Crisálida escrita por valentinaLB


Capítulo 24
Capítulo 24 - DE SAPO A PRÍNCIPE


Notas iniciais do capítulo

OI, MENINAS!! ACHO QUE ESTE CAPÍTULO ME FARÁ RECONCILIAR COM ALGUMAS LEITORAS QUE ESTAVAM REVOLTADAS COMIGO.KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.QUERIA TER CAPRICHADO MAIS, MAS ESTOU MEIO SEQUELADA E NÃO CONSEGUI ME CONCENTRAR O SUFICIENTE. DESCULPEM-ME.BEIJÃO PRA VCS!!



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CAPÍTULO 24 – DE SAPO A PRÍNCIPE

POV BELLA

O AMOR

(Carlos Drummond de Andrade)

“Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção. Pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e neste momento houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente divino: o amor.

Se um dia tiver que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.

Se você conseguir em pensamento sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado... se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite... Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a pessoa envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela... Se você preferir morrer antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. É uma dádiva.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

É o livre-arbítrio.

Por isso preste atenção nos sinais, não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor.”

É claro que não faria uma loucura, mas saltar por aquela porta me parecia bem menos doloroso do que ter de continuar encarando Jacob.

Ele riu do meu embaraço. Eu não sabia onde enfiar a cara. Só eu podia ter dito aquelas palavras, não era invenção dele. E por que eu pedi que ele fizesse amor comigo, meu Deus? Eu me fiz de difícil para Edward por tanto tempo, e bastou umas cervejas para cantar o primeiro que vi na minha frente. O que estava acontecendo comigo?

- Não precisa ficar assim, Bella, você estava bêbada, além do mais não tem o menor cabimento você dizer que era apaixonada por mim, afinal eu era o marido da sua melhor amiga. Claro que não acreditei em nada que falou. Mas que fiquei tentado a atender seu pedido, não posso negar – falou rindo, com seu jeito de dizer verdades brincando.

- Jacob, pelo amor de Deus, esqueça tudo o que eu falei. Eu não me lembro de nada, devia estar delirando. Pode ter sido até um caso de possessão, sei lá. – Ele bem podia acreditar nessa.

- Não fique preocupada, Bella, você não estava falando nada coerente, por sinal estava muito engraçada. E tem outra coisa que não te contei, você falou o nome do seu ex o tempo todo. Algo sobre a mão dele no seu corpo. A coisa estava ficando quente, menina. Ainda bem que de repente você apagou, senão eu não teria sido tão cavalheiro quanto fui. – Seu sorriso malicioso me reacendeu a vontade de abrir aquela porta de uma vez e acabar com aquela tortura.

Nunca mais beberia na minha vida!

Despedi-me dele, na porta de casa, desejando silenciosamente que nunca mais nos encontrássemos.

- Te ligo amanhã para saber como passou a noite. Tchau, Bella. – Jacob me puxou para si e me deu um beijo na bochecha, muito perto da boca, para meu espanto.

- Tchau, Jacob. Desculpe-me por tudo.

Já tinha dois dias desde a viagem a Providence e Edward não tinha me ligado mais. Peguei-me algumas vezes conferindo meu celular, para ver se não tinha chamadas suas. Este meu sentimento de amor e ódio por ele me deixava confusa. Não sei se ainda o odiava, ou mesmo se cheguei a odiá-lo um dia. Talvez minha raiva maior fosse de mim mesma por não esquecê-lo e por continuar desejando-o, mesmo que minhas palavras dissessem o contrário...

Um novo dilema virou o assunto da casa: Convencer minha mãe que eu poderia passar um final de semana em casa, sozinha.

Ela tinha uma festa de inauguração de um restaurante que havia decorado em Lowell , mas não queria viajar pra lá porque Carmem estaria fora, visitando a irmã, e não teria ninguém em casa para dormir comigo.

- Mãe, já sou maior de idade, sei me virar. Será apenas uma noite, pelo amor de Deus. A casa é segura, tem os cachorros, a empresa de segurança monitorando. Não há perigo algum – tentei convencê-la.

- Eu sei, filha, mas fico preocupada. Berta estará lá comigo também. Pra quem ligará se precisar de alguma coisa? 

- Mãe, não vou precisar de nada. Tenho que treinar uma música nova no violino e ficarei no meu quarto, trancada, se preferir. Pode ir mãe, ficarei bem. – Estava adorando a idéia de ficar sozinha por um tempo.

- Está bem, Bella. Acho que tem razão. – Finalmente tinha conseguido convencê-la.

Minha mãe saiu por volta do meio dia. Já tínhamos almoçado. Fechei a casa e subi para meu quarto. Peguei meu violino e comecei a treinar. As horas passaram voando. Já eram cinco horas quando desci para tomar um lanche.

Tomei um banho e tive de sair correndo para atender o celular. Era minha mãe pedindo o primeiro “Boletim” do dia. Ficamos um tempão no telefone.  Desliguei e continuei a tocar. Já nem precisava mais olhar a partitura.

Eram umas dez horas quando coloquei uma camisola e me deitei. Um barulho que eu conhecia bem fez todos meus músculos enrijecerem.

Levantei e fui até a janela. Afastei lentamente a cortina e paralisei com o que vi. Uma tempestade estava se formando. O pânico começou a me dominar. Lembrei-me que estava sozinha. Voltei pra cama, cobri minha cabeça e comecei a controlar minha respiração. O barulho agora era de raios, os que mais me davam medo. Não conseguia evitar as lágrimas, que já teimavam em escorrer. Eu estava desesperada.

