Meu Gêmeo Favorito escrita por The Joker


Capítulo 6
O Dia Em Que Encontrei Meu Clone


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Mais um capítulo saindo da geladeira pra vocês! Finalmente o Percy aparece por aqui, pra aqueles que estavam ansiosos de vê-lo na história.
Boa leitura! Espero que gostem!



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Acordei no dia seguinte com Reyna pulando em cima de mim.

—Acorda seu idiota! – gritava ela.

—Que horas são? – perguntei abrindo os olhos.

—Sete e meia.

—SETE E MEIA? É MUITO CEDO, VOLTE MEIO-DIA, PLEASE! – Respondi virando para o outro lado, me cobrindo até o pescoço.

—Não senhor, aqui a gente acorda cedo. Vamos lá, se você perder o café vou fazer você treinar o dobro hoje sem café e sem almoço.

Reyna continuou a pular e gritar em meu ouvido. Até que ela parou. Achei estranho e me sentei pra ver o que ela estava aprontando.

Ela estava segurando minhas músicas e ameaçando dar para Aurum comer.

—O que exatamente está fazendo com minhas composições? – perguntei cauteloso.

—Se você não levantar AGORA, eu vou dar de lanche para Aurum.

Levantei-me imediatamente e peguei meus papéis preciosos de volta, com muito cuidado coloquei de volta em meu case e peguei a roupa que iria usar hoje: Uma regata branca e uma bermuda preta.

[...]

Depois de tomar o café, Reyna me deu exatamente uma hora, e nem um minuto a mais, para descansar antes do treino.

Aproveitei para continuar algumas composições. Tinha que aproveitar, não era todo dia que eu tinha uma musa romana inspiradora perto para compor sobre.

[...]

—Está preparado para morrer? – Reyna me perguntou sorrindo.

 -Definitivamente não. – A última vez que pratiquei algum esporte foi há uns dois meses atrás, jogando basquete, não tive contato com qualquer outro tipo de esforço físico desde então. – Faça o que quiser desde que eu esteja andando no final do dia.

—Vamos lá! Correndo! – ordenou Reyna – Antes do treinamento com espadas e tudo mais, primeiro precisa de um bom condicionamento físico. Estarei supervisionando de cima, voando em Cipião.

—Quanto eu vou ter de correr? – perguntei.

—Hummm... Vai dar uma volta inteira no Acampamento. – Abri a boca para reclamar. – E se reclamar vai ganhar mais duas. – Fechei minha boca imediatamente. – Vai, pode começar.

Comecei a correr. Cara, ia demorar pra cacete dar uma volta inteira no Acampamento. Qual é... Esse lugar é gigantesco!

Com vinte minutos de corrida já estava pingando de suor. Era capaz de conseguir regar o Saara inteiro só com meu suor. E ainda não tinha percorrido nem metade do caminho.

Estava com muito calor e morrendo de sede. Resolvi parar uns minutinhos na margem do Pequeno Tibre. Bebi um pouco de água e tentei enxugar meu suor com as mãos, mas foi em vão. Tirei minha regata e me enxuguei com ela. Nesse momento o sol já estava no centro do céu, torrando minha cabeça na parte de cima. Amarrei a camisa em minha cabeça, quase como um turbante, para me proteger do sol.

Estava passando perto do refeitório quando percebi as filhas de Vênus me olhando e acenando. Acenei para elas e pisquei um olho, o que fez muitas suspirarem.

A verdade é que fiz isso somente para irritar Reyna. Ela me faz correr o Acampamento inteiro, e eu dou moral para as filhas de Vênus. Mesmo sem olhar, sei que Reyna deve estar roxa de raiva nesse momento. Vingança realizada com sucesso.

Quarenta minutos depois voltei para o ponto onde tinha começado a correr. Finalmente! Uma volta completa em torno do Acampamento.

