado nesses dias, ele gostava de acordar cedo tanto quanto ela.

— Petuel está nos convidando para uma recepção — disse Liam, inconsciente da conversa deles.

— Não posso, estou indisposta — mentiu Jane, escondendo o rosto nas costas do filho.

— Acho que Verena está ficando gripada — Harry colaborou.

— Nós vamos — Liam disse decidido, deixando o papel em cima da cabeceira — Nós já negamos muitos convites. Daqui a pouco estaremos causando um incidente diplomático.

Ele saiu do quarto, ignorando as suas reclamações. Jane jogou o edredom para o lado, indo até o guarda roupa.

— Acorde os seus irmãos para o café da manhã, eu já vou descer — ela instruiu o filho, antes de ir ao banheiro trocar de roupa.

Desceu as escadas, pulando de dois em dois degraus, como fazia quando criança. O vestido terminava no fim da sua panturrilha, o que a possibilitava disso, já que o tecido não arrastava no chão. Estava descalça, já que os numerosos empregados do castelo eram impecáveis na limpeza. Assim que chegou na sala de refeições, Liam e Euphemia tentavam acalmar os adolescentes, que protestavam contra a ideia da viagem.

— Mãe, diga que é uma brincadeira, por favor — pediu Ambrose, ou Amber como eles a chamavam, assim que notou sua presença.

— Não faça isso com a gente — implorou Verena.

— Eu não quero ter que olhar para a cara da tia Veta de novo — Edvige fingiu um estremecimento.

— Você só olhou uma vez — disse Fritz.

— E foi o suficiente para me traumatizar.

Jane puxou a sua cadeira para sentar-se, antes que Liam o fizesse, seus pés ficando pendurados a centímetros do chão, como sempre.

— Descalça de novo, Jane? — Euphemia repreendeu-a.

Mesmo depois de cinco partos, era como se ela continuasse sendo uma criança. Deu de ombros, pegando a jarra de suco do meio da mesa.

— Acreditem, não foi decisão minha — ela respondeu aos filhos, jogando a culpa toda para o marido.

— Está decidido — Liam disse, firme.

Ele ignorava o olhar de Ambrose, Edvige e Verena. Todos sabiam que ele cederia ao pedido das filhas se elas insistissem.

— Nós vamos poder ver Sarah — Harry tentou animá-las — Sei como sente falta dela, Amber.

— Qual será o outro país convidado para a recepção? — Ambrose ignorou abertamente o irmão.

— Nova Britânia — respondeu Liam.

Jane percebeu as bochechas de sua filha mais velha ficarem coradas, apesar de ter abaixado o rosto.

— Mãe, eu poderia conversar com você em particular? — perguntou Edvige.

— Não deveriam deixar a mesa antes de todos terminarem — disse Euphemia.

— Bobagem — Jane afastou a cadeira — Estamos em família, não em um evento público.

Ela deixou um beijo na bochecha de Liam, antes de ir para a antessala com a sua filha do meio.

— Desculpe, não me sinto confortável em falar disso com papai por perto — disse Edvige, fechando a porta dupla atrás delas.

— O que houve? — Jane perguntou, sentando-se em um dos sofás.

— Eu já escolhi com quem eu quero me casar.

Ela piscou os olhos, tentando disfarçar a sua surpresa.

— Casamento? Mas, filha, você só tem 16 anos! — exclamou.

— Não foi com essa idade que você conheceu o papai? — retrucou Edvige, de pé atrás do outro sofá.

— Nós não nos casamos por dever, nos casamos por amor — respondeu Jane — Além do mais, se nem Harry e nem Amber estão se preocupando com isso...

— Sobre isso, acho que deveria conversar com Amber. Tenho tentado convencê-la, mas ela está com vergonha.

Olhou para os mesmos olhos verdes de seu marido, exceto pelos cabelos iguais aos seus. Edvige era como a versão feminina de Harry. Tão independente, tão decidida, não queria aquele futuro para ela.

— Está bem, mas me prometa que não vai se casar sem ser por amor — ordenou Jane, estendendo a mão para ela.

Notando a seriedade da mãe, ela relaxou, desistindo. Sorriu, pegando a mão estendida.

— Eu prometo.

Elas voltaram para a mesa, sem tocar mais naquele assunto. Mesmo assim, o que foi dito não saiu da cabeça de Jane. Sabia o que sua mãe diria sobre isso, caso a perguntasse.

Fritz e Verena foram os primeiros a sair da mesa. Como os mais novos da família, não tinham muita paciência para esperar todos terminarem, apesar da insistência da avó.

