Florescer escrita por Bruninhazinha


Capítulo 1
Nem tudo é o que parece ser


Notas iniciais do capítulo

Olá! Mais uma vez surgindo aqui com uma fanfic super aleatória.
Já faz um tempo que essa história esta mofando nas regiões sombrias do meu notebook. Não sei porque nunca postei, acho que por medo já que nunca escrevi sobre mitologia e também não sou uma expert no assunto.
Estou mais postando e escrevendo por diversão mesmo, acho que ando precisando sair dessa rotina de só estudar. Não farei compromissos sobre as datas de postagens, minha rotina é um pouco puxada, curso em período integral, trabalhos, tarefas, etc, então farei o possível para postar regularmente.
Enfim, não é grande coisa, sabe, mas espero que gostem!

Como sempre, dedicado a minha musa, Ero Hime.



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Nem tudo é o que parece ser

Na vida, apenas uma coisa é certa: a morte.

O homem nasce, o homem morre – esse é o ciclo natural, ainda que os humanos pensem que seja um desfecho tenebroso. Para muitos, a morte é um rito de passagem; para outros, o fim definitivo da existência.

Para Hades, não passava de rotina. 

A vida no Submundo era relativamente pacífica, sem grandes acontecimentos, o que tornava seus eternos dias um tanto monótonos em relação aos dos outros deuses. 

Cuidar de um lugar sombrio automaticamente o caracterizava como um deus impiedoso. Não, ele nunca foi a bondade em pessoa, contudo, parte dos falatórios não passavam de fofocas de muito mal gosto. 

Hades era mal compreendido, não cruel. Ironicamente, julgavam antes de conhecê-lo por ser mais recluso. Nunca gostou de chamar atenção nem fazia questão de socializar; achava perca de tempo tentar criar laços com quem não mediria esforços para apunhalá-lo pelas costas. Viver nas sombras sempre foi uma opção mais confortável.

Retornou os olhos aos inúmeros relatórios espalhados pela escrivaninha de madeira negra e atentou-se a um qualquer, entediado demais para continuar o trabalho. A princípio, achava divertido cuidar do Submundo; agora, cansativo. Nada mudou desde de sua briga com Zeus, quando foi proibido de subir a superfície. As mesmas tarefas, as mesmas comidas, a mesma rotina.

A mesma solidão.

Só podia subir se o irmão permitisse - o que não ocorria com frequência, apenas em casos de festas e, para variar, Hades nunca gostou de festas, tampouco do irmão caçula. 

Respirou fundo, terminando a leitura, pronto para retirar outro relatório da imensa pilha de papéis. Assim que o fez, batidas hesitantes ecoaram pelo cômodo.

Levantou os olhos e enxergou uma alma serva que o observava pela fresta da porta.

Fez um gesto com a mão para que entrasse. A alma obedeceu e curvou-se.

— Diga.

— O mensageiro está aqui para vê-lo, senhor.

— Deixe-o entrar.

A alma se foi, curvando antes de sair.

Não demorou para que a silhueta masculina atravessasse a porta como um raio, voando sobre as sandálias aladas. Ao pousar no chão, fez uma reverência rápida. Hades não deixou de notar que, mesmo após tantos anos, seu sobrinho continuava o mesmo com o cabelo encaracolado caindo na fronte, o olhar brincalhão e a toga esbranquiçada na altura dos joelhos.

— Hades.

O rei do submundo empurrou a papelada e acomodou-se mais na poltrona.  

— Que mensagem me traz, Hermes? 

— Nada que vá te agradar. — ele respondeu sem se importar com as formalidade. Hades foi quem insistiu para ser tratado dessa maneira. Hermes era um dos poucos deuses a quem tinha consideração, mesmo que seus laços fossem estreitos. O mensageiro estalou o dedo e um pergaminho surgiu em frente a figura do mais velho. — Trago mensagens do Olimpo.

Hades agarrou o pergaminho, reconhecendo a caligrafia grosseira.

— Um convite? — arqueou uma sobrancelha escura, levantando o olhar do papel para o sobrinho.

— Sim. Zeus o convoca para um evento que será realizado essa noite.

— Qual o motivo?

— Precisa de um motivo?

Sei que há um motivo. Deve ser importante. Sabe como seu pai é orgulhoso, ele jamais me convidaria ao Olimpo sem um bom motivo.

— Não é como se o senhor fizesse questão, também. — Hades deu de ombros. — Uma nova deusa será apresentada.

— É só isso que tem a dizer?

— Sim. — Afirmou, flutuando. — Não se atrase. Sabe como Zeus é exigente com horários.

Assim que Hermes se foi, afundou na poltrona e fitou o grandioso lustre de ossos que pendia do teto logo acima de sua cabeça, pensando que sua noite seria, no mínimo, desagradável.