Cara...! Como eu estava escorrendo de suor. Essa hora minha camiseta nem estava mais comigo, eu dei pra uma menina qualquer que estava me observando, só para novamente, Reyna ficar furiosa.

Fui caminhando até a margem do Pequeno Tibre. Sentei-me e enfiei meus pés na água. Zeus do céu, que refrescante.

Levei um susto quando Reyna brotou do meu lado.

—Parece que seu físico está ok. – disse ela.

— Meu físico ok? – indaguei insultado – Querida, meu físico é excelente.

—Idiota – murmurou Reyna.

—Ei, eu ouvi isso. – falei e joguei água no rosto dela.

—É melhor correr, ou será um homem morto! – ameaçou ela.

Comecei a correr, mas eu já estava muito cansado pela corrida de antes. Parei de correr e senti algo pular em minhas costas.

Reyna começou a me socar e dar pontapés de leve. Quando ela viu que não estava surtindo nenhum efeito, parou. Quando ela baixou a guarda, a peguei pela cintura e a virei, fazendo-a cair em meu colo, estilo noiva. Saí correndo em direção ao Pequeno Tibre, parei na margem e a joguei dentro. Sentei no chão e comecei a assistir ao espetáculo.

Finalmente Reyna submergiu e me olhava furiosa, eu fiz uma coisa estúpida, o que a faria ficar mais furiosa ainda. Eu caí na gargalhada. Rolava e rolava na grama. Estava me cagando de rir até que sinto um pé em meu peito.

—Você vai pagar por... – Antes mesmo que ela terminasse a frase, puxei seu pé, fazendo Reyna cair de quatro em cima de mim.

—Vou pagar pelo que? – perguntei roçando nossos narizes.

—Por ser tão idiota. – Sussurrou Reyna.

—Você gosta do idiota aqui. – Sussurrei de volta, o que fez Reyna dar uma risada fraca.

—Pior que você está certo. – Confirmou Reyna. – Antes da segunda parte do treinamento você tem uma hora para descansar. - Antes de Reyna se levantar, ela me deu um selinho e disse ao pé da minha orelha – Não se atrase.

—Sim senhora! – Ela revirou tipicamente os olhos e foi embora.

[...]

O resto da tarde foi tranquila, Reyna me ensinou algumas técnicas de luta greco-romana e amanhã começaríamos com as técnicas de espada.

A melhor parte do treino foi quando a ciumeira de Reyna passou. Foi uma cena um tanto engraçada de se assistir.

Flashback on

Algumas meninas estavam me assistindo novamente. Mesmo ao longe dava para ouvir seus assobios e gritos histéricos. Eu estava acostumado com isso, afinal, sou conhecido mundialmente e em shows é muito usual esse tipo de coisa acontecer, então ri internamente enquanto Reyna ficava roxa. Quando gritaram “gostoso”, Reyna não aguentou e me lascou um beijo de tirar o fôlego, com direito à língua e uma mordida no meu lábio inferior ao final. Isso calou a boca das meninas. Comecei a gargalhar internamente por essa cena.

Flashback off

Estava exausto no final do dia, já estava preparado para dormir, de pijama colocado. Saí do banheiro e percebi que meu canto no chão não estava arrumado. Legal, vou dormir no tapete.

—Legal! Onde eu vou dormir? – perguntei para a madame que estava esparramada na cama.

—Pode, por favor, dormir comigo? Preciso saber que os pesadelos não são reais, e só vou conseguir com você ao meu lado. – suplicou com cara de pidona.

—Quem diria que você tem um lado educado? Por favor? Vai nevar no verão gente! – disse num tom provocativo.

—É dormir comigo ou com o tapete.

—Prefiro com você – disse me jogando na cama.

—Boa noite Duncan – falou me abraçando e dando um beijinho em meu rosto.

—Boa noite Reyna – sussurrei.

Antes de cair no sono fiquei pensando no quanto sentiria falta desses momentos com Reyna quando for para o Acampamento Meio-Sangue.