— O que Vig queria? — Liam perguntou.

Edvige olhou alarmada para a mãe.

— Me convencer a não irmos, é claro — respondeu Jane, tomando um gole do suco.

— Ficaremos dois dias, então? — perguntou Amber, soando quase esperançosa.

— Você aceitou a ideia rápido — Harry alfinetou-a.

— Não temos escolha, temos?

— Não — Liam respondeu, no mesmo instante.

Assim que o café da manhã acabou, Euphemia foi acompanhar Fritz e Verena brincando nos jardins. Edvige chamou Harry e Liam para conversar na biblioteca, lançando um olhar para a mãe.

— Amber, venha comigo — disse Jane.

Elas foram até o quarto da mais velha, sob o pretexto de escolherem os vestidos que levariam para Illéa.

— Tem algo para me contar? — Jane perguntou, pondo alguns vestidos diante de si, em frente ao espelho.

— Vig foi fazer fofoca? — Amber parecia aborrecida.

— Ela só disse que eu tinha que conversar com você.

A sua filha era ruiva de olhos verdes, igual ao pai. Só Verena e Amber eram ruivas entre os seus filhos. Só Harry, Amber e Edvige tinham os mesmos olhos verdes.

— Não aguento mais manter esse segredo — ela cedeu, sentando-se na cama — Eu conheci um rapaz.

Jane abandonou os cabides na cadeira e sentou-se ao lado da filha, como uma adolescente fofocando.

— Quem? — perguntou, curiosa.

— Oliver Wood — respondeu Amber, os olhos brilhando.

— Da Nova Britânia?

— Por favor, não conte ao papai.

Era tão difícil guardar segredo.

— Eu posso te ajudar — disse Jane, fingindo desinteresse.

— Você é tão discreta quanto Edvige.

Soltou o ar, fingindo estar ofendida. Voltou a se levantar para pegar os cabides de vestido do armário.

— Eu estou tão ferrada — Amber jogou-se para trás, dramática, deitando de costas na cama.

— Ele estará lá — disse Jane — Você já contou a ele? Ele já disse alguma coisa a você ou aos pais dele? Preciso saber como estão as coisas.

— Nós temos nos correspondido por cartas e algumas vezes ao telefone também. Eu não sei quando que isso começou, talvez tenha sido no casamento que fomos há alguns meses.

Casamentos eram bem apropriados para conhecer outras pessoas. Jane sabia disso bem. Principalmente quando você é uma criança levando alianças ou segurando o véu da noiva.

— Vocês já se beijaram? — ela perguntou, pondo um vestido rosa na mala, apesar de não gostar muito da cor.

— Mamãe! — reclamou Amber.

Escutaram batidas na porta.

— Entre — Jane jogou um vestido cinza de volta para o armário, perguntando-se como o conseguiu.

Euphemia entrou, deixando a porta aberta atrás de si.

— Consegui convencer Fritz e Verena a subirem para arrumarem suas malas — ela disse — Mande meus cumprimentos a Doralice. Eu, é claro, ficarei para cuidar do palácio.

— Ela ficará muito decepcionada — a filha comentou — Faz tempo que não faz uma visita.

— Ela vai superar. Talvez depois que a Seleção terminar...

Amber levantou os olhos para a avó.

— A Seleção? — perguntou.

— Recepcionar dois países estrangeiros é uma das tarefas da Seleção — Euphemia respondeu, olhando-a com curiosidade — Pensei que sabia disso.

— Eu não tive uma recepção na minha Seleção — Jane defendeu a filha — Só aquela em que tínhamos que convidar duas pessoas e eu não pude levá-la.

— Você ganhou, de qualquer forma. Não precisava de mim.

Sim, ela precisava.

— Acho que é melhor você ir arrumar a sua mala também, querida — Jane aconselhou a Amber.

Ela concordou com a cabeça, descendo da cama e indo para o próprio quarto, não muito distante dali.

— Eu sempre vou precisar de você, mamãe.

Euphemia sorriu para ela, antes de também sair do quarto. Jane voltou a escolher os vestidos.

♛♛♛

Era estranho estar de volta ao palácio de Illéa. É claro que ela já tinha retornado depois de sua Seleção, mas não deixava de ser uma sensação esquisita.

Os criados da rainha Veta — essa combinação de palavras ainda lhe causava calafrios — foram atenciosos em acomodá-los. Não que Jane esperasse que eles fossem hostis, mas vindo de Veta, qualquer gentileza era uma surpresa.

