Venha Comigo. volume 1: Uma Sombra de Gallifrey escrita por Cassiano Souza


Capítulo 5
Cartas na mesa


Notas iniciais do capítulo

Acho que este agora é o meu capítulo favorito. Será uma grande e ótima conversa, é esta a melhor frase para defini-lo. Revelações, respostas, misterios, sentimentos e diálogos. Espero que goste. Obrigado por estar aqui e desculpem por demorar de posta-lo.



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O Doutor, continua perplexo, com olhos descrentes, encarando o Ladrão, que continuava a sorrir e a esperar mais da reação do seu suposto ídolo.

— Por que essa cara, por acaso não está feliz em me ver?! - Questiona debochado, o Ladrão.

— Pessoas mortas, pessoas presas, Daleks e inferno arredor, e... Você sorri cinicamente?!

O Ladrão debocha, fazendo um gesto com a mão. O outro braveja:

— Qual é a sua participação, você foi mesmo capaz de fazer isso?!

— Primeiramente, não fui eu que acabei com tudo. Foram os Daleks, seguindo as minhas ordens. Então... Espere aí! Eu realmente fiz isso?! Ah, acabei de lembrar, sim! - E gargalhou alto.

— E qual o motivo, por que faria isso? 

— Bem... Por muitos motivos. Mas... Mudando de assunto, eu teria cuidado com o que está ao seu lado.

— Não há nada ao meu lado.

— Claro que há, olhe! O que é aquilo?!

Suspirando Relutante, o Doutor olha envolta, e do seu lado esquerdo onde estava, que era um pouco à frente da porta, havia uma estatua de uma mulher com a boca aberta. E dali, um jato de gás é soprado na face do Doutor. Imediatamente, após a inalação involuntária deste truque, o Doutor tosse violentamente, e perde o equilíbrio de suas pernas, enquanto o Ladrão, batia palmas debochando:

— Ele olhou mesmo! Que otário. Nunca te contaram? Nunca tente beijar uma sereia. São belas, porém... Muito perigosas.

— O que você quer? - Pergunta já caído no chão, e apenas com uma imagem desforme do trapaceiro Ladrão, devido as suas turvas vistas, pelo efeito da armadilha.

— Durma querido Doutor. Irei te contar uma história. - Disse se agachando, enquanto o Doutor, fechando os seus olhos, termina inconsciente.

***

Na discussão, em nossa Gallifrey, Strov, continuava a exaltar as histórias dos acontecimentos criminosos que lhe afligiam. Tridaro, escutava-o atento, enquanto Romana, se mostrava entediada.  Strov aTempoa:

— E por isso, vocês são os culpados, possuem uma sonda naquela área, e o Doutor estava lá, ele sempre atende aos seus favores. Ele é um ser que por onde quer que pise sempre deixa problemas.

— A nossa sonda é simplesmente uma sonda, apenas um aparelho de observação. E o Doutor realmente está sob as nossas ordens, quando se é necessário. E desta vez, realmente não foi diferente, ele está sob o nosso comando. Porém, não para causar-lhes problemas, e sim, resolver eles. - Rebate Tridaro. – Suas palavras agora, senhora Romana.

— Sim, obrigada, Tridaro. Confirmo todas as palavras do meu representante. - Corrsponde a presidenta. – Sua vez, senhor Strov.

Strov respira: 

— Mas então... Segundo vocês, ele está me ajudando? Como possuem coragem para me falar isso?! Primeiro, os problemas surgem, segundo, o Doutor aparece, e terceiro, nada de solução! Apenas a intensificação dos problemas.

— Vamos prosseguir, senhor Strov, o senhor verá o que queremos dizer e entenderá os fatos ocorridos. - Diz Tridaro. Strov franze o rosto, e Romana sorrindo, desvia o olhar.

— Certo, continuarei agora. Mas aviso que esses trinta primeiros minutos que depus ainda não foram nada. Que tal irmos ao ponto principal?

— Sim, é isso que eu estava esperando. Com dizem no sul... Ponha para fora. - Pede a Senhora do Tempo.

Strov, arregala os olhos para ela.

***

Na sala presidencial da Gallifrey paralela, se encontrava o Doutor desacordado e debruçado sobre uma mesa, sentado ali em uma cadeira. E a sua frente, uma enorme fartura de comidas e bebidas se encontravam, a mesa, apresentava-lhe um banquete.  Andando para um lado e para o outro, o Ladrão, lia em voz alta a um livro. Este, de capa verde, surrada e sem figuras ou títulos. Porém, deste livro, o Ladrão contava uma história, e as suas debochadas e altivas vozes, despertam o Doutor. Da leitura, o Ladrão narrava:

— “E empurrando as velhas e azuis portas de madeira, o Doutor tem a sua frente a presença de uma madura mulher, de roupas estranhas, sorriso vibrante e loiros cabelos, não muito longos”. Engraçado, acho que eu conheço ela!

