Encontros Proibidos escrita por Eli DivaEscritora


Capítulo 3
Um momento a sós


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, eu sei que estou muito sumida :( mas eu não estava conseguindo escrever nada, espero que entendam. Porém, agora estou de volta e em breve eu postarei o capítulo 4. Aguardo vocês :)



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Teodoro e eu permanecemos observando a expressão no rosto que o outro fazia, além de não desconectar o olhar nem por um segundo, pois nós estávamos estudando cada movimento do parceiro. Ainda com a respiração arfante, eu enganchei minhas mãos no pescoço do Téo e ele na minha cintura, e nós voltamos a nos beijar intensamente.

 

Logo depois senti que Teodoro começou a me conduzir para fora da cozinha, ao mesmo tempo em que nossos lábios continuaram unidos, nos esbarrando pelos móveis da casa nesse processo. Quando colidimos com algo duro no meio do caminho, o qual quase nos levou a cair no chão pois perdemos um pouco do equilíbrio, eu e ele fomos obrigados a separar nossos lábios. Só então notei que tínhamos chegado na sala e o sofá havia sido o causador da nossa trombada. Nós dois balançamos a cabeça juntos e rimos descontraídos, o que pôde ser escutado no ambiente calmo.

 

― Acho que é a primeira vez que isso acontece comigo ― O Téo comentou, ainda com um tom extrovertido.

 

― Bobo ― eu respondi de volta, com um sorriso nos lábios.  

 

Minha atenção foi toda direcionada para a sala dessa casa, somente nesse momento eu a havia reparado. Observei a ampla sala da casa, porém o que mais me chamou a atenção foi a lareira do outro lado do cômodo. Eu estava muito curiosa para conhecer esse amigo dele, essa casa é muito maravilhosa, era tudo o que eu conseguia pensar, entretanto, o Téo afastou essas ideias da minha mente quando encostou o meu corpo em uma parede que havia por ali. Nossas respirações pareciam estar em sincronia, o peito descia e subia ao mesmo tempo em um ritmo acelerado, dessa vez, quando nossos olhos se cruzavam parecia ter algo a mais, havia alguma coisa de diferente. Talvez fosse o brilho no olhar dele e a corrente elétrica percorrendo o meu corpo, ou também poderia ser toda a nossa animação anterior, eu não saberia responder exatamente isso, pois nesse momento, eu só tive a capacidade de enxergar os nossos cabelos desarrumados, junto com as roupas desalinhadas e percebi como as batidas do meu coração soavam aceleradas por causa do beijo afobado que demos antes. Suspirei a fim de me acalmar e, por um instante, constatei o que já sabia, ele estava do mesmo jeito que eu, ofegante. Seu peito subia e descia, provavelmente os  batimentos cardíaco dele estavam iguais ao meu, veloz.

Minha atenção se voltou toda para o Téo, encarei os olhos dele, ora para um ora o outro com o interesse de descobrir o que se passava em sua mente, levei meus dedos aos meus lábios e permaneci fitando ele. No minuto seguinte, um lampejo de descarga elétrica nos envolveu, houve uma conexão pelo olhar entre a gente. Teodoro percorreu a mínima distância entre nós, calmamente, seus dedos roçaram a lateral do meu corpo, enquanto ele encostou apenas uma parte do seu corpo no meu, e com uma de suas mãos acariciou a minha bochecha. Eu fechei os olhos para apreciar o carinho e antes que eu pudesse abri-los novamente, senti os lábios do Téo tocando nos meus. Notei quando a mão dele se moveu vagarosamente para atrás do meu pescoço, pois os pêlos do meu corpo se arrepiaram, ele também enganchou os dedos pelo meu cabelo, aprofundando o beijo, o que só resultou no aumento do ritmo das carícias.

 

Teodoro caminhou comigo entre suas pernas, ao mesmo tempo que continuávamos com o nosso afago, para no instante seguinte se apoiar no braço do sofá marrom, ele me aconchegou junto ao seu corpo. Eu lembrei que logo na frente da lareira havia esse bendito sofá, enquanto nossas bocas ainda se tocavam, minha mão foi até a barra da blusa que ele vestia e a puxei completamente, retirando a roupa sob a cabeça dele, joguei a peça por ali mesmo e separei meus lábios do dele para logo em seguida começar a distribuir beijos pelo seu pescoço.

