Crisálida escrita por valentinaLB


Capítulo 22
Capítulo 22 - SEM CONTROLE


Notas iniciais do capítulo

OI, MENINAS!! COM VOCÊS: "OS BASTIDORES DE UMA MENTE PERVERTIDA!!" kkkkkkk É SÓ O PDV DO EDWARD, GENTE. BRINCADEIRINHA...
AGORA VAMOS FALAR SÉRIO. QUERO ENTENDER MELHOR UMA COISA QUE ANDA ACONTECENDO COM FREQUÊNCIA.
SE LEREM OS CRÉDITOS INICIAIS DA FIC, QUEM É UM DOS PERSONAGENS CITADOS?..... JACOB BLACK.
SE LEREM O CAPÍTULO 1, POR QUEM BELLA SE DIZ APAIXONADA?..... JACOB.
SE LEREM O CAPÍTULO 2, PARA QUEM É O OLHAR APAIXONADO DE BELLA?...... JACOB.
PARA QUEM BELLA DANÇA?..... JACOB.
QUEM SE SEPARA DE SUA MELHOR AMIGA?...... JACOB.
FICOU ALGUMA DÚVIDA DE QUE JACOB FARIA PARTE DA FIC? VERDADEIRAMENTE ACHO QUE NÃO. RESPEITO QUE ALGUMAS LEITORAS NÃO GOSTEM DELE, MAS FICAREM CHATEADAS POR ELE TER APARECIDO NA ESTÓRIA ME DEIXA MEIO CONFUSA. ELE SEMPRE FEZ PARTE DA FIC, DE UMA FORMA INDIRETA, CONCORDO, MAS ESTAVA ÓBVIO QUE ELE APARECERIA.
ENTÃO, MENINAS, POR FAVOR, ENTENDAM QUE ELE NÃO FOI COLOCADO AGORA NA FIC, ELE JÁ FAZIA PARTE DELA DESDE O INÍCIO.
BEIJÃO BEM GRANDE PRA VCS. CONTINUEM COMENTANDO,PLISSSSSS.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/76305/chapter/22

CAPÍTULO 22 – SEM CONTROLE

POV EDWARD

Sentia-me nas nuvens. Naquela tarde Isabella tinha me deixado tocá-la mais intimamente. Foi simplesmente alucinante. Jamais experimentara prazer igual. Vê-la tendo seu primeiro orgasmo comigo, gemendo meu nome enquanto seu corpo explodia em espasmos foi mágico, além de todas minhas expectativas.

Relembrei a sensação de meus dedos tocando seu sexo. Isabella estava molhada de excitação. Contorcia, buscando maior o prazer naquela carícia.

Percebi o tanto que ela era pequena e delicada. Penetrei-a levemente com o dedo e senti o quanto era apertada. Tive até medo de machucá-la. Não havia dúvidas de que eu teria de ter muita paciência e cuidado com ela quando fôssemos fazer amor. Poderia ser muito doloroso para ela se eu me precipitasse. Só não sabia como conseguiria me controlar devido ao desejo desenfreado que sentia por ela. Eu estava quase ficando louco de vontade de possuí-la, de sentir-me dentro dela. Ia ser quase impossível me segurar até que garantisse seu prazer. O medo voltou a se apossar de mim. Nunca tinha transado com uma virgem. É claro que sabia como me comportar, mas francamente queria já ter tido alguma experiência. Lembrei-me de alguém que poderia me ajudar.

Liguei para meu melhor amigo em Londres. Emmet era um verdadeiro Don Juan e com certeza teria now how nessa área. Enquanto discava seu número, algo em mim dizia que aquilo tinha tudo para dar errado. Afinal se tratava do doido do Emmet. Realmente eu não estava pensando com a cabeça certa ultimamente. Pedir conselhos para ele era algo insano.

Depois de colocar as fofocas em dias (é, homens também fazem isso), entrei finalmente no assunto.

- Emmet, tem experiência em transar com virgens? – Perguntei, sabendo que me arrependeria logo em seguida.

- Como?... Ah, já estou entendendo... VOCÊ AINDA NÃO DEU UM “CRÉU” EM ISABELLA???  Você gueizô de vez, heim cara! Que vergonha ter um amigo assim! Foi só virar americano de novo...

- Emmet, é sério, preciso que me dê umas dicas. – Tinha de ter uma paciência de Jó para agüentá-lo.

