Os Guerreiros Do Reino Após Os Muros escrita por _milenayamamoto


Capítulo 12
Floresta Ao Leste


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♡



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/763805/chapter/12

Os três continuavam nos cavalos, se distanciando do palácio e indo para o leste.

O mato crescia alto naquela parte do reino. Haviam placas de afaste-se e mantenha distância pregadas nas árvores.

Miya cavalgava atrás de Lua e Sam, e olhava a sua volta. O céu estava começando a fechar, ameaçando chover. O vento estava cada vez mais forte e mais gelado.

Miya pôs o capuz do manto que vestia sob a cabeça, e permaneceu em silêncio, pensativa.

Sam e Lua já haviam parado de discutir.

—Falta muito para chegarmos​? - Lua perguntou.

—Acho que mais uns dez minutos. Já dá para ver as copas das árvores. - Sam respondeu apontando para longe.

—E depois? O que faremos quando chegarmos lá?

—Vamos seguir a trilha de pedras, como diz o livro.

—E depois?

Sam se virou para Miya, que estava focada em seus pensamentos.

—Você está bem? - Sam perguntou.

Miya demorou para perceber que falavam com ela. Ela olhou para Sam, e sorriu em jeito:

—Tá tudo bem.

—Você está mais branca que o normal. - Lua comentou, encarando a colega. - E olha que você é branquíssima! Não sabia que era possível ficar mais pálida.

—Deve ser porque não dormi bem essa noite. - Miya respirou fundo. - Pelo menos consegui terminar de ler o livro. Trouxe ele comigo por via das dúvidas.

—E o que descobriu? - Sam perguntou.

—Não muito. Estavam faltando páginas. Alguém as arrancou.

—Como assim? - Lua franziu o cenho.

—Acho que as folhas já estavam faltando desde que peguei o livro na biblioteca. - Miya respondeu.

Sam parou seu cavalo e encarou a colega:

—Acha que as páginas que faltam são importantes?

Miya, também parando, pegou o livro de dentro de sua bolsa e mostrou para Lua e Sam.
Faltava no mínimo umas cinco folhas.

—Este livro conta sobre toda a trajetória de Litari. Não apenas sobre a maldição, mas sobre todo o reino. Mapas detalhados sobre cada lugar, registros sobre a população, sobre a família real. E eu acredito que as páginas que faltam sejam sobre nós, os três guerreiros.

—Você acha que havia instruções sobre o que devemos fazer quando chegarmos a floresta? - Lua perguntou.

—Talvez... - Miya suspirou. - Eu não sei.

Os três voltaram a seguir em frente. E em alguns minutos, chegaram a entrada da floresta. As altas árvores se estendiam para longe, era difícil enxergar entre elas. A floresta era mais escura e sombria do que eles haviam imaginado.

Sam observou o chão e encontrou a trilha de pedras. Eram pedras grandes, lisas e arredondadas.

O caminho ia direto para dentro da floresta.

—Estão prontas? - Sam perguntou, descendo de seu cavalo.

Ele pegou sua espada, a colocou na cintura e, com as flechas negras dentro da bolsa de suprimentos nas costas, mandou o cavalo voltar para o palácio.

Lua e Miya fizeram a mesma coisa. Pegaram seus pertences, se despediram dos cavalos e foram para o lado de Sam.

—Seguiremos pela trilha. - Sam falou, pegando duas pedras do chão e colocando fogo em sua tocha. Ele enrolou a tocha com seu lenço e a segurou firmemente.

—Se o monstro aparecer, lutaremos. - Lua disse, determinada.

—Vai dar tudo certo. - Miya abraçou o livro contra o peito por breves segundos, e o guardou dentro de sua bolsa. - Nós vamos conseguir.

E os três entraram juntos na floresta, sumindo nas sombras.

 

• • •

 

Sam seguia na frente, iluminando a trilha com sua tocha.

Mesmo ainda sendo cedo, a floresta estava totalmente escura, como se fosse noite. O som do vento balançando as folhas parecia vir de todos os lados, dando a impressão de que não estavam sozinhos naquele lugar.

Miya e Lua estavam lado a lado, logo atrás de Sam.

—Esse lugar me lembra umas florestas onde acampei quando ia fazer alpinismo. - Lua comentou.

—Como você conseguia dormir em lugares sinistros assim? - Miya perguntou.

—Bom, não haviam monstros para me preocupar... Só uma vez que um guaxinim atacou meu instrutor, mas não foi nada de mais. Acho que ele levou só uns oito ou nove pontos na perna.

Miya riu, imaginando a confusão que o guaxinim devia ter feito.

Sam se virou para as meninas e pediu que fizessem silêncio.

—O silêncio me deixa tensa. - Lua reclamou. - Me deixa mais tensa do que ficar perto de você, Sam.

Sshhh. Eu acho que temos companhia.

Lua e Miya esticaram os pescoços e viram o fogo de uma tocha no meio da escuridão à frente.

Lua agarrou sua espada, pronta para o que quer que fosse aquilo.

Eles seguiram em frente devagar, e aquela tocha também parecia estar se aproximando deles lentamente.

Sam tentava forçar a vista para enxergar quem quer que estivesse ali, mas mesmo com os olhos acostumados ao breu da floresta, era impossível ver algo além do fogo que queimava.

Sem sair da trilha, eles ficaram a poucos passos da estranha tocha.

Miya agarrou o braço de Lua quando Sam esticou e agitou sua tocha na intuição de iluminar e descobrir quem é que estava ali. Mas a outra tocha, para o espanto dos três, fez o mesmo movimento.

—Mas... O quê? - Sam murmurou e se aproximou. - É um espelho? Estava refletindo a gente esse tempo todo.

Lua limpou a garganta e Miya a soltou, dando um passo para o lado, meio sem jeito.

—O que um espelho faz no meio dessa floresta? - Lua perguntou.

—Eu não sei. - Sam respondeu, dando uma boa olhada no espelho, que estava de pé sem apoio algum.

Miya também se aproximou do espelho e sussurrou:

—Acho melhor sairmos daqui. Vamos seguir pela trilha.

Os três deram a volta pelo espelho, mas não haviam mais pedras para seguir.

—Fim da linha. - Lua falou. - O que faremos agora?

Eles voltaram para onde estavam, e encararam o espelho.

—Isso estava aqui? - Miya perguntou, apontando para uma maçaneta prateada no canto direito do espelho.

—Não... - Sam respondeu. - Uma... porta? Para onde ela vai dar?

—Só há uma maneira de descobrir. - Lua pôs sua mão na maçaneta e a girou com facilidade. - Prontos?

Miya pegou seu arco e apontou uma flecha para a porta:

—Por favor, que não sejam zumbis. Que não sejam zumbis.

Sam jogou sua tocha no chão e pegou sua espada com firmeza.

Lua abriu a porta com um puxão, e uma luz branca cegou os três no mesmo instante, fazendo eles cerrarem os olhos.

Em seguida, um vento igualmente forte soprou suas costas e fez os três voarem para frente, diretamente para dentro da porta misteriosa.

E novamente a escuridão tomou conta do lugar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que será que acontecerá com nossos guerreiros nessa floresta amaldiçoada?
Até o próximo capítulo ♡ E não se esqueça de deixar um comentário com a sua opinião!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Guerreiros Do Reino Após Os Muros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.