Poder e Controle II escrita por Anne


Capítulo 9
''Last Girl On Earth''




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No one lives forever

(Ninguém vive pra sempre)

But that's no reason to give up

(Mas isso não é motivo para desistir)

Don't you wanna fall in love?

(Você não quer se apaixonar?)

No such as thing as heaven

(Não existe isso de céu)

And I'm the last girl on Earth

(E eu sou a última garota na Terra)

Annelise encarou o espelho, um pouco impressionada.

Usava um vestido justo curto de mangas compridas de veludo preto. Desde que havia vindo para a Inglaterra não vestia nada tão curto, ou se olhava no espelho por tanto tempo. Usava meia-calça pretas e saltos finos da mesma cor. Sorriu: ela estava se tornando uma mulher e o vestido apenas evidenciava aquilo. Subindo os olhos, ela encarou seu rosto, passando os dedos pela pele. Estava ficando mais parecida com Madeleine, principalmente os olhos, que estavam ligeiramente esverdeados naquela noite - mas podia ser por culpa das luzes do lago refletidas no quarto.

— Você está linda! — Comentou Pansy, ao abrir a porta do quarto e vê-la se observando com uma careta de desagrado.

— E você decidiu ser agradável. — Respondeu ela, sentindo que aquela conversa já devia ter sido feita há tempos.

— É. — Pansy deu de ombros. — Percebi que Draco não é o único cara legal no mundo. E que eu e você nos daríamos bem melhor sendo amigas.

Pansy parou atrás dela, olhando o reflexo de Annelise no espelho. Sua maquiagem discreta valorizava sua beleza, os cabelos louros geralmente lisos estavam com ondas em seu comprimento e mesmo Pansy parecia ter notado as curvas que ela ganhara no verão - o vestido exibia o que o uniforme escondia.

— Tem razão. — Annelise disse, ainda observando o vestido.

A garota se jogou na própria cama.

— Facilmente será a garota mais linda da festa.

— Obrigada. — Annelise sorriu.

Desceu as escadas do dormitório com alguns dos alunos mais novos a elogiando e se sentiu bonita. Enquanto observava os rostos deslumbrados dos colegas olhando para ela, lhe ocorreu que sua mãe ficaria imensamente orgulhosa por vê-la usando saltos para um evento social. Engolindo o nó da garganta e piscando para afastar as lágrimas, ela procurou Theodore com os olhos, mas não o encontrou. Mordeu os lábios, nervosa, pensando que talvez ele lhe daria um bolo.

Não, não era possível.

Quando o convidou - quase entediada - o rapaz sorriu largo e disse que sabia estar sendo um quebra-galho, mas que estava feliz por ter passado pela mente dela. Então, duvidava que ele a deixasse ali, sozinha.

— Acho que vou me arrepender por não ir hoje. — Declarou Draco, se levantando de uma poltrona e caminhando até ela. Seus olhos passearam pelo vestido, pelo rosto e por fim, para as coxas desnudas. Annelise corou com o olhar demorado dele, mas Draco voltou a olhá-la nos olhos quando completou: — Você está linda.

Linda é uma maneira preguiçosa de descrevê-la. Ela está maravilhosa. — Theodore apareceu, com um buquê de rosas brancas na mão. — Desculpe a demora, Annelise. Essas foram um pouco difíceis de transfigurar.

Draco riu com sarcasmo ao olhar para as flores e Annelise se limitou a pegá-las e sorrir para o rapaz.

— É muito gentil, Theodore, obrigada.

— Ouvi na aula de Poções que você gosta de rosas brancas. — Comentou ele, enfiando as mãos no bolso da calça preta social. Nott, observou ela, era tremendamente lindo.

— É, ela gosta mesmo. — Draco retrucou, sorrindo diabolicamente.

— Bem, eu vou guardar as rosas lá em cima e já volto. Não se matem. — Avisou, dando as costas para os dois e subindo as escadas com pressa. Colocou seu buquê no criado-mudo e desceu novamente, vendo que Nott e Malfoy permaneciam juntos, mas em silêncio.

