Barriga de Aluguel escrita por Thatty


Capítulo 4
Capitulo 4 - Sem controle


Notas iniciais do capítulo

Pessoal fiz umas perguntinhas com relação aos capítulos da fic nas notas finais. Por favor não deixem de ler e responder, ok?
—Esse cap tem cena de sexo leve.

Boa leitura



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Pov. Ethan

Eu não aguentava mais ser julgado por querer algo tão simples. Um filho era uma coisa simples, qual a dificuldade daquela garota de engravidar e dar ele pra mim? Ela não entendia as coisas que eu podia fazer por ela, que eu podia dar a ela. Tudo bem que eu entendia seus propósitos e suas inseguranças, mas ela estava sendo tola em recusar. E eu iria fazer ela mudar de ideia.

—Senhor esta tudo como planejado, os convidados estão todos ai e a festa esta do jeito que o senhor queria – disse Cat num vestido longo e claro, vindo me recepcionar na escada.

—Ótimo, Catarina, eu só preciso ir buscar um convidado e volto logo. Cuida de tudo pra mim? – pedi enquanto parava em frente ao espelho do saguão e tentava arrumar a gravata do meu smoking.

—É claro, deixa que eu arrumo isso pra você – ela se colocou na minha frente e suas mãos ágeis e femininas ajeitaram o que eu estava me matando pra conseguir. – O convidado é aquela garota?

 Na sua pergunta havia um tom de preocupação e eu não podia culpa-la. Catarina cuidou de mim quando meus pais morreram. Ela foi meu alicerce quando eu não tive ninguém.

—Ela mesma – respondi – Eu volto logo.

 Disse pegando as chaves do carro.

—Não a assuste, você é um homem intimidador, pegue leve.

—Sim senhora. – respondi rindo.

 Sai da minha casa sem falar com alguns convidados que chegavam e entrei no meu conversível. Eu esperava que ela estivesse pronta, pois eu estava abandonando minha própria festa e meus convidados para ir busca-la.

 Eu ia leva-la até se ela estivesse de pijama e despenteada.

O transito estava livre, portanto em poucos minutos eu estava em seu apartamento. Me identifiquei com o porteiro e ele disse que ela já estava descendo. Fiquei parado na portaria me fitando no espelho. Eu odiava smoking ou ternos e Catarina exagerou em apertar a minha gravata.

 Olhei no relógio pela terceira vez em 10 minutos. Ela não me ouviu dizer que eu odiava atrasos ou esperar?

 Eu já tinha quase certeza de que ela estava me dando um bolo. Seria um ato muito terrível se eu subisse até seu apartamento e a jogasse por cima do meu ombro e a leva-se a força? Eu estava cogitando essa ideia.

Quando eu já estava indo até porteiro pedir pra me deixar subir, até porque já tinham se passado 30 minutos e Catarina havia me ligado duas vezes. Já estava até vendo a manchete nas revistas e jornais “Dono da FrayCorp não comparece a própria festa em sua mansão”. Que fim de carreira.

 Quando tomei atitude de falar com o porteiro pela segunda vez a porta do elevador se abriu e eu perdi meu chão por alguns minutos.

Izobel saiu por ele definitivamente impecável em um vestido longo e preto, com uma fenda na cintura. Essas cores escuras ressaltavam a cor dos seus olhos verdes e sua pele cristalina. Ela estava muito atraente e eu não podia negar, até porque não conseguia disfarçar. Olhava pra ela que nem um babaca.

—Fico feliz que tenha aceitado o convite – disse a ela. Até porque eu estava com medo de ela não vir.

—Você não me deu escolhas, aceitei por livre e espontânea pressão. – ela falou caminhando até mim e eu sorri satisfeito.

 Sim eu era um cara que conseguia o que eu queria.

 Ofereci o braço pra ela como um cavalheiro, e ela aceitou mordendo os lábios. Caminhamos até lá fora tranquilamente, quando chegamos ao meu carro eu abri a porta pra ela entrar e entrei logo em seguida.

 Ela passou grande parte do caminho desviando o olhar de mim e eu tentei fazer o mesmo, apesar de ser muito difícil, já que ela era mulher chamativa.

—Me diz uma coisa, como pretender me engravidar? – perguntou do nada, quando eu parei no farol. Eu a encarei surpreso.

—Inseminação – respondi.

Ela ergueu as sobrancelhas, desconfiada, e voltou a encarar a janela.

