Back to you-Reneslec escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
O Voo


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/XRsInwlxsWY-Alec encontra Renesmee e conhece Amara.
https://youtu.be/sDYvcv7U2UM-Renesmee canta para Amara dormir.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/762706/chapter/8

P.O.V. Alec.

Doze horas de voo. Doze horas de lembranças.

Como nos encontrávamos escondido no jardim, os beijos que trocamos e a nossa noite juntos. Eu não era inexperiente, mas com ela foi diferente.

Lembro de como ela ficou corada e envergonhada, como ela se escondeu com os braços.

Eu acabei rindo sem querer. 

Jamais pensei que fosse tão interessante ver alguém dormir. Quando dei por mim o avião já estava pousando.

Depois de pedir informação que não deu em nada, uma humana me abordou. 

—Você é o Alec Volturi?

—Quem quer saber?

—Ela me mandou ficar de olho e procurar alguém que fosse belo demais, perfeito demais. Ela tá te esperando. Olhos e cabelos castanhos, pele branca iniciais R.C.

—E quem é você?

—Sou empregada dela. 

Ela me mostrou o brasão dos Volturi e o dos Cullen.

—Significam alguma coisa pra você?

—Sim.

—Já é um começo. Entra no carro.

Nós viajamos por algum tempo e então paramos.

—Porque paramos?

—Antes de te levar até ela, eu preciso da prova final. Ela disse que... Alec Volturi solta uma fumaça pelas mãos. Uma fumaça negra. Se quiser que eu te leve até ela, eu tenho que ver a fumaça.

—Que assim seja.

Eu soltei a névoa e ela disse:

—Está bem. Entra no carro, estamos quase lá. Eu sou Camille Stravinski.

Nós viajamos mais um pouco até uma casa que ficava no meio do nada e então eu ouvi:

—Oi querida, a mamãe está aqui.

Era a voz dela. Mas, mamãe?

—Ninguém vai te encontrar aqui. Este é o lugar mais seguro onde você poderia estar. Venha, tem alguém que você tem que conhecer.

Nós caminhamos para perto da casa.

—Gostaria de lhe apresentar ao mais novo membro da sua família. A pequena encrenqueira que está causando toda essa confusão.

—O que?

A porta abriu e Renesmee saiu carregando um bebê.

—Alec, essa é a sua filha Amara.

—Meu Deus!

Renesmee falou:

—O único jeito que eu encontrei de protegê-la foi convencer o mundo de que ela jamais existiu.

Eu cheguei perto da criança, ela não parecia possuir nenhum traço de vampirismo.

—Ela é... perfeita.

—Você quer segurar?

—Quero.

Eu segurei a criança e ela era linda. Linda demais para ser humana.

—Desde quando você sabe?

—Descobri depois que fui embora. O meu avô fez o parto, mas eu fiz ele esquecer, eu fiz todo mundo esquecer que ela nasceu, que ela existe. As únicas pessoas que sabem que ela existe somos você, eu e Camille.

—Eu tenho que contar a Jane...

—Você não pode. Todo o ponto de eu usar a compulsão nos meus próprios parentes, me mudar pra cá. Pra Romênia, para a Transilvânia foi pra esconder ela. Escondê-la de Aro. Você não compreende não é? Esse bebê é o pior pesadelo dos Mestres. Ela é uma bruxa Petrova, com uma mãe duplicata e um pai Volturi. Não é só da força dela que eles vão ter medo. Ela é aquela que um dia pode unir todas as facções e acabar com essa picuinha.

—Que picuinha? O que é picuinha?

—As rixas. Vampiro mata lobisomem, lobisomem mata bruxa, bruxa mata vampiro, vampiro mata bruxa. Clã contra clã, irmão contra irmão.

—Ela está certa. Se os seus Mestres souberem que essa menina existe, vão mandar um monte de vampiros atrás dela. E ela não vai viver o suficiente pra dar os seus primeiros passos.

—Como pode saber?

—Essa menina é um milagre. Ela veio pra esse mundo contra chances inimagináveis. Chances mais inimagináveis do que as que a mãe dela enfrentou. Pense á respeito, é de conhecimento público que vampiros não podem procriar, ainda assim a mãe dela está aqui e sobreviveu á um quase ataque do seu Clã. Fale o que quiser, mas o seu Clã e o dela são inimigos. E essa criança é fruto de um amor proibido, filha dos inimigos declarados.

