Meu Gêmeo Favorito escrita por The Joker


Capítulo 4
Reyna, a Sentimental


Notas iniciais do capítulo

Fala aí galerinha! O segundo capítulo do dia saindo pra vocês nesse exato momento.
Queria dedicar esse capítulo para a Sarah Salvatore Riddle, que era uma antiga leitora minha e que está acompanhando essa melhorada saga, abraço pra você linda!
Boa leitura, espero que gostem!



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Olhei para a água a minha volta e percebi que não estava me molhando. Desejei me molhar e aconteceu. Como eu sabia? Já haviam acontecido coisas parecidas muitas vezes comigo. Agora finalmente achei uma explicação plausível.

Fechei os olhos e me senti renovado. Nem o carinho de fãs me faziam me sentir tão bem quanto à água.

—A água sempre me ajuda a relaxar, é incrível! – digo ainda de olhos fechados.

—Você é com certeza filho de Poseidon, 99% de certeza. E... que tal para comprovar que eu estou certa, que tal uma aposta? – Abri um olho.

—Que tipo de aposta?

—Que tal quem fica mais tempo debaixo d’água?

—Aceito. E o que vencedor ganha?

—Que tal um beijo?

—Acho válido. – dou uma gargalhada – Você já perdeu! No três? 1, 2, 3!

E submergimos. O que eu não havia contado a Reyna: Meu melhor tempo em baixo d’água era de dezenove minutos. Essa competição ia ser, como diria meu queria e saudoso amigo Peter: fácil igual puta.

Comecei a contar os segundos. Para uma simples semideusa ela tinha bastante fôlego. Já estava beirando os 40 segundos e ela não subia.

Finalmente depois de uns 10 segundos ela emergiu. Subi de volta após mais uns 5 segundos.

—Parece que eu ganhei – sorri – mas para uma filha de Belona teu fôlego é bom!

—Obrigada, eu acho – respondeu ofegante – Bom, eu acho que – ela colocou as mãos em volta de meu pescoço e continuou – o vencedor – foi falando cada vez mais se aproximando de meu rosto – merece o seu prêmio agora.

Coloquei minhas mãos em sua cintura.

Foi um beijo calmo, ambos conhecendo e explorando a boca do outro. Quando o maldito ar acabou nos separamos.

Reyna ainda com suas mãos em volta do meu pescoço deitou sua cabeça em meu peito nu. Após alguns minutos de silêncio ela pergunta:

— No que está pensando?

— Em como eu estaria assustado com todo esse lance de semideus se você não estivesse aqui. - Pude sentir seu sorriso através do meu peito.

— É mesmo? Normalmente sou eu que assusto as pessoas...— ela olhou nos meus olhos e sussurrou – Obrigada.

—Por?

— Porque mesmo eu te conhecendo a muito pouco tempo, eu sinto que você é especial, nunca senti isso por mais ninguém... Obrigada, por tudo.  Mesmo você tendo que partir daqui alguns dias – disse Reyna, sendo está última parte sussurrada.

—Não vou partir, - segurei em seu queixo, fazendo-a não desviar seu olhar – bem, talvez eu possa não te ver por alguns dias, até a minha vida voltar ao normal. Se é que tem como voltar ao normal. Enfim, eu vou vir te visitar sempre que possível. Eu prometo.

Ela se apertou mais a mim. Retribui igualmente o gesto, apertando cada vez mais a sua cintura. Faltava só conseguirmos atravessar nossos corpos, de tanto que o abraço estava sendo apertado. Eu sabia o porquê desse aperto todo. Eu passava segurança para Reyna. O que ninguém jamais fez.

Prometi que iria visitá-la sempre que possível. Provavelmente nenhuma outra pessoa prometeu isso à Reyna. Quase ninguém liga para ela. Essa solidão a fez ser durona, por isso a maioria tem medo dela.

Eu estava decidido a mudar esse jeito durona de Reyna, mostrar a todos que ela não é só uma pessoa fria e dura. Ela tem seu lado meigo e sentimental. Estava disposto a fazer Reyna mostrar isso a todos.

[...]

Estávamos abraçados nas termas aproximadamente à uma hora quando me toquei:

—Reyna?

—Sim?

—Eu não tenho roupas pra trocar, e a minha cueca está encharcada, eu posso me secar se quiser claro, mas do mesmo jeito, não posso ficar com a mesma roupa por três dias.

—Jason pode te emprestar roupas, e com certeza deve ter cuecas limpas, eu espero, sobrando.

—Tem certeza? Jason é mais baixo que eu e é meio fraquinho em comparação a mim.

—Vamos lá ver – Reyna saiu da banheira e começou a se enxugar com a toalha.

Espera, eu teria que andar de toalha pelo acampamento, na frente de todos? Corei com o pensamento. Reyna percebeu meu pensamento e se adiantou.

—Não se preocupe, ninguém vai ver você só de tolha, já deu o toque de recolher e ninguém ousa sair de seus dormitórios, a menos que queiram ser comidos por harpias. Digamos que ser pretora tem suas vantagens – ela piscou um olho e jogou uma toalha para mim.