Com estas palavras, o Doutor desperta-se, e abrindo aos seus olhos lentamente, se depara com toda aquela riqueza culinária. Mas, ignorando isso, o seu olhar concentra-se seriamente no Ladrão. O Doutor questiona:

— Você disse “portas azuis, Doutor” e... Mulheres?! Sobre o que está falando?

— Ah, você acordou. Eu estava falando sobre uma de suas histórias, uma das clássicas. Minha favorita na verdade, “A Maluca da Caixa Azul”.

— O quê?!

— Sim, é sério, ela é uma das minhas favoritas! É tão difícil acreditar que sou seu fã? Aquele armário ali... Veja só, são todos livros sobre as suas lendas. - O Ladrão aponta o dedo, o Doutor olha em direção. 

Mas o Doutor, assoprava irritado. O outro provoca: 

— O que foi, está estressado de novo? Ouh, é claro! Esqueci de lhe oferecer chá, perdão. Mas que falta de hospitalidade. Coma alguma coisa também.

O Ladrão, põe chá em uma xicara para o Doutor, e deixa-a em sua frente. O Doutor, olhava repulsivo para a bebida:

— Obrigado, mas não poderei aceitar. Não gosto desse sabor. Não é de abacaxi.

— Hum, é muito feio recusar, sabia?! E nem tente se levantar e sair correndo, Doutor. As suas pernas estão acorrentadas às pernas da cadeira que está sentado. Então, não tente fugir, pois seria... Ridículo.

O Ladrão, gargalha com as suas próprias palavras, enquanto o Doutor, olha para baixo, e percebe que realmente está acorrentado. O Ladrão, jogando no chão o livro que estava, vai em direção a uma parte da mesa, onde haviam vários objetos intrigantes e interessantes pertencentes, ao Doutor. Analisando ele aquelas peças, indaga:

— Depois que você desmaiou eu te escâniei. E encontrei algumas coisas interessantes em seus bolsos... Mas não se preocupe, não toquei em nenhuma área restrita. - O Doutor finge não estar escutando. O Ladrão continua. – Uma caixa de fósforos, ioiô, lanterna, um Guia do Mochileiro das Galáxias, um pacote de jally babies, um cofre verbal portátil, e nada de chave de fenda sônica. Porém... Algemas?! Em que ocasiões costuma usar isso?

— Cale-se.

— Será que... Usa nos raros episódios em que a professora Song está presente?

— Quem?!

— Spoilers.

O Doutor se mostra confuso.

Petiscando uma uva, e enchendo uma taça com vinho, o Ladrão percebe o olhar sério que o Doutor lhe lançava. Impaciente, com a face do Doutor, o Ladrão se expressa com os seus ombros. O Doutor, conta-lhe:

— No meu mundo, você está morto. Já é um fantasma para mim. Talvez tenha sido pego por aqueles que furtou.

— Primeiro, uma correção para o seu egocentrismo. Não é “seu mundo” é nosso mundo, eu também sou de lá. Somos dois patriotas em terras estrangeiras.

— Mais uma correção, você não é patriota. - O Ladrão expressa uma certa careta. O Doutor prossegue. – Como veio parar aqui? Está se escondendo?

— "Como eu vim parar aqui"?! Como "você" veio parar aqui?! Simplesmente apareceu magicamente da fumaça com uma trupe de palhaços, mas... Eu soube distingui-lo. Você morreu, há dois dias, foi no seu planetinha Terra, e sabia que não cruzaria a sua própria linha temporal, você é muito responsável.

— Se os seus subordinados mataram o Doutor, então por que armou tudo isso, por que me atraiu até aqui?

O Ladrão ri, mas, em negação.

— Eu te atrair até aqui?! Por qual motivo eu faria isso, sou um vilão, sou do mal, não há lógica em querer um herói por perto. Ser seu fã não significa ser burro.

— É claro que você me quer aqui, não precisa mais mentir, eu já entendi. Romana trabalha para você. E ela me chamou.

— Impossível! Ela nunca poderia fazer isso.

O Doutor, sorri surpreso:

— Por que isso seria impossível? - O Ladrão toma um grande gole do vinho. O outro teoriza. – Romana não poderia estar sob efeito de hipnose, lavagem cerebral ou telepatia indutiva, não funcionaria em uma Senhora do Tempo como ela. E também não pode ser suborno! Não funciona em Senhoras do Tempo. Então me diga, o que você fez com a minha amiga?

— "Sua amiga"?! Também é minha agora. E se quer mesmo saber de alguma coisa, adivinhe.

O Doutor, se mostra pensativo, enquanto encarava ao Ladrão, andar para um lado e para o outro.

— Já sei. - Avisa o Doutor.

O Ladrão, para, e sorri engolindo seco. O outro supõe:

— A presidenta não é Romana. Ela é uma androide duble, de interface de luz solida. Este tipo de androide é programado para agir e pensar como uma pessoa, utilizando a sua mente para isso, porém, seguindo as suas programações. Significando assim, que a verdadeira Romana está inconsciente em algum lugar da nossa Gallifrey, e por perto da duplicata.