—É claro – ela sussurrou e eu reprimi uma vontade de rir.

—Por quê? Pensou em outro jeito de fazer isso? – perguntei a encarando, mas ela não me olhou de volta, só respirou fundo.

—De maneira alguma senhor Fray.

 Logico que seria um prazer fazer isso do jeito tradicional com ela. Mas eu não seria cafajeste a esse ponto, não, eu não seria. Já estava pedindo demais a ela.

 O caminho todo foi puro silencio e eu tive que me concentrar em não olhar pras suas pernas. Eu estava um pouco descontrolado hoje, o que não era do meu feitio. Quando chegamos a minha casa eu vi seus olhos arregalarem e brilharem ao mesmo tempo.

 Catarina fez uma decoração do jeito que eu queria. Luxuosa mas não extravagante. A mansão por fora estava toda iluminada, o jardim bem enfeitado e com o lago e o chafariz ligado, tinha muitos carros caros parados lá na frente e dava pra ouvir o som de um piano ao fundo.

 Eu estacionei o carro e um segurança abriu a porta pra mim e pra ela.

—Obrigado- agradeci a ele. Eu fui até ela e peguei em sua mão. Ela nem se incomodou com o ato, estava toda boba olhando a casa do lado de fora como uma criança que vai a Disney pela primeira vez.

—Você mora aqui?

—Depende – dei de ombros – Às vezes gosto de ficar no meu apartamento em Nova Iorque. Ou nas minhas casas em outros países. Mas no geral passo mais tempo aqui.

 Ela me encarou.

—Meu Deus – suspirou bestificada e olhou em volta de novo. – Isso aqui é um palácio. Serio! Cabem dois estádios de futebol aqui dentro.

—Não seja exagerada – rolei os olhos.

 A conduzi pra dentro de minha mansão e o mordomo abriu a porta. Nos cumprimentou pegando meu casaco e o dela sem dizer nada.

 Depois ele abriu as duas portas do salão e pudemos ver a festa a nossa frente. Catarina realmente cuidou de tudo. Tinha muita gente da alta sociedade aqui hoje, a decoração estava toda iluminada, com muitas flores e garçons servindo champanhe e muita musica boa.

—Pensei que não chegaria hoje – Catarina apareceu do nada com um olhar assassino. – Olá senhorita Prattes, é bom vê-la novamente.

—Parem de me chamar de senhorita Prattes, me chame de Izobel ou Bel. – ela disse.

—Certo – Catarina deu um sorriso murcho e olhou pra mim com uma cara nada boa – Ethan, preciso conversar com você. É urgente!

—Agora não dá, acabei de chegar.

—É urgente Ethan.

—Creio que pode esperar uns minutos – dei um sorrisinho pra ela que me devolveu com olhar de raiva. - Vem, Izobel quero te mostrar umas coisas.

Peguei firme na mão dela e a arrastei para o salão cumprimentando alguns dos convidados chatos que gostavam de puxar o meu saco, e distribuindo sorrisos simpáticos a alguns. Um garçom passou por nos e peguei duas taças de champanhe.

—Qual a finalidade dessa festa? – Izobel perguntou pegando seu champanhe da minha mãe.

—Bom, hoje nos comemoramos o premio de maior empresa do ano!

—Olha só, meus parabéns – ela disse olhando em volta. – Deve ser mesmo difícil comandar tudo isso.

—É, mas eu gosto!

—E vai me dizer que não tem nenhuma pretendente pra ter um romance com você, Ethan Fray? – disse passando os olhos pelo salão. Sua taça de champanhe já estava vazia.

—Não sou homem de romance Izobel.

 Ela me encarou de cima a baixo e mordeu os lábios deixando escapar um suspiro. Queria saber o que passava pela cabeça dela quando ela me olhava com essa intensidade.

—Porque estou aqui?                                                  

 Eu respirei fundo e me aproximei dela devagar por trás. Abaixei-me pra ficar próximo a sua altura e sussurrei perto de seu ouvido.

—Quero que olhe tudo isso. Quero que veja o quanto eu posso te dar. Essa é só uma das casas que eu tenho, fora os, sítios, chácaras, aviões particulares, iates... Meu filho nunca passara pelo que você passou. Ele vai ter tudo isso que seus olhos veem, e o que não pode vê também – ela suspirou. – E você vai poder ter o que você quiser. O que me pedir eu te darei.

