Deus Salve a Rainha escrita por Lady Led


Capítulo 10
Você me assombra através dos meus sonhos à noite.




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Catarina não vai pedir desculpas, ela não vai ceder.

A princesa e quase Rainha aprenderá uma vez e apenas uma vez havia sido necessário para ela saber que nunca se deve pedir desculpas pelos seus atos, por mais assustadores e pecaminosos que eles eram. E ela não considerava o beijo roubado em Amália algo digno de ser desculpado.

Os passos que ela escuta pelo corredor deixam claros que as pessoas do castelo já estão de pé e que ela deveria então levantar da sua cama, retirar o vestido de festa que ela ainda estava vestindo quando se deitou, e começar o dia dela. Começar uma guerra interna que só Catarina sabia as jogadas para que ela seja feita de uma forma que ela sempre sairia vitoriosa.

Seus pés estavam gelado debaixo da coberta grossa que ela mantinha sob o corpo, mesmo com a luz quente do SOL já entrando no seu quarto, Catarina se sentia sufocada em um tipo de escuridão que a fazia ficar enjoada.

Sua porta foi batida quando Amália, uma Amália com raiva e cabelos ruivos presos por tranças elaboradas, adentrou o recinto, como uma força da natureza.

“Levante-se.” Sua voz não era nada mais do que pura raiva. Catarina percebeu que pela primeira vez Amália estava vestindo negro. Um vestido que ela mesma poderia usar. O caimento era mais abaixo dos seios, e Catarina quis lamber a parte exposta da pele de maneira que faria com que Deus jogasse uma maldição sobre elas.

Catarina levantou-se. Os pés no chão gelado. Sem seus sapatos ela era da mesma altura que Amália, e quase humana de alguma forma.

“O que você quer, Amália?” Sua voz, no entanto, não era nada mais do que um sussurro esquisito da manhã. Algo como pão adormecido, ou talvez, algo parecido com o cheiro de café da manhã que o castela estava naquele momento, que inundava pelas paredes grossas feitas de pedra e mármore.

“Minha mãe me disse uma vez que eu deveria seguir apenas os meus desejos.” Amália levanta a cabeça, a altura sendo compensada ali. “Quando eu olho para você Catarina, meu corpo é puro ódio. Eu me sinto pronta para a guerra. Mas ao mesmo tempo eu me sinto quente, me sinto estranha.” Seu corpo está próximo agora, quase colado com o dela, quase que trazendo Catarina para perto com magia, como se a luz que antes entrava pela janela estivesse circulando a mulher, como uma mosca na teia da aranha.

“Eu não posso fazer nada. Esses são os seus desejos.” Catarina cruza os braços sobre o peito, em um sinal para quem a conhecesse de que ela estava perdendo o pouco controle sobre as ações que tinha. Ela queria puxar Amália para si e a beijá-la. Queria beijá-la como se ela fosse Helena, e Amália Troia, e elas duas sempre foram destinadas a morte e a guerra.

“Você me faz ter essas coisas dentro de mim, você é a culpada por isso.” O som da voz de Amália é quase que um sussurro, entrando devagar no corpo de Catarina, causando uma confusão imensa de sentimentos dentro da Princesa. Ela quer que a Amália nunca mais ouse olhar para ela com aqueles olhos grandes cheios de uma sede que Catarina conhece bem. Uma sede daquilo que a sua mente sabe que é proibido, mas que seu corpo precisa tanto que faz com que tudo seja reduzido a pó se não for consumado.

“Eu não posso carregar essa culpa, pois esse sentimento não mora em mim.” Os olhos de Catarina estão atentos a todo e qualquer movimento de Amália a sua frente. Mesmo com os sapatos de saltos, a mulher ruiva ainda sim fica com centímetros mais baixa que ela.

“Mas eu quero que você carregue isso contigo, porque eu não suporto mais.” Amália coloca ambas as mãos nos ombros de Catarina. Os ombros magros e ossudos tremendo com a excitação de ter os dedos quentes da mulher ali, causando uma convulsão dentro de seu corpo frio, e quase apático.

Leva uma volta de segundo completa para que Catarina perceba que Amália apenas colocou as mãos em seu ombro para puxá-la para um beijo esquisito. Seus olhos estão abertos e centrados no rosto com sardas ruivas, os cabelos pinicando seu nariz.

Ela levanta um braço para passar ao redor da cintura magra, e puxa a mulher ruiva para si, seus lábios se abrindo e seus olhos raivosos se fechando. É um beijo que traz mais energia e força do que aquilo que foi compartilhado de maneira quase que inocente na cozinha na noite anterior.

Os lábios de Amália por mais macios que fossem, não são gentis. Parece uma explosão de dentro para fora em seu corpo, causando como última vítima Catarina, que envolve com mais força o corpo da moça junto ao teu.

O joelho esquerdo de Catarina está no meio das pernas brancas envoltas pelo tecido do vestido de Amália. Sua mão escorrega da cintura para a parte de cima de sua bunda, pegando todo o tecido que estava ali, envolvendo em sua mão para trazer para cima, deixando a passagem livre para os seus dedos na pele quente dela.

Assim como o beijo começou – em fúria – ele é interrompido por Amália. As mãos que permaneceram nos ombros magros de Catarina durante todos os segundos – ou minutos talvez, ela não consegue pensar direito – empurram seu corpo altivo para longe, como se ela estivesse acabado de queimar alguma parte do corpo.

Seu rosto está completamente vermelho, e o cabelo – igualmente parecido com o tom de pele – está por todos os cantos, caindo em seus olhos que agora estão focados novamente em Catarina. Mas o que antes poderia ser lido como uma raiva, agora não há mais nada além de vazio e culpa.

“Isso é culpa sua.” Amália continua ali, parada com os olhos focalizados em Catarina, enquanto uma sensação inesperada invade o peito gelado da princesa causando nela um sentimento de mau-estar que ela nunca havia presenciado antes.

 


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Notas finais do capítulo

BITCH, I'M BACK BY POPULAR DEMAND.

DESCULPAS INFINITAS PELA DEMORA!

Sim, eu sei, vacilei em ter demorado. Mas são tempos complicados, pra todo mundo na real, e eu estive esse tempo longe. MAS ESTAMOS DE VOLTA.

XOXO, Led.