— Admito, você é esperto. Odeio gente espera.

— Porém, a mente de alguém como ela era demais para o seu fantoche, e então, a brilhante mente daquela Senhora do Tempo aflorou nas programações da máquina. E sabendo dos problemas, resolveu chamar um amigo.

— Isso nunca aconteceu antes! Realmente eu odeio gente esperta.

— Mas isso é estupido! Você poderia fazer mil coisas mais terríveis com o que possui, e com o que é capaz. Por que precisaria exatamente usar Romana, qual o seu interesse nela?

O Ladrão, põe um pouco mais de vinho:

— Ah, Você é muito curioso, Doutor, pode acabar morrendo por culpa disso. - O Doutor boceja. O Ladrão termina. – Fique tranquilo, eu irei te contar... Tudo. Mas, antes, vou ir preparar um café! - Mostrou um enorme sorriso, o Doutor, tapeia a testa.

***

Do lado de fora da sala de discussões da nossa Gallifrey, que fica no mesmo ante-salão da sala presidencial, Grace e Rustch, esperavam apreensivos ao resultado. Preocupada, Grace comentava sobre o que poderia ter havido com o Doutor:

— O que será que o Doutor já encontrou? Ele está proibido de morrer, mas se morrer...

Rustch franze a testa preocupado. A ruiva muda o tom:

— Tudo bem, vou parar. Sabe, faz poucas horas desde que ele partiu, mas... Parece que foram dias! As horas aqui são maiores por dentro?

— Claro que não! Só nos feriados.

— Nossa, eu sou uma alienígena em um planeta alienígena, e eu era uma super cética.

— Você é engraçada. Como você e o Doutor se conheceram?

— Foi em um dia maluco. O Mestre, disfunção temporal, o Olho da Harmonia, e nem sei ainda o que isso tudo significa. Mas o Doutor estava ferido, baleado, cuidado quando pisar na Terra. E ele veio até mim, com a ajuda de um outro amigo. Era para eu salva-lo, mas... Acabei matando ele. Quase, na verdade. E no final, ele me convidou e eu disse... Não.

— Você disse “não”?! Ninguém diz não para o Doutor! Ele te convidou e você recusou?! Por que eu não matei ele? Por que fez isso?

— Porque eu estava assustada. Descobri vida alienígena, meu mundo quase foi destruído, e eu também morri naquele dia! Não me arrependo nem um pouco de ter feito isso naquela primeira vez.

Rustch permanece boquiaberto:

— Mas você está aqui agora, o Doutor te convenceu.

— Um novo ano havia começado para mim. Eu estava desempregada e sem amigos, mas não era este o problema.

— Qual era o problema?

— Duvidas sobre o que o Doutor foi para mim. O mundo do Doutor era perigoso, porém, lindo ao mesmo tempo, e eu não queria admitir isso. Admitir essas coisas fantásticas e mortais, então ignorei tudo o que eu havia visto. Na verdade, eu só estava com medo.

— Mas o Doutor te convidou de novo e você aceitou, não é? - Grace olha sem palavras para Rustch. Ele termina. – Você enfrentou o medo, e agora vê que a vida com o Doutor não é sobre tragédias e monstros, e sim, sobre ver tudo de bom que o universo pode te dar.

Grace concorda sorrindo:

— Você entende mesmo sobre o Doutor.

— Ele é o meu herói, tenho a obrigação de entender.

— Sim. E temos outra obrigação, saber se está tudo bem. O profeta louco está logo ali, vou ver se ele tem alguma informação. Você fica aqui perto da porta, e me grite se algo acontecer.

Rustch concorda com a cabeça. E Grace, então vai até o profeta, que logo ali próximo estava, enquanto Rustch, permanece onde estavam.

***

Já no profeta, Grace nota que o disseminador de matéria que os estudantes construíam já está aparentemente terminado, pois, nenhum encaixe havia restado sem uso. Com um olhar curioso, direcionado ao velho, Grace pergunta:

— Com licença, eu posso lhe fazer uma pergunta? - O homem continua calado, e escrevendo apressadamente em seus pergaminhos. A humana insiste. – É sobre o Doutor, quero saber o que pode ter havido com ele.

— Que doutor, doutor quem?  - Perguntou, com uma voz angustiante.

— Bem, o nome dele eu não sei, mas... Ele não é um doutor, ele é o Doutor. Mas mesmo que você não saiba, você tem alguma outra informação?

O profeta, encara Garce com olhos desesperados, e com sua voz sobrecarregada de pavor, diz:

— O fogo já está próximo, está próximo, está vindo, está vindo!

Grace, suspira apreensiva. E assustada, retorna rapidamente para Rustch, que a esperava com um conhecido casaco em mãos.

— Rustch, acho que tudo apenas irá piorar, o fogo está vindo.

