Encontros Proibidos escrita por Eli DivaEscritora


Capítulo 5
Uma ideia de gênio


Notas iniciais do capítulo

Oii amores, espero que gostem do capítulo :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/762637/chapter/5

 

Quando retornei da praça, os meus pais estavam na sala assistindo televisão, eu mal havia pisado no aposento e o meu pai me chamou a atenção:

― Aonde você estava, Elisabeta?

― Eu saí com a Lú, se quiserem confirmar a verdade é só ligarem para a casa dela ― respondi ríspida.

― Eu só me preocupo com você, filha.

Eu não disse nada, apenas fiquei encarando ele muito séria. Isso que ele está tentando fazer é muito ofensivo para mim e eu não iria aceitar que ele escolhesse qualquer coisa sobre a minha vida.

― Eu e a sua mãe queremos conversar com você sobre o seu aniversário ― ele começou a falar quando eu indiquei que sairia do lugar.

― O que seria? ― respondi sem animação nenhuma.

― Vamos fazer um festão para você, no salão do Marcondes ― ele iniciou a explicação. ― E só vai entrar quem tiver nome na lista. ― Óbvio que ele tentaria barrar a entrada do Téo.

― Hum, vocês decidiram isso? E a minha vontade? Ninguém pergunta. ― Balancei a cabeça. ― Eu não quero um aniversário todo pomposo. ― Esse tal salão que o meu pai comentou era o mais chique da cidade.  

― Como seus pais nós achamos que você merecia uma grande festa. ― O papai me encarou, dando a entender que a discussão havia chegado ao fim.

― Tudo bem, eu não tenho voz aqui mesmo ―  murmurei baixinho e logo em seguida uma ideia surgiu. ― Porém eu tenho uma condição.

― Qual seria? ― ele disse curioso.

― Eu quero um baile de máscaras. ― Sorri, se ele pensa que eu vou ser enganada o papai está muito errado.

― Certo, como você quiser. ― Ele sorriu satisfeito e eu caminhei até a escada, mostrando que agora a conversa havia terminado.

Eu ainda estava magoada com a situação do meu aniversário, a sensação que eu tinha é que eu não poderia confiar em meus próprios pais, já que eles não aceitavam nenhuma das minhas decisões e também não havia diálogo entre nós. Como que eu poderia acreditar neles? Desse jeito é que não seria possível. Suspirei cansada e continuei subindo para o meu quarto, eu só queria conversar com a Lú e com o Téo para extravasar meus sentimentos. Quando entrei no quarto logo fui me acomodar na cama, para então pegar o celular e enviar uma mensagem para a Lú e o Teodoro.

Elisa: Lú, aquele nosso plano de tentar fazer o meu pai desistir do aniversário não rolou :(

Abri a conversa da Rosa, conhecido como Teodoro, já que se eu deixasse o nome dele ou apenas escrito amor, meus pais poderiam ver.

Elisa: Oi, tenho uma novidade não tão boa. Podemos nos ver amanhã?

Enquanto eu estava digitando, chegou uma notificação de que a Lú havia me respondido, fechei a conversa da Rosa e fui ler o que ela havia falado.

Lú: Ai Elisa e agora? O que você vai fazer?

Elisa: Eu consegui pensar rápido na hora e vi um jeito de burlar o esquema do meu pai. Mas ele ainda vai tentar apresentar o cara para eu me casar.

Lú: Não acredito que ele ainda está insistindo, mas o que foi que você pensou?

Elisa: Eu disse que só aceitaria o aniversário se fosse um baile de máscaras.

Lú: É muito gênio essa minha amiga :) e ele o que falou?

Elisa: Obrigada, obrigada! Ele concordou bem alegre, né? Mas para entrar precisa de nome na lista.

Lú: Hum, e como que vamos fazer?

Elisa: Ora, eu vou dar um jeito de colocar um nome “falso” para o Téo entrar e como todo mundo vai estar de máscara, os meus pais não vão reconhecer ele.

Lú: Caramba! Você é muito gênio mesmo.

Elisa: Hehehehe. Pois é, sou muito eficiente.


Senti o celular vibrar quando chegou a resposta do Téo sobre a minha mensagem.

Rosa: Hum, tudo bem. No mesmo lugar?

Elisa: Sim, se não der eu te aviso.

Voltei a conversar com a Lú mas só por alguns instantes, pois ela disse que precisava ir. Eu também falei só mais um pouco com o Teodoro, já que precisava tomar banho e me arrumar para dormir. Depois do banho tomado e já pronta para dormir, mandei uma última mensagem para o Téo.

