Meu Gêmeo Favorito escrita por The Joker


Capítulo 17
Mais Um Desagradável Sonho


Notas iniciais do capítulo

Opa gente! Belezinha?
Maaais um capítulo para vocês e eu adoro esse capítulo, tem de tudo aqui.
Boa leitura e espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/763089/chapter/17

Pov. Duncan

Estávamos prontos para partir. Iríamos de pégaso até minha antiga casa em São Francisco e pegaríamos minha caminhonete.

Com Annabeth e Percy ao meu encalço, fui me despedir de Nico. Nesses últimos três dias me aproximei muito dele. Inclusive tive que antecipar o treino com Nico e Percy, porque se não estaria muito ferrado se monstros aparecessem.

Nico se tornou um verdadeiro amigo pra mim. Eu tive sorte de que ele gosta quase das mesmas coisas que eu. Mas o que mais gosto nele é a parte misteriosa. Instiga-me a descobrir mais coisas a seu respeito. Apesar de que eu já tinha descoberto a maioria das coisas que cercam Nico di Ângelo. Eu só não sabia uma coisa: O porquê de ele ficar tão nervoso na presença de Percy. Quando eu voltar, vou tratar de descobrir isso.

Além de Nico, me aproximei um pouco mais de outros campistas também. Tive conversas agradáveis com Piper e Leo. E falando nele, tenho que agradecer ele muito depois. Pois o mesmo me deu uma mochila que cabe o mundo dentro. Era como aquela bolsinha da Hermione, em Harry Potter. O próprio Leo tinha uma parecida. Assim ficaria muito mais fácil guardar todas as armas e minhas coisas. Fora que posso simplesmente jogar tudo lá dentro, sem se preocupar em dobrar nada.

Entrei no chalé 13, que agora eu havia ocupado também, isso se notava pelas meias e cuecas jogadas perto da minha cama.

Nico estava deitado em sua cama, jogando meu Nintendo 3DS, que eu havia emprestado, já que iria sair em missão. Ele pareceu gostar bastante de um jogo de RPG chamado Mitomagia, que eu havia baixado, mas nem sequer tinha jogado.

— Nico. – chamei – Nós estamos indo.

— O quê? – perguntou nem ao menos tirando os olhos do videogame.

— Nós estamos indo. – repeti

— Quem? – ele ainda não tinha tirado os olhos da telinha.

Eu não podia falar nada. Sou igualzinho. Quando estou jogando, simplesmente ignoro todo o mundo a minha volta.

— Eu, Percy e Annabeth. – falei capturando o 3DS de suas mãos, o que gerou um resmungo – Nós já estamos indo.

— Ah é? Então adeus, boa sorte e se cuida. – falou me dando um abraço. – E vocês também.

 E em seguida Nico deu um abraço em Annabeth. O filho de Hades tentou dar um aperto de mão desajeitado em meu irmão, mas Percy o puxou e o abraçou. O que resultou em Nico da cor do cabelo de Rachel.

Rachel. Uma menina um tanto interessante. Nesses dias também firmei a base de uma amizade com ela. Ela parece ser uma menina legal.

— Você também se cuide, Bafo de Cadáver. – disse Percy quando já se separaram.

— Adeus Nico. – disse Annabeth. – Ah! E pelo amor de Zeus, da próxima vez que esse moleque aqui, – em seguida apontou para mim – deixar jogado as cuecas dele pelo chalé, quero que você me informe.

— Mas você nem fica por aqui. – defendi-me

— Mas e se eu por acaso, – começou ela – precisar entrar aqui e, estar tudo assim. Não seria nada agradável.

— Qual o problema de ter cuecas jogadas? – perguntei

— Primeiro: É falta de higiene. – pontuou – Segundo: Eu sou menina.

— Como se você não visse Percy de cueca o tempo todo. – soltei.

— O que? – indagou Annabeth erguendo uma sobrancelha.

— Nada. – falei – Eu acho que é melhor irmos. Adeus Niquito.

— Humpf. – ele odeia esse apelido que eu uso. – Adeus, Peixe dos Infernos.

Sorri e me virei para ir embora do chalé. Seguimos para os estábulos e Blackjack e Sparrow, outro pégaso, negro com algumas manchas brancas, que eu acabei por fazer uma “amizade”.

E aí cara! – cumprimentei em minha mente— Blackjack.

