Era um dia de outono especialmente quente quando decidimos, do nosso modo habitualmente espontâneo, que iríamos à praia.
Dentro da casa de seus pais, o ar circulava em lufadas frescas que faziam os sinos de vento ressoarem de forma tranquila pelo espaço aberto. Eu me recostava em seu peito, de olhos fechados, praticamente já dormindo quando sua mãe, Esme, pediu para que passeássemos com os cachorros.
Sempre que eu os visitava, era mimada de todas as formas possíveis e imagináveis. Os pais de Edward nutriam um carinho especial por mim desde que souberam por sua outra filha, Alice, que ele estava começando seu primeiro relacionamento sério.
Isso já havia completado cinco anos.
Da primeira vez em que fui conhecer sua família, eles fizeram macarronada em uma quantidade grande demais para cinco pessoas, só por meu nome ser italiano. Bem, eles não estavam errados... Eu era apaixonada por massas mesmo que nunca tivesse pisado na Itália ou nem mesmo tivesse ascendência.
Portanto, era impossível negar qualquer pedido de Esme ou Carlisle. Eles pediam e eu prontamente já estava fazendo, mesmo que, naquele momento, eu estivesse confortavelmente feliz e tranquila no peito de Edward. Já ele reclamou, como de costume. Contudo, era um filho dedicado e um dono de pet que se deixava fazer de gato e sapato por seus cachorros. Faz sentido?
Era início de tarde, após o almoço e, apesar de na sombra ser um dia relativamente fresco, o sol lá fora incidia com violência sob nossa pele, mesmo que mal tivéssemos saído de casa.
— Aceita apostar uma corrida? – Edward perguntou enquanto passávamos pelo portão, cada um já segurando um cachorro pela coleira.
— Você está louco? – Fingi olhar de cara feia, porque ele gostava de me sugerir coisas idiotas para me irritar, só para se entreter com o meu mau humor. Típico.