— Não tem problema, neste planeta também existem brigadas de incêndios.

— Não! Eu estou falando de uma previsão, de algo terrível que poderá acontecer. 

— Tudo bem, má noticia. Porém, há uma boa também.

Rustch, entrega o casaco a Grace. Ela comemora: 

— Fantástico! É o casaco que tomaram de mim. Quem te deu isso?

— Um funcionário daqui, ele disse que isso foi um pedido do Tridaro, antes da discussão começar.

Grace, então checa os bolsos do casaco, para saber se todos os seus pertences ainda estão ali guardados, e retiram-lhes um a um.

— Vamos lá. Veja só, estetoscópio, termômetro, espelho, um dicionário multilinguístico, mapa, e... Ei, onde está a chave da TARDIS?! O Doutor deixou ela aqui dentro! Rustch, você a-pegou?  

— Não! Eu não mexi em nada, este casaco está da mesma forma que me foi entregue.

— Sem a chave da TARDIS ficaremos ainda mais impotentes, com ela poderíamos ir ver se o Doutor já mandou alguma mensagem. Ou eu perdi a chave, ou ela foi pega.

— Foi o Tridaro que providenciou isso. Não queria ter que admitir, mas... Será que... Ele honrou o seu título novamente?

— Não quero acreditar. Mas não irei mais duvidar de nada.

***

De volta à hospitaleira sala presidencial a qual o Doutor estava em cativeiro, o Ladrão, chega com uma bandeja com um bule, torrões de açúcar e biscoitos, para o Doutor. Pondo café em uma enorme xicara, ele percebe a insatisfação do seu ídolo.

— Também não quer café? Se está preocupado, saiba que nenhum desses alimentos está envenenado. - O Ladrão morde um biscoito. – Mas se quiser, fique livre para descordar.

— Tridaro, é o reparador da sua androide, não é?

— Claro que não! Este tipo de androide é autoreparável, não precisam de sombras vivas. E eu nunca pediria ajuda para alguém chamado Tridaro.

— Tentarei crer. Como você conquistou tudo isso?

— Trabalhando muito e dando muito trabalho, longa história. O Cerco de Fogo, A Noite Fria, A Infantaria dos Pesadelos, As Auroras de Sangue, estes, foram apenas alguns dos nomes dos episódios onde o Doutor, o Mestre, e os seus discípulos falharam tentando me deter. E... Foram todos mortos por meus amiguinhos assassinos. O Doutor foi o que mais tentou, porém, morreu em vão, correndo para a sua amada Terra.

— Você possui sangue e poder em suas mãos ao mesmo tempo, mas isto não está aí por nada, se os Daleks lhe deram tanto poder, existe algum propósito em particular.

O Ladrão ri alto. O Doutor continua:

— Enquanto você está rindo, pessoas choram por todo o universo. O que te fez causar tanta desgraça?

— Primeiramente, em minha defesa, eu devo lhe avisar que antes de eu chegar, a desgraça já estava acontecendo. Eu não a-iniciei, eu só continuei ela. Aquilo que gerou toda a dor que o espaço-tempo sente agora, foi... A Guerra do Tempo, a última grande Guerra do Tempo.  - Disse, encostando-se na mesa, e encarando aos estáticos olhos do Doutor.

— Está mentindo, são só histórias, isto não irá acontecer!

— Estou mentindo?! Não seja estúpido, Doutor, você sabe! Será que você está mesmo duvidando, ou... Apenas teme a isso?

Com olhos distantes, o Doutor cala-se ofegante.

— Isto que eu falei, é a mais pura verdade, Doutor. Mesmo que não aceite, você sabe que é, e isso lhe assombra, não é mesmo? - O Doutor desvia o olhar. O outro prossegue. – Para você entender melhor, saiba que a guerra ocorreu primeiro neste universo, e em breve... Irá ocorrer ao nosso. Rassilon foi para Lisarium-B2, para resolver assuntos sigilosos, certo? Agora imagine o que isto seria... Ele já sabe. Os rumores já estão correndo, e só você não quer escuta-los, Doutor.

— Não irei acreditar.

O Ladrão expressa desdenho com os ombros, e revela em seguida:

— Foi fugindo dos Scadorpes, os conquistadores dos Aridianos, foi assim que vim parar aqui. Roubei as suas últimas três perolas Aridianas, e depois fui perseguido até o fim. Bem... Deles na verdade.

— Você está em outro universo, e os Scadorpes em um túmulo. Por que também não morreu?

O Ladrão ri estapeando a mesa:

— Não seja rude, não combina com você. Eu fugia loucamente com a minha TARDIS, e eles me perseguiam por todos os lugares possíveis, tinham um manipulador de vórtex. Mas uma porta magica foi encontrada, uma pequena fenda, um caminho que eu nem sabia aonde poderia me levar. As minhas chances eram uma em mil, e tudo que precisei foi de uma. Já os bobocas, tiveram uma morte horrível com as suas naves de quinta.

