Meu Gêmeo Favorito escrita por The Joker
Notas iniciais do capítulo
Oie gente, eu to morrendo de sono então vou só postar e sair correndo.
Só duas coisas: Finalmente em Brasil e Tatuagem! Apenas.
Boa leitura.
Pov. Percy
Desde o incidente da floresta, passou-se uma semana. Por incrível que pareça, nenhum mostro nos atacou, não houve nada de anormal. Passamos tranquilamente por Mato Grosso, Goiás e tínhamos acabado de adentrar em Minas Gerais.
Estávamos a duas quadras do hotel aonde iríamos nos hospedar quando o carro fez um barulho estranho e fomos perdendo velocidade. Duncan conseguiu estacionar e logo em seguida o carro morreu. Meu irmão tentou ligá-lo novamente mais nada aconteceu.
— O que houve? – perguntamos eu e Annabeth juntos
— O carro quebrou. – respondeu Duncan – E o mecânico mais próximo fica a uns 10 quilômetros. Fora que de madrugada o guincho não funciona.
Resolvemos deixar o carro estacionado naquela vaga do além mesmo. O hotel ficava somente a duas quadras, então dava para ir a pé. Novamente eu e Duncan ficamos em quartos separados, porém não rolou nada entre mim e a Sabidinha, afinal estávamos bem cansados dos acontecimentos passados.
Acordamos relativamente cedo, pois precisávamos levar o carro o quanto antes ao mecânico.
Tomamos café da manhã no restaurante do hotel e logo em seguida Duncan ligou para um guincho. Dez minutos depois o caminhão-guincho chegou levando o carro e a gente embora. Era melhor ficar perto do lugar onde a caminhonete ia estar, assim não era preciso se locomover muito.
O mecânico avisou que houve uma pequena falha no motor, bem normal já que aquela camionete tinha feito um baita esforço nos últimos dias. João, o mecânico, disse que poderíamos passar pela parte da tarde para pegar o carro.
— O que vamos fazer em quanto isso? – perguntei
— Vamos a algum lugar comer. – propôs Annabeth
— Mas acabamos de comer no hotel. – pontuou Duncan
— Sai dessa, eu sei que você é um saco sem fundo e também quer comer. – contrapôs Annie – E você também Percy.
Então andamos sem rumo em busca de uma lanchonete, três quadras depois achamos uma e a adentramos. Sentamo-nos em uma mesa, uma moça veio nos atender e esperamos nosso tradutor, vulgo Duncan, pedir alguma coisa.
— O que você pediu? – perguntei quando a moça se retirou
— Quatro pães de queijo. – respondeu
— Quatro? – indagou Annabeth erguendo uma sobrancelha – Mas somos três.
— Dois pra mim. – disse
— Gordo. – murmurei
— Me chama de gordo agora, pois quero ver quando você comer um e quiser outro. – falou Duncan
— Não sei não. – falei – Pão de queijo não é uma coisa que você fala “nossa que delícia cara”.
— Você diz isso porque nunca provou um pão de queijo feito no Brasil, principalmente aqui em Minas.
— Qual a diferença?
— Qual a diferença? Oito palavras, querido: Aqui É A Terra Do Pão De Queijo. Outra: O troço é recheado.
— Já veio aqui antes? – perguntou Annabeth a Duncan, dando por encerrada nossa discussão sobre pão de queijo. – Você fala tão bem o português, parece até que já morou no Brasil.
— Já vim aqui em Minas sim. Um amigo meu mora aqui. – respondeu ele – Ele acabou me ensinando já que vim diversas vezes para cá para shows.
Annabeth iria dizer algo, mas foi interrompida quando a garçonete chegou com nosso pedido.
Mordi o pão de queijo enorme que estava em minha mão.
— Cara, você estava certo. – falei – Esse troço é bom mesmo.
— Eu não te falei?
— Queria voltar para o hotel e dormir. – comentou Annabeth quando havíamos acabado de sair da lanchonete.
— Decorou o caminho até o mecânico? – perguntou Duncan. Annabeth assentiu – Pode voltar então, encontra a gente lá pelas 17 horas.
— Mas eu vou a pé?
— Não. – disse Duncan tirando algo da mochila que carregava – Você vai de skate.
— Mas eu não sei andar nessa coisa. – protestou Annie
— Quer dormir? Se vira. Garanto que é mais fácil que um helicóptero.
— Boa sorte, vai precisar. – falei dando um selinho nela.
Então Annabeth colocou um pé em cima do skate e empurrou o outro no chão. Cinco minutos depois desapareceu em uma esquina.