Elisa: Boa noite, até amanhã. Beijos ;*

E apaguei o registro da conversa para caso meus pais confiscassem o celular. Em seguida, eu me deitei na cama e deixei o celular no criado mudo. Suspirei cansada, eu já estava um pouco melhor, conversar com eles aliviou um pouco a tensão. Porém, eu não estava conseguindo dormir, a minha mente ficava exibindo um monte de pensamentos aleatórios.  

Alguns minutos depois, eu me revirava na cama e a minha mente começou a refletir sobre a situação em que eu me encontrava. Não havia um instante que eu não pensasse em sair daqui, de casa, mas primeiro eu precisaria juntar um dinheiro para me manter longe dos meus pais. Esse era o meu principal objetivo e eu teria que dedicar todas as minhas forças para não desistir pelo caminho. Acabei adormecendo após ficar repetindo que eu precisava ser forte.  

O despertador tocou e eu abri os olhos, eu não tinha nenhuma vontade de levantar, como eu teria motivação para trabalhar? Ainda mais em uma segunda-feira? Suspirei fundo e lembrei do meu objetivo. Quinze minutos depois eu estava descendo as escadas para tomar café já arrumada para o serviço. A manhã parecia não ter fim, eu não via a hora de ir para o almoço, pois iria me encontrar com o Téo.

                                              ---

Assim que deu meio dia eu me mandei para a praça, geralmente meu pai ia almoçar em casa e eu tinha que ir junto, por isso hoje eu saí antes dele me achar. Eu precisava resolver algumas coisas, ir na loja de fantasias e na de roupas, antes de falar com o Téo, mas primeiro fui até a barraquinha de pastel e “almocei” o lanche rápido, mal dando tempo de mastigar. Minutos depois eu partia até a loja de roupas que ficava do outro lado da praça. Aluguei duas peças, um vestido todo preto de frente única, cheio de brilho, com as costas descobertas e o comprimento curto de saia rodada, e um terno todo preto também, junto com a camisa e a gravata. Agora eu só tinha que ir na loja de fantasias, pois a minha roupa e a do Téo já estavam arranjadas. A máscara que eu comprei para mim era toda preta, parecia aquelas de carnaval que cobriam só os olhos e havia umas penas douradas do lado esquerdo. Já a que eu escolhi para o Teodoro era toda branca que escondia a testa e uma parte do nariz. Depois de pagar em dinheiro, eu fui para o lugar do encontro com o Téo, eu estava atrasada uns quinze minutos. Eu só conseguia pensar que ele já deveria ter ido embora, mas continuei a caminhar até o local marcado que dessa vez seria atrás da igreja. Resolvemos mudar, pois se ficarmos pela praça era muito perigoso, alguém poderia ver e comentar com o meu pai.  

― Oi meu amor ― Beijei rapidamente os lábios dele ―, achei que você já tinha ido ― comentei após cumprimentar ele.

― Oi pequena, pois é, eu estava quase indo embora.

― Então que bom que não foi ― Fiz uma careta para ele ―, precisamos conversar.

― Ok, o que houve? ― Ele me encarou sério.

Eu expliquei para ele o que estava acontecendo sobre o meu aniversário e também falei sobre o meu plano. Ele achou um pouco arriscado, porém era o que a gente podia fazer nesse momento. Após alguns minutos de conversa, o Téo também me contou como as coisas estavam na casa dele, mas eu precisei voltar para o trabalho e ele já tinha demorado demais. Com certeza a mãe dele estava preocupada com isso, então nos despedimos, porém antes de partir entreguei uma sacola com a máscara que eu havia comprado para ele. Voltei para a prefeitura para enfrentar mais um dia entediante ao lado do meu pai.

No final do dia eu percebi que havia uma mensagem da Luísa no meu celular, eu abri para ler.

Lú: Oi Elisa, eu sei que você deve estar endoidecida com a festa do seu aniversário, mas será que você poderia ir comigo ver as coisas do meu noivado?

Respondi no mesmo instante. 

Elisa: Claro que sim, acho que vai ser até bom para eu me distrair.

A loira não demorou muito para enviar outra mensagem.

Lú: Ai que ótimo! Então depois nós conversamos para marcar o melhor horário para irmos.

Eu correspondi com um “ok” e guardei o celular na bolsa, pois já estava na hora de ir embora. Para variar eu não tinha nenhuma vontade de voltar para casa. Eu gostaria de poder avançar essa parte da minha vida e ir direto para a que eu já estou em outro lugar, feliz e longe deles. Será que um dia isso iria ser possível? Dei de ombros, eu imaginava que sim. Caminhei lentamente até a minha casa com uma ponta de esperança, considerando essa possibilidade como uma realidade num futuro próximo.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí gente o que acharam do plano da Elisa? Será que vai dar certo? Aguardo os comentários de vocês :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Encontros Proibidos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.