— E depois você chega aqui e trai o seu próprio povo.

— Não são meu povo, e nem seus ao menos. E eu não cheguei de cara feia, eu tentei ajudar, eles é que não me escutaram, como sempre. Demorou para eu entender que esta se tratava de outra realidade, mas então... Me encontrei, e vi “eu” e Rassilon, juntos e felizes. Percebi muitas diferenças, em tudo.

— Você entendeu e se aproveitou, não é?

— É claro. E você deveria ter visto, foi hilário me passar por mim mesmo, só que antes tive que mata-lo, e me regenerar à mesma forma dele. Ele até tinha um cargo legal, Ministro de Guerra.

— E isso não foi o-suficiente, o que mais queria? Você transformou por pura opção o seu próprio sonho em um pesadelo.

— Você não conhece os meus sonhos. E isso já estava sendo um pesadelo, a guerra estava em seus primeiros anos. E estávamos ganhando, não iriamos perder tão fácil, os Daleks não eram tão desenvolvidos.

— Mas ainda assim, perdemos. É aí que você entra.

— Sim! Finalmente você está sendo esperto novamente. Continuando, eu já estava cansado de orquestrar todas as vitórias de Gallifrey, enquanto Rassilon, estava apenas sentado, e sendo glorificado como uma divindade! Agora uma última correção, os Daleks não me deram poder, eu dei poder a eles.

— Não, você não lhes deu nada, porque você não tem nada. Nunca teve, tudo que conquistou foi ao preço do furto, e até você um dia será roubado. 

— Está tentando me provocar? Admito, roubei muitas coisas, e eu tinha sim muito a oferecer aos Daleks. Eu dei a eles tecnologias, conhecimentos, técnicas e segredos sobre os Senhores do Tempo, coisas que eles nunca imaginariam. Foi assim que este império caiu, e é assim também, que o próximo cairá.

Na face do Doutor, apenas decepção era notada. Comenta ele:

— Os jovens que você matou, não se regeneraram. Medias de 150 anos, belas e longas vidas pela frente. Acho que aqueles eram os seus corpos originais, nunca nem haviam se regenerado, e... 

— Me lembro, foi muito divertido. Acabaram daquele jeito porque agora os Daleks podem travar o processo de regeneração. Tiveram a mãozinha de alguém, sabe?

— Existe algo chamado coração, mas eu acho que você não possua algum. Traiu o seu irmão, o seu povo e até a si mesmo. Isso tudo pelo o que exatamente, ódio, rancor, inveja, vingança, imaturidade... O que te motiva?!

O Ladrão, permanece calado por alguns segundos, como, se os seus pensamentos lhe carregassem para o lugar mais longínquo e deserto possível. Com uma voz cansada, pergunta ele:

— E você entenderia, se eu te contasse, você entenderia?

Depois de um largo sorriso, e com seus olhos cravejados de um vívido brilho, o Doutor responde:

— Se eu entenderia?! Eu vi rainhas decaptarem reis por eles terem se esquecido do dia dos namorados, eu vi deuses sofrendo como míseros mortais se arrastando na lama, eu vi guerreiros de pedra derramarem cachoeiras por seus olhos, e você acha que eu não entenderia uma briga entre dois irmãos, por um simples desejo de vingança?

— Isto não é só uma vingança, é uma promessa! E eu irei cumpri-la.

— Além de ter vergonha de você, o que mais Rassilon lhe fez para você odiá-lo tanto? Não consigo ver nenhum motivo justo.

— Não consegue porque não foi você que desde criança foi menosprezado, odiado, traído e humilhado. Me lembro de todas as caras feias, de todas as vezes que pedi ajuda ao meu irmão e fui negado, de todas as vezes que ele e os seus colegas de academia me fizeram de piada, todas aquelas agressões verbais e psicológica, acusações e hipocrisia! Estes, são apenas alguns dos calos dos meus corações.

— Todo este ódio, só fará mal a si mesmo. E sempre que tocar em um de seus calos, a sua dor apenas continuará, até o final.

O Ladrão, suspira descrente, porém, com olhos de certeza nas palavras do Doutor. O Ladrão revela:

— Saiba que eu teria Rassilon em minhas mãos se quisesse, mas, ele tinha que viajar! - O Doutor não entende. O outro termina.v– Pensei em várias formas de pega-lo, sou eu quem está manipulando todos os sensitivos em Gallifrey. Tentei com isso manipular o governo, mas Rassilon não dava ouvidos aos velhos. Pensei em algo mais simples, e com minhas instruções, montaram um disseminador de matéria, e era através dele que Rassilon viria até mim.

— Bobagem, estaria fora de alcance.

— Não, usaria a sonda do ponto em colapso como um farol de sinal. Mas, Rassilon havia saído, então, precisava de um plano B. Usando a sua substituta para causar desequilíbrio, e atingi-lo, quebrando a sua maldita capital, e o seu maldito orgulho.