—Já pensou em adoção? – ela se virou pra mim e me encarou distraída. Eu revirei os olhos – É serio, é uma boa sabia?

—Izobel, não é o que eu quero.

—Te dar um filho também não é o que eu quero.

 Eu respirei fundo tentando disfarçar minha irritação, até ouvir alguém chamar meu nome ao fundo da musica. Virei-me levemente e um homem alto e esguio vinha em nossa direção.

—Ethan Fray, pensei que não chegaria nunca! – ele disse se aproximando de mim com um sorriso de orelha a orelha. Então ele desceu seus olhos pra Izobel e seu sorriso se alargou mais ainda – Quem é a bela moça?

— Francis, como vai? – disse dando um aperto de mão - Esta é Izobel Prattes. Izobel este é Francis Leone, um amigo de negócios. – disse os apresentando.

 Ele apertou a mão dela e sorriu.

—Vocês fazem um belo casal, não sabia que seu coração estava finalmente ocupado meu amigo – Francis brincou.

—Não, não somos um casal – Izobel respondeu rapidamente. – Somos apenas colegas de... Trabalho.

 Os olhos dele cresceram pra ela como o de um gavião que vê uma presa e eu não fiquei nem um pouco feliz com isso.

—Ethan – Catarina apareceu de novo aflita. Eu a encarei com ódio. O que essa mulher queria? – Por favor, preciso falar com você!

Meu Deus.

—Não posso deixar Izobel sozinha...

—Eu fico com ela – Francis se ofereceu animado e eu o olhei desconfiado. – Até você voltar, é claro.

 Eu engoli em seco de raiva.

—Relaxa, pode ir, eu me viro por aqui – Disse Izobel.

 E eu fui. Deixei-a sem falar nada com Francis e segui Catarina até o segundo andar da mansão. No caminho cumprimentei mais algumas pessoas pra não fazer desfeita, mas queria voltar logo. Não gostava da ideia de deixar Izobel e Francis sozinhos lá em baixo.

 Ele tinha uma péssima fama de ser mulherengo.

—Qual o problema Cat? – perguntei quando estávamos a sós.

—Tem uma pessoa no seu escritório esperando por você desde o começo da festa.

 Eu respirei fundo e larguei Catarina no corredor sem mesmo perguntar quem era.

 O corredor era enorme e cheio de quadros antigos, pintoras minhas e da minha família e uma iluminação meio retro. Meu escritório ficava na ultima porta, na sala maior da mansão. Assim que abri a porta vi algumas coisas minhas remexidas e minha poltrona estava virada pra janela.

 Eu bati a porta com força quando entrei chamando atenção. A pessoa que estava sentada na minha poltrona, se virou devagar. Ela tinha um maldito sorriso malicioso, os cabelos da mesma cor que o meu, castanha claro estavam curtos nos ombros, seu vestido rosa era extravagante chega doía os olhos se olha-se demais.

—Oi maninho – ela disse aumentando o sorriso ao se levantar e caminhar até mim. Tentou me dar um abraço mais eu desviei na hora. – Qual o problema? – perguntou sínica.

—Esta fazendo o que aqui Rachel?

 Como em toda família sempre tem que ter alguém pra ser a ovelha negra. Rachel era essa pessoa. Acontece nas melhores famílias, eu juro. Esta comprovado no Google.

—Vim ver você ué!

 Eu suspirei fundo e fui até o balcão e preparei um uísque bem forte pra mim. Hoje essa noite iria ser muito longa.

—Muito chato da sua parte dar uma festa e não convidar sua própria irmã.

—Talvez porque eu não queira te ver? – disse virando meu copo numa golada só.

—Eu tenho tanto direito de estar aqui quanto você – disse e eu senti irritação na sua voz e sorri pra ela.

—Ah não ser que eu te convide, fora isso você não tem direito de nada Rachel. – ela fechou a cara pra mim – Você nem deveria estar aqui sem a minha permissão, como entrou?

—Não é da sua conta.

—Vá embora.

 Ela se virou pra mim me fulminando com o olhar.

—Não – disse nervosa - Eu mereço participar dessa comemoração tanto quanto você, eram os nossos pais...

—Não eram! – eu a cortei jogando o copo de vidro no chão - Era meu pai. Ele construiu isso e deixou pra mim. Você é minha irmã por parte de mãe. Não tem direito a nada disso, nada disso é seu. Vai embora daqui, por favor.

