Pov. Duncan

Essa com certeza tinha sido uma das melhores noites da minha vida, além de vandalizar a Estátua da Liberdade, Reyna era minha namorada agora, dá pra acreditar?

Acordei e o relógio marcava quase meio dia. Eu estava acabado de cansado, pelo menos me deixaram dormir um pouco mais. Olhei para o lado e lá estava ela, tão linda dormindo, deu até pena de acordá-la.

— Ei – sussurrei – Acorde, já está tarde.

— Que horas são? – perguntou sonolenta ainda de olhos fechados.

— Onze e cinquenta e três.

Assim que falo ela senta de supetão na cama.

— Deuses! Nunca acordei tão tarde assim.

— Pra tudo tem uma primeira vez – respondi – Vamos ver se o resto da galera já acordou.

Chegando na sala, encontrei todos acordados olhando algo aparentemente bem interessante na televisão.

— Bom dia família! – saudei – Como estão todos?

— Eu é que pergunto, Duncan – disse Sally com uma cara esquisita – Por acaso o senhor tem algum tipo de envolvimento com isso? – indagou apontando para a TV.

“Estátua da Liberdade e Times Square alvo de vândalos nessa madrugada”

— Err... – pigarreei – Talvez... Mas...

— ... E quem é essa tal de Reyna?... – disse o apresentador do jornal.

— Ah! Tem isso... – exclamou Percy – Gostaria de nos dizer algo irmãozinho?

— Bem... Eu e Reyna – falo segurando na mão da morena – estamos finalmente namorando.

— EU SABIA! – Berram Arabella e Percy ao mesmo tempo.

Annabeth parecia pronta para falar alguma coisa mas não pôde, pois uma fumaça branca surgiu no meio da sala, revelando a figura de Quíron.

— Quíron? – indagou Annie

— Meus jovens, – começou o centauro – como vocês já bem sabem, há algo muito estranho com os deuses, eles não respondem nada, inclusive Dionísio que de repente sumiu! Por isso preciso que vocês vão imediatamente ao Olimpo para tentar investigar um pouco e ver se conseguem alguma ajuda contra Gaia, precisamos de alguma ajuda divina, a deusa da terra é muito forte. Quando voltarem me mandem uma Mensagem de Íris imediatamente. Boa sorte. – E assim Quíron agitou a mão, desfazendo a mensagem.

— Vamos lá então! – exclamou Percy

Optamos por ir de carro mesmo, assim qualquer monstro que nos avistar não conseguiria nos pegar, pelo menos não comigo no volante. Alguns minutos depois chegamos até o grande prédio, o Empire State, lindo como sempre. Achei um lugar para estacionarmos e adentramos a grande construção. O porteiro já conhecia Annabeth, por conta das reformas que a mesma fez no Olimpo depois da guerra contra Cronos e nos deu a chave do elevador.

Logo estávamos no 600º andar. Eu olhava tudo maravilhado e curioso, assim como Arabella e Reyna, que nunca tinham visitado o grande Olimpo. Andamos rapidamente até a sala dos tronos e encontramos todos os deus lá, mas eles realmente não estavam normais, estavam com uma aparência estranha, pareciam doentes, fracos, debilitados...

— Mas o q... – Percy começou a falar mas foi interrompido pelo rei do Olimpo

— Semideuses! O que estão fazendo aqui?

— Quíron nos mandou, senhor Zeus. – Annabeth respondeu

— Ah sim, sim... Ele deve querer saber o motivo de não estarmos mais o respondendo e fazendo aparições... – murmurou fracamente

— O que aconteceu com vocês? – perguntou Arabella

— Gaia está sugando toda a nossa energia vital. – respondeu Ártemis

— E ainda não sabemos como. – respondeu Atena com raiva

Filho de peixe, peixinho é. Esse ditado é realmente verdadeiro. Atena e seus filhos odiavam não saber de algo. Mas antes que qualquer outro pudesse falar algo, três senhoras entraram na sala, reconheci como as Parcas. Elas pararam no centro da sala e olharam fixamente para nós.

— Uma profecia... – Annabeth falou juntamente com Percy

Para essa batalha ganhar

A deusa deverão encontrar

Perdida na Terra da Subida

Ignorem a tentação proibida

Contra o Sono Colossal

Apenas vencerá o emocional

Na Terra do Nada lutarão

E o herdeiro protegerão

[...]

Pov. Percy

Eu nunca havia visto Quíron tão nervoso desde a batalha contra Cronos. Ele já parecia tenso quando ligamos para ele, mas aí quando contamos a profecia, ele começou a suar frio e ficou com uma cara nada legal.

Nós também não estávamos com caras nada legais, pois não entendemos bulhufas da profecia, pra variar um pouco.

— Podem repetir por favor? – pediu o centauro

Então eu recitei novamente.

— Isso não faz o mínimo sentido... – murmurou Quíron

— Estou começando a ficar irritada. – disse Annabeth – Essa profecia é impossível de se desvendar.

