Adele escrita por Camélia Bardon


Capítulo 14
XIII. Todo meio alcança seu fim


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde e boa noite para quem chega! Sejam bem-vindos ❀ Como vão as coisas? Tentarei ser breve aqui, porque o capítulo em si já diz tudo que eu gostaria de dizer. Estendi ele para compensar o atraso nas postagens, espero que não se importem eheheheh :3 Coisas importantes antes de lerem:

1. Esse é um divisor de águas. Marca o fim do meio da história (oi?), então preparem-se. Estamos entrando na reta final. Peguem os lencinhos, porque vocês ou vão me amar ou odiar nesse em especial xD
2. O capítulo foi inspirado por inteiro em "I Lived", do OneRepublic. Sério, não sei o que faria sem essa música pra me ajudar a guiar o rumo das coisas. Deixo o link aqui pra quem quiser acompanhar: https://www.youtube.com/watch?v=pKt3o7WPYdo

É isso. Tenham uma boa leitura ♡



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Nos oito dias restantes, esforcei-me em acompanhar o desenvolvimento criativo do dispositivo de Harvey. A cada hora, ele ansiava por mudar ou aperfeiçoar algo aqui ou ali, e eu me ocupava de refutá-lo caso suas sugestões não tivessem embasamento e tratassem apenas de “caprichos científicos”. Durante sua releitura dO Princípio Elétrico, pus-me a reler Um Conto de Natal, pelo fato da Bíblia não me apresentar menor interesse.

Ao final do sétimo dia em ordem decrescente, Harvey me entregou um par de luvas pretas de borracha e explicou:

— É provável que elas não sejam necessárias, no entanto, em todo caso…

Assenti com a cabeça. Àquela altura, já havia parado de questionar seus métodos de trabalho. Calcei as luvas e observei-o erguer as novas placas de metal que revestiam a base de madeira. Entendi a deixa para pegar os parafusos e entregar a ele. Premeditando seu próximo pedido, selecionei uma das nove chaves que me esforcei em decorar o nome.

— A Allen, por fav… — Harvey se interrompeu, notando que já a tinha em mãos. Piscou e atrapalhou-se na emenda: — Ora, obrigado.

— Disponha — abri um sorriso mínimo e repeti os movimentos, desta vez com minha própria chave e parafuso. Harvey observava o processo, atônito. Fiquei tentada a segurar seu queixo e erguê-lo para fechar sua boca, no entanto contentei-me com um riso fraco.

— Esqueci-me de que aprendia rápido.

Yes, sir — entoei duas das mínimas palavras que conhecia do inglês, o que o fez rir também. — Prossigamos?

— Pois não, milady.

Dentro de uma hora, terminamos de aparafusar o revestimento metálico ao som do cantarolar de Harvey de “Sur le Pont d’Avignon”. Era cômico que ele, advindo de Brighton, soubesse de cor a letra da cantiga infantil, e eu, criada em Avignon, gaguejasse os versos. A letra encontrava-se na minha consciência, no entanto um sentimento novo a continha. Um sentimento que não compreendia ⎼ até hoje, sinceramente, não compreendo.

Ali morava o mal em ser uma pessoa guiada majoritariamente pela lógica. A fé e os sentimentos regentes dos seres humanos ⎼ o amor, o ódio, a melancolia… ⎼ não podem ser vistos, portanto, não há suposta explicação lógica conhecida que os desvende. Ambos são apenas sentidos. E isso os torna aterrorizantes. A fé e os sentimentos em extremo, bons e ruins, sempre foram motivo de desastre. Talvez a vida estivesse ali simplesmente para ser vivida, e não entendida, afinal.

E me aterrorizava até a raiz dos cabelos.

Porque, a meu ver, o amor é uma escolha, e não o acaso. Ao escolher amar alguém, se carrega as constâncias, inconstâncias e importâncias do outro. Se fosse acaso, as inconstâncias seriam deixadas de lado ⎼ portanto, deixando o amor de lado. A escolha de zelar por outro jamais poderia ser categorizada por mim como mera coincidência ou obra de uma força maior. Não com tantas veredas a serem descobertas.