- Só me diz uma coisa, você tá na seca? – Era melhor responder a verdade, mesmo sabendo que ele ia usar isso contra mim pelo resto da vida.

- Nem fala, cara. Já estou com LER na mão.

- KKKKKKK!! Vou te indicar um amigo meu que é psiquiatra. Ele pode te ajudar em relação a isso – falou ironicamente. Ele ria tanto que não agüentava nem falar direito. - Isso é pior do que eu imaginava, cara. Se você for transar com ela assim, a primeira lição de sexo que Isabella vai aprender é sobre “ejaculação precoce”. Você vai gozar nas coxas dela, meu amigo. Olha, Edward, você tem de dar “uma” primeiro. Transar com virgem é parada pesada, cara. Tem de ter paciência e esperar a vez dela. Você tem que agir como Guia Turístico: só mostra o caminho e fica vendo ela se divertir.

“Por que mesmo que ele era meu melhor amigo?”

- É, eu imaginei que fosse assim mesmo.

- Então cara, como é que vai agüentar esperar a vez da garota nessa fissura que se encontra? Só tem uma solução, contrata uma “profissa” e se esbalda. Depois, sim, vai lá fazer sua namoradinha conhecer o paraíso.

- Emmet, está tomando seus remédios na hora certa?

- Que remédios?

- OS QUE EU DEVIA TER TE RECEITADO! Cara, esse foi o conselho mais idiota que você podia me dar. Desta vez se superou!

- Ah é, doutor, então use seus conhecimentos terapeuticos e convença seu pinto a se comportar como um cavalheiro e deixar as damas irem primeiro. Tenho certeza que consegue. – Disse, sendo mais cínico que o de costume.

- Tchau, Emmet.

- Boa sorte, Edward.

Desliguei o telefone mais confuso do que antes. Minha sina era mexer com loucos mesmo.

Mas por mais doido que Emmet fosse, ele tinha lá suas razões, sua idéia não era tão ruim assim. É claro que jamais confessaria isso a ele.

Eu poderia unir o útil ao agradável. Me prepararia melhor para ela e ainda sairia do estado deplorável em que me encontrava. Vai que Isabella desse para trás no nosso próximo encontro? Eu não suportaria mais um dia sequer sem sexo, já estava enlouquecendo.

Peguei a lista telefônica e liguei para uma agência de acompanhantes. Não quis para aquela noite. Ainda sentia Isabella em minhas mãos e dormiria pensando nela. Marquei para a manhã seguinte. Matar uma aula não seria problema.

Liguei para Isabella. Conversar com ela me deixou de consciência pesada, principalmente quando menti que passaria a manhã assistindo uma cirurgia. Senti-me sujo, mas forcei-me a acreditar que era por uma boa causa. Não queria admitir que estava sendo um canalha, então encontrei um motivo altruísta para o que ia fazer. Já tinha visto e condenado este comportamento em vários pacientes.

Quando o porteiro interfonou dizendo que uma moça “estranha” queria subir, senti meu coração na boca. Ao mesmo tempo em que queria transar com ela, também sentia que o que estava preste a fazer era uma sacanagem muito grande com Isabella...

Autorizei sua entrada.

Ela se apresentou, mas nem reparei seu nome.

“É só sexo, Edward. Isso não é traição.” Coloquei isso na cabeça e fui adiante.

Ela era loira, tinha um corpo muito bonito e aparentava ter uns vinte anos. Não quis levá-la para meu quarto. Minha cama só seria compartilhada com Isabella. Faríamos na sala mesmo.

Como boa profissional que era, foi logo me entregando algumas camisinhas e tomando a iniciativa. Em pouco tempo já estávamos no maior fogo.

Não se comparava, em termos de emoção, sequer a um beijo em Isabella, mas fisicamente estava maravilhoso. Ela era boa no que fazia.

Transamos em várias posições. Não a beijei.

Estávamos nos finalmente, quando ouvi um barulho e olhei para frente.

Meu sangue congelou quando meus olhos encontraram os de Isabella, parada na porta, me olhando como se estivesse em transe.

- Isa... bella? – Como ela podia estar ali?

Aquilo só podia ser um pesadelo ou um tipo de alucinação vinda de alguma droga que nem me lembrava que tinha tomado.

Não sabia o que fazer, parecia que tinha tomado uma paulada na cabeça. A garota, sem avisar, saiu de cima de mim e quando vi estava lá, sentado de frente para Isabella, com meu membro completamente duro, apontado para cima.