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Sua suposição mais cedo foi certeira. A noite, de fato, estava sendo desagradável para não dizer o pior. Sentia-se exausto, sonolento por conta do trabalho excessivo e toda a agitação mexia com seus nervos. A celebração desenrolava-se no interior do palácio de Zeus, em um grandioso salão banhado por luzes intensas, música que zumbiam em seus ouvidos e decoração pomposa.

Tudo estaria perfeito se não fosse pelos convidados.

Sentiu-se como uma fruta podre em meio a um cesto bonito desde que pisara no palácio, o tipo que todos encaram com nariz torcido. Ainda perguntava a si mesmo porque raios se torturava de tal maneira, comparecendo a uma festa tão desnecessária onde sabia que seria tratado mal.  

Nunca teve problemas em lidar com olhares desdenhosos, era de se esperar que já estivesse acostumado. Todavia, não deixava de ser incômodo. Ao menos alguns deuses tiveram a decência de cumprimenta-lo e trocar poucas palavras.

O Olimpo não era um local de diversões. Havia no ar uma tensão madura envolta por uma nuvem de ameaças veladas e pecados desenfreados.

Os olhos negros vagaram pelo ambiente, que mais parecia um ninho de hipocrisia que com uma festa propriamente dita.  Hera conversava com Deméter e Ares. Na outra ponta do salão, os gêmeos, Ártemis e Apolo trocavam provocações nada civilizadas enquanto Hefesto encarava um ponto qualquer do horizonte, com os dedos grossos e calejados envolvendo uma taça de cristal. Afrodite e Eros pareciam tramar algo, cochichando entre si enquanto lhe lançavam olhares suspeitos. Resolveu ignorá-los. Zeus conversava animadamente com Poseidon e Atena.  

Pela visão periférica, viu Ares rindo de algo que Hera disse e uma Demetra determinada a afastar uma desconhecida do deus guerreiro.

Aquilo sim era novidade.

Tomado pela curiosidade, andou com passos largos até a irmã que travou, apavorada, quando seus olhares se cruzaram. A desconhecida esticou o pescoço por cima do ombro da mulher, tentando enxerga-lo. Sorriu de canto ao ver Deméter quase rosnar para sua pessoa como um cão valente.  

— Deméter. — Cumprimentou, fitando a desconhecida. — Há quanto tempo. Como vai?

— Muito bem, obrigada.

— É muito bom revê-la.

— Pena que eu não possa dizer o mesmo, Hades. — Resmungou, sustentando um brilho mortal nos orbes esverdeados, parecendo uma muralha na frente da garota.

Antes que pudesse dizer algo, Hera fez questão de se intrometer na conversa. Ares, por outro lado, saiu.  

— Olá, Hera.

— Olá, Hades. — A deusa casamenteira retribuiu o cumprimento, sem graça. Mesmo que não fossem próximos, sempre tratou o cunhado com cortesia. — Espero que esteja gostando da festa.

— É claro. Tudo de muito bom gosto, sempre me surpreendendo. — Voltou-se para a desconhecida. — E você, menina, qual o seu nome?

A rainha do olimpo puxou a jovem de trás da rival.

— Essa é a minha enteada, Perséfone. — Outra, acrescentou mentalmente, sorrindo forçado. Apesar de não gostar nada da enteada, Hera mudou muito nos últimos anos – ao menos, o suficiente para não sair matando todos os filhos ilegítimos do marido.

Hades fitou a garota de cima a baixo, atento a cada detalhe, percebendo que, ao contrário dele que já viveu por éons, ela não devia ter mais do que alguns séculos. Tinha o físico de uma adulta, mas seus olhos eram pura inocência. 

— É um prazer, meu senhor. — Perséfone encurvou-se com uma evidente hesitação. Nunca acreditou nos boatos, no entanto, eles pareceram mais que reais. Hades era como haviam descrito: impiedoso, com olhos frios, quase desumanos e feições desprovidas de sentimento.

— Encantado.

Deméter, até então emburrada, enfiou-se entre os dois, segurando o pulso da filha com firmeza.

— Ótimo, agora vamos, Perséfone!  

— Nada disso! — Hera puxou a afilhada. — Não passei dias preparando essa festa com Zeus para você — apontou do dedo na cara da outra. — privar Perséfone de se divertir. Hoje ela ficará aqui e aproveitará o quanto quiser!

O rosto de Demeter se dissimulou. A deusa das bodas, por outro lado, permaneceu calma, sustentando um sorriso de satisfação, sabendo que a rival não ousaria recusar. A vergonha seria um preço eterno que ela pagaria por se deitar com seu marido.

Voltou-se ao cunhado.

— Hades, poderia acompanha-la um pouco? — Demetra arregalou os olhos.

— Mas o que você pensa que...

— Seria uma honra. — Hades cortou, oferecendo o braço para a moça. — Mas só se ela permitir.