O Ladrão, olhava firme e cheio de ódio próximo da face do Doutor, que lhe encarava com os mais sinceros olhos.

— Você é uma criança. - Diz o Doutor, após um suspiro.

A rancorosa face do Ladrão, se desmanchava em risos, e logo, após isto, o seu tom de seriedade revive novamente:

— Por acaso, Doutor, uma criança poderia primeiro destruir Gallifrey com Daleks e em seguida destruí-la novamente com Sontarans?

Os olhos do Doutor, fixam-se surpresos, ele não imaginava que até os Sontarans estariam de alguma forma envolvidos com o Ladrão. 

— Você também está influenciando os Sontarans?!

— Eu sei, eu sou demais. Mas você entendeu errado.

O Ladrão gargalha esfregando as mãos, enquanto o Doutor, franzi as sobrancelhas perplexo.

***

De volta à discussão, inúmeras rodadas de respostas e questionamentos por parte de Strov, Tridaro e Romana já haviam ocorrido. Chegamos agora aos últimos talvez, dos argumentos de Strov:

— E como a base que comando sendo de armas, o tal ponto em colapso de vocês comprometeria as nossas novas tecnologias, que ainda nem pomos em ação. Admitam, temem o avanço do império Sontaran, e por isso querem nos prejudicar.

— Tornarei a repetir, senhor Strov, Gallifrey não possui nenhum envolvimento por trás dos seus problemas, nós também nos preocupamos e estamos fazendo o possível para resolver as assolações. E sem ofensas, senhor, mas... Senhores do Tempo não tem motivos para temerem Sontarans.

Strov franzia a face indignado. Tridaro prossegue: 

— Suas palavras agora, senhora Romana.

— Sim, estava muito ansiosa. - Tomou a vez. — Gostaria de saber se... Nesta sua base, senhor Strov, existe alguma arma ou tecnologia que vala a pena ser zelada, ou será que o que vocês possuem é primitivo demais para ser valorizado?

— Primitivo?! Nossas forças bélicas evoluíram em níveis nunca antes vistos, e até mesmo foram admirados por dezenas de civilizações distintas. - Respondeu. — Aquilo que zelo é de alto valor militar e social, se fosse usado, arrasaria galáxias.

— Não entendo qual a relevância desta questão para a senhora. - Cometa Tridaro, curioso a Romana.

E Romana, cheia de malicia em seu sorriso e fogo em seus olhos, olha para Traidaro, que esperava curioso a sua resposta:

— Não precisa mais mentir Tridaro, chegou a hora de acabarmos com este teatro.

Com estas palavras, os olhos de Tridaro arregalaram-se amedrontados, e Strov, suspira furioso, estufando-lhe grosseiramente o seu pequeno tórax.

— Mas eu não estou entendendo, senhora Romana, eu não sei o que você quer dizer!

Romana, gargalha malévola.

— Depois disto que acabei de ouvir, exijo explicações. - Diz Strov.

— Tudo o que posso dizer é que está havendo algum mal-entendido. - Responde Tridaro.

— Eu já disse, chaga de teatro. - Insiste Romana. — Cansei de atuar, apesar de minha atuação incontestável. O que eu quero dizer, senhor Strov, é... Que nós somos de fato os responsáveis pelo ponto em colapso.

Todos os indivíduos, das comitivas de Senhores do Tempo e Sontarans, chocam-se com estas palavras. Strov, transbordava irá em seu rosto, e Tridaro, transbordava o mais puro medo e contradição. 

— Isto é uma calunia! - Nega Tridaro. — Senhor Strov, peço que tente me escutar, senhora Romana não está em si, há algo de errado ocorrendo aqui.

— Não quero ouvir mais nada que saia da boca de um Senhor do Tempo. - Avisa Strov desapontado.—  Espécie sem confiança, até as serpentes de Wghar são mais consideráveis.

— O ponto em colapso não é obra nossa, é resultado do choque da colisão de dois universos! Mesmo nós, não seriamos capazes. Senhora Romana, por que está mentindo? - Tridaro se vira para ela.

Ela responde:

— Eu não menti, apenas falei algo que o resto de vocês não notou. E tenho algo a lhe avisar também. Está demitido. Repetindo senhor Strov, somos os responsáveis.

— É mentira! É tudo mentira! Comandante Strov, não a ouça.

— Sim, não irei mais ouvi-la. - Responde ele. — Porque para mim já basta. Foi o-suficiente para reforçar aquilo que eu já sabia. Com isso, e de acordo com as nossas normas militares do paragrafo 14, isto é considerado como um ato de violência! E por isso, temos o total direito de combate-los.

— Tenha piedade, tenha clemencia. - Tridaro ajoelha-se do altar onde está.

— Pode deixar, eu lhes darei clemencia, a clemencia da morte.

— Saiba que não ficarei sentada vendo você atear fogo em meu povo. Também irei reagir. - Rebate Romana a Strov.

— Então isso é guerra? - Pergunta Strov a Romana.