“Calma, Bella, calma... É só uma chuva.”

O toque do celular veio ao mesmo tempo do estrondo de um trovão. Atendi sem olhar quem era.

- Alô! – Minha voz era de pavor, não conseguia disfarçar.

- Bella, por favor, abra a portão para mim. Estou aqui fora, na porta da sua casa.

- Edward?

Por mais que precisasse manter distância dele, estar protegida em seus braços era tentador. Eu tinha pavor de chuva, mas tinha mais pavor ainda quando ficava sozinha durante a chuva.

- Já estou indo.

Desci as escadas correndo, rezando para nenhum raio cair enquanto estivesse fora da cama.

Abri a porta e me atirei em seus braços. Meu corpo tremia e eu estava gelada.

Edward me pegou no colo e se sentou no sofá, abraçando-me fortemente.

- Pronto, Isabella, eu já estou aqui. Não está mais sozinha. Fique calma que já vai passar. – Sussurrou ternamente em meu ouvido.

Coloquei meu rosto no vão entre seu ombro e pescoço e fiquei quietinha. Não tinha nenhum outro lugar no mundo onde me sentisse mais feliz e segura do que nos braços de Edward. Cada estrondo que dava ele me apertava mais forte e sussurrava palavras de conforto em meu ouvido.

- Você não me ligou mais. – Comentei baixinho, um tempo depois, quando me senti mais calma. Ainda continuava com o rosto enterrado em seu pescoço.

- Isabella, faz idéia da agonia que fiquei quando desligou o seu celular e me deixou imaginando o que podia estar acontecendo você e Jacob? Pensa que não sei que já foi apaixonada nele? Ou ainda é, não sei... – Sua voz pareceu embargada quando falou isso. - Você não tem a mínima noção do desespero que me toma quando penso que pode ter se entregado aquela cara, que ele pode ter tocado seu corpo, beijado sua boca... É uma dor tão intensa que me atrapalha a respirar. Eu não queria que tivesse a oportunidade de me contar que estava com ele, então resolvi não ligar mais.

- Mas você está aqui agora...

- Porque sabia que estava sozinha e que devia estar apavorada. – Sua voz era baixa e carinhosa. - Quando começou as trovoadas não pensei duas vezes antes de pegar meu carro e vir ficar com você. Tive medo que não abrisse a porta para mim, que preferisse enfrentar a chuva sozinha a ficar comigo. Mas meu maior pavor era que ele estivesse aqui.

- Não estamos juntos, Edward. Não tenho nada com Jacob. Estou feliz que esteja aqui.

- Não tanto quanto eu, Isabella – disse quase rindo. - Não imagina como estou me sentindo feliz  por tê-la novamente em meus braços, nem que seja apenas porque seu medo superou o ódio que tem de mim. – Sua voz voltou a ficar melancólica.

- Não te odeio, Edward. Tentei, mas não consegui.

- É tão bom ouvir isso.

- Por que fez aquilo comigo, Edward? – A pergunta saiu num fio de voz, como um lamento. Não sei por que a fiz. Era como se ela estivesse em minha boca aguardando a oportunidade certa para ganhar som. Já não sabia se chorava de medo ou de mágoa.

- Porque sou um idiota que não soube reconhecer a força do amor verdadeiro, Isabella. Eu deixei que velhas referências interferissem em nossa relação, sem me dar conta que o que eu estava vivendo era muito mais forte e intenso do que uma simples necessidade física.

A ventania se tornou mais intensa e os trovões aumentaram. Fiquei novamente em silêncio. Encolhi-me o máximo que pude em seu peito e me concentrei nas batidas aceleradas de seu coração. Aos poucos fui me desligando da chuva. Quando percebi a tempestade tinha passado.

- Agora que já está bem, vou embora, Isabella.

Tive vontade de pedir que não fosse. Edward passara praticamente a noite inteira comigo no colo, sentado no sofá. Protegendo-me e me amparando com seu carinho. Foi uma verdadeira declaração de amor.

- Obrigada, Edward – disse, saindo do seu colo e me levantando. – Não sei nem como agradecer. – Será que não sabia mesmo?

Edward também se levantou. Aproximou-se de mim, deixando-me com as pernas bambas, agora que o pânico não me dominava mais.

- Eu tenho esperança que ainda me perdoará, Isabella. – Falou, olhando intensamente em meus olhos. - Vou te esperar o quanto for necessário. E não precisa me agradecer. Sempre que precisar estarei do seu lado.

- Já te perdoei, Edward. Agora só preciso me perdoar por ter te perdoado. Isso é que está sendo difícil para mim – desabafei.

Ele me deu aquele sorriso torto que me fazia perder a razão, parecendo muito feliz com o que acabara de ouvir.

- Esta parte é a mais complicada, Isabella. Mas espero que consiga. Estarei te esperando.

Edward beijou minha testa e foi embora. Subi para meu quarto e dormi feliz, sentindo seu cheiro que exalava da minha roupa.


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Notas finais do capítulo

ACHEI ESTA POESIA MUITO PARECIDA COM A HISTÓRIA DELES. ESPERO QUE TENHAM GOSTADO. DESCULPEM A FALTA DE INSPIRAÇÃO. DAQUI QUINZE DIAS EU MELHORO, PROMETO. É QUE MINHA FILHA VAI VIAJAR SOZINHA PELA PRIMEIRA VEZ E ESTA MÃE AQUI ESTÁ SIMPLESMENTE DESESPERADA.KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK BJS.