Saí da banheira e enrolei a toalha em minha cintura.

—Mas quando chegarmos aos dormitórios os outros não vão nos ver? – Indaguei.

—Como eu disse, ser pretora tem suas vantagens, uma delas é ter um quarto só meu. Vem. – Ela estendeu a mão e eu a peguei.

Fomos de mãos dadas até a área dos dormitórios, onde entramos no quarto de Reyna.

Não era um quarto grande, mas também não era pequeno.

Havia alguns mapas e fotos coladas nas paredes, estantes com livros, um guarda-roupa que ocupava metade de uma das paredes, em cima de uma escrivaninha tinha até um notebook, depois ela reclama que eu uso tecnologia, vai entender... E bem no centro havia uma cama de casal, onde estavam deitados dois cachorros.

—Qual é a dos cachorros?

— Ester são Aurum e Argentum, são meus, quando me sinto sozinha me fazem companhia, fora que são ótimos em detectar mentiras.

Assim que ouviram a voz da dona, os cachorros levantaram e pularam em Reyna, assim que mataram a saudade dela, viraram para mim.

Achei que os dois iriam arreganhar os dentes e avançar em mim, mas começaram a me cheirar e em seguida lamberam meus pés.

Reyna arregalou os olhos, surpresa.

—Eles gostaram de você, – disse ainda com os olhos arregalados – incrível! Eles não gostam de ninguém além de mim. Isso é um bom sinal. – após uma pausa continuou – Pode deixar suas roupas usadas em cima da cadeira, agora vamos ao quarto de Jason pegar alguma roupa, é aqui do lado.

Reyna foi até o banheiro trocar de roupa, logo fomos até o quarto do loiro.

Batemos na porta de Jason, após uns dez minutos ele aparece na porta de pijama e seu cabelo estava amassado de um lado só.

—Por que está de toalha? – pergunta o loiro.

—Estávamos nas termas, agora ele não tem roupas limpas para usar, poderia emprestar algumas suas? – Reyna disse.

—Vou ver o que tenho, entrem.

Jason separou uma cueca, uma bermuda e uma camiseta, e me socou no banheiro para experimentar.

Me enxuguei melhor com a toalha antes de provar as roupas. Tirei a cueca molhada e coloquei a limpa. Cueca apertada porém ok.

Com muito esforço consegui subir a bermuda até metade de minhas coxas. Bermuda, fail!

Coloquei a camiseta. A camiseta terminou antes do meu umbigo e meus braços, completamente sufocados no tecido, fora que eu quase não conseguia respirar. Camiseta, super fail!

Saí daquele jeito mesmo, com a bermuda pela metade e a camiseta estourando.

—Hãã... Jason, não tem coisa maior por aí, meio que não serviu...

—Essas são as maiores peças que eu tenho, desculpe. Mas pelo menos a cueca serviu?

—Serviu, pelo menos. – Tirei a camiseta e a bermuda, ficando só com a cueca azul emprestada. Reyna corou violentamente – Valeu do mesmo jeito, por enquanto vou ficar com minhas roupas fedidas até pensar em algo.

Enrolei a toalha novamente pela cintura e parei na frente de Reyna que parecia estar em um transe.

—Vamos? – perguntei.

Reyna não moveu um músculo. Cutuquei seu braço.

—Hã? O que? - Jason sorriu de canto.

—Vamos? – indaguei novamente

—Ah sim, vamos. Obrigada Jason. Boa noite.

—Boa noite – respondeu Jason – E se comportem.

Após o comentário de Jason corei mais do que já havia corado na vida e assim chegamos novamente o quarto de Reyna.

Estava prestes a pôr minhas roupas velhas quando Reyna me impediu:

—Você não ia mesmo colocar essas roupas, ia?

—Ia, por quê?

—Qual é... Essa roupa está suja de sangue, fora que está super suada, deve estar com um suvaqueira do caramba!

—E eu fico de cueca? – Perguntei até que tive uma ideia louca, porém genial. – E se a gente fosse até minha casa buscar algumas roupas?

—Tá maluco?

—Não, eu acho... Eu visto minha roupa fedida mesmo, nós vamos até onde larguei meu carro, não é muito longe da entrada do Acampamento, torcemos para que esteja inteiro ainda. Dirigimos até minha casa. Essa noite meu pai e minha mãe não estão em casa, eles iriam num jantar em uma cidadezinha aqui perto e só voltariam de manhã. Eu tomo banho e arrumo uma mochila com tudo que preciso, voltamos para o Acampamento e pronto, missão concluída.

—Não sei não... E se aparecer algum monstro?

—Não vai, e mesmo se aparecerem, vão ter que enfrentar minha fúria! – Reyna ainda estava ponderando a situação – Ah, vamos lá Reyna, eu preciso de roupas! Eu sei que me ver de cueca é uma visão agradável, mas...

—Convencido! – interrompeu Reyna, me dando um tapa no ombro – Mas vamos voltar logo, não quero que percebam que eu sumi.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é isso, posto o próximo capítulo sexta no mais tardar.
Comentem o que estão achando, o que gostam e o que não!!
Abraços!



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