Trouxeram cubos de açúcar para nós?— perguntou Blackjack

Olhei para Percy e ele apenas acenou negativamente com a cabeça.

Quando voltarem, peçam pra Nico. Ele deve ter alguma coisa.— respondi. Se ferrou Nico.

Montei em Sparrow e quando Percy e Annabeth já estavam prontos, partimos em voo rumo à São Francisco.

Passados uns quinze minutos, já pousávamos em frente à minha garagem. Descemos de nossos pégasos e nos despedimos deles.

Abri a porta da garagem e peguei a chave do carro, que estava pendurada na parede. Apertei o botão do alarme e assim destravei a caminhonete preta cabine dupla e 4x4. Enfiei minha mochila no banco de trás e entrei no lugar do motorista. Annabeth sentou-se no banco do passageiro e Percy se jogou no banco de trás, se deitando e ocupando todo o espaço.

— Estou com sono. – declarou – Irei dormir. Só me acordem se tiver alguma emergência, se não, somente em... Onde vamos parar? – perguntou.

— Eu acho que San Diego. – respondi. – Só não babe no meu banco.

— Cala a boca. – proferiu e fechou os olhos.

— Só vocês dois mesmo... – sussurrou Annabeth.

Coloquei a chave no contado girei-a, ligando o motor. Acelerei e assim saímos da garagem.

Annabeth ligou o rádio e perguntou:

— Quanto tempo para chegar a San Diego?

— Umas três ou quatro horas. – respondi

— Está louco? – indagou – De carro leva pelo menos umas seis horas, quer chegar em metade do tempo?

— Essa caminhonete não é uma simples caminhonete. – Falei – Ela tem um motor diferente, muito potente, muito parecido com um carro de Fórmula 1. Até mais rápida. Agora põe o cinto que assim que chegarmos à estrada e eu vou acelerar.

— Essa velocidade toda é permitida? – perguntou

— Agora é. – respondi

— O Percy que se segure lá trás. – murmurou a loira.

Acelerei e a caminhonete praticamente voou pela pista. Senti-me livre naquele momento. Fazia tempo que eu não saía por aí livre, com um carro super potente.

— Pra tirar o tédio, que tal conversarmos? – disse Annabeth quebrando o silêncio.

— Sobre? – perguntei

— Hmmmmm... Que tal fazermos perguntas? – sugeriu – Assim descobrimos coisas que ainda não sabemos sobre o outro.

— Interessante. Eu topo. – concordei – Eu começo. Como me conheceu, digo, como cantor?

— Ouvi algumas meninas do Acampamento comentando sobre você, como suas músicas eram demais e resolvi procurar, acabei gostando... Desde quando você canta?

— Desde que eu aprendi a falar eu acho. – respondi – Sempre gostei de cantar e provavelmente o fato de minha mãe ser filha de Apolo ajudava, já que ela sempre cantava. O dia inteiro. Acabei me apaixonando pela música e descobri que tinha talento. Eu toco violão, guitarra, bateria, piano, baixo... Entre outros.

— Uau! Qualquer dia você vai tocar tudo isso e cantar uma música dedicada a sua loira preferida. – ordenou.

— Que loira? – perguntei e em troca recebi um tapa no braço. – Desse jeito eu vou bater o carro. Mas eu canto sim. – prometi – Minha vez. Deixe-me pensar... Você e Percy já transaram? – perguntei na lata.

— O que? – praticamente gritou ela – Por que quer saber?

— Porque você ficou vermelha quando eu falei do Percy de cueca. – pontuei.

— Claro! Qualquer um ficaria. – disse.

— Mas você estava um vermelho diferente. – falei – Como se nunca tivesse visto o Percy de cueca na vida.

— Eu já o vi algumas vezes. Mas nós nunca passamos disso. – respondeu envergonhada.

— Quer dizer então que vocês nunca... – deixei a frase no ar. – É só ter calma Annie, vai ser na hora certa. Você, especialmente você não deveria ligar para isso. Deveria se orgulhar, de ter dezessete anos e ainda ser virgem.

— Hãã... Obrigada. – agradeceu ela – E você? – eu ri – O que foi?

— É que eu nunca pensei que iria discutir isso com você. – respondi – Você é certinha demais.

— Cala a boca. – falou – Mas me responda, você ainda é virgem?