— Vamos indo, então? — Disse Theodore, estendendo a mão para ela. Annelise segurou, sem pensar, e o garoto a puxou e depositou um beijo em sua bochecha. Surpresa, Annelise foi guiada para fora do Salão Comunal, sem ver a expressão azeda no rosto de Draco Malfoy.

A sala de Slughorn parecia ter triplicado de tamanho e haviam panos esmeralda pendurados no teto, de modo que fazia parecer que estavam numa tenda, não numa sala. Uma banda tocava músicas animadas, mas não num volume alto, e fadinhas estavam espalhadas pelo teto, brilhando alegremente. Haviam bruxos e bruxas de todas as idades e alguns alunos espalhados por ali.

— Ah, se não é a senhorita Morgerstern! — Guinchou Slughorn, ao pôr os olhos nela. — E o senhor Nott. — Completou, num tom ligeiramente menos animado. — Que bom que vieram, o senhor Zabini acabou de chegar com aquela mocinha inteligente da Grifinória.. Uma dupla e tanto...

O professor se virou e começou a conversar com um bruxo idoso que fumava um charuto. Theodore e Annelise se viraram, vendo Zabini e Krystal caminharem até eles.

Krystal usava um vestido de alcinhas azul escuro degradê que terminava em branco na barra e destacava em sua pele negra, seus cabelos cacheados estavam presos num coque alto e fios soltos emolduravam seu rosto. Ela sorriu para Annelise, de braços dados com Blásio.

— Finalmente vocês chegaram! — Comentou Blásio, segurando um copo com cerveja amanteigada. — Potter veio com Di-Lua Lovegood, dá pra acreditar?

Theodore riu, mas se virou para Annelise.

— Quer beber alguma coisa? — Perguntou, num tom de voz macio.

— Sim.

— O que gostaria?

— Me surpreenda. — Ela deu um sorriso largo e charmoso, fazendo o garoto sorrir também. Ele beijou sua mão e saiu.

— Draco acabou de ter um infarto no Salão Comunal. — Blásio disse, num tom sarcástico.

— Annelise flerta com todo mundo. Ela é assim. — Krystal abanou com a mão. — Oi, Hermione! — Acenou alegremente para a menina. Estava com Cormac McLaggen e parecia prestes a morrer de tédio e desespero. Krystal, boa entendedora, desvencilhou-se de Blásio e caminhou até ela, iniciando um bate papo animado.

Theodore voltou com duas taças e entregou-lhe uma.

— É hidromel. — Contou, dando um gole em seguida.

Os dois garotos iniciaram uma conversa sobre algo que pouco lhe interessava, então ela deu uma boa olhada na festa. Alguns casais já dançavam, alguns professores de Hogwarts estavam, aparentemente, bêbados e Potter, num canto, a encarava com interesse. Annelise arqueou uma sobrancelha e foi até ele.

— Tudo bem, Potter?

— Sim. — Ele ficou pensativo. — Você não fala comigo desde o ano passado.

Annelise queria poder rir e explicar o motivo, mas mordeu a ponta da língua para se segurar. Bebeu um longo gole do hidromel e sorriu misteriosa.

— Ah, bem. Adversidades da vida. — Deu de ombros. — Vi Fletcher em Hogsmeade. Estava vendendo pertences da família Black.

— Eu sei. Eu vi. — Ele parecia irritado com a lembrança. Di-Lua, ao lado dele, conversava animada com a professora Trelawney. — Pensei que estava com Draco. — Indicou Theodore com queixo.

Annelise deu de ombros.

— Estou. Mas não é nada sério.

— Engraçado, você comentou no trem que seus pais foram assassinados por Comensais da Morte. — Observou ele, os olhos verdes brilhando.

— É verdade. — Annelise ergueu uma sobrancelha, a taça encostada nos lábios distraidamente.

— E, aparentemente, está com Malfoy, sendo o pai dele um Comensal condenado, e veio para a festa com Nott... o pai dele também é um Comensal condenado.

Ah, aí está onde você queria chegar, Potter. Então não é tão lerdo assim, pensou ela, abrindo um sorriso em seguida e pescando uma tortinha de frutas secas numa bandeja.

