Say you won't let go escrita por Adwords
Eu te conheci no escuro - (James Arthur - Say you won't let go)
Eu já li uma vez sobre festas, já vi fotos de boates por curiosidade e até mesmo já pedi opinião sobre para Renée.
Até hoje nunca cheguei a estar em uma boate, achei que iriamos para uma hoje a noite mas ao invés disso Phil nos levou a um enorme festival. Era grande, bonito e estava bem animado. Se eu entendi bem tem a ver com a cultura do bairro ou alguma coisa assim.
As pessoas estavam dançando na rua se divertindo, me permiti ficar entre elas. Estava tudo decorado e eu vi pessoas chegando de um bar próximo com bebidas e comida. A música com certeza poderia ser escutada a muita distância.
Não precisei pegar um casaco emprestado, já que, apesar se estar quase na madrugada, o clima está bom e leve. Nem quente demais e nem frio demais.
Besteirinha.
As únicas coisas que eu ingeri essa noite foi suco e água, não por não estar com vontade de tomar álcool, na verdade é bem pelo contrário, eu estava morrendo de vontade de experimentar vodka e o Bourbon das garrafas, mas achei que Phil já teria problema demais para se preocupar com minha mãe completamente bêbada por aí.
Pelas minhas contas, e enquanto eu fiquei perto, Renée havia tomado quase uma garrafa inteira de vodka sozinha e já estava cambaleando por aí. Parecia não ter fim, o ambiente era ótimo e a música muito boa.
Um biquinho se formou em meus lábios quando Phil me avisou que estava levando Renée para casa, ele até me perguntou se eu queria ir junto e eu neguei, disse que iria me virar e depois voltaria para casa ou dormiria em algum hotel ou pensão.
Ótimo, parabéns. Me arrependi logo quando o vi entrar no carro com minha mãe desacordada.
Eu estou tão fudida.
Grunhi de raiva de mim mesma. As pessoas já estavam se dispersando e eu não estava com vontade de voltar para casa agora. Peguei novamente a garrafa de água e tirei meus saltos os deixando suspendidos em minha mão direita.
Comecei minha caminhada por onde o carro havia ido, já que aquele era o caminho.
— Porra. — Resmunguei ao pisar em uma pedra. A rua estava vazia e eu já não tinha certeza se essa era mesmo a direção correta. Perfeito Isabella, está perdida em uma cidade grande e desconhecida, no meio da madrugada e sozinha. Meus parabéns sua idiota.
Bufei irritada a procura de algum telefone.
— Não tem nenhum bar vinte quatro horas nessa merda de lugar? — Resmunguei, me sentindo completamente mal humorada.
— Eu acho que se você virar a próxima rua vai achar um. O Bourbon de lá é péssimo, mas você vai achar um telefone. — Paralisei, sentindo todos os meus pelos se arrepiarem devido ao susto. Ao meu lado estava um homem parado, parecia ser mais velho e tinha os olhos mais lindos que eu já vi, seria perfeito se não tivesse com um sorriso malicioso que me dava um mal pressentimento. — O que uma garota como você faz sozinha a essa hora?
— O que um cara como você faz sozinho a essa hora? — Rebati irônica. Ele ergueu sua sobrancelha preta e me deu um sorriso, parecendo se divertir com minha resposta.
— Estou indo ao bar, preciso me alimentar. E você? — Sua resposta me pareceu ter um ponto de duplo sentido que só ele parecia entender.
— Um telefone. — Murmurei, voltando a andar.
— Nunca te vi por aqui… — Ele me acompanhou, estando ao meu lado rapidamente. Meu instinto pareceu o divertir, como se gostasse realmente do "jogo" que estávamos tendo.
— Me mudei recentemente. — Troquei o sapato de mão, fazendo uma careta leve ao sentir mais pedrinhas. O ouvi cantarolar algumas palavras.
— Problemas de família? — Sua voz rouca ecoou pela rua deserta de carros e de pessoas. Ele realmente parecia estar curioso.
— Pessoais.
Ficamos andando mais alguns minutos, e em silêncio e ele assobiando. Bufei, perdendo de vez a paciência com a situação.
— Olha moço, sem querer ofender mas você não tem cara de que realmente quer puxar assunto, então pode me fazer o favor de ficar um pouco longe? — Me irritei.
Seu sorriso apenas se alargou mais, aumentando minha raiva. Eu o ofendi e ele gostava? Que tipo de pessoa faz isso?
Passei a acreditar que estava andando ao lado de um sádico.
— Você tem uma personalidade interessante. — Fiz careta. Interessante. — Mas eu estou com fome, então se fosse em outra ocasião…
Ele me virou, mais rápido que meus olhos poderiam acompanhar. Seus olhos azuis foram diretamente em meus olhos castanhos e eu jurei que pude ver sua pupila dilatar.
— Você não vai gritar, não vai doer. — Veias aparecem embaixo dos seus olhos e eu pude ver presas em seus dentes. Arregalei os olhos.
— O que? Que porra você é? — Sua feição mudou para surpresa. Presas. Presas. Porra, ele tem presas. Minha mente logo vinculou a palavra, mas era impossível. Ou será que não era? — Você é um vampiro? Mas, você não é pálido e seus olhos não são amarelos ou vermelhos… O que?
— Como você..? — Ele se perdeu em meio a pergunta. Seus olhos voltaram ao estado normal e eu não pude deixar de me sentir empolgada para descobrir mais. Minha cabeça trabalhando duas vezes mais, criando teorias para o ser em minha frente.
Eu claramente não desenvolvi senso do perigo.
— Você também brilha no sol? Bebe sangue de animais ou consegue comer? — Eu estava curiosa e ele surpreso. Ele balançou a cabeça, me soltando antes de dar uma risada.
— Sabe que eu sou alguma coisa e reage assim? Você é interessante.
— Ainda não respondeu minhas perguntas. — Exigo, apertando a garrafinha com a mão.
Ele parece ter ouvido alguma coisa, pois sua expressão de surpresa logo se foi e deu lugar a uma expressão presunçosa.
— Acha o bar e vai para casa. — Ele murmurou, se afastando e indo ao lugar de onde viemos.
— Ei, eu vou te ver de novo? — Perguntei, nada contente de não saber mais sobre o que ele era.
Ele apenas me olhou e sorriu, antes de desaparecer completamente pela escuridão deixando apenas um rastro de ar que mexeu em meus fios castanhos.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado.
Só lembrando que a fanfic vai ser como a música, então sempre que tiver o trecho que eu me inspirei eu coloco ali em cima ❤