— Sim. – respondi – Por mais incrível que pareça.

— Nossa... Estou impressionada. – disse Annabeth – Um cara como você devia ter várias pretendentes...

— Pois é... Mas talvez eu esteja esperando a certa. – Disse sorrindo

Continuamos nosso joguinho de perguntas e respostas por quase toda a viagem, mas resolvi deixar Annabeth descansar um pouco, e assim ela encostou a cabeça no vidro e fechou os olhos.

Três horas e meia haviam se passado desde que saímos de São Francisco. Deveria ser por volta da meia-noite quando passei por uma placa: Welcome to San Diego. Assim que entrei nas ruas da cidade, diminuí a velocidade da caminhonete, pois não é nenhum pouco prudente andar a 200 mil por hora numa cidade. Passei ao lado de um beco e juro que vi algumas dracaenae. É... Se não tomarmos cuidado, estamos fritos.

Estacionei em frente ao Hotel Del Beach. Acordei Percy e Annabeth e adentramos o estabelecimento. Era um hotel chique. Na verdade, era um dos melhores hotéis de San Diego. Ficava estrategicamente posicionado em frente à praia. Assim em caso de necessidade, poderíamos fugir facilmente. Créditos para Annabeth.

Estava quase chegando à bancada da recepção quando:

— AI MEU DEUS! – Gritou uma voz feminina. – É o Duncan! AI MEU DEUS! – Tornou a dizer.

— Façam o check-in. – falei – Eu vou atender ela.

— Olha a estrelinha. – disse Percy rindo. – Vamos lá.

— Oi. – falei me aproximando de uma menina baixinha de pele morena e cabelos encaracolados e pretos. Devia ter seus quinze anos. – Me conhece?

— Se eu conheço? Mas é claro. – respondeu ela – Você é meu ídolo! Eu te amo cara! Sempre foi meu sonho te encontrar.

— Sonho realizado então. – falei sorrindo – Saiba que eu que amo você. Se não fosse você e todas as outras pessoas que apreciam meu trabalho, eu não seria nada. Deixa eu te dar um abraço. – E assim o fiz. – Muito obrigado por gostar das maluquices que faço.

— E-eu posso tirar uma foto? – perguntou envergonhada.

— Claro. – concordei

Depois trocar uma ideia com a menina que descobri chamar Caroline e que estava passando uma férias aqui, fui em direção ao meu casal preferido do momento e parecia que eles estavam tendo problemas com a moça da recepção.

— Já conseguiram? – perguntei.

— Sim. Mas teremos que ficar todos num quarto... E só tem uma cama no quarto! – respondeu Percy bravo. – Desculpe senhor, mas estamos lotados... – disse Percy em uma péssima imitação da voz da recepcionista.

— O que vamos fazer? – perguntou Annabeth.

— Deixa eu ver se eu consigo falar com a moça           .

 - Já disse a vocês que não temos quarto disponíveis – disse da maneira mais grossa possível a loira oxigenada, vulgo recepcionista.

— Desculpe moça, mas eu sou Duncan Harrison, não aceito que eu e meus amigos teremos que ficar enlatados num quartinho. – Eu odiava usar minha fama pra conseguir coisas, mas as circunstâncias pediam por isso.

— Oh meu Deus! – a recepcionista colocou a mão na boca – Não acredito que é você... Me desculpe senhor Harrison, temos uma suíte disponível, duas camas de casal e hidromassagem, pode ser?

—Está perfeito. E que não se repita isso – falei seco.

— Oitavo andar, quarto 328. Tenham uma boa estadia. – E em seguida deu aquele sorrisinho falso.

— Vamos crianças. – falei me segurando pra não rir.

— O poder da estrelinha! – exclamou Percy gargalhando.

O elevador parou em nosso andar e caminhamos até o quarto. Adentramos o quarto e uau! As camas de casal se encontravam encostadas centralmente a parede e equidistantes. Um pequeno sofá azul marinho no canto juntamente com uma mesa de centro e uma televisão gigante. Na parede direita encontrava-se o closet. Não sei qual a necessidade de um closet em um hotel, mas tudo bem. E na parede esquerda, encontrava-se o banheiro.

Annabeth parece ter gostado do lugar, pois olhava tudo com calma havia brilho em seus olhos.

