Deus Salve a Rainha escrita por Lady Led


Capítulo 7
Na minha língua venenosa seu nome é uma benção.




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O olhar que Amália dá em direção a Catarina faz com que suas pernas tremam e o alto de suas entradas se apertem em um desespero que ela sente desde a sua barriga até os dedos dos pés. Sua boca molhada sobe das coxas da jovem que está esparramada na mesa, os cabelos dela com diversas manchas brancas da farinha que ela derrubou enquanto tentava se segurar em algo no alto do seu clímax.

“O que?” A boca de Amália se forma como um O gigante. Seus olhos estão dilatados, deixando quase toda a pupila branca visível para que Catarina conseguisse perceber o seu susto em presenciar a cena. A moça na mesa, que Catarina por algum motivo não sabia o nome, e nem se interessava em saber, levantou-se da mesa, o vestido preso na sua cintura sendo subido em seus seios. Catarina deu a mão para que a moça desce-se da mesa com mais equilíbrio, mas sem tirar os olhos de uma Amália com um penhor negro que estava caído por um de seus ombros, deixando um seio seu a mostra como toda a pele de seus ombros e costelas.

A barriga de Catarina vibrou novamente com a visão do corpo de Amália estática ali, olhando com a sua expressão de surpresa e espanto para a verdadeira feição dela. Os mamilos de Amália, arrebitados pelo frio chamavam a atenção da princesa, fazendo-a salivar por sob o seu desejo não tão oculto sobre a camponesa.

“Você não sabe bater antes de entrar nos lugares?” Catarina sorriu. Os lábios com o gosto de mulher que ela tanto adorava ainda molhados e com sabor. Ela estendeu a mão para limpá-los. Seu olhar trocou rapidamente de Amália para a moça que estava tentando ajeitar a alça do vestido em seus ombros mas sem muito sucesso.

O olhar no rosto da mulher que antes estava com as pernas abertas para Catarina era de um completo vazio, como quando você é pega fazendo algo que provavelmente te mandaria para a fogueira sem nem ao menos um julgamento em sua defesa.

“Está tudo bem.” Ela disse para a moça, levantando o rosto dela com o dedo indicador. A moça a frente dela tem um rosto bonito, e Catarina não se arrepende de ter entrado na cozinha tarde da noite e enfeitiçado a moça com galanteios que ela nunca escutou de ninguém para apenas saborear o gosto dela em sua língua. Catarina enrola um fio do cabelo cacheado grosso no seu outro dedo, colocando, por fim, atrás de sua orelha. “Ninguém vai falar nada, você está bem.” O olhar da princesa desvia novamente da moça para Amália, que já tinha saído do seu estado de choque, e estava com os braços ao redor de si e do seu penhor. Uma pena. Ela pensa.

A mulher a frente dela sacode a cabeça, o movimento fazendo com que milhares de partículas de farinha caírem entre o espaço que está do corpo delas, e de seus ombros. Ela olha para trás, para Amália, que está com o olhar agora vidrado no chão, e Catarina segue o seu corpo até que ela saía da cozinha, deixando apenas as duas futuras rainhas no ambiente.

“Isso é uma heresia.” Amália continua olhando para o chão. Seus punhos estão serrados no tecido do penhor, e sua pele está vermelha. Os cabelos em fogo estão jogados para todos os lados, e Catarina se permite imaginar por alguns segundos como seria aqueles fios expostos e jogados nos seus lençóis de seda. “Eu nem sei o que falar para você, Catarina.”

“Ótimo, gosto de você calada.” Catarina enrola os cabelos longos na mãos, e os coloca em um coque no alto da sua cabeça. Ela está com calor, e isso vai bem mais além do que somente a temperatura fora do seu corpo.

“Eu poderia te entregar. Poderia dizer para Afonso o que você fez.” Os olhos de Amália estão com o olhar duro novamente, olhando para uma Catarina que rodeia a cozinha com seus dedos passando sobre a mesa e os utensílios. Alguém vai nos escutar. A princesa pensa enquanto escuta a voz de Amália subir alguns tons. Pare de gritar plebeia.

“Afonso já sabe.” Catarina pega uma maça que está no topo da pilha de frutas e limpa a sua casca no seu vestido que ela usou no banquete. Ela ainda está vestida da maneira que se apresentou aos nobres. “Ele já viu.”

“Se ele realmente soubesse teria me falado. Ele não guardaria segredos de mim.” Amália tem um tom feroz agora em sua voz, contaminando tudo ao redor dela com a raiva estampada de Catarina. A futura rainha de Artena morde um pedaço da maça, ainda de costas para Amália.

“Você tem certeza disso?” Catarina abaixa a fruta em sua mão, deixando ela cair pelo chão. Ela sabe que o reino passa por problemas, e jogar aquela fruta no chão no meio de todos esses problemas é como uma carta aberta de guerra. “Tem certeza que Afonso te conta tudo que tem feito, ou que já fez?”

Amália cruza o olhar com o dela quando Catarina se vira em sua direção, o movimento facilmente confundido com o vento ou uma alma fantasma que vaga por ai sem paz em seu descanso eterno.

“Tenho. Você está mentindo.” Amália quase grita agora. Catarina quer revirar os olhos para o espetáculo que ela está dando tão tarde da noite. “Tudo que saí da sua boca é mentiras.”

Catarina quer rir. Ela quer se estender e rir sobre as coisas que Amália está falando, sobre aquela fé cega que ela tem em um homem que nem ao menos conta para ela sobre os seus segredos mais imundos, ou sobre as coisas que fazem seu sangue ferver. Ela quer rir, porque imagina que Amália ao menos conheça realmente o real Afonso.

“Vamos chamá-lo aqui, então. Vamos o fazer falar sobre quem está dizendo a verdade.” Os passos de Catarina soam ocos pelo chão enquanto ela caminha em direção a uma Amália que sem seus saltos parece minúscula. “Eu não quero fazer isso, Amália, você quer? Você quer trazer Afonso aqui e dizer a ele como sua boca salivou quando viu a cena que estava em sua frente? Você quer ouvir da boca do seu marido o que ele sentiu quando me pegou na mesma situação?” Catarina sabia que Amália tinha sentido o efeito daquela cena em seu corpo, porque ela conhecia o desejo quando visto no corpo de alguém.

Os olhos de Amália se abaixam novamente, a respiração presa em seus pulmões. Catarina está tão próxima de seu corpo que apenas com um levantar da sua mão ela poderia puxar o penhor negro da moça e a deixar nua no meio da cozinha de um castelo.

“Agora, Amália, me diga, o que nós vamos fazer já que temos um segredo em comum?” O veneno nas palavras de Catariana se derrama em seu sorriso, e seu corpo se acende novamente.


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Notas finais do capítulo

HELLO! Então, aquele chorume de novela acabou como todo sabia que ia acabar, com o casamento do casal mais sem sal e sem açúcar dos sete reinos (ih, história errada rsrsrs) ENFIM, CÊS TÃO GOSTANDO DE "DEUS SALVE A RAINHA"? Eu estou adorando escrever, e quero muito explorar essa tensão entre elas. Seguinte, tenho uma pergunta: O que vocês acham da tia Selena? Por que assim, na minha cabeça ela virou uma Rainha FODONA, e fez todos aqueles machos que gostavam dela de amantes RSRSRSR

XOXO, Led.



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