Perséfone não soube o que fazer; permaneceu muda feito pedra.

— É claro que ela quer. — Hera empurrou a enteada, que cambaleou. Se não fosse por Hades, teria caído no chão como uma desmazelada, mas ele a segurou e a ajudou a se recompor. Suas bochechas ficaram em brasa.

Nessa altura do campeonato, o queixo da deusa de agricultura estava no chão. Hades tratou de puxar a jovem para longe, não querendo estar perto quando a irmã surtasse.

No fim, ela realmente surtou, resultando em uma pequena e violenta briga com Hera. Alguns deuses tiveram que separá-las. Felizmente o casal já estava a uma boa distância do aglomerado.

Ele a conduziu até o bufê, em um canto afastado de todos os outros deuses, que valsavam pelo salão e tagarelavam frivolidades. Foi servida com néctar.

— Obrigada. — Sussurrou, apanhando a taça. Assim, de perto e sorrindo, ele pareceu ser quase... simpático. — Obrigada, de verdade. — Repetiu, agora olhando para as sandálias. O sorriso dele era bonito.

— É só néctar. — Deu de ombros, também se servindo.

— Não por isso. — Explicou-se, sem graça. — Por me livrar da minha mãe por um instante. Se eu aceitasse ou não, as duas acabariam brigando em algum momento.

— Compreendo. — Inclinou levemente, falando por cima do som das liras. — Ela pareceu realmente disposta a te proteger com unhas e dentes.

— Perdoe-me por isso.

— Não precisa se desculpar. Deméter sempre foi cuidadosa com o que ama.

— Eu que o diga.

Hades voltou a observar o ambiente, um pouco pensativo.

— Não se sente confortável, senhor?

— Como?

— O senhor não parece confortável aqui no Olimpo. — Sentiu as bochechas formigarem, não entendendo o desejo de manter uma conversa com um dos três grandes. Estava tão próxima dele que conseguia enxergar a pequena cicatriz no canto direito, emoldurando o lábio inferior.

— E não me sinto. — Confidenciou baixinho.

Ela emudeceu.  

— Desculpe-me se a ofendi.

— Não me ofendeu.

— Admito que o Olimpo é muito bonito e convidativo, — continuou. — mas não sou familiarizado com os olimpianos, ainda mais com aqueles que não fazem questão de me ter aqui. Entenda minha presença nessa festa como o cumprimento de um protocolo social.

— Mas são sua família.

Hades riu sem humor.

— Nem tudo é o que parece. — Encostou a beirada da taça na boca. Perséfone continuava a mirá-lo com aqueles orbes grandes e encantadores.

— E o senhor é o que parece ser?

Ele bebeu todo o resto do néctar, repousou a taça em cima da mesa e cruzou os braços sobre o peitoral musculoso sustentando um sorriso divertido.

— Diga-me você, querida. Eu sou o que aparento ser?

Ela abriu a boca para responder, mas não conseguiu.

— Esquece. — Ele não pareceu decepcionado, contudo, ela não pode deixar de se incomodar com a situação. 

— Não. — disse, vislumbrando o rosto confuso. — Não. — Repetiu pela segunda vez e ele entendeu que essa era a resposta da pergunta. — O senhor é um cavalheiro muito simpático. Ao menos, mostrou-se assim.

— Não tão simpático. Boatos existem por algum motivo.

— Boatos são apenas boatos. — Agora Hades não parecia mais sombrio, sorrindo tão abertamente. Ele era bonito, com feições duras, mas bonito. — Já que se sente incomodado, posso acompanha-lo em uma caminhada lá fora. Prefiro o ar livre às pessoas, também. Não que eu não goste da minha família...

— Creio que entendi. Não se sente confortável diante de tantos olhares admirados.

— Não é isso. — Apressou-se, mas sua voz sumiu. Era exatamente isso. Perdera as contas de quantos deuses assediaram-na no início da festividade. Apolo sempre foi o mais insistente de todos; mesmo que o loiro estivesse longe, conseguia sentir o olhar dele queimar em suas costas.

— Não fique incomodada, querida. Todos gostam de admirar o que é bonito.

Mirou-o por um instante não enxergando segundas intenções em sua voz. Estava apenas sendo sincero, o que só serviu para deixa-la lisonjeada.  

— Está mesmo disposta a ir lá fora comigo, no meio da noite? Os outros diriam que é uma atitude irracional.

— Aceitarei os riscos.

— Sua mãe está de olho em nós. —  Perséfone levantou o pescoço. Lá estava Demetra, de longe, rodeando-os como um leão. Ela fez careta quando Héstia a abordou, tagarelando sem parar.

— Não está mais. — Inclinou-se, com um sorriso brincalhão nos lábios. — Podemos fugir... ninguém vai perceber.