— Agora posso espalhar minhas cuecas por aqui. – falei enquanto jogava minhas coisas próxima a uma das camas.

— Tente. Só tente pra ver o que acontece. – ameaçou Annabeth.

— Nossa! Deu-me um medo danado agora. – provoquei.

— Vocês dois são impossíveis! Por Zeus! – resmungou Percy – Que horas saímos amanhã?

— Na hora do almoço. – respondi – Nossa próxima parada é o México. Arriba la cucaracha!

Depois de nos organizarmos e nos instalarmos melhor, nos deitamos. Amanhã teríamos um longo dia de viagem. Adormeci assim que enfiei minha cara no travesseiro. Estava cansado. Cansado era pouco. Fiquei dirigindo por praticamente quatro horas sem parar. Assim que apaguei fui transportado para um sonho. O mesmo sonho com que eu venho tendo há dias.

Uma garota, que eu não conseguia ver o rosto, estava me olhando. Eu tenho certeza de que conhecia essa garota, mas nunca conseguia ver o seu rosto. Era um borrão pra mim. Ela estava de mãos dadas comigo e do nada brotava, literalmente, na terra, o rosto de uma mulher, que parecia ter pelos quarenta ou cinquenta anos. Porém sua voz a denunciava que ela tinha mais. Lá pelos mil pra cima. E sempre dizia a mesma coisa:

— O tempo está acabando heroizinho. Junte-se a mim e quem você ama não sairá ferido.

E terminava assim.

Acordei num salto. Estava suando frio. Apesar do cansaço que estava não me atrevi a tentar dormi novamente. Não queria ter que ver aquela mulher brotando mais uma vez.

Peguei meu celular e recostei-me na cabeceira da cama. Coloquei meus preciosos fones de ouvido e tentei me acalmar um pouco.

Quando percebi, já estava de manhã. Resolvi pedir o café da manhã. Deixei a bandeja de Percy e Annabeth na mesinha de centro e comi meu café. Não estava com fome, mas se não comesse, iria desmaiar na estrada, causando um acidente nada legal.

— Já acordou? – disse Annabeth se sentando na cama.

— Achei que ia morrer de tanto dormir. – disse Percy bocejando.

— Por mais incrível que pareça, estou sem sono. – falei – Trouxe o café de vocês.

— O que aconteceu? – indagou Annabeth.

— Nada. – respondi gerando um olhar desconfiado da loira.

Passei o resto da manhã no hotel, enquanto Annabeth e Percy foram passear na praia em frente.

Perto da hora do almoço eles retornaram.

— Já podemos ir? – perguntou Percy.

— Sim. – respondi.

Fizemos o check-out e descarregamos as mochilas no carro. Fui entrar, mas Percy não deixou.

— Eu dirijo. Você está cansado, dá pra perceber. – disse       

— Percy, esse não é só um simples carro. – comecei – É necessá...

— Eu me viro. Agora vai, antes que eu mesmo te enfie aí. – ordenou.

Entreguei a chave a ele e entrei no banco de trás, já esticando as pernas sobre o estofado.

— Agora diz. – ordenou Annabeth quando já estávamos em movimento. – O que aconteceu? Algo está te perturbando. Está visível.

Inspirei e expirei fortemente várias vezes antes de responder.

— Eu tive um sonho... – E contei todo o meu sonho a eles.

— Isso não pode ser coisa boa. – murmurou Percy – Assim que tivermos oportunidade, temos que contatar Quíron.

— Isso pode ser importante, Duncan. – disse Annabeth – Talvez se encaixe no porquê de os deuses estarem perturbados. Agora dorme um pouco. Tenho certeza que você não dormiu nada.

— Antes de dormir, pra onde vamos mesmo? – perguntou Percy – Preciso saber em que direção ir.

— Estamos indo para Chihuahua, no México. – respondi – Se você acelerar chegaremos antes do pôr do sol.

            - Chihahua? Sério isso? – perguntou rindo – Uma cidade com nome de cachorro, que lecão! – apenas revirei os olhos com a piada idiota de Percy.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí gente? O que acharam? Deixem nos comentários!!
Começou a jornada dos nossos heróis para o HUE HUE BR
E eu garanto que essa jornada vai ser bem agitada!! Espero vocês aqui na quarta!
Até mais, abraço e um beijo na bunda!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Gêmeo Favorito" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.