— Prefiro não condenar as pessoas por causa de seus pais, Potter. Se fosse assim, muita gente não seria levada a sério. — Ela mordeu a tortinha e mastigou vagarosamente, olhando para Theodore, que a esperava sozinho. Krystal e Blásio dançavam na pista de dança. — Vou indo, meu acompanhante me aguarda.

Annelise não esperou Harry responder nada, deu as costas e cruzou o caminho até Nott, engolindo o último pedaço de sua tortinha e sorrindo. Ele colocou as mãos em sua cintura e Annelise sentiu sua pele formigar por baixo da roupa.

— Batendo papo com o inimigo? — Murmurou ele, começando a se movimentar no ritmo da música. Annelise circulou sua nuca com os braços, ainda segurando sua taça que continha líquido pela metade.

Annelise riu e retirou o braço direito do ombro do garoto, apenas para virar sua taça e terminar o hidromel num único gole. Voltou o braço para a posição anterior e se aproximou.

— Às vezes me pergunto, Nott, sobre quem é o inimigo. — Murmurou.

No mesmo instante se arrependera, vendo a boca dele se apertar numa linha e seus olhos pensativos encararem o lustre. Não sabia por que havia falado aquilo, era algo que pensava intimamente quando estava no quarto escuro de madrugada. Talvez fosse pela pouca frequência que ingeria bebia alcoólica, mas o hidromel com certeza havia incentivado.

— Sabe que... — Ele murmurou em resposta, girando-a no salão e a trazendo para perto outra vez. Era um ótimo dançarino. — ...às vezes me pergunto o mesmo. — Theodore ergueu o rosto e encostou a boca no ouvido dela. — Acho que a pureza do sangue é importante... mas que não é tudo.

Annelise abriu a boca, chocada. O pai de Nott era um dos Comensais mais radicais, pelo que ela ouvira falar, pois ele foi preso antes que ela se juntasse oficialmente e não pudera conhecê-lo, apenas o vira algumas vezes.

— Theodore, acho que você está certo. — Confidenciou ela, perto do ouvido dele.

— Professor Slughorn. — A voz empolgada de Filch cortou a festa e Annelise olhou por cima do ombro de Nott: Draco vinha sendo arrastado pelo zelador e olhava para a perigosa proximidade entre ela e Theodore. Ela se afastou dele assim que a festa toda se voltou para a cena. — Encontrei este rapaz se esgueirando por um corredor lá de cima. Ele diz que foi convidado para sua festa e se atrasou na saída. O senhor lhe mandou convite?

Draco se desvencilhou de Filch, furioso.

— Está bem, eu não fui convidado! — Rosnou. — Eu estava tentando entrar de penetra, satisfeito?

— Não, não estou! — Filch retrucou, os olhos brilhando de alegria. — Você está encrencado!

— Tudo bem, Argo, tudo bem! — Slughorn acenou. — Não é crime ter vontade de ir a uma festa. Vamos esquecer o castigo, dessa vez. Você pode ficar, Draco.

Filch, irritado, deu as costas e saiu da festa, resmungando. Draco sorriu e agradeceu Slughorn.

— Imagine. — Respondeu Slughorn. Annelise segurava sua taça com força, observando. A mão de Theodore pousou na base de sua coluna, tentando chamar sua atenção. — Afinal, conheci seu avô!

— Ele sempre o elogiou muito, senhor. Dizia que o senhor era o melhor preparador de poções que ele havia conhecido... — Respondeu Draco.

— Annelise — Chamou Theodore, fazendo ela se virar. — Quer mais hidromel?

— Quero.

Nott pegou a taça e se afastou rapidamente, não tardando a voltar com ela cheia. Annelise sorriu em agradecimento e deu um longo gole, olhando para o garoto.

— Sabe, você é bem bonito.

Ele riu.

— Você até que também é. — Respondeu, por cima da taça.

Até que sou? — Ela bateu em seu ombro, rindo alto. Seus olhos pegaram Draco saindo da festa com Snape em seu encalço e fechou o sorriso no mesmo instante, sabendo que aquilo não era nada bom. Mordeu o lábio, tentando decidir se ficaria na festa ou se iria atrás deles.