 

Por causa do afago, Teodoro colocou uma de suas mãos na minha cintura e me trouxe para mais perto do seu corpo, dessa vez quem fechou os olhos para apreciar a carícia foi ele. Eu só consegui reparar porque a minha atenção foi afastada do que eu fazia, mas logo depois eu voltei a tocar sutilmente com os meus lábios o pescoço dele, ao mesmo tempo em que os meus dedos alisavam o peito desnudo dele. Em seguida, avancei apalpando-o até o caminho da felicidade e enrosquei os dedos nos seus pelinhos que tinha ali para ficar brincando. A respiração dele tornou-se arfante devido as carícias e eu senti que o Téo estava entregue ao momento, sorri contente por isso e prossegui com os beijos e os carinhos. Portanto, para estimular ainda mais nós dois, inesperadamente empurrei ele para trás que caiu de costas no sofá e tratei de subir em cima do colo dele, ficando com as minhas pernas ao lado do corpo dele. Observei os olhos dele por um momento, nós nos encaramos por alguns segundos, até que eu abri lentamente o zíper do meu casaco retirando a peça, depois foi a vez da blusa que eu tinha por baixo, eu demorei um pouco mais para tirar a vestimenta por completo. Teodoro não deixou de vigiar os movimentos que eu fazia, analisou cada atitude minha e por fim apreciou a parte desnuda do meu corpo, para sem hesitação,  percorrer com as suas mãos essa parte descoberta. Mais uma vez, pude sentir um arrepio, os pêlos do meu braço chegaram a se erguer e também notei aquela sensação de frio na barriga. Além daquela corrente elétrica seguindo os nossos corpos novamente, eu conseguia perceber a tensão envolvida entre nós.

 

Tudo parecia novo para nós, o contato das nossas peles, o beijo, a sensação do frio da barriga, pois havia muito tempo que nós não tínhamos um momento a sós. Em função disso, aproveitamos para explorar não só com o olhar o corpo um do outro, mas também com o toque de nossas mãos e quando eu percebi nossas roupas já estavam espalhadas pelo lugar todo. Voltamos a nos conectar, não só com o olhar, mas também unidos em sincronia e junto a eletricidade retornou a percorrer o meu corpo.

 

                                                              ---

 

Já havia anoitecido, a sala estava um breu e uma corrente de ar invadia o cômodo, provocando uma sensação gélida no ambiente, porém para a nossa sorte o Téo tinha acabado de acender a lareira, dessa forma mantinha os nossos corpos aquecidos. Observei a chama avermelhada crepitar na madeira, ao mesmo tempo que o fogo queimava na lenha, a sala começava ficar mais aquecida, eu pude sentir, e então me aconcheguei no meu namorado. Teodoro e eu estávamos deitados de frente para a lareira, conversávamos sobre vários assuntos, enquanto a música do rádio da cozinha podia ser escutada em um volume moderado, o que deixava o ambiente descontraído.

― Está tudo bem, pequena? ― Teodoro disse ao mesmo tempo em que acariciava as minhas costas com seus dedos.

 

― Sim, ― respondi voltando a minha atenção para ele. ― eu estava longe, pensando.

 

― Pensando em quê? ― ele quis saber.

 

― Na vida, em nós dois. ― Eu olhei na direção dele.

 

― E eu posso saber o quê, exatamente? Ou é segredo? ― Teodoro respondeu extrovertido.

 

― Sim, pode. ― Sorri. ― Não é nenhum segredo, bobinho. ― Eu me ajeitei e encarei meu namorado. ― Veio na minha mente quando nos conhecemos na escola e de como não nos desgrudamos desde lá.

 

― Verdade, não nos desgrudamos desde o dia que nos conhecemos. ― Lembro que eu era aluno novo, estava tentando me adaptar e aí eu vi você. ― Ele suspirou. ― O que eu poderia fazer para chamar a sua atenção? Imagina, a garota mais linda da escola. ― Teodoro me encarou com um sorriso travesso.

 

― Claro, dizer que é um menino cego iria chamar muita atenção ― eu disse incrédula, mas ao mesmo tempo me divertindo com a situação.