Fechei os olhos desejando a morte. Quando os abri, segundos depois, Isabella estava entrando no lavabo. Pelos sons que ouvia, ela estava vomitando.

- Se a bulímica aí for participar é mais caro – a prostituta falou.

Roguei a Deus que Isabella não tivesse ouvido aquilo.

- Cala a boca!! – Falei entre dentes.

Ela pegou suas roupas espalhadas e foi para dentro. Pedi que ficasse no quarto, pois ainda tinha de pagá-la. Vesti rapidamente minhas roupas e fui ao lavabo ajudar Isabella.

Coloquei minha mão em sua testa, tentando afastar seus cabelos do vaso sanitário. Isabella me empurrou com violência, deixando bem claro que não queria que a tocasse.

Lembrei-me que não tinha lavado minhas mãos. Fui até a pia e as lavei. Não toquei mais em Isabella.

Encostei-me no batente da porta e fiquei ali, sem saber o que fazer, sentindo-me o pior e mais desprezível homem do mundo. Minha felicidade estava se ruindo na minha frente, e a culpa era toda minha.

Isabella se levantou, me ignorando, e foi lavar-se. Assim que terminou, passou por mim e foi para a sala, sentando-se no sofá. Parecia muito fraca. Sua pressão devia estar bem baixa, devido aos vômitos. Colocou a cabeça entre as pernas, provavelmente tentando evitar um desmaio.

Não podia vê-la daquele jeito e não fazer nada. Ajoelhei-me do seu lado.

- Está se sentindo melhor? – Perguntei, num fio de voz que me restava.

Levantou a cabeça e me olhou friamente.

- O que você acha, Edward? – Falou ironicamente. Sua expressão era indecifrável.

- Isabella, não sei nem como começar a me explicar, mas antes de tudo quero que saiba que foi apenas sexo, só isso – comecei a falar, tentando justificar aquela barbaridade que ela tinha acabado de presenciar.

- Apenas sexo... – repetiu minhas palavras. Dava pra perceber que não tinha entendido o que elas significavam, se é que tinham algum sentido.

- Eu não sei onde estava com a cabeça quando tive essa idéia, Isabella, mas achei que se desafogasse minhas necessidades um pouco teria mais controle sobre meu desejo por você e assim não a pressionaria tanto. – Apesar de absurda, esta era minha única explicação um pouco mais coerente. Pelo menos Emmet concordaria comigo.

- Está querendo me dizer que eu sou a culpada por você contratar os serviços de uma prostituta, Edward? – A calma de Isabella estava me preocupando.

- Não é isso, Isabella. Você não vai entender por mais que eu me explique, mas precisa saber que foi só sexo, eu nem sequer a beijei. – Isso tinha que fazer alguma diferença...

- Você fala como se sua língua fizesse parte do seu corpo e seu pênis, não. Como se não fosse você quem estava penetrando aquela moça. Por acaso existe algum outro órgão que usaria se fosse comigo? Um especial para namoradas, devidamente conectado aos seus sentimentos? Aonde quer chegar, Edward? – É claro que ela era muito inteligente para aceitar meus argumentos absurdos.

- Isabella, eu daria minha vida para que não tivesse visto uma cena grotesca como essa. Tenho vontade de me matar por tê-la submetido a um constrangimento desses. Você não merece nada disso, mas mesmo me sentindo um verme, que é como me sinto agora, ainda espero que me perdoe. Essa questão de amor e sexo é diferente na cabeça de homens e mulheres. Vocês são mais emocionais, não separam as coisas, mas com homens é diferente. Pode parecer machismo, mas o que fiz não foi traição, não na minha cabeça. Mesmo assim, por favor, perdoe minha fraqueza. - Só me restava agora implorar seu perdão.

- Edward, percebe o abismo que nos divide? Você não consegue sequer ficar uns meses sem sexo e eu ainda sou virgem aos dezoito anos. Não posso te julgar baseando-me nas minhas convicções. Estamos em tempos diferentes. Nós dois estamos certos, pensando separados... Mas juntos, fica tudo errado. – Preferia que ela começasse gritar e a me xingar do que ouvi-la dizendo friamente que nossa relação era impossível. Gelei por dentro.

- Isabella, nós estamos construindo o “nosso” tempo. Não diga que algo tão forte como o amor que temos é errado, porque não é. Se fiz o que fiz, foi para te dar todo o tempo que precisasse. Não jogue tudo fora agora. – Tinha de convencê-la. Ela não podia terminar comigo, eu não agüentaria.