Poderia lamentar minha escolha de dar vazão ao meu coração, porém… arrependimento jamais seria uma palavra a qual me referisse ao pensar em Harvey Banks.

 

De qualquer maneira, ao faltar quatro dias as coisas começaram a desandar. Eu e a sra. Lambert nos surpreendemos com suas praguejadas ao alimentarmos as galinhas, que sofriam tanto quanto nós com o frio. Elas correram para dentro do celeiro coberto por uma manta, depois de comerem. Tal reação fez nós duas nos entreolharmos, perdidas.

— Isso foi…? — Ève franziu a testa, puxando seu xale em volta do pescoço.

—  Temo que sim — suspirei e ergui minha saia para adentrar o chalé.

Minha surpresa veio junto ao “para o diabo que te parta!”, seguido do arquejo horrorizado da sra. Lambert, que fez o sinal da cruz e subiu as escadas em disparate. E então ouvi a pancada estridente.

Corri para a sala de estar e encontrei o dispositivo estraçalhado ao chão.

— Mas que…? — comecei, mas ele não parecia ouvir. Então me ajoelhei no chão gelado e apertei seu ombro com delicadeza. — O que aconteceu?

Harvey ergueu os olhos claros para mim, desolado.

— Ah, Adele, perdoe-me — ele suspirou, esfregando os olhos. — Tenho desperdiçado seu tempo aqui. Tudo está errado com a criação.

— Quem julgará se o tempo foi desperdiçado ou não será a minha pessoa, senhor Banks. Diga-me o que aconteceu para que possa ajudá-lo, sim? Não vou julgá-lo.

— A senhorita vai achar que é bobagem...

— Vindo de ti? Nunca é bobagem — sorri. Espere, o quê? Sim, era verdade, mas era necessário que eu dissesse em voz alta? — Digo… fale. Por obséquio.

Rindo fraco, ele sentou-se ao meu lado e sondou as palavras a serem usadas. As palmas das mãos suavam, e a cada segundo seus dedos balançavam freneticamente. Harvey apontou com a cabeça o equipamento quebrado e explicou:

— Acabo de descobrir que não se pode juntar a estrutura metálica com os cobres que se ligam ao motor. Deve haver um material que isole a condutividade, no entanto… eu não penso em nenhum. Ia verificar o motor, quando… bem, ele explodiu. E agora tudo terá de ser refeito, imagino que os fios devem ser encapados, e simplesmente não há mais tempo e…

— Continua não sendo sua culpa. Não se pode acertar sempre. Além disso, o projeto ainda tem seus moldes. É só recomeçar…

— Sei disso. Sinto-me débil em trazê-la para cá quando não houve resultados positivos. Penso ser falta de respeito para consigo, me entende?

— Entendo — segurei meus joelhos com as mãos, encostando a cabeça para me aquecer. — Mas tenho me divertido aqui. Bordeaux não é de toda ruim, sabe?

Ele riu e soltou os ombros, mais relaxado. Recolheu em silêncio as peças tortas e deixou-as de escanteio para voltar para o meu lado. Um silêncio constrangedor pairou pelo cômodo. Agora seria uma ótima hora para a sra. Lambert adentrar a sala e perguntar se poderia servir-nos de uma chávena de chá. No entanto, Harvey pigarreou e embolou-se:

— Eu adoraria que estivéssemos em outra época do ano. Poderíamos passear pelos vinhedos.

— E eu adoraria que não tivesse que retornar — admiti. Em resposta, ele me encarou, curioso. — Eu os amo, contudo… adoraria viver um pouco da minha vida sem estar enfurnada numa casa sonhando com uma vida melhor, para variar.