Depois que Petuel percebeu que Liam não planejava roubar o seu trono, a relação dos irmãos pareceu ficar melhor, embora ele continuasse a ser uma pessoa rude e intratável, na visão de Jane.

— Foi aqui que ficou, naquela época? — perguntou Edvige, pulando em cima da cama macia do quarto designado a ela.

— Desça daí. Você vai cair — Harry repreendeu-a.

— Oh não! As selecionadas ficam no segundo andar, sempre — Jane respondeu — Mas eu fiquei no quarto da princesa, ao lado de seu pai, uma época.

Ela nunca mencionou o que aconteceu para isso, nem para seus filhos mais velhos. Cada um tinha uma distância de 2 anos entre si, sendo Harry o mais velho com 20 anos e Verena a mais nova com 12 anos. E mesmo assim eles ainda se preocupavam de haver um sexto irmão, com 12 anos de "fábrica fechada", como diria dona Euphemia.

— Não sente curiosidade de saber quem está no seu antigo quarto agora? — perguntou Verena, como quem não quer nada.

— Eu não poderia. Não é apropriado para uma rainha sair bisbilhotando por aí — respondeu Jane.

Verena trocou um olhar com Fritz. Alguns minutos depois, quando ela deu as costas, eles correram pelo corredor e desceram as escadas.

— Aqui é tão cheio de guardas — observou Amber.

— Eles vivem mais perto da cidade do que nós — argumentou Harry.

— O sistema de castas influencia na relação da monarquia com o povo — foi apenas o que Edvige disse.

Jane deixou os filhos sozinhos em seus quartos e foi para o seu com Liam. Odiava a rotina de desfazer malas, mas era necessário.

— Da última vez que viajamos, eu fiquei grávida — ela comentou com o marido.

— Faz tanto tempo assim? — perguntou Liam, risonho.

— Talvez nós viajávamos muito.

— Eles vão odiar se isso acontecer de novo.

Jane passou as roupas para os cabides, tentando não ficar entediada com esse trabalho, mas tinha se acostumado a não deixar os empregados fazerem isso. Não sabia bem o porquê. Era difícil se acostumar com tantos criados em casa depois do que houve com Myrtle, então só sabia que tinha deixado empregados apenas para os cargos indispensáveis e não para coisas inúteis como se vestir.

É, a Seleção tinha a mudado.

— Odiar não, talvez só fiquem decepcionados — ela disse — Eles parecem estar em uma missão de se manter em cinco.

Amava como sua família era, mas também não se importaria caso ela viesse a aumentar. Por isso, não mudou a sua rotina depois do nascimento de Edvige, como tinha escutado muitas pessoas dizerem-na para fazer.

Sirena brincava que faltavam três crianças para completar a variabilidade genética da família. Dois meninos ruivos, um de olhos castanhos e o outro de olhos verdes, e uma menina morena de olhos castanhos.

Ela odiava ser desafiada e ninguém parecia acreditar que ela suportaria a dor de um parto. Talvez por isso tenha se tornado seu hobby.

— McKinnon ainda trabalha no palácio? — perguntou Jane.

Alguém bateu na porta.

Ela abandonou o trabalho dos cabides, sendo substituída por Liam, que resolveu parar de ficar olhando pela janela sentado.

— É claro que eu tinha que vir vê-la — Sirena abraçou-a, assim que a porta foi aberta — Onde está minha afilhada?

Jane apontou para uma das portas ao lado da sua.

— Você pode estar aqui? — ela perguntou, levantando uma sobrancelha.

— Meu marido trabalha no palácio. Se eu não posso estar aqui, ele me coloca clandestinamente — Sirena respondeu, animada, entrando no quarto — Olá, Liam! Nunca pensei que te veria guardando roupas.

— Somos um casal normal que usa coroa na hora do jantar — disse Jane, fechando a porta.

— Para ser sincera, a habilidade de me infiltrar tem sido muito útil. Sarah resolveu que estava entediada e que se inscrever para a Seleção era uma ótima forma de se divertir.

— A quem isso me lembra? — perguntou Liam, debochado.

— Uma coisa é se inscrever na Seleção de um príncipe lindo. Com todo o respeito, amiga — ela virou-se para Jane — Outra coisa é entrar nessa pelo seu sobrinho. Imagina se ela ganha? Acho que eu me suicidaria.

— Você nunca privaria o mundo de sua presença — retrucou Jane, bem humorada — Talvez fingiria a sua morte ou abandonaria o altar. Faz mais o seu estilo.