- Não preciso fazer isso, Edward, você já fez. Não tem mais jeito, acabou. Se antes tinha medo de sexo, agora tenho asco. Procure alguém que te satisfaça plenamente. Eu só posso te dar amor, mas pelo visto o que quer é sexo. – Suas palavras doeram fundo. Ela estava coberta de razão. Eu tinha feito parecer que o sexo era mais importante do que ela. Não só fiz parecer, eu realmente coloquei meu prazer acima do nosso amor. Eu não a merecia.

- Isabella, eu a amo muito, mas não vou ficar implorando que me entenda e me perdoe. Se é assim que quer que as coisas terminem, não posso mais fazer nada. O que acabou de dizer prova que nunca soube a intensidade dos meus sentimentos. Só não quero que guarde mágoa de mim, pois nunca tive a intenção de te magoar. – Tentei parecer um pouco indiferente. Não sei como consegui dizer tudo sem desabar. Sentia as lágrimas brotando a qualquer momento.

- Eu sei, Edward. Também não quero que fique magoado comigo. Vamos nos dar um tempo, depois podemos até ser amigos. – Definitivamente era o fim... O meu fim.

- Isso, Isabella, podemos ser amigos... – Desde que ela permitisse que ficasse perto dela, aceitaria ser qualquer coisa seu, só não suportaria não vê-la nunca mais.

Ela entrou no elevador e me lembrei da pergunta que quis fazer o tempo todo e não tinha feito.

Chamei-a.

- Só queria te fazer uma última pergunta. O que veio fazer aqui? – Não sabia nem mesmo como tinha entrado.

- Nada de especial, Edward. Agora não importa mais – falou tristemente e a porta do elevador se fechou.

E não importava mesmo. Sem ela nada mais importava na minha vida.

Entrei no apartamento e levei um susto ao ver a garota sentada no sofá. Seu rosto parecia assustado. Olhei para aquela menina e percebi que estava diante da minha segunda vítima. Mas uma que eu tinha usado sem me importar com seus sentimentos.

Me odiei naquele momento.

Ela me perguntou se era minha namorada e daí em diante nossa conversa fluiu e eu acabei recebendo uma lição de vida vinda de uma simples prostituta. Thereza, esse era seu nome, me fez recuperar as forças para lutar por Isabella. Ia tentar consertar meu erro e a ajudaria a consertar os seus. Ela sonhava em sair das ruas e eu daria uma mão a ela, lhe devia isso. Um colega do mestrado tinha me dito que estava procurando uma recepcionista para seu consultório e eu iria indicá-la.

Ela saiu cheia de esperança do meu apartamento... E cheia de dinheiro também. Acabei pagando a ela dez vezes mais do que o combinado, mas ela fez por merecer. Era uma excelente terapeuta.

Tentei ligar para Isabella, mas seu celular estava desligado. Liguei em sua casa, disseram que não estava.

Desisti, sabia que por telefone não conseguiria nada.

Tomei um banho. Estava saindo do banheiro, nu como vim ao mundo, quando dou de cara com minha vó sentada em minha cama, me fuzilando com os olhos.

- Vó? – Por acaso estavam distribuindo chaves do meu apartamento no semáforo da esquina?

- Eu devia te dar uma surra, menino!!! – Disse, possessa de raiva.

Puxei rapidamente o travesseiro, colocando-o na frente do meu corpo. – Ficar pelado na frente da avó aos vinte e cinco anos de idade não era algo muito confortável.

- O que foi que o senhor aprontou para deixar a Bella daquele jeito? Não sabe controlar esse negócio aí não? Nunca ouviu falar de masturbação e banho frio, seu irresponsável? – Perguntou, apontando para o meio das minhas pernas.

Hoje devia ser o "Dia Internacional do Constrangimento". Discutir minha vida sexual com minha avó não me parecia lógico.

- Vó, por favor, me espera na sala que assim que eu me trocar vou lá e gente conversa – implorei.

Ela saiu pisando duro e fiquei desejando, pela segunda vez no dia, estar morto.

Troquei-me e fui para a sala encarar a fera. Se Isabella já tinha contado para ela, então Renée também sabia. A vingança dela tinha começado antes que eu imaginava.

- Edward, é verdade o que fiquei sabendo? – Agora a expressão de raiva tinha sido substituída pela de decepção.