—Ethan, como pode dizer isso...

—Eu vou chamar a segurança se não sair daqui Rachel.

—Pode chamar... Eu não vou embora. – falou batendo o pé.

Ela queria mesmo me desafiar? Ela jura que nessa altura do campeonato era isso que ela queria? Ótimo, vamos mostrar a ela quem manda nisso aqui!

[...]

Pov. Izobel

—E você é de onde? – perguntou o loirinho tagarela.

 Ele já havia me apresentando a pelo menos umas 20 pessoas desde que Ethan sumiu. E sinceramente não via a hora dele voltar.

—Washington e você?

—Austrália. Estou aqui a trabalho, volto pra lá daqui uns dias. – ele disse me oferecendo uma taça de vinho. Eu já tinha perdido a conta de quantos champanhes e vinhos eu tinha bebido, mas aceitei mais um mesmo assim. – E você? O que faz em Boston?

—Estudando, estou no meu ultimo ano de jornalismo.

—Mentira? – ele parou de andar e me analisou - Minha empresa é voltada para o jornalismo, somos uma revista famosa internacionalmente. Mas você não é muito nova pra estar no ultimo ano?

—Eu tenho 21, eu avancei uma serie quando estava no colégio.

—Uau, deve ter um QI e tanto.

—É o que dizem – falei rindo e bebericando meu vinho. Ele me olhou um pouco pensativo e depois sorriu.

—Você parece ser muito empenhada na profissão. Eu ficaria muito honrado em te oferecer um estagio de férias de 2 meses na minha empresa lá na Austrália.

—O que? – eu quase cuspi o vinho que estava bebendo. O que ele tinha dito? – Esta falando sério?

—É logico, você entraria no meio de junho, quando sair de férias e volta em agosto. Vai ser ótimo pro seu currículo e tenho certeza que vai acrescentar muito pra nossa revista.

—Nossa Francis, não sei o que te dizer.

 Eu realmente não esperava uma proposta daquelas. Fiquei até meia sem jeito não vou negar. Ir trabalhar na Austrália era um sonho que pra mim estava muito distante e agora ele meio que me deu uma esperança.

—Não diga nada agora. – ele sorriu gentil. - Me passe seu e-mail e conversamos por lá.

—Ok.

 Eu estava extasiada de verdade. Nos dois trocamos e-mails e ele começou a me contar mais sobre a sua revista. Sobre o que escreviam e minha cabeça já foi se enchendo de expectativas. Estávamos num papo bem empolgante quando de repente ouvimos um tumulto nas escadarias.

 Dois seguranças seguravam uma mulher completamente descontrolada. Ela berrava coisas desconexas e chorava ao mesmo tempo chamando pelo nome do Ethan. Ele estava no pé da escada olhando o escândalo com um olhar superior e segurava um copo na mão. Seu rosto estava duro e sua postura era de quem iria surtar a qualquer momento.

 Os seguranças colocaram a mulher pra fora da festa e ela continuou gritando do lado de fora como uma louca.

—O que foi isso? –perguntei espantada.

 Francis apenas me olhou e deu de ombros. Ele parecia saber do que se tratava, mas preferiu não falar.

—A festa continua pessoal! – Catarina gritou tentando animar depois do escândalo - Banda toquem mais uma musica animada!

 E então a banda de músicos que estavam lá começaram a tocar mais alto abafando os gritos da louca lá de fora. Ethan me encarou da escada, me deu as costas e subiu pro segundo andar.

 Eu fiquei um tempo indecisa sobre se iria embora ou se ficava e fingia que era uma convidada rica. Mas na verdade me atrevi a subir as escadas e ir atrás dele. Ele que me trouxe nessa porra. Ele que vai me levar embora.

 Quando cheguei no segundo andar fiquei meio perdida. Parecia o corredor de um museu, com mais corredores ainda e muitas portas, quadros e janelas enormes cobertas por cortinas escuras e uma iluminação antiga. Eu respirei fundo e segui a luz da ultima porta.

Quando cheguei lá Ethan estava encarando a janela segurando uma garrafa de uísque. Ele olhava a garota se descabelar no gramado e correr dos seguranças, ele não tinha percebido minha presença o que me fez reparar mais nele. Ele parecia cansado, e irado ao mesmo tempo. Ele estava tão elegante naquele smoking, eu tinha um fraco por homens elegantes. Por homens que se vestiam como homens. Só apareciam moleques na minha vida. Eu não estava acostumada com homens de verdade, por mais que ele fosse louco.