[...]

O resto dos dias foram tranquilos, porém bastante cansativos. Minha rotina estava bem corrida. Eu acordava, tinha meu momento zen, que era quando podia tocar violão e depois ia treinar. No final do dia estava morto. Pelo menos podia dormir abraçado com Reyna.

Hoje eu iria embora do Acampamento Júpiter. Não definitivamente, mas por um tempo. Iria sentir falta, eu me acostumei com aqui e as pessoas são legais. Inclusive as filhas de Vênus.

Estava sentado na areia da praia pensando em tudo que tinha acontecido até aquele momento, até que Jason se senta ao meu lado.

—Como ele é? – pergunto após alguns minutos quebrando o silêncio.

—Mmmm... O Percy, ele é um convencido igual você! – Após uma gargalhada continuou. – Falando sério agora. Em aspectos físicos, ele é uns dez centímetros mais baixo que você, não é tão parrudo assim, tem cabelos pretos como você, mas diferente de você, tem olhos verdes-mar. Percy é uma ótima pessoa, sempre brincalhão, mas o que eu mais valorizo nele é que ele sempre está disposto a ajudar quem precise.

—Ele parece legal, - suspirei - só espero que goste de mim.

—Ele vai gostar, pode ter certeza. Talvez ele demore acostumar com a ideia de ter um irmão gêmeo... Mas agora, que tal se divertir um pouco até à hora de irmos?

[...]

Passei as próximas duas horas conversando com Jason, Reyna e Octavian. O sol estava quase se pondo.

—Hora de ir! Acampamento Meio-Sangue lá vamos nós! – disse Jason - Octavian se comporte e tome conta do Acampamento. Não vamos demorar mais que uma semana.

—Pode deixar, - respondeu Octavian – foi bom te conhecer Duncan, espero vê-lo de novo.

—Foi legal te conhecer também. Adeus por enquanto. – o abracei e segui Reyna e Jason.

Fomos até os estábulos. Espera. Iríamos de pégaso? Mas o Acampamento era longe pra caramba, ia demorar muito.

—Vamos de pégaso? – perguntei.

—Sim, esses pégasos são diferentes. Eles são extremamente rápidos. Até mais rápidos que um trem bala. Vai levar a gente pro Acampamento em questão de minutos. – me respondeu Jason. – Escolhe qualquer um.

Dei uma varrida com o olhar e montei em um totalmente preto.

—Vamos? – perguntei.

Com a deixa partimos em vôo. E cacete! Eles voavam muito rápido. Tudo à minha volta era um borrão.

Os cavalos alados diminuíram a velocidade e começaram a descer. De cima pude ver como o local era grande, e bem bonito também. Tinha extensas plantações de morango, uma arena e alguns chalés. Um pouco mais ao lado estava a praia. Bem no topo da colina à minha direita estava um pinheiro enorme e perto dele tinha um dragão. Estávamos indo em direção à uma grande casa azul de quatro andares.

Quando chegamos ao solo havia um centauro me esperando, que pude deduzir ser Quíron, de acordo com as explicações de Reyna.

—Bem-vindo ao Acampamento Meio-Sangue Duncan! – disse ele.

[...]

Pov. Percy

Acordei com uma Annabeth em cima de mim, me observando.

—Bom dia Sabidinha – falei e beijei seu nariz.

—Bom dia Cabeça de Alga – respondeu ela.

Essa semana estava sendo assim. De madrugada Annabeth saía do chalé 6 e vinha até o meu. Ficávamos conversando e às vezes namorando um pouco, nada demais.

Estava especialmente animado hoje. Iria ter caça a bandeira à noite. Só divulgariam as equipes no almoço.

Tomamos o café e cada campista partiu para suas atividades do dia.

Terminei minha aula de esgrima e fui até a Casa Grande para ver se Quíron precisava de algo.