- Infelizmente é, vó, mas antes que fale mais alguma coisa quero que saiba que me arrependo amargamente pelo que fiz. Minha vontade agora é me matar por isso.

- Posso resolver isso para você. – Ela falou sério. Fiquei com um pouco de medo.

- Vó, como Isabella está? – Eu estava verdadeiramente preocupado com ela.

- Ela está arrasada, Edward. Seus olhos perderam o brilho. Nunca a vi tão decepcionada como hoje. Ela me pareceu tão frágil, mesmo querendo bancar a durona. Não sei o que será daquela pobre menina.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas. O que eu tinha feito, Meu Deus?

Berta me viu chorando e desabou.

- Vai ficar tudo bem, querido, não fique assim. – Não tinha feito de propósito, mas minha vó nunca conseguiu me ver chorar. Ela se desesperava.

- Eu não acho que vai não, vó. Isabella nunca me perdoará por minha fraqueza. Eu vou tentar tudo o que for possível para conseguí-la de volta, mas não sei se vai dar certo – desabafei, sentindo o peso das minhas palavras.

- Você a ama muito, querido, dá pra ver nos seus olhos. Ela também te ama, eu sei. Vocês vão superar este momento difícil. Vou ajudar no que for preciso.

Ela me abraçou ternamente. Toda sua raiva havia desaparecido. O amor que ela tinha por mim era imenso e eu me sentia um abençoado por tê-la como avó.

Ela enxugou meu rosto e me beijou na testa, puxando-me para alcançá-la.

- E agora, pelo amor de Deus, mantenha seu piu-piu sob controle ou eu mesma o cortarei se fizer Isabella sofrer novamente.

- Por favor, vó, já passei por muito constrangimento hoje. Dá pra tirar meu pênis da nossa conversa? E nunca mais o chame de piu-piu, por tudo que é sagrado. – Sofrimento tinha limite.

- Não é da nossa conversa que você deveria estar preocupado em tirá-lo não, Edward Cullen, é de outro lugar que eu nem ouso citar, mas você sabe muito bem de onde estou falando.

Berta saiu rindo e eu fiquei parado no meio da sala, vermelho como um tomate, não acreditando que aquele dia tinha realmente existido.

Só dormi depois de tomar um comprimido de valium.

Acordei decidido a conversar com Isabella. Sabia onde poderia encontrá-la.

Peguei a foto que me fez apaixonar por seus olhos e que me acompanhou por mais de três anos e fui para a porta do conservatório. Encostei-me em seu carro e esperei por mais de uma hora até que a vi se aproximando. Minhas pernas começaram a tremer e minhas mãos se molharam de suor. Senti-me envergonhado de encontrá-la. Nunca me preocupei de ficar nu diante das mulheres, mas ter sido visto por Isabella naquelas condições tinha sido constrangedor.

- O que você quer, Edward? – Isabella perguntou assim que chegou no carro. Parecia irritada com minha presença

- Quero conversar com você, Isabella. Te liguei várias vezes, mas só dava na caixa postal. Podemos ir a algum lugar onde possamos ficar sozinhos? – Perguntei, desconfiando que sua resposta não seria muito educada.

- Edward, você colocou uma pessoa a mais na nossa estória. Nunca estaremos sozinhos. Aquela prostituta sempre estará conosco, onde quer que estejamos. – Falou, externando sua mágoa pelo que fiz.

- Eu sei que estraguei tudo, Isabella, mas queria muito consertar meu erro. Não sabe como me arrependo do que fiz. – Sem conseguir me conter, levei minha mão em seu rosto e acariciei-o, sentindo a maciez da sua pele. Isabella era linda!

- Edward, nunca mais coloque essas mãos sujas em mim, entendeu?

Doeu tanto ouvir suas palavras que parecia que estava com uma faca cravada em meu peito. Olhei em seus olhos procurando a chama que eles tinham antes, mas tudo o que encontrei foi frieza.

Respirei fundo e me lembrei de tudo que Thereza falou. Não ia fraquejar.

- Tem todo o direito de me odiar, Isabella, mas quero que saiba que não vou desistir de você. Eu te esperei por mais de três anos e não me importo se tiver de esperar por mais três pelo seu perdão. Vai conhecer outro grande defeito meu: eu sou inconvenientemente persistente – falei convicto.

Entreguei a foto para ela e saí sorrindo, satisfeito com minha determinação. Eu ia reconquistá-la, custasse o que custar.