— Vai. — Disse Theodore, como se estivesse lendo seus pensamentos. Ela se virou para ele. — Sério, pode ir.

— Eu sinto muito... — Annelise murmurou, tentando sorrir.

— Estarei aqui quando você voltar. — Ele sorriu e se aproximou, beijando a bochecha dela.

Annelise sorriu e colocou sua taça numa mesa próxima, então correu -  o mais rápido que conseguia naqueles malditos saltos - para a saída. Olhou os corredores vazios, tentando encontrá-los, mas não via ninguém. Andou na ponta dos pés, colocando o ouvido nas portas fechadas, até uma delas revelar vozes por trás da madeira. O que Annelise não sabia era que Harry Potter, escondido em sua capa da invisibilidade, estava parado ao lado dela ouvindo também.

— ...suspeita de mim? Pela última vez, não fui eu, entende? Aquela garota Bell deve ter um inimigo que ninguém conhece... — Draco falava com raiva. — Não me olhe assim! Sei o que você está fazendo. Não sou burro, não vai funcionar, posso impedi-lo!

Ninguém respondeu por um momento, fazendo Annelise colar o ouvido na porta.

— Ah, tia Bellatrix tem lhe ensinado Oclumência? Ou seria Annelise Morgerstern? Sua namorada me pediu autorização para entrar na área restrita e tem feito uma enorme pesquisa com livros de Oclumência e Legilimência...Que pensamentos vocês estão tentando esconder de seu Senhor, Draco?

— Não estou... não estamos tentando esconder nada dele. E eu não quero que você penetre minha mente!

— Então é por isso que você tem me evitado? Tem medo da minha interferência? Você percebe que se outro aluno não fosse à minha sala quando eu mandasse...

— Então me dê uma detenção! Dê queixa de mim ao Dumbledore! — Draco caçoou.

— Você sabe perfeitamente que não quero fazer nenhuma dessas coisas.

— Então pare de me mandar ir à sua sala!

— Escute aqui... estou tentando ajudá-lo. Jurei para sua mãe que eu o protegeria. Fiz o Voto Perpétuo, Draco.

A boca de Annelise se abriu de surpresa e ela se afastou da porta por um segundo.

— Pois parece que vai ter de quebrá-lo, porque não preciso da sua proteção! A tarefa é minha e estou cumprindo. Tenho um plano que vai dar resultado, só está demorando mais do que pensei!

— Se me contar o que está tentando fazer, posso ajudá-lo... — Argumentou Snape.

— Tenho toda a ajuda que preciso, obrigado. Não estou sozinho.

— Mas estava hoje. Andando sozinho pelos corredores, sem cobertura... tolo...

— Eu teria Crabbe e Goyle comigo, se não tivesse dado detenção para os dois!

— Crabbe e Goyle? — O som que saiu da garganta de Snape pareceu uma risada. — Confiando na ajuda de Crabbe e Goyle...

— Eles não são os únicos. Tenho mais gente do meu lado, gente melhor!

— Espero que esteja falando de Morgerstern. Ela é muito bem estimada. É inteligente. Mesmo que tenha falhado, ela é...

— Pare de falar dela! — Rosnou o garoto.

— Confie na ajuda dela, Draco, já que não quer confiar na minha.

— Você só quer roubar minha glória! — Draco alterou o tom de voz, parecendo ainda mais raivoso.

— Está agindo feito criança. Compreendo que a captura e a prisão do seu pai tenham o deixado perturbado, mas...

Annelise ouviu passos altos e correu para trás de uma pilastra, se escondendo no exato minuto em que a porta se escancarava e Draco passava por ela, caminhando com pressa pelo corredor e sumindo ao virar. Snape demorou um pouco mais, mas saiu e voltou para a festa, enquanto Annelise arfava pela adrenalina correndo em seu corpo.  Decidiu esperar um pouco antes de entrar sorrateiramente pela porta da festa e se esgueirar atrás de bruxos tentando não aparecer no campo de visão de Snape, que, felizmente, estava preso numa longa conversa com um bruxo de uma longa barba ruiva. Krystal e Zabini ainda dançavam animadamente e Annelise riu ao ver a amiga adotar sua feição de charme para o garoto.