Desta vez, surpreendi-me com minhas palavras. Não costumava falar sobre minhas vontades ⎼ afinal, como camareira, elas não eram relevantes. Viver a vida para servir a outros era cansativo, por mais que se tratasse de patrões gentis como os que tinha. Sem me aperceber, a sra. Lambert implantara em mim a vontade de me libertar. Mas como poderia me libertar das amarras sociais?

— Não pretendia… falar assim — desculpei-me, com as bochechas ardendo.

— Está no seu direito — Harvey torceu o nariz. — O que a impede de largar tudo e correr para longe?

— Meu senso de responsabilidade. Ainda tenho minhas pendências lá. É o nosso trato, está lembrado? O ajudaria com o invento e em troca me auxiliaria com o segredo da Casa Chevalier.

— Claro! É claro, o segredo. Queira perdoar-me, devo admitir que, com toda a agitação das últimas semanas, esqueci-me de nossa investigação — e então rimos, com certa fraqueza. — Na verdade, seu comentário anterior apenas reforçou o que vim pensando desde Avignon. Claro, estou sempre pensando em muito simultaneamente, no entanto… desta vez, com insistência.

Franzi a testa, ao passo que Harvey lançou-me um olhar interrogativo.

— Avignon? Que disse que o tenha surpreendido a ponto de matutar desde o Natal?

— A senhorita contou-me que… como disse? Ah, sim. Pássaros livres morrem de tristeza ao serem capturados.

De fato, tinha feito tal comentário. Era adorável que se lembrasse. Abri um sorriso mínimo, mas logo voltei a tentar entender seu raciocínio.

— Não tenho certeza de que sei onde quer chegar, sr. Banks.

— Estou dizendo que não pode sacrificar seus sonhos por quem não faria o mesmo por vosmecê. Não pode invejar os pássaros no céu quando tem o propósito de voar junto a eles. Quer dizer, entendo mais de formas inorgânicas de vida, e ainda assim nem tanto — e nesse ponto ele apontou a bagunça no canto da sala —, mas sei reconhecer quando alguém se esforça além da própria força.

Neguei com a cabeça, incapaz de encontrar as palavras que serviriam.

— Mesmo… mesmo que não houvesse motivos para voltar… para onde mais iria? Sou franzina em relação ao mundo. Não tenho uma renda. Eu voltaria a Avignon, e de lá, o quê? Viveria confinada a um convento? Trocaria uma prisão por outra?

— Poderia pensar sobre Londres, comigo — disparou ele.

Incrédula, soltei o ar que não reparei estar prendendo. Em resposta, Harvey arquejou, arrependido, mas tagarelou logo em seguida:

— E-eu não quis ser condescendente para consigo. Sugeri para que visse como uma opção, já que não me importaria de levá-la, seria… seria incrível. E estaria livre para...

— Eu sei — o interrompi, sentindo lágrimas irrompendo sem se escusar. — Ah, Harvey, eu sei e amaria partir numa aventura sem olhar para trás, principalmente em uma ao seu lado. Mas não posso. Agradeço por ter me trazido até aqui, porém ir além disso me exige uma coragem e egoísmo que não tenho. Me perdoe, contudo não posso aceitar.

Eu o amo, mas não posso viver minha vida às suas custas.

Ele assentiu com a cabeça, abatido. Apesar de meus dedos gelados, segurei sua mão sem luvas, mas não obtive reação nenhuma de sua parte. Uma lágrima rolou pelo meu rosto, como se me dissesse que já era a hora de partir. Como eu esperava que reagisse, afinal? Que ficasse feliz?

Antes que me desfizesse emocionalmente, levantei-me de supetão, sentindo um aperto doloroso no peito, marca registrada do meu coração sendo quebrantado. Deixei a sala e subi as escadas, bem quando a sra. Lambert as descia. A estrutura de madeira tremeu, no entanto, se ela se incomodou, não protestou.

Encolhi-me na cama, subitamente sentindo-me mais pequena do que já era. Abracei meus joelhos, deixando o calor da coberta me acolher. Não pensei duas vezes antes de fechar os olhos e procurar dormir, mesmo que tivesse acordado há pouco.