— Sim, guerra.

— Não, não é! Isto está errado! - Berra Tridaro.

— Cale-se! Já disse, está demitido. - Reforça Romana. — Não tem nem mais o direito de falar dentro desta sala.

— Tenho um aviso para você também garoto ruivo. - Avisa Strov.

Romana, ergue as sobrancelhas em desdenho. Strov termina

— Prepare-se, faz tempo que não batalhamos, Sontarans em abstinência são ainda mais impressionantes.

Os Sontarans, retiram-se da sala, enquanto no chão do altar da bancada Gallifreyana, Tridaro gritava agoniantemente por reconsiderações. Do lado de fora, Grace e Rustch, assustam-se com todos aqueles Sontaras saindo irritados da sala. Em segundos depois, esta comitiva some em um clarão de luz, um teletransporte aconteceu. Logo, Romana retira-se dali de dentro também, esta, com um sorriso sínico enfeitando lhe a cara. E em seguida, Tridaro também emerge para fora, com o objetivo de saber quais serão os próximos passos da presidenta. Grace, aborda-o, puxando-o pelo braço:

— Você realmente é um traidor, não é? Onde está a chave da TARDIS?

— Não sei de chave alguma, e os assuntos agora são outros. - responde Tridaro. — Não percebeu que tudo deu errado?

— Do que está falando, o que houve?

— Eu não fui capaz de deter a senhora Romana. - Grace e Rustch arregalam os olhos. – Uma guerra foi declarada.

— Guerra?! O que faremos agora? Está tudo perdido.

— Não, Garce, não esta tudo perdido. Não é assim que o Doutor pensaria. - Nega Rustch, e Grace, tenta concordar.

— Mantenha-se calma. Preciso que você e Rustch sigam a senhora Romana, e a impeçam de cometer alguma nova loucura. - pede Tridaro.

— E você? - Pergunta Rustch.

— Eu... Preciso ir falar com alguém, preciso mandar uma mensagem.

Garce e Rustch, concordam, e partem seguindo discretos a Romana, e Tridaro, parte também, em busca do seu respectivo dever.

***

Na intrigante conversa da Gallifrey paralela, o Ladrão ria sentado a uma cadeira, e o Doutor, encarava irritado. Estalando os dedos, o Doutor chama a atenção do Ladrão. 

— Ah, sim, desculpe. Sempre me empolgo quando coisas trágicas estão prestes a acontecer. - Parou de rir o Ladrão. 

— Voltando ao assunto, qual o seu envolvimento com os Sontarans? Eles também estão do seu lado?

— Bem, é complicado. Eles não estão exatamente do meu lado, mas... Estão agindo de acordo com a minha vontade.

— Será que você poderia ser mais exato e parar de fazer mistério?

— Você está ficando velho. Mas, indo direto ao ponto, primeiro, preciso de mais soldados. Depois, eu os-escolho, e tento provocar eles. Uma inocente fenda se torna um terrível monstro, perto de um de seus bens mais poderosos, e agora... Eles procuram o responsável. 

— E os Senhores do Tempo como sendo os zeladores da ordem universal, acabam sendo atraídos, e culpados.

O Ladrão se exibe fazendo poses em um espelho. o doutor prossegue:

— Porém, mesmo assim, não faz sentido. Poderia atrair os Daleks, e ainda assim escolhe Sontarans?!

— Sim, foi difícil escolher! Pensei, Cybermans não são compatíveis, Daleks  começariam as suas próprias guerras, Zygons me dariam dor de cabeça, e Slitheens, bem... São medíocres! Mas então, encontro um império movido por lutas e guerras, de seres que sentem orgulho em morrer lutando. E...

— E o quê?

— E é instalado dentro dos sistemas armamentistas deles, sem nem eles saberem, o Anel de Safira Negra.

— Isso destruirá milhares de vidas! Aquele aparelho serve como um amplificador de capacidade bélica, e dá poderes atemporais às armas!

— Sim, e é por isso que eu o-roubei. A nossa Gallifrey será completamente e totalmente exterminada.

O Doutor se cala perplexo. E na mesa presidencial, que se encontra ali próximo à mesa do Doutor, uma mensagem holográfica em forma de carta é recebida. Percebendo isto, corre o Ladrão até a mesa.

— Olhe só, recebi um e-mail! Vamos ver o que ele diz. - Tocando o holograma, uma mensagem escrita é mostrada. – Fantástico! “a fogueira foi acesa” é a frase de confirmação que o meu androide me mandaria, se tudo desse certo. Quer dizer, errado.

— Você não pode ter conseguido.

— É claro que pude! O meu plano deu certo. - O Ladrão pula de alegria. – Acho que vou querer um champanhe, ou será que você prefere pipoca? Não, prefiro champanhe. 