Fui para o hospital, já havia perdido muita aula. No fim da tarde recebi uma ligação de Berta, mas não pude atender. Retornaria assim que desocupasse.

Finalmente fomos dispensados. Estava indo pra casa quando me lembrei de ligar para minha avó.

- Não pude atender naquela hora porque estava em aula, desculpe-me, vó.

- Tudo bem, querido, imaginei que fosse por isso mesmo. Tenho uma coisa pra te contar.

- O que? – Me lembrei de Isabella imediatamente.

- Antes de te conhecer Bella era apaixonada por um cara que era casado com sua melhor amiga. Um triste amor platônico que só eu sabia. Pois bem, ele se separou da esposa e amanhã Bella vai viajar sozinha com ele para Providence.

- Como? – Nada fazia sentido para mim. Minha Isabella apaixonada por outro? E ainda viajaria sozinha com ele? Só podia ser brincadeira.

Enquanto minha vó me contava melhor aquela história, mudei o percurso e dirigi-me para a casa de Isabella. Iria por um fim naquele absurdo.

Carmem me atendeu e pensei que ia descer o braço em mim, tamanha cara feia com que me olhou.

- Preciso falar com Isabella. É urgente.

- Ela não quer falar com você.

- Isso não importa. Desculpe-me, Carmem, mas vou vê-la de qualquer maneira.

Passei por ela e subi a escada feito um louco. Se meu pai me visse agindo da forma grosseira como vinha me comportando, ele morreria de desgosto. Nem eu mesmo andava me reconhecendo.

Abri a porta do quarto de Isabella bruscamente, encontrando-a deitada com a foto que tinha lhe dado nas mãos.

Ela se levantou assustada, mas claramente irritada com minha invasão.

- O que você pensa que está fazendo, entrando assim no meu quarto? – Perguntou, estupefata.

Na verdade nem eu sabia.

- Que estória é essa de viajar com um cara que você nem conhece direito? Você ficou doida, Isabella? – Perguntei, desesperado. Só então percebi que ela estava vestida com uma camisola de renda transparente, que deixava seus seios e sua calcinha à mostra. Senti meu corpo reagindo. Eu era louco por aquela menina! Era tanto amor e desejo que pareciam me sufocar.

Isabella ficou envergonhada quando se deu conta de como estava vestida. Seu rosto corou, deixando-a mais linda ainda.

- Anda me espionando? Como sabe que vou viajar? – Estava confusa por eu ter aquela informação.

- Não muda de assunto, Isabella. Não vou deixar que faça essa viagem. Não vê que não é seguro viajar sozinha com esse cara? Ele está separado, provavelmente está pegando toda mulher que aparece em sua frente. – Pensar em outro homem tocando-a era desesperador. Já tive amigos que se separaram e sabia como eles comemoravam a nova vida de solteiro...

- Não o meça pelos seus atos, Edward. E além do mais isso não é da sua conta. Quem é você para me proibir de alguma coisa? Nós terminamos, Edward! – É obvio que ela estava indignada com minha audácia. Eu tinha acabado de traí-la e estava ali dando uma de “dono” dela. Mas nada disso importava pra mim, meu único objetivo no momento era impedi-la de cair nas garras de um tarado qualquer.

- Você terminou comigo!! Eu ainda te amo, Isabella, e não vou deixar que faça uma besteira. – Ela poderia querer ficar com ele só para vingar-se de mim. Angustiei-me com aquele pensamento.

- Que besteira? Tipo ele me convencer a transar com ele? E o que de mal teria nisso? Seria “só sexo”, Edward – falou sarcasticamente.

Se o que ela queria era me ver pagando tim tim por tim tim o que eu tinha feito, ela podia dar-se por vencida.

- Isabella, não me tira do sério... – Eu estava a ponto de explodir só de imaginá-la fazendo amor com outro – Só estou avisando, se esse FDP encostar um dedo em você eu esfolo ele vivo.

- Edward você está absurdo! Saia do meu quarto e me deixe em paz. O que eu fizer ou deixar de fazer é problema meu... só meu, entendeu?!  - Falou brava, me expulsando do quarto.

Saí batendo a porta. Se esse tal de Jacob atravessasse meu caminho naquele momento eu o matava. Ai dele se fizesse alguma coisa com Isabella, mesmo que com o consentimento dela!!!!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AUTORA DE TPM!! DESCONSIDEREM O APELO EMOCIONAL DO DESABAFO. kkkkkk