Arabella e Duncan estavam cochichando em um canto, muito suspeito...

— Se a Annabeth não sabe nada, – falei – eu muito menos. Não entendi nadica.

— Mas talvez Arabella saiba de algo! – exclamou Duncan – Se ela estiver certa, rapidamente acharemos essa deusa e o resto da profecia.

— Bem, - começou Arabella – tenho certeza de que essa deusa está no Brasil, novamente precisamos viajar pra lá... Gaia é a deusa da terra e, no geral, o Brasil está abarrotado de terra, fora todos os monstros que havia por lá. Ela sendo esperta como um ser imortal é, não iria se dar ao trabalho de mandar tantos monstros para lá só por minha causa. E outra coisa gente, a Terra da Subida, eu sei onde é, eu morei lá a minha infância toda. Ponta Grossa!

— Ponta o que? – perguntei

— Grossa, Percy – respondeu Duncan rindo – Na minha opinião é um ótimo ponto de partida pra nossa busca.

— Concordo Duncan – disse o centauro – Daqui dois dias vocês três começarão a sua jornada, se preparem!

— Espera. – indagou Annabeth – Nós TRÊS?

— Sim, vocês três. – confirmou Quíron – Annabeth, Percy e Duncan. Arabella deve ficar em segurança, aí no apartamento. Mandarei Thalia para que cuide caso alguém perturbe. Senhorita Reyna, preciso que volte o quanto antes para o Acampamento Júpiter, eu você e Jason precisamos começar a fazer nossas estratégias de batalha e preparar os campistas.

Ninguém questionou nem falou nada, mas pude perceber que Duncan, Annabeth e inclusive eu, estávamos receosos em deixar a loira aqui, mas se Thalia vem, ela está em boas mãos. Em muito pouco tempo, ficamos muito próximo uns aos outros e eu podia ver que meu irmão amava aquela garota como se fosse sua irmã.

— Quem é Thalia? – questionou Arabella

— É a general das caçadoras de Ártemis. – respondeu Annabeth – Ela é nossa amiga, é uma irmã pra mim. Tenho certeza que vão se dar bem.

[...]

Pov. Duncan

Passei as últimas oito horas estudando o local na tal cidade de Ponta Grossa, que iria ter que fazer a viagem nas sombras. Arabella me ajudou muito descrevendo o lugar, isso iria ajudar muito, era uma espécie de parque no meio da cidade. Quando finalmente decorei os mínimos detalhes de todo o lugar me desesperei.

Eram as últimas horas com ela.

Se eu estava desesperado? Desesperado era pouco. Estava com um misto de emoções se remexendo e se remoendo dentro de mim. Eu simplesmente não sabia o que fazer. Nossa Duncan, mas você conhece ela faz muito pouco tempo! Tempo mais que suficiente para me apegar e amar ela de verdade.

Eu só sabia de uma coisa. Eu tinha que dizer aquilo pra ela. Tenho certeza que nunca senti nada parecido com isso. É isso que vou fazer. Agora só não sei como.

Entrei em meu quarto e encontrei Reyna apenas de roupas intimas procurando algo em sua mochila, provavelmente seu pijama. Essa era minha última noite antes de partir.

De fininho a abracei por trás e inspirei profundamente seu cheiro, o qual ficarei um bom tempo sem sentir. Tentei memorizar ao máximo cada traço daquele perfume natural maravilhoso para mim.

— Que susto! – exclamou ela.

— Você é linda, sabia? – sussurrei e beijei seu pescoço, arrepiando toda a pele por ali.

— Obrigada – sussurrou de volta, virando-se em minha direção.

Quando eu menos percebi, estávamos na cama. Tudo estava acontecendo tão rápido, mas tão devagar ao mesmo tempo. Era estranho. Em um momento estávamos com nossas pequenas roupas no corpo, no outro momento estávamos sem nada.

Eu não cansava de beijar cada centímetro do corpo dela, tentando guardar na memória todas aquelas curvas divinas que a mesma possuía. Ela por sua vez, passava as mãos em todas as partes do meu corpo que ela alcançava. Inclusive lá. E Zeus do céu. Essa mulher tem mãos mágicas.

Parecia que ela tinha sido feita sob medida para mim. O encaixe era perfeito. A minha tampa da panela.

[...]

Mesmo suada, ela ficava linda. Os cabelos escuros caindo suavemente por seus ombros, os seios tão perfeitos e seu rosto angelical me olhando

— Eu te amo, Reyna. Demais. Vai ser muito difícil ficar longe de você.

Falei e em seguida encostei minha testa na dela. Pude ver que ela estava chorando. Lágrimas de felicidade.

— Você tem que parar de me fazer chorar assim. Preciso saber que não estou namorando uma cebola – disse ela dando um tapinha em meu peito desnudo – Toda a minha pose de coração de pedra se vai quando você está por perto. Eu te amo.

Nos beijamos por eternos longos minutos até que adormecemos.