—O que aconteceu? – perguntei antes que minha imaginação criasse asas e voasse pra um lugar impuro.

 Ele se virou pra mim e suspirou.

—Nada. – respondeu seco.

—Era uma ex-namorada sua?

—Pensei que teria ido embora, já que você nem queria ter vindo. – ele desconversou, mas eu não desisti.

—Porque não pede a ela pra te dar filhos?

—Ah, por favor – ele fechou os olhos com força – Não fala besteira.

 Eu suspirei e fechei a porta do escritório. Ele estava nervoso e eu entediada. Queria saber coisas que ele não queria me falar, eu também não queria estar aqui então. Não me restava muitas expectativas pra essa noite.

—Não vai me oferecer uma bebida? – perguntei e ele me olhou surpreso.

Ele foi até o balcão e serviu dois copos cheios de alguma coisa que eu não percebi o que era. Ele me deu o copo e sem falar nada bebeu todo o dele. Começou a tirar a gravata e a parte de cima do smoking e eu engoli em seco.

 Mas que droga de homem!

 Eu bebi aquela coisa que ele me deu e desceu rasgando pela minha garganta. Eu me senti tonta e sem controle nenhum do meu corpo, essa ultima bebida foi à gota d’agua pra mim. Eu bebi muito champanhe, vinho e batidas a noite inteira. E agora esse negocio que era álcool puro.

 Eu peguei Ethan escorado na mesa olhando pra mim com os olhos cerrados. Ele olhava de um jeito que me deixou sem graça.

—O que foi? – perguntei.

—Bebeu demais senhorita Prattes?

—Já falei pra parar de me chamar assim! – disse irritada colocando o copo na mesa e reparei que o chão estava cheio de vidro e o tapete molhado. O que porra aconteceu aqui? – Quem era aquela garota?

—Não é da sua conta – ele respondeu sorrindo. Como alguém consegue ser grosso e sorrir ao mesmo tempo?

—Quem era aquela garota? – eu perguntei de novo só que com mais firmeza.  

 Ethan jogou a cabeça pra trás e ele parecia completamente bêbado. Estava se segurando com as duas mãos na mesa e com os olhos fechados e respirava fundo.

 Eu fiquei observando a veia saltada do seu pescoço e quis passar a mão ali. Me aproximei dele devagar enquanto devaneava em pensamentos sem controle.

—Você é sempre assim curiosa? Isso não estava no seu currículo. – disse ainda com os olhos fechados. Eu ri.

—Não costumo colocar muitas qualidades nele, sabe como é né, humildade. – disse dando de ombros e ele soltou um riso. – Seria covardia com as outras concorrentes, ainda mais se eu colocar que sou insistente.

 Ele abriu os olhos e quando percebeu nossa aproximação ele me encarou. Ele respirou fundo e eu senti o cheiro de bebida vindo da sua boca. Ele esticou a mão pro meu rosto e retirou uma mecha do meu cabelo que estava no meu olho. O que ta acontecendo?

—Ah senhorita Prattes, vai ter que me perdoar... – sussurrou meio grogue.

 Eu o olhei confusa.

—Pelo que?

—Por ser um cafajeste agora... – ele não terminou de dizer e a mesma mão que tirou a mecha do meu cabelo, me segurou pela nuca e me beijou.

 Eu estava bêbada demais pra ter noção do que estava acontecendo ali, mas permitir que acontecesse mesmo assim.

 Sua outra mão me puxou com mais força pela cintura e o beijo se tornou desesperado a ponto de esbarrarmos e quebrar as coisas que estavam na sala. Meu Deus, o que eu estou fazendo. Alguém me para!

Ele me pegou no colo e me sentou na sua mesa fazendo tudo que estava lá em cima cair no chão. E em momento nenhum ele parou de me beijar. Eu não conseguia para-lo e nem queria,mas eu sabia que precisava, só que eu não tinha forças pra dizer não.

 Ele se encaixou no meio das minhas pernas e sua mão voou pros meus cabelos enquanto nos beijamos, eu sentia a sua ereção na minha coxa e sentir aquilo estava me matando. Os detalhes, os meros detalhes, aconteciam e sumiam da minha cabeça ao mesmo tempo, eu estava tão confusa que não lembrava onde a mão dele estava a 5 segundos atrás. Eu não estava tendo controle sobre ele e nem sobre mim, e nem sobre o que estava rolando ali naquela merda.