— Por que não posso ir? — sussurrei, como uma criança, me embalando até que pegasse no sono.

 

Os outros dois dias passaram como um borrão confuso na minha cabeça. Refiz minhas malas e a sra. Lambert trazia minhas refeições e chá, sempre tentando me convencer a descer para esticar as pernas. Recusava gentilmente, mesmo que ela ainda ficasse um pouco olhando para os próprios pés antes de sair.

No dia da partida, na manhãzinha de domingo, partimos junto às senhorinhas que rumavam à missa. Despedi-me de Ève, que me abraçou com afeto.

— Espero que possamos nos reencontrar — comentou ela, melancólica.

— Esta é igualmente minha vontade, senhora — sorri e ela agitou minha mão com vigor, temerosa de mais demonstrações de sentimentalismos.

Logo depois, a sra. Lambert puxou Harvey do mesmo modo, mas sussurrou algo em seu ouvido que não quis tentar entender. Enquanto isso, brinquei de empurrar a neve com os pés, conseguindo sorrir por um instante.

Harvey postou-se ao meu lado, pegando minhas malas sem eu requisitar. Torci o nariz, não obstante acompanhei-o na carruagem alugada. Por metade do caminho até a estação de trem, observei-o tamborilar os dedos ansiosamente na minha bolsa de mão, até que não aguentei mais o silêncio entre nós. Não era possível que após tanto tempo não houvesse nada a ser dito. Com a voz rouca, indaguei:

— Harvey?

— Sim?

— Fale comigo, esse silêncio está me matando. Por favor. Nem que seja sobre a neve lá fora.

— Não está nevando lá fora — ele ergueu uma sobrancelha, no entanto abriu um sorriso mínimo ao perceber a pegadinha. — Entendi. Foi uma boa. Desculpe, ainda estou processando.

Assenti e mordi o lábio, pensando em algum assunto pertinente.

— Por quanto… por quanto tempo permanecerá em Bordeaux?

— De certeza, até o final do inverno — e então começou a cutucar suas cutículas.

— Não faça isso, vai começar a sangrar — estendi a minha mão para afastá-lo de si próprio, ao passo que ele resmungou. — Estou o aborrecendo?

Harvey negou com a cabeça. Minha mão ainda estava sob a sua, e apenas reparei esse detalhe quando seu polegar deslizou ao longo do meu dedo indicador. Engoli em seco, à medida que meu coração palpitava. Eu infartaria. Isso era certo. Não era possível que meu coração ficasse agitado dessa maneira e não fosse explodir.

Enquanto me recuperava do choque, Harvey tratou de segurar meu pulso com delicadeza e erguer o olhar para mim. Pega no pulo.

— Escute — sussurrou ele. — Amaria vê-la livre, com a condição de que escolha ser. Do contrário, não posso obrigá-la a seguir um caminho que não é seu. Afinal, seria injusto atraí-la para uma gaiola com a ideia de uma pseudoliberdade.

— Harvey, eu…

— Não, não há mais nada a ser dito. Por favor, vá em paz. Não fique com o coração carregado.

Neguei com a cabeça, incrédula.

— Como posso ir com o coração leve sabendo que ficará aqui? Diga-me: como espera que retorne para minha rotina quando me apresentou um mundo recluso e adorável? Sabe o quão cruel é ter apenas uma amostra de um mundo no qual sou igual a alguém e... e voltar a ser considerada inferior? Nunca com a cabeça erguida, sempre relutante?

— Sinto muito que tenha de ser assim — ele suspirou, frustrado. — Se pudesse… se pudesse lhe dar o mundo, eu o faria. Não foi a única que recebeu um mundo novo nessas semanas, Adele.

Ergui o olhar para ele. Uma lágrima quente correu pela minha bochecha, sem que me apercebesse que estava prestes a sequer chorar. Sua mão soltou-se da minha e, em seguida, Harvey puxou-me para um abraço. Em outras situações, seria um gesto inapropriado; no entanto tentei focar no que ele significava para mim.