Quando cheguei até lá, Annie saiu em estado de choque.

—Aconteceu alguma coisa? – indaguei preocupado.

—Pergunte a Quíron. – respondeu seca. Estranhei a resposta dela e adentrei o recinto.

—Quíron, aconteceu alguma coisa que eu não saiba?

—Um campista novo está vindo. – disse ele – Vai chegar ao final da tarde.

—E por que Annabeth estava tão abismada?

—Por nada, quando ele chegar mandarei lhe chamar, talvez você ajude a resolver o problema.

—Que problema?

—Tudo ao seu tempo Percy. Pode ficar de folga o resto do dia.

Fiquei na praia até a hora do almoço pensando em quem seria esse semideus misterioso.

Após todos almoçarem, Quíron anunciou as equipes para a Caça a Bandeira. As equipes seriam:

Equipe Azul:  

Apolo

Hades

Hefesto                                     

Hermes

Poseidon

(Entre outros)

Equipe Vermelha:

Afrodite

Ares

Atena

Deméter

Dionísio

 (Entre outros)

—Parece que ficarei contra você Cabeça de Alga.

—Então eu deveria desejar boa sorte pra sua equipe, pois vão precisar. – provoquei.

—Convencido. – falou Annabeth - Eu vou montar estratégias, até o final do dia.

Começamos a nos beijar. Até que alguém diz:

—Vão se pegar em outro lugar.

—Não tem nada melhor pra fazer não Clarisse? Vai lá se pegar com o Chris vai.

Antes que Clarisse partisse para cima, Annabeth interveio e a arrastou para longe.

—Vamos Clarisse, na Caça a Bandeira eu deixo você bater nesse mané.

Revirei os olhos com o mané.

Fiquei o resto da tarde em meu chalé pensando em um jeito de detonar a Sabidinha na Caça a Bandeira.

Estava de boa jogado na cama. O sol estava quase se pondo quando Annie vem me chamar:

—Quíron mandou te chamar, o campista chegou. Vem rápido.

Saímos correndo de meu chalé.

Parei de correr quando vi o novo campista falando com Quíron.

Annie paralisou ao meu lado.

—Ele é...

—... Igual a mim. – Completei a frase.

—Quíron não havia me falado isso.

O garoto a poucos metros de mim era exatamente igual a mim, só com algumas pequenas diferenças: ele era mais alto, mais forte e tinha olhos negros ao invés de verdes como os meus. Fora que seu estilo punk me fez lembrar de Thalia. Ele usava calça preta, coturnos e uma camiseta preta do Red Hot Chilli Peppers. Tinha alargadores, alguns pierings e tatuagens.

Annie despertou do transe que se encontrava e meu puxou para perto de Quíron. Estava tão abismado que nem percebi a presença de Jason e Reyna.

—Ah! Aí está você Percy. – Quíron apontou para o garoto – Este é Duncan. O novo campista.

Ficamos nos encarando até que uma voz feminina quebra o silêncio:

—Percy? Você está aí? – era minha mãe, numa mensagem de Íris.

Estava tão atônito para responder que Annabeth teve de me dar uma cotovelada.

—Hã? Oi mãe, estou aqui sim.

—Algum problema para querer que falar comigo?

—Na verdade senhora Jackson, fui eu que mandei a M.I. – esclareceu Quíron.

—Algum problema? – perguntou minha mãe

—Sim. Se lembra de uma história que me contou depois que Percy nasceu?  - ela assentiu – Pois bem, é mentira, ele está aqui.

Quíron puxou Duncan para minha mãe poder enxergá-lo. Ela levou a mão a boca, vi uma lágrima escorrer e por fim disse num fio de voz:

—Você deveria estar morto.


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Notas finais do capítulo

Não me matem HAHAHAHAHAHAH
Amanhã tem mais gente, não se preocupem.
Comentem o que estão achando por favor, é muito importante!
Por hoje é só e até amanhã!



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