— Uma fuga... — Fitou o teto, coçando o queixo com barba por fazer, como se considerasse a proposta. No fundo, só queria rir da proposta brincalhona da jovem. — Acho difícil. Chamamos muita atenção. Teoricamente, você chama atenção. Eu causo medo.

— Não estou com medo.

— Devia estar.

— Mas não estou e ainda penso que fugir é uma ideia genial. Você fica livre dos olimpianos, eu fico livre desses pervertidos que só pensam em pedir-me em matrimônio. Nós dois saímos ganhando.

— Você é uma olimpiana; isso destrói nossos planos de me manter longe dos olimpianos.

— Mas estamos conversando e nos dando bem, o que me torna uma exceção, não? Ou talvez prove que nem todos os olimpianos são ruins.

— Nunca disse que os olimpianos são ruins, comentei que muitos não são o que parecem.

— Dá na mesma.

— Não dá não.

Hades não conseguia se lembrar da última vez que se divertiu tanto. Ambos se encontravam naquela situação em que um quer gargalhar da cara do outro, mas o lugar e as pessoas ao redor impossibilitam esse feito, o que torna a circunstância ainda mais hilária e incontrolável.

— De qualquer forma, o baile é seu. Não devia dançar com seu pai ou com seus admiradores ao invés de estar comigo?

— Sim. — Ele tinha razão. Havia dezenas de homens desejando uma dança, na verdade, por ser anfitriã era mais que sua obrigação conversar com todos, contudo, a companhia de Hades era agradável ao ponto de fazê-la se esquecer desses pequenos detalhes.  — Mas estou aqui, não? Os pés de valsa aguentam esperar mais um pouco.

O sorriso dele quase rasgava as bochechas, revelando dentes perfeitamente brancos e alinhados.  

— Você, Perséfone, é uma criatura adorável.

— E você, meu senhor, devia sorrir mais. Fica mais bonito assim.

Foi exatamente o que ele fez.

— Agora que minha mãe está ocupada... — Observou a deusa ainda conversando com Héstia. — podemos sair daqui.

Ele analisou-a com os olhos felinos, perigosamente perto.

— E qual o seu plano? Me raptar? — questionou, brincalhão, mas surpreendeu-se quando o pulso foi envolvido pelos dedos femininos. Ninguém jamais o tocara, não tão casualmente.

— Isso mesmo.

Por fim, permitiu ser guiado com cautela para fora do palácio, sem se dar conta dos olhares atentos de Eros e Afrodite sobre si.

Do lado de fora, a brisa soprava e o grandioso jardim era iluminado por tochas. Apesar do vento frio, as labaredas de fogo continuavam inapagáveis, e a lua pairava no céu em meio a um tesouro estrelado.

Perséfone aspirou o ar e caminhou alguns passos à frente de seu acompanhante, assentando-se em um banco que ficava de frente a um jardim. Havia uma planta murcha e, com um movimento rápido, Perséfone fez com que a flor revivesse.

Um narciso.

Hades sentou ao lado dela.

— Deusa das flores?

— Primavera.

Mesmo estando escuro conseguia enxergá-la. Ela jogou a cabeça para trás; o cabelo encaracolado escorria por suas costas implorando por um cafuné. Imaginou qual seria a sensação ao entrelaçar os dedos naquele emaranhado de cachos castanhos.

O ar cheirava a camélias. Eles ficaram horas em silêncio, aproveitando o clima gélido, escutando as vozes, música e risadas vindas do palácio. Trocaram olhares e sorrisos amigáveis. Hades sentiu-se bem como nunca.

— Preciso ir. — A voz máscula quebrou o silêncio confortável. A deusa menor virou-se para fitá-lo.

— Agora?

— Sim.

— A festa mal começou.

— Não posso ficar por mais tempo, ainda tenho muito trabalho para resolver. Mande lembranças ao seu pai, não conversamos muito. — bem, não que realmente fizessem questão de conversar. Só as vezes, quando envolvia assuntos de suma importância. — Obrigado pela companhia.

Ele tomou sua mão e fez o impensável: depositou um beijo em seus dedos. Foi como sentir o toque de uma pena.

— Foi um prazer conhecê-la, Perséfone.

— Digo o mesmo, meu senhor.

Ele foi embora sem olhar para trás. Perséfone não entendeu porque se sentiu tão estranha ao vê-lo partir. Retornou para a festa pomposa e não tardou para ser rodeada por convidados cheios de bajulações e comentários lisonjeiros.

Do lado de fora, o senhor dos mortos acariciava um de seus cavalos negros, pronto para partir. Ele só não notou que, escondido entre os arbustos, Eros o observava atentamente, segurando o arco, mirando a flecha flamejante em seu coração. Afrodite, ao lado do Cupido, também escondida, sorriu abertamente quando a flecha o atingiu em cheio. 


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