— Tem razão. Eu senti tanto a sua falta. Nós sentimos — ela se corrigiu — Reyna me acompanha nas minhas vindas ao palácio, vem visitar a mãe. Ela é professora do palácio agora também.

— Exatamente o que ela queria!

— Ela continua solteira. Se eu falo qualquer coisa em relação a isso, ela me mata. Eu tentei bancar a cupido com ela algumas vezes, mas não deu certo. Acho que ela gosta de ficar sozinha.

— Eu acho que ela vai encontrar alguém no tempo dela.

Sirena concordou, sem saber mais o que dizer e foi até a porta.

— Vou dar um alô pras crianças e quem sabe consiga ver Sarah hoje — comentou, abrindo a porta — Ela está se engraçando com um dos guardas, filho da Artemisa. Sinceramente, não sei a quem ela puxou.

— Não as chame de criança na frente delas — aconselhou Jane, antes que a amiga hiperativa fechasse a porta.

Assim que o quarto ficou silencioso, Liam começou a rir. Ela o seguiu logo em seguida. Eles ficaram rindo por um tempo, deitados na cama de mãos dadas.

♛♛♛

— Nós achamos uma boa ideia que ambos os países possam desfrutar de suas recepções juntos — explicou Sarah — Geralmente, em um dia é um país com sua decoração e comidas típicas. No outro, é outro país com outra decoração e outras comidas...

— Para mim, está soando a armação, McKinnon — Amber tentou fazer cara feia, mas estava sorrindo encantada e alegre.

— Eu achei uma excelente ideia — Jane apoiou — Assim nós podemos também conhecer mais sobre o outro país.

— Você é minha mãe. Não deveria fazer complô contra mim! — a ruiva reclamou.

— É a seu favor, bobinha — Sarah retrucou.

McGonagall ainda ensinava às selecionadas. Era bom revê-la.

Eram três extensas mesas, que iam de um lado ao outro do Grande Salão, para acomodar aos dois países e as selecionadas ainda restantes na Seleção. Era surpreendente que Dudley tivesse mais bom senso do que os seus pais, que fizeram a Seleção durar tempo insuficiente.

As comidas eram típicas da Nova Britânia, o que não incomodava a nenhum dos presentes. A decoração, menu, bebidas e música tinham sido escolhidos com perfeição.

— Não teria sido esforço algum para você — Liam sussurrou para Jane, referindo-se à Seleção deles.

Ela corou. Ele ainda tinha aquele efeito nela, mesmo depois de tantos anos.

Charles conversava com Fritz, e Doralice tentava conversar com Edvige e Verena ao mesmo tempo. Jane não demorou a localizar na mesa Oliver Wood, que não desviava o olhar de Amber. Ela tinha feito questão de escolher o vestido que a filha usaria naquela noite. Não interferiria mais do que isso.

— Acho que Harry está interessado no bife Wellington — comentou Edvige.

O seu filho mais velho não desviava os olhos de uma garota ruiva. Uma das selecionadas. Tinha uma travessia de bife Wellington perto de onde ela estava sentada.

— Quem é ela? — Jane perguntou a Sarah, em voz baixa.

— Ginny Prewett — ela respondeu — Ela é legal.

As selecionadas estavam espalhadas pela mesa para poder conversar com o maior número de estrangeiros possível, por isso Sarah estava ao lado de Liam e Ginny estava próxima do pai de Oliver. A mãe do garoto pareceu notar também os olhares que ele dirigia a Amber, dando uma cotovelada se leve nele para que ele fosse mais discreto e educado.

"Vai constranger a moça" Jane podia apostar que era o que tinha sussurrando no ouvido dele. Toda mãe acabava sendo igual, no fim das contas.

— Você está em que equipe? — Liam perguntou a Sarah, como se fosse um campeonato esportivo.

— Ginny, Cho, Susan, Hannah, Astoria e eu vamos preparar a recepção de vocês amanhã — ela respondeu, depois de engolir a comida.

— Vão ter que se superar, pois isto aqui está incrível — Jane desafiou-a.

— Com todo o prazer, Durchlaucht — Sarah fez uma reverência de brincadeira, pronunciando a palavra toda errada.

— É Majestät — Amber a corrigiu.

Liam trocou um olhar com Jane. Ele ainda a chamava de Durchlaucht. Era como a brincadeira favorita deles, a de voltar no tempo, para aquela época em que eram mais jovens. Se perder nas lembranças da Seleção e de antes disso.

Porque eles sabiam que, quando os seus filhos partissem, eles teriam apenas um ao outro, como sempre foi.


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