— Com licença. — Chamou uma voz, fazendo-a se virar. — Aceita uísque de fogo?

Era Neville Longbottom, o garoto da Grifinória que estava constantemente gaguejando. Usava roupas brancas da cabeça aos pés e equilibrava uma bandeja na mão.

— Ahn, acho que não... Não, é forte demais. — Annelise sorriu.

— Tudo bem.

Longbottom assentiu e se virou, indo servir outras pessoas. Ela, por sua vez, correu os olhos pelo salão, procurando por Nott e não demorou para encontrá-lo: estava sozinho, com uma taça em mãos e encarando os próprios sapatos.

Annelise foi até ele, sentindo uma pontadinha de remorso no peito.

— Posso atrapalhar essa análise interessantíssima?

Ele ergueu o rosto, surpreso. Sorriu tão largo que poderia ter transformado a noite em dia.

— Claro! — Theodore se levantou. — Nossa, não pensei mesmo que você voltaria.

— Bom — Começou ela, pegando uma nova taça de hidromel. — Você disse que ficaria esperando. Que tipo de pessoa eu seria se não voltasse?

— Agora você está aqui de novo e isso não importa. — Declarou, virando sua taça num gole. — Vamos dançar?

— Acabei de pegar uma taça nova! — Reclamou ela, rindo.

— Vire de uma vez! Vai te causar uma sensação engraçada. — Aconselhou, parecendo ficar na expectativa.

— Não vou virar de uma vez!

— Vamos, Morgerstern! — Nott riu.

Annelise revirou os olhos, mas o fez: virou a taça toda e engoliu o líquido, sentindo seus olhos queimarem em lágrimas. Ela depositou o copo na mesa, sob os risos de Theodore, e sentiu-o pegar sua mão e conduzi-la de volta à pista de dança. A música da vez era mais animada, então não precisaram dançar tão pertos um do outro. A bebida alcoólica estava agindo com mais eficiência nos convidados, e logo restavam poucos deles sentados. Theodore alcançou a mão de Annelise e a girou, rindo em seguida.

— Ahhh, da licença, Nott! — Krystal berrou, empurrando o garoto. — Quero dançar com Annelise, como nos velhos tempos. Vá fazer companhia para Blásio!

— Por Merlin... — Theodore riu, mas foi dançar perto de Zabini.

Annelise segurou Krystal pela cintura enquanto a amiga fazia o mesmo com ela.

— Então... vocês se beijaram?

— Eu e Theodore? — Annelise arqueou a sobrancelha.

— Sim.

— Não, não nos beijamos. — Ela riu.

— E você e Draco? Foi atrás dele. — Krystal a olhou com desconfiança, mas sorria.

— Não, não... Não cheguei a falar com ele. — A amiga abriu a boca para rebater. — E você, Villewick? Beijou o Blaze?

A resposta de Krystal foi uma gargalhada alta, tão adorável quanto ela, que fez as pessoas que estavam ali por perto sorrirem junto. Ela não precisava dizer 'sim' ou 'não' pois Annelise entendera que sim, Krystal e Blásio haviam se beijado. Annelise começou a rir enquanto giravam pelo salão. Era bom fazer aquilo: se sentir como uma adolescente normal numa festa em sua escola e sem se preocupar com o grupo de assassinos do qual fazia parte.

Mas é claro que a tormenta vem pela manhã e nem Annelise podia escapar dela. Ainda que tivesse deixado o baile de Slughorn no fim da madrugada, bêbada, com os braços ao redor de Blásio e Theodore enquanto desciam gargalhando para as masmorras - depois de subirem ao sétimo andar para levarem Krystal -, nem mesmo aquela atmosfera de normalidade, diversão e a malícia de quebrar regras poderiam prepará-la para o estresse que foi acordar na manhã seguinte.

 


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Notas finais do capítulo

gente, eu não posso me defender! :( me desculpem de coração pela atualização demorada!
então aqui vai uma dupla pra vocês ♥



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