Calor. Carinho. Afeto. E poderia afirmar agora: encontrava-me transbordando em amor.

— Obrigada, Harvey — afastei-me poucos centímetros para encarar a imensidão dos seus olhos azuis. Sua barba por fazer me incomodou, o que me fez sorrir mediante à situação delicada. — Espero que sua vida seja tão bela quanto seu coração.

Ele corou com o elogio e abriu um sorriso de orelha a orelha.

— Eu a… — começou ele, contudo foi interrompido com o guinar brusco da carruagem.

Fui desconfortavelmente empurrada para o lado oposto, mas consegui achar graça. Se não achasse, desmancharia. Pigarreando, Harvey também tomou a cartola do colo e a vestiu, voltando a morder o polegar. Velhos hábitos não mudam.

O cocheiro desceu e aprumou-se em abrir a porta, desajeitado.

— Perdoem-me pela parada indelicada, senhores — pediu ele, vermelho até a raiz dos cabelos. — Não notei o banco de neve à frente.

— Não há problema, sr…?

— Tristan, senhora — e neste ponto, arqueou as sobrancelhas. Estaria surpreso por ter perguntado? Era o mínimo de educação, não?

— Senhorita, sr. Tristan — corrigi, divertida. — Agradeço as desculpas, fique tranquilo. Não foi um incômodo.

Tristan auxiliou-me a descer, mesmo que minha roupa velha não necessitasse de tanta atenção. Harvey saltou da carruagem em seguida, trazendo consigo minha mala. Insistiu que a carregasse até a estação, ainda que estivesse do outro lado da rua. Então nos despedimos do cocheiro, que retornou pelo caminho que fizera, deixando-nos com o silêncio constrangedor de companhia.

— Escrever-me-á? — indaguei, depois de ele comprar o bilhete e sentarmos no banco para aguardar a chegada do trem.

— Decerto que sim, sempre que me for possível. E a senhorita?

— Quando houver novidades. O que é difícil, no entanto posso inventá-las.

Harvey soltou um riso lânguido, então preferi respeitar seu silêncio. Minhas botas velhas eram tão mais interessantes. As outras pessoas na estação acolhiam-se contra o frio, no entanto o frio era bobagem visto meu coração que parecia ter congelado no peito.

Contei vinte minutos até o trem aparecer no horizonte. Vinte minutos ouvindo apenas minha respiração e falas aleatórias. Então, ritmadamente, eu e ele nos levantamos. Poderia articular quaisquer frases que me fariam mudar de ideia e correr de volta para o chalé e até para as galinhas. Ainda assim, me descontentei em apenas apertar sua mão. Nada do que eu diria faria qualquer um dos dois mudar de opinião.

Encaramo-nos pelo tempo em que o trem freava. O maquinista convocou os passageiros impacientemente, fazendo-me notar a urgência do momento.

— Adeus — talvez pela primeira vez em anos vividos, abria um sorriso triste. Minha mão rumou para sua bochecha, deixando ali uma trilha gelada por onde a ponta dos meus dedos correu. — Impressione os britânicos com sua genialidade, Harvey Banks.

E então, ele sorriu também. Apenas.

Tomei a mala de suas mãos, porquanto que ele ainda jazia atônito. Entrei na locomotiva e não olhei para trás, mesmo sentada à janela. Montpellier me aguardava, e com ela novas aventuras.

Eu deveria ter olhado para trás.


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Notas finais do capítulo

Um obrigada em especial pra minha irmã de alma, dona Nicole, que me ajudou com a dose de emoções. Demorei pela consultoria com ela. As portas de Wakanda estão escancaradas pra você, meu anjo.

E um obrigada em dobro pra vocês, por sempre estarem aqui ♡ não esqueçam de dizer o que acharam! Tô louca pra ver a opinião de vocês AAAAAAAAAAAAAA um beijão no coração, nos conversamos mais no próximo ♡