 Não era pra isso estar acontecendo, mas eu não queria parar. E ah, eu já estava no inferno mesmo, custava nada dançar com o capeta.

 Eu desabotoei sua camisa e me deixei ter o privilegio de ver aquele homem sem camisa. Puta que pariu. Ele não podia ser menos gostoso? Eu fiquei sem ação e ao mesmo tempo na expectativa quando eu o vi abrir o botão da sua calça e puxar minha calcinha para o lado. Eu arfei quando ele me encarou com uma cara de quem pedisse licença pra passar o sinal vermelho, esse homem era um absurdo!

Que licença o que, aproveita que eu to bêbada e faz o que você quiser comigo.

Eu o beijei de volta e ele entendeu que aquilo era um sinal pra ele avançar e ele não perdeu tempo quando entendeu o recado. Ele assumiu a situação, me segurando pela cintura, com movimentos rápidos e fortes e eu gemia descontroladamente. Eu acho que não tinha noção do que eu estava fazendo.

Ouvimos batidas na porta, mas ele não parou e eu também não deixei ele parar. Estava bom demais pra acabar agora!

 Eu arranhei todo seu corpo enquanto sua boca estava no meu pescoço. E as batidas na porta não paravam. Só aumentavam e ficavam mais insistentes.

 Isso o irritava e ele descontava em mim. Já não sabia quantos tapas eu tinha levado nessa brincadeira. Ele apressou o ritmo e chegamos ao ápice juntos. Eu ofegava e suava que nem uma condenada. Estava sentada com as pernas abertas em cima da mesa dele e ele se apoiava em mim cansado demais, nos dois estávamos cansados demais pra dizer algo.

—Ethan Anthony Fray, abra agora essa porta! – Catarina esmurrou a porta e ele rosnou de raiva e saiu de dentro de mim de uma vez.

 Andou cambaleando até a porta e tropeçando em algumas coisas que deixamos cair do chão. Abriu com uma cara de poucos amigos. Catarina estava com as mãos na cintura e olhou pra ele como uma mãe horrorizada. Ele estava sem camisa, todo arranhado e descabelado, os lábios inchados e os olhos semicerrados pra ela. Ela me olhou de relance e eu ainda estava em cima da mesa com as pernas abertas, meu vestido amassado e meu decote fora do lugar. Meu pescoço estava roxo e meus lábios sujos de batom.

—O que você quer Catarina! – ele perguntou irritado. Como se fosse avançar nela.

 Ela respirou fundo e tomou a compostura me encarando.

—Acho que já esta na hora da senhorita Prattes ir pra casa e você... – Falou com a voz dura - Pare de beber! – ela o pegou pela manga da blusa e o arrastou pra uma porta ao lado – Vá tomar uma ducha e se recomponha pelo amor de Deus, parece um bêbado de esquina.

—Mas...

—Eu cuido da senhorita Prattes. Agora vá. – ela exigiu.

 Ele me olhou pela ultima vez e entrou no banheiro cambaleando. Catarina só me lançou um olhar irritado.

—Se recomponha também, um motorista estará esperando por você lá em baixo pra leva-la pra casa. – e então saiu e fechou a porta com força me deixando sozinha.

Mas que droga aconteceu aqui agora?

 


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Notas finais do capítulo

Vem neném, neném, vem neném, neném, vem....

Não vou negar que deixei muitas portas abertas nesse capitulo. Tipo a relação conturbada da Rachel e do Ethan, quem é afinal esse tal de Francis... Kkkk mas espero que tenham curtido.

*Só quero que vcs me respondam duas coisas: A primeira, em cenas que contem sexo, vcs preferem uma narração mais leve como essa ou sexo explicito? Segunda: vcs preferem capitulos longos com mais de 3000 palavras ou acham muito cansativo de ler? Pq as vzs eu posso acabar passando desse limite pois me empolgo muito. Enfim, vcs mandam e eu faço ;). Comentem aqui pra mim as respostas, favoritem a fic e recomendem. Façam uma autora feliz e motivada por aqui.

Ps:Editei esse cap com pressa, pode ser que tenha erros. Mas eu vou revisar logo, logo.

Bjs da Thatty.



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