—Está certa. Aro tem muita inveja de Carslile, por Alice, Edward, agora Bella e Renesmee. Se ele souber que Amara existe, não vai descansar até que ela esteja morta. Mas, Jane é minha irmã.

—Eu sei. E ainda assim, foi ela que nos dedurou para Aro. Alec, você quase foi queimado vivo, não se lembra dos seus pais, passou séculos se afogando em sangue e ódio. Ela merece algo melhor do que o que você teve. Não concorda?

—Concordo. Eu queria tanto poder dividir isso com a minha irmã.

—Como descobriu sobre a Wolfsbane?

—Sua mãe. 

—Mamãe sabe mais. É incrível ela ainda lembrar dessas coisas. Venha.

Nós entramos na casa. E eu vi Renesmee acender uma coisa que com certeza era uma erva.

—É apenas sálvia. Assim podemos falar livremente sem medo de sermos ouvidos.

A coisa fez uma fumaceira.

—Como sabemos que funciona?

—Funciona. Acredite, funciona.

A noite caiu e na madrugada eu fui até o quarto da minha filha. Minha filha.

—Eu a ouvi chorando.

—Ah, tá tudo bem Alec. Provavelmente os dentes estão nascendo.

—Ela é realmente um milagre.

—Sim. Ela é. Ela já está sorrindo e olhando para todos os lados, acho que ela gosta daqui. É um lar.

—Eu jamais me imaginei sendo pai. Sendo responsável por outra pessoa desse jeito. Nem sei como fazer.

—Eu sei que tudo isso deve ser meio estarrecedor, mas um conselho que eu aprendi nas aulas de psiquiatria do desenvolvimento... papai feliz, mamãe feliz, bebê feliz.

—E esse seu conselho não ajuda em muita coisa. Porque Amara?

—Porque... Amara me lembra da palavra amor e significa imortal. Por isso.

Ela voltou a chorar e pelo cheiro eu soube o que era.

—Hora de aprender a trocar uma fralda. Papai.

Ela colocou Amara no meu colo.

—Tem fraldas no armário abaixo do trocador. Não jogue talco na periquita dela, não passe pomada de assadura á menos que ela esteja assada em algum lugar. Boa sorte.

—O que?!

Eu fiquei olhando para aquele ser que chorava á plenos pulmões. Tirei o macacão de ursinhos e cheguei á fralda. 

Levei um tempo para compreender como tirar aquela coisa e quando eu finalmente compreendi e consegui tirar a maldita fralda... era muito cocô.

—Meu Deus!

Renesmee chegou.

—De que adianta ter um namorado que nunca dorme se a besta não sabe nem trocar a fralda da criança. Presta atenção no que eu vou fazer, porque como você não dorme, as noites são todas suas.

Ela tirou a fralda, fechou-a como um pacote, jogou-a no lixo e carregou a pequena criatura que incrivelmente ainda berrava, lavou o seu bumbum e a sua periquita com o chuveirinho e sabonete, secou-a com uma toalha e colocou uma fralda limpa.

—Prestou atenção?

—Prestei.

—Sabe como fazer?

—Sei.

—Ótimo. Boa noite.

Ela fez Amara dormir cantando e acalentando-a. Era uma música melosa e romântica. Bem o jeito dela mesmo.

—Boa noite, Princesa.

Renesmee colocou Amara delicadamente no berço. Ela colocou o dedo na boca fazendo sinal para que eu ficasse em silêncio. Nós saímos sorrateiramente do quarto.

—Bom, agora que ela está dormindo serenamente nós podemos...

Fui interrompido por um ronco.

—Ou não.

Ela estava deitada de bruços na cama, um de seus braços caía pra fora. 

Nunca tinha ouvido-a roncar antes.

—E eu achando que teríamos outra noite quente de amor. Não importa, eu posso esperar.

Me deitei na cama e fiz carinho no seu lindo cabelo castanho.

Quando o dia finalmente amanheceu ela acordou.

—Bom dia.

—Bom dia.

Eu puxei-a para mim, mas quando a brincadeira estava ficando boa por assim dizer, ouve-se um choro de bebê.

—É. Temos um bebê em casa querido. Eu vou tomar banho pra ligar o meu cérebro e ai, hora do café da manhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Back to you-Reneslec" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.