— Até que ela manda bem no skate. – meu irmão murmurou
Quando demos um passo para começar a andar novamente sem rumo, uma espécie de espinho passou zunindo pela minha cabeça e se cravou na parede a frente. Só podia ser uma coisa: Mantícore.
Puxei Duncan e logo estávamos correndo sem rumo. Corremos sem parar, dobrando aqui e ali, mas do mesmo jeito o monstro não perdia o nosso rastro. De repente, Duncan me empurrou pela porta de alguma loja e entrou junto. Pude ver o mantícore passar reto por nós e desaparecer. Recuperei o fôlego e olhei ao meu redor. Entramos em um estúdio de tatuagem. Um rock qualquer tocava ao fundo.
— Posso ajudá-los? – perguntou uma mulher que deveria ser a recepcionista do lugar.
— Err... – comecei a bolar uma desculpa, mas Duncan me cortou
— Viemos fazer uma tatuagem. – disse ele com firmeza
— Como é? – sussurrei, porém ele me ignorou
— Tem horário marcado? – perguntou a moça.
— Não. – respondeu Duncan – Estávamos passeando quando avistamos o estúdio e resolvemos dar uma passadinha pra ver se tinha algum horário.
— Por sorte não tem ninguém marcado para agora. – disse a recepcionista – Podem entrar nessa porta.
— Obrigado. – meu irmão agradeceu
Passamos pela porta e entramos em uma sala, havia uma cadeira, parecida com aquelas de dentista, no centro, em uma mesa estavam espalhados desenhos e em uma pequena bancada havia vários tubos de tinta. Um homem careca e barbudo que usava óculos de grau e tinha os braços cobertos de tatuagens, estava sentado em frente ao computador e se virou quando entramos.
— Duncan? – perguntou o homem – É você mesmo cara?
— Sou eu. – respondeu – Espera... Dave?
— O próprio. – então Duncan e o homem chamado Dave trocaram um abraço de macho, aqueles com tapas até fortes demais nas costas. – Há quanto tempo!
— Pois é... Já faz tempo que você saiu de São Francisco. – disse Duncan
— Quem é esse cara? – perguntou Dave – É seu clone?
— Digamos que sim. – respondeu – Dave, esse é meu irmão Percy. Percy, este é Dave, um velho amigo.
— Irmãos? Como descobriram?
— Longa história. – falei
— É tipo Casos de Família. – disse Duncan – Muita treta desnecessária por trás.
— Entendo. – disse Dave – Mas e aí? Vão fazer o que? Uma tatuagem? Ou fazer outro furo nessa carinha linda?
— Vamos fazer uma tatuagem. – afirmou Duncan.
— Vamos? – perguntei
— É, vamos. – respondeu – Sabe de alguma coisa que queira tatuar?
— Não.
— Tudo bem, pensa aí que eu faço a minha primeiro – declarou.
— Vai ser o que dessa vez? – quis saber Dave
— Uma coruja tocadora de lira. – respondeu Duncan – Na coxa, já que os braços estão ocupados...
— Coruja tocadora de lira... Interessante. Posso saber o porquê?
— Meus pais.
— Falando neles como estão?
— Mortos.
— Woow! Sinto muito cara, eu não sabia. – murmurou Dave.
— Não faz mal.
Duas horas se passaram desde que eu me sentei em uma cadeira e observei Dave tatuar o desenho em Duncan. Não pensei em nada que pudesse fazer nesse tempo, só pensei no quanto devia ser doloroso. Ou talvez não, já que eu ainda tinha a Maldição de Aquiles, apesar de que um tempo pra cá ela começou a perder o efeito. Será que o desenho ficaria na minha pele?
Saí do meu transe quando Dave terminou de enrolar um papel filme entorno da tatuagem recém feita.
— Pensou em algo? – perguntou Duncan enquanto vestia a calça novamente
— Na realidade não pensei em nada. – confessei
— Me deixa pensar... – disse ele – Que tal fazer o nome da Annabeth, eu sei que vocês não vão se separar nunca então é tranquilo, ou fizer um tridente, representando Poseidon.
— Curte mitologia grega Percy? – indagou Dave
— Curto. – respondi sorrindo - Beleza. Vou fazer
— Qual delas? – perguntou Dave
— As duas. – respondi
— Esse é meu irmão! – bradou Duncan
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E aí gente? Deixem seus comentários aí, é muito importante!
Até quinta feira! Enquanto isso eu hei de dormir.
Arbaços!