 

― Bem, funcionou, não é mesmo? ― Ele esperou eu concordar com a cabeça. ― Você ficou toda mexida comigo pedindo ajuda para saber onde era as salas, os lugares. ― O Téo deu uma gargalhada.

 

― Sim, muito bem observado. Até eu descobrir que você estava mentindo. ― Eu o encarei séria, para logo depois dá dois tapinhas de leve nos ombros dele.

 

― Hum, verdade, essa parte não deu muito certo. Mas você já estava caidinha pelo meu charme. ― Ele piscou para mim.

 

― Mas é muito convencido. ― Eu me aproximei dele, encostando nossos lábios, para beijar suavemente sua boca.   

 

― Se não protestou, quer dizer que estou certo ― ele disse, e enquanto falava eu notei um sorriso presunçoso em seus lábios.

 

― Nossa Teodoro, você está impossível hoje ― comentei balançando a cabeça.  

 

― Acho que eu devo ter me animado e isso tudo é culpa sua por ficar tanto tempo sem me ver. ― Ele apontou para mim.

 

― Claro, a culpa é sempre minha. ― Eu sorri pela fala dele, porém logo depois eu me lembrei do porquê não podíamos nos ver.

 

― Oh droga, pequena, eu não quis deixar você triste. ― Ele acariciou o meu rosto.

 

― Tudo bem, vamos falar de outra coisa.

 

― Certo, o que mais você estava pensando? ― Ele me olhou curioso.

 

― Ah, eu praticamente me recordei de tudo. Do nosso primeiro beijo embaixo da árvore de cerejeira do colégio. ― Suspirei. ― Depois de como fomos ingênuos de achar que o meu pai aceitaria nosso namoro. ― Eu fiz uma careta triste e o Téo fez um gesto de que iria começar a falar, porém eu o interrompi. ― Então, tivemos que começar com os nossos encontros.

Teodoro apenas concordou com a cabeça e eu prossegui com o diálogo.

 

― Eu lembrei também da nossa primeira vez, você recorda de como eu estava nervosa? ― Eu me apoiei no meu braço para poder observar cada movimento dele.

 

― Sim, eu lembro pequena. ― Ele acariciou com seus dedos o meu braço e depois encarou meus olhos, fixadamente. ― Eu não faria nada se você não quisesse.

 

― Eu sabia disso, mas você esteve ao meu lado quando eu achei que não estava pronta e com o seu apoio eu superei a minha ansiedade. ― Eu sorri para ele alegre.

 

― Desse jeito vou ficar constrangido. ― Ele sorriu sem graça. ― Eu amo você Elisa, eu quero estar do seu lado para o que for, nos bons e maus momentos.

 

― Eu também amo você, Téo. ― Eu me aproximei dele, encostando meus lábios no dele para um beijo calmo.

Enquanto nossas bocas se tocavam gentilmente, eu conseguia escutar, baixinho, a música que vinha da cozinha. O que só deixou o clima mais agradável. Momentos depois ouvi o toque do meu celular repercutir pela sala da casa, um pouco assustados eu e o Teodoro nos separamos e eu fui até a minha bolsa pegar o celular.  

 

― Alô? ― eu respondi ao atender.

― Elisa, você não viu as minhas mensagens? ― Lú começou a falar sem parar. ― Bem, não importa agora, o que interessa é que você precisa voltar imediatamente, a sua mãe está vindo para cá. ― ela disse um pouco nervosa.

 

― Como assim? Ela está indo para a sua casa? ― eu falei assustada, minha mãe achava que eu iria dormir o final de semana na casa da Lú.

 

― Não sei o que aconteceu, mas ela andou conversando com a minha mãe pelo telefone. ― A Lú suspirou. ― Só escutei a parte em que a minha disse que a sua estava vindo para cá.

 

― Ferrou de vez! ― exclamei. ― E agora? ― comentei desesperada mais para mim do que para ela.

 

― Agora você vem voando, estou esperando você, beijos. ― Ela desligou e eu fiquei encarando o Téo sem reação nenhuma.

 


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Notas finais do capítulo

Eita gente e agora? Será que vai dar tempo da Elisa chegar antes da mãe dela?



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