O Ladrão, pega duas taças e parte para a mesa do Doutor. O Doutor, lhe encarava sério, suas sobrancelhas por pouco não tocavam ao chão. Ódio, irá, e amargura, tudo isso, poderia ser sentido ao olhar por um simples segundo para o rosto do Doutor. O Ladrão comenta: 

— Não faça essa cara, eu estou sendo legal com você. Lhe preparei um banquete, fiz café, e trouxe até um champanhe! Nem com os meus romances eu fui tão gentil.

A face enraivada perdura. E mexendo o Ladrão em um pequeno aparelho com antenas, botões e enormes alto-falantes, diz ele:

— Isso nos dará um canal de áudio. Áudio, de qualquer lugar do senado, poderemos ouvir todos os gritos de horror e correria dos súditos de Rassilon.

Várias vozes embaralhadas são transmitidas pelo aparelho, enquanto o Ladrão manuseava os botões procurando algo que lhe interessasse. Os sons dos motores das naves Sontarans, são destacados, e uma certa tensão preenche a mesa. O Doutor, se mostrou não muito preocupado com aquilo, e o Ladrão, encara-o desconfiado. A mascara de pedra a qual o Doutor cobria o seu rosto, logo desaba em pequenos sorrisos, e em seguida, gargalhadas soluçantes. 

— Do que você está rindo, pegou as minhas manias? - estranhou o Ladrão. 

O Doutor continua. O outro insiste: 

— Perdi alguma piada, ou será que estou vestido de palhaço? Te ver sério é horrível, mas te ver alegre é pior ainda.

Prolongando a algazarra, o Doutor tapeia a mesa e bate palmas. Sem compreender aquele acontecimento, o Ladrão, se afasta pensativo, tentando entender o que poderia ter havido sem que ele percebesse.

***

Em nossa Gallifrey, os civis encaravam aos céus, e dos céus, os armamentos Sontarans se alinhavam, em prontidão de disparo. Da nave mestra, entre as centenas de naves militares daquela frota, Strov vislumbrava a Cidadela por um monitor, e os seus soldados se preparavam para a batalha.

— Vejam todos aqueles prédios, logo, serão migalhas de terra presos em nossas botas. - Comenta Strov.

— Senhor, os nossos 3500 soldados já estão prontos para a guerra. Estamos apenas esperando as suas ordens. - Diz um capitão.

Strov, se vira lentamente silencioso para o capitão, e sorrindo bastante contente avisa:

— Muito bom. Capitão Staal, as minhas ordens são... Teletransportem-se até o solo, e saqueiem tudo o que houver de precioso, capture os importantes e aniquile inúteis. Daqui de cima, eu darei as ordens aos atiradores. Os nossos novos multe-canhões entrarão em grande estilo, e tudo o que houver abaixo de nós, se tornará poeira.

Concordando, o capitão bate continências, e se retira para com os outros guerreiros. Da cidadela, clarões de luzes surgem por todas as partes, e disto, saem os inabaláveis soldados Sontarianos, atirando para todos os lados, e logo, correria, caos, e pânico é iniciado. De sua nave, Strov se preparava para acender a fogueira, e comentando ele por inúmeros telões com alguns de seus subordinados, que já com as suas mãos sobre as alavancas de disparo estavam, transpareciam todos uma enorme confiança. Comentando, Strov dizia:

— Neste momento, a nossa justiça será feita. Por milênios, a nossa raça foi tratada como uma piada, mas, não mais, foram tantos apelidos. Porém, agora é a nossa vez de causar humilhação. Destruiremos os Senhores do Tempo, e assumiremos o posto número um de civilização. Estão prontos?

O silêncio que habitava ali, logo morre quando Strov escuta um certo rito, sendo cantado pelos indivíduos nas telas. Todos os seus subordinados cantavam o rito, era o rito, de orgulho Sontaran.

— Escutou, Gallifrey? Este nosso rito tem muitos significados, e neste momento, se quiser... Entenda-o como a sua canção de adeus. Adeus. - Todos, puxam as alavancas.

 

 


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Notas finais do capítulo

E então, o que você achou do vilão? ele é legal, chato ou insuportável? kkkk. É ótimo escrever ele, no próximo capítulo veremos mais sobre ele.
O capitão Staal, que aparece no final do capítulo é o mesmo Staal que temos na quarta temporada de série, no episódio O Estratagema Sontaran e O Céu Envenenado. Então aqui o Staal era mais jovem. o rito que eles cantaram no final, então seria aquele que eles sempre falam "sontar ha" mas não quis escrever isso na história.
Os Aridianos que foram citados, são personagens da serie clássica da época do primeiro Doutor. Eles aparecem no Arco The Chase EPs 1 e 2. E os Scadorps "conquistadotes dos Aridianos" são invenção minha, tirei o nome fazendo o anagrama da palavra "pescador".
E a história que o Ladrão narrava, seria o Doutor encontrando a Doutora.
O próximo capítulo irá demorar mais um pouco para ser postado ( já está postaso) também, por falta de tempo. Mas prometo que tentarei deixa-lo melhor ainda. Me diga o que você achou do capítulo :)