O termo “colegas de quarto” era fodidamente distorcido para Kirishima. Ele não conhecia privacidade, regras e bom senso. Comprava comida demais, não obedecia as etiquetas que nomeavam os lanches de Katsuki na geladeira, comendo-os sem se importar. O banho já não era mais uma atividade onde Katsuki podia aproveitar de si mesmo, era onde Bakugou passava longos minutos ouvindo Kirishima falar incansavelmente enquanto arrumando os cabelos em frente ao espelho, e se não fosse dar na telha o que de fato ele desejava com a privacidade, já teria chutado Eijirou porta à fora do banheiro. Todas as manhãs, sem uma única falta, Kirishima fazia questão de comentar o quão incrível Bakugou era por não passar um longo processo na finalização do seu cabelo.

Dormir sozinho já não era mais uma escolha sua também, pois, Eijirou se esgueirava pelo quarto até sua cama todas as madrugadas que não permitisse de imediato a presença na sua cama. Porque ele jurava que Bakugou estaria dormindo profundamente depois dele bater duas vezes na cômoda entre suas camas, ou o calor que ficaria com o corpo extra na cama, a qual, aliás, era de solteiro,  e obviamente, não foi feita para suportar dois homens de 20 anos com tanta massa muscular.

Mas, entretanto, todavia, os contras não eram incômodos o suficiente para ultrapassar os prós, e o fato dele amar Kirishima Eijirou era o maior pró de todos, portanto, não tinha como ele simplesmente afastar o corpo do namorado da sua cama.

Katsuki gostava de compartilhar beijos indiretos comendo com os mesmo hashis — e de ser alimentado por Kirishima, aliás —, de ouvir Eijirou gritar a letra da música enquanto se banhava — aquele, aliás, era o real motivo de o fazer acordar em muitas manhãs, porém nas raras outras vezes em que Katsuki conseguia superar Eijirou e sua terrível hábito matinal, ele era grato pelos modos desinteressado do seu colega de quarto e namorado, porque não havia nada melhor em uma manhã de segunda-feira do que acordar com Kirishima em seus braços. O rosto sereno do ruivo ser a primeira coisa a